The Bear e sobre ninguém mais ter saúde mental em um mundo capitalista frenético, das conexões virtuais ascendentes e da decadência das pessoalidades, do distanciamento das relações. Um grande achado de 2022, uma potência artística sobre caos, mental e coletivo.
A pergunta que não quer calar da temporada: "você está bem?". E após a pergunta o intrigante "sim" (ou como costume o rotineiro "yes, chef"). O episódio Review é o auge da tensão, do estresse, ansiedade e toda essa combinação que aproxima o telespectador, o elo entre a vida real e a arte. Carmy e seu processo conturbado de luto merecem destaque e é importante frisar sobre a construção do seu personagem em meio as suas turbulências mentais.
Eu queria dizer que o episódio "Don't Delete Me" (3x08) me deixou impactado real, para mim o ápice sensorial dessa temporada, o soco no estômago existencial.
A temporada mal começa e a galera já coloca nota, como se apenas um episódio fosse explicar e definir toda a trama. Alô Filmow, desativa a opção de dar nota enquanto a série ainda está rolando!
Como uma rodovia movimentada que contrasta belas paisagens e nos mostra tantos traços e histórias, Friends em 10 temporadas me fez parar para refletir muitas questões. Começo dignamente na primeira temporada, a construção dos personagens em ritmo lento, as conversas, o estudo das atuações, localidades e a mensagem que poderia extrair de cada episódio. Seria trabalhoso comentar episódio por episódio e teria que ocupar muito do meu tempo para mergulhar na atmosfera de Friends em sua totalidade, explorando o máximo de detalhes. Talvez, com mais leveza (é algo que a série proporciona, a beleza da vida, apesar das discrepâncias contidas) seja muito melhor falar do contexto geral, do que a série pode nos mostrar e dizer, como qualquer outra série que possamos nos identificar ao máximo.
Somos loucos de diversos catálogos e por vezes nos identificamos forte com o que um filme, uma série ou um livro nos indica. Somos tomados pelo instante da concordância e pela euforia em ver que algum trecho nos faz pensar: "caramba, isso aqui eu muito concordo e vou até anotar para não esquecer".
Friends nessas 10 temporadas me fez crescer como pessoa, a valorizar ainda mais a parte das vivências boas e a crescer com o desgaste das vivências ruins. Os dois lados que em vida caminham juntos, aonde um chega como atração principal, e o outro senta e espera a sua vez. A determinação do tempo de atração de cada um desses pontos é indecifrável, e o que podemos programar com certeza é a força que precisamos para estarmos preparados para o pior, quando chegar à vez dele.
Cada personagem foi sendo estruturado em sua devida forma durante as temporadas. Phoebe, Mônica, Rachel, Joey, Ross e Chandler. Seis amigos que para mim (certamente que para você também), me fizeram rir e fizeram enxergar a minha trilha, esse caminho constante que tanto nos faz pensar e aonde realmente queremos chegar.
Phoebe, aquela que mais do que merecido acabou ganhando mais atenção na série durante algumas temporadas. Suas sacadas são maravilhosas e sua loucura é uma característica forte e permanente, dispensando normalidades tão clichês. Mônica, a viciada em limpeza e apegada aos detalhes, que gosta de liderar e adora uma competição de vez "em sempre". Rachel, aquela que atingiu um amadurecimento notável durante todo o segmento dos episódios e temporadas. Joey, o inocente apaixonado pela gula, pela dificuldade em interpretação de algumas falas e sacadas dos outros personagens e pela sua ignorância com as mulheres (ele enxerga apenas um propósito). Ross, o personagem que quando junto dos outros tem diversas boas sacadas, porém que acaba incomodando quando o foco é voltado apenas para ele. Não é nem preciso entrar nos detalhes, pois estão escancarados, vide um tratamento anormal com Rachel. Chandler, o exímio piadista que sempre usa e abusa de suas ironias e sarcasmos, ora para momentos de descontração, ora para momentos em que se sente ameaçado em uma forma social.
Nessa pequena análise acima de personagem para personagem é fácil ter identificação ou também pode ser perceptível a não identificação, a depender do ponto de vista de cada um. Na vida real somos assim: cheios de boas intenções e cheios de tantos erros ou defeitos.
Friends nos faz explorar a leveza de viver, as dificuldades em ser adulto e de resolver os devidos problemas no seu tempo. Também, explora a parte de mostrar que as boas amizades e um bom amor são um tratamento excelente para a cura da nossa sanidade mental.
Referências a filmes, seriados e a cultura nerd em geral. Não perde sua essência e originalidade. Muito bem produzido com algumas sacadas geniais. Uma grata surpresa!
Essa série tem o seu valor e sabe muito bem ser diferenciada. A medicina por volta de 1900 engatinhava e é retratada de uma forma transparente. Os cenários e os lugares são tão belos e tão bem adaptados que parecem nos colocar ali, em meio a trama. Não só trata da medicina como descreve de forma inteligente e verossímil os conflitos e diferenças das classes e a explanação sobre o racismo. Algumas séries levam algumas temporadas para marcar, mas essa teve potencial suficiente logo em sua primeira temporada. Que a segunda mantenha o mesmo nível de forma incessante.
A segunda temporada ao meu ver fica bastante monótoma em alguns momentos, fazendo com que quem assista acabe ficando na vontade para pular alguma parte. Esse efeito pulsa pelo fato de alguns momentos não terem tamanha audácia para prender do início ao fim. Piper que era mais protagonista na primeira temporada, nessa já passa para uma peça pregada como qualquer outra. No final às coisas mudam e a série volta com todas as forças.
Uma mistura boa de comédia e drama, mostrando diversas histórias, de cada detenta. Como a série se passa numa prisão, é interessante ver o exercício de fuga para outras situações, que se mostram fora do local. Talvez o devido tempo de cada episódio reflita um pouco a monotonia, mas algumas partes conseguem salvar com eficácia.
Se tu parar pra pensar, é arriscado encaixar apenas um casamento pra toda uma temporada final. Alguns furos ali, alguns momentos bons e a sensação de dever cumprido, com algumas passagens bem interessantes, que fazem nós, humildes "telespectadores" pensar no quanto a vida pode passar por idas e vindas.
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O Urso (1ª Temporada)
4.3 411 Assista AgoraThe Bear e sobre ninguém mais ter saúde mental em um mundo capitalista frenético, das conexões virtuais ascendentes e da decadência das pessoalidades, do distanciamento das relações. Um grande achado de 2022, uma potência artística sobre caos, mental e coletivo.
A pergunta que não quer calar da temporada: "você está bem?". E após a pergunta o intrigante "sim" (ou como costume o rotineiro "yes, chef"). O episódio Review é o auge da tensão, do estresse, ansiedade e toda essa combinação que aproxima o telespectador, o elo entre a vida real e a arte. Carmy e seu processo conturbado de luto merecem destaque e é importante frisar sobre a construção do seu personagem em meio as suas turbulências mentais.
Mr. Robot (3ª Temporada)
4.5 257Eu queria dizer que o episódio "Don't Delete Me" (3x08) me deixou impactado real, para mim o ápice sensorial dessa temporada, o soco no estômago existencial.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraA temporada mal começa e a galera já coloca nota, como se apenas um episódio fosse explicar e definir toda a trama. Alô Filmow, desativa a opção de dar nota enquanto a série ainda está rolando!
Friends (10ª Temporada)
4.7 930Como uma rodovia movimentada que contrasta belas paisagens e nos mostra tantos traços e histórias, Friends em 10 temporadas me fez parar para refletir muitas questões.
Começo dignamente na primeira temporada, a construção dos personagens em ritmo lento, as conversas, o estudo das atuações, localidades e a mensagem que poderia extrair de cada episódio. Seria trabalhoso comentar episódio por episódio e teria que ocupar muito do meu tempo para mergulhar na atmosfera de Friends em sua totalidade, explorando o máximo de detalhes. Talvez, com mais leveza (é algo que a série proporciona, a beleza da vida, apesar das discrepâncias contidas) seja muito melhor falar do contexto geral, do que a série pode nos mostrar e dizer, como qualquer outra série que possamos nos identificar ao máximo.
Somos loucos de diversos catálogos e por vezes nos identificamos forte com o que um filme, uma série ou um livro nos indica. Somos tomados pelo instante da concordância e pela euforia em ver que algum trecho nos faz pensar: "caramba, isso aqui eu muito concordo e vou até anotar para não esquecer".
Friends nessas 10 temporadas me fez crescer como pessoa, a valorizar ainda mais a parte das vivências boas e a crescer com o desgaste das vivências ruins. Os dois lados que em vida caminham juntos, aonde um chega como atração principal, e o outro senta e espera a sua vez. A determinação do tempo de atração de cada um desses pontos é indecifrável, e o que podemos programar com certeza é a força que precisamos para estarmos preparados para o pior, quando chegar à vez dele.
Cada personagem foi sendo estruturado em sua devida forma durante as temporadas. Phoebe, Mônica, Rachel, Joey, Ross e Chandler. Seis amigos que para mim (certamente que para você também), me fizeram rir e fizeram enxergar a minha trilha, esse caminho constante que tanto nos faz pensar e aonde realmente queremos chegar.
Phoebe, aquela que mais do que merecido acabou ganhando mais atenção na série durante algumas temporadas. Suas sacadas são maravilhosas e sua loucura é uma característica forte e permanente, dispensando normalidades tão clichês.
Mônica, a viciada em limpeza e apegada aos detalhes, que gosta de liderar e adora uma competição de vez "em sempre".
Rachel, aquela que atingiu um amadurecimento notável durante todo o segmento dos episódios e temporadas.
Joey, o inocente apaixonado pela gula, pela dificuldade em interpretação de algumas falas e sacadas dos outros personagens e pela sua ignorância com as mulheres (ele enxerga apenas um propósito).
Ross, o personagem que quando junto dos outros tem diversas boas sacadas, porém que acaba incomodando quando o foco é voltado apenas para ele. Não é nem preciso entrar nos detalhes, pois estão escancarados, vide um tratamento anormal com Rachel.
Chandler, o exímio piadista que sempre usa e abusa de suas ironias e sarcasmos, ora para momentos de descontração, ora para momentos em que se sente ameaçado em uma forma social.
Nessa pequena análise acima de personagem para personagem é fácil ter identificação ou também pode ser perceptível a não identificação, a depender do ponto de vista de cada um. Na vida real somos assim: cheios de boas intenções e cheios de tantos erros ou defeitos.
Friends nos faz explorar a leveza de viver, as dificuldades em ser adulto e de resolver os devidos problemas no seu tempo. Também, explora a parte de mostrar que as boas amizades e um bom amor são um tratamento excelente para a cura da nossa sanidade mental.
Apenas digo: obrigado e um até breve, Friends!
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista AgoraReferências a filmes, seriados e a cultura nerd em geral. Não perde sua essência e originalidade. Muito bem produzido com algumas sacadas geniais. Uma grata surpresa!
The Knick (1ª Temporada)
4.5 144 Assista AgoraEssa série tem o seu valor e sabe muito bem ser diferenciada. A medicina por volta de 1900 engatinhava e é retratada de uma forma transparente. Os cenários e os lugares são tão belos e tão bem adaptados que parecem nos colocar ali, em meio a trama. Não só trata da medicina como descreve de forma inteligente e verossímil os conflitos e diferenças das classes e a explanação sobre o racismo. Algumas séries levam algumas temporadas para marcar, mas essa teve potencial suficiente logo em sua primeira temporada. Que a segunda mantenha o mesmo nível de forma incessante.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraA segunda temporada ao meu ver fica bastante monótoma em alguns momentos, fazendo com que quem assista acabe ficando na vontade para pular alguma parte. Esse efeito pulsa pelo fato de alguns momentos não terem tamanha audácia para prender do início ao fim. Piper que era mais protagonista na primeira temporada, nessa já passa para uma peça pregada como qualquer outra. No final às coisas mudam e a série volta com todas as forças.
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista AgoraUma mistura boa de comédia e drama, mostrando diversas histórias, de cada detenta. Como a série se passa numa prisão, é interessante ver o exercício de fuga para outras situações, que se mostram fora do local. Talvez o devido tempo de cada episódio reflita um pouco a monotonia, mas algumas partes conseguem salvar com eficácia.
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraSe tu parar pra pensar, é arriscado encaixar apenas um casamento pra toda uma temporada final. Alguns furos ali, alguns momentos bons e a sensação de dever cumprido, com algumas passagens bem interessantes, que fazem nós, humildes "telespectadores" pensar no quanto a vida pode passar por idas e vindas.