Já faz 10 anos que eu havia visto do que chamavam de "a santíssima trindade da HBO", que eram "The Sopranos", "The Wire" e "Six Feet Under". Eu vi muitas séries boas desde então. Breaking Bad, Mad Men, Sons Of Anarchy... Mas sempre faltava alguma coisa. Achei que nunca mais veria uma série do calibre daquelas três primeiras que me fizeram sofrer de ressaca pós término, onde eu não conseguia assistir mais nada por alguns meses, porque nada parecia tão genial. Finalmente, 10 anos depois estou aqui. Em êxtase e sofreguidão, chegando ao "fim" (ainda vou pro filme) de uma série que me despertou aqueles mesmos sentimentos de 10 anos atrás e quando e que durante todo esse tempo, achei que nunca mais sentiria. Algumas séries nem precisam de finais fechados para ser genial. Seria tranquilo pensar que Al Swarengen, os Bullock, Trixie, Farnum, Sol Star, Doc e cia, apenas seguiram em frente. Como os amigos que fiz pelo caminho da vida, e nunca mais ouvi falar deles. As vezes, dar o seu próprio desfecho, é melhor do que os outros contarem como foi. Dá até um certo medo de ver o filme, de tão genial que é a série. Apesar da curiosidade/saudade falar mais alto e eu vá acabar vendo.
Deadwood fez eu refazer totalmente um top 5 de séries que eu achava inquebrável. Intocável. Agora eu só tenho certeza que a primeira é "The Sopranos", que a quinta é "Med Man", e que o meio é uma dificil escolha entre "The Wire", Six Feet Under" e "Deadwood."
Dentre os muitos destaques, toda a trama política, que ainda faz uso da sátira do que ela continua sendo até os dias atuais.
Reparem na cena da reunião, e o quanto o prefeito é apenas um "papagaio de pirata", enquanto os grandes figurões se reúnem e decidem os rumos da cidade. Quando Farnum percebe que está sendo deixado de lado e corre para Swearengen desesperado, perguntando se irá continuar sendo o prefeito, vem a resposta cirúrgica do personagem de McShane: "Por mim, você será o prefeito para sempre." Qualquer semelhança, não é mera coincidência.
Que elenco de primeira! Falar de Ian McShane é chover no molhado, um monstro atuando! Outro que teve grande destaque nessa temporada foi o prefeito E.B. Farnum!
É a típica série onde o protagonismo é roubado no seu percurso.
Vamos combinar, que depois de um certo ponto, ninguém estava mais interessado no romance de Dylan e Eve. O crescimento do personagem do Luke era muito mais interessante.
Enquanto o casal fica parado, Luke - e até mesmo Angus - tem seus arcos desenvolvidos de forma muito mais completa. O primeiro começa como aqueles caras, que mesmo depois de velho, ainda possuem muita imaturidade, por ainda estar preso em alguns costumes/manias da fase de adolescente e que, talvez por medo, não consigam encarar o futuro. Luke gosta de sexo para inflar o ego e de início é extremamente egoísta com os problemas dos amigos. Na passagem das temporadas, Luke consegue deixar de lado seus problemas emocionais e ficar feliz, apenas por seus amigos estarem felizes. O ápice atinge quando ele finalmente resolve deixar o lado crianção e sem responsabilidades pra trás e encarar a vida de adulto de frente.
Angus nos é apresentado totalmente confuso e em um casamento fadado ao fracasso, provavelmente por baixa autoestima e medo de um futuro indefinido. Durante o desenrolar de sua história vemos um personagem em busca de si mesmo, não forçando um relacionamento que tinha tudo pra dar certo, e superando sua baixa autoestima falando umas verdades na cara de quem está "por cima".
Quanto ao casal... Bem, mais uma vez... Ninguém se importa.
Apesar da terceira temporada ser dispensável e mais do mesmo, fica notório a habilidade com a escrita que o Gervais é capaz de fazer.
A série pondera na medida certa o drama e a comédia, fazendo até rolar uma "passada de pano" pras piadas escrotas que existem nelas e focar na beleza da série. Fico pensando se essa não é a verdadeira obra prima dele, em vez de The Office.
Considero a série bastante irregular. A quantidade de qualidades e a quantidade de defeitos estão no mesmo nível. Vai de quem conseguir aproveitar mais cada uma.
O ponto forte certamente é a fotografia. Nível cinematográfico.
Gosto da ideia deles tentarem dividir bastante o espaço de tela entre os personagens para que cada um apareça bem no enredo. Ao mesmo tempo faz com que cada um deles não consiga ser aprofundado. Se fosse uma série, com mais temporadas, acho que o problema se resolveria. Mas não é o caso. No final, acabei não me apegando ou torcendo para nenhum dos personagens e achando algumas histórias bastante confusas. O fato de várias vezes, ao invés de mostrar a história ter um personagem narrando o que aconteceu também não funcionou para mim.
Os roteiristas decidem preparar todo o roteiro para um final grandioso. Eles conseguem. Realmente o último episódio é o melhor da série e me surpreendeu. Conseguiu me prender do começo ao fim, coisa que os episódios anteriores não conseguiram. Porém, ainda aqui ficamos com duas questões. A primeira é o cenário positivo do último episódio, a segunda é que o fato deles apostarem tudo no último episódio e ir preparando para o acontecimento desde o primeiro capítulo, muitas das vezes deixa a trama extremamente arrastada e tendo que trabalhar coisas triviais.
A BBC dá um banho na maioria das produções estadunidenses. A única que consegue bater de frente é realmente a HbO (Mas aí não é TV, é HbO!). Figurino, ambientações, jogo de câmeras, fotografia, tudo perfeito nesses quesitos. Os ingleses sabem como fazer uma série esteticamente bela. O roteiro não é algo fora do normal do que se encontra por aí. Ainda dá pra encontrar bastante clichês e alguns personagens que não foram muito bem trabalhados, o que sobra no personagem principal. Acho que o grande triunfo da primeira temporada, principalmente pros amantes dos filmes de gângsteres, são as inúmeras referências que dá pra pescar na série. Seja intencional ou não, quem já teve contato com os universos de "Era Uma Vez Na América", "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão", irá se sentir em casa e mais próximo da família Shelby, mesmo apenas nos seis primeiros episódios.
Vale ressaltar, a lembrança que trás também da maior série de todos os tempos, "The Sopranos", além de parecer muito uma "Son's Of Anarchy", melhor produzida.
Foi a melhor adaptação de um livro da Agatha Christie que vi no formato filme/minissérie.
Obviamente não é perfeita. Existiram dois pontos negativos que me chamaram atenção. As mortes começam a acontecer rápido demais, o que acaba estragando um pouco o clima que deveria rondar cada uma delas. O segundo ponto achei ainda mais crucial. No livro, o poema é quase um personagem dentro do livro. Apesar de citarem os trechos quando ocorre algumas mortes, pareceu que deixaram isso de lado. Deveriam ter trabalhado mais em cima do poema. Senti falta de alguém pra recitar o poema todo, em vez de ir soltando ele de forma fracionada.
No restante, não tem do que reclamar. O elenco dá conta, figurinos e fotografia dispensam comentários e eles conseguem te prender com o roteiro que tem nas mãos. Até a mudança no final que achei meio forçada, dá pra relevar.
Conseguiram estragar uma série que tinha um excelente potencial.
As duas primeiras temporadas são ótimas, principalmente as histórias sobre a cultura viking e as discussões entre uma religião pagã e o cristianismo. Quando a série começa a se afastar dessa proposta, pautando a série basicamente em disputas e lutas territoriais o nível cai bruscamente. Ela se perde, fica confusa, forçada.
Nas últimas temporadas a única coisa que ainda salva e vale a pena assistir é toda a trajetória de Ivar, o desossado. Mas até isso no final conseguiram estragar. Sua morte é bastante forçada na medida que ele supera vários obstáculos, combates e ferimentos pra morrer com 4 facadas de pão de manteiga por um menino qualquer na batalha. Aquele final olhando o pôr do sol foi bem novelão das oito também!
Obs: Ainda assim conseguiu ter um final menos pior que Game Of Thrones.
O episódio final reflete o que foi a série. Uma alternância entre grandes momentos e alguns clichês que acabam prejudicando o que poderia ser muito mais grandioso.
É altamente indicativa para quem estuda ou trabalha com comunicação. É importante e interessante também pra quem é de fora, porque escancara como funciona os bastidores de um jornal televisivo. Essa parte é incontestável a perfeição da série. Confesso que para pessoas como eu que não são do meio, após alguns episódios ela acaba se tornando um pouco arrastada ( e eu não tenho problemas com séries arrastadas) e cansativa. Alguns temas de fato são importantes e tentam fazer uma crítica social. Ainda assim, essa crítica parte do ponto de vista do jogo da televisão. Outros temas encontram alguns problemas, principalmente na diferença de realidade política entre EUA e Brasil. Pra quem é daqui e não entende muito como funciona as coisas por lá - por mais que algumas politicagens sejam exatamente iguais - pode se perder um pouco o que acaba tornando a série complicada.
Os dramas dos personagens, e aqui entra o problema da série - são por vezes bem clichês. Várias vezes não acreditava que aquele roteiro vinha de uma emissora como a HBO que trabalha tão bem essa parte da produção. Histórias que você sabia pra onde ia, soluções preguiçosas e pouquíssimos plots interessantes. Eu particularmente também não me vi apegado a nenhum dos personagens.
Fosse qualquer outra emissora de TV, seria uma série grandiosa. Se tratando de HBO poderia ter sido algo melhor.
Ao assistir a série parece que entramos numa maquina do tempo e voltamos naquela virada de século do final dos anos 90 para o começo dos anos 2000. Nas roupas, nos costumes, nos pensamentos. Um tempo que com todos os seus problemas era mais simples e ainda podíamos ter esperança que as coisas iriam melhorar.
Miranda, Samantha e Steve roubando o protagonismo da série!
Primeiramente é importante lembrar que nada do que aconteceu nessa temporada acaba com o que eles fizeram nas temporadas anteriores. Ainda mais sendo vencedores das respectivas temporadas em que participaram. Se Michelle nada precisava provar por já ter ganho Kaoh Rong e ponto final, Kim continua a best challenge e sendo aquela mulher que provou pra todo mundo que mulher pode jogar pesado igual um homem sim (Como foi reivindicado por Sarah num belo discurso em um dos TC's). Yul sempre será o estrategista matemático que usou um ídolo de forma inédita, Parvati e Boston Rob jamais vão sair do patamar de lendas na história da mitologia de "Survivor" e "The queen stays queen". Mesmo faltando alguns winners que fizeram história como Richard Hatch, Tina, Vecepia e Todd Herzog, a temporada conseguiu se segurar. É bem verdade que o pós merge foi abaixo do que poderia ter sido, principalmente pra quem esperava ver mais da galera old school, mas acho que nem isso atrapalhou tanto. O forte jogo social do trio Sarah, Ben e Tony não deu margem para que as outras pessoas conseguissem fazer grandes jogadas, e Denise nunca foi uma grande estrategista. Pode não ter sido a melhor temporada de todos os tempos, mas sem dúvida foi bem emocionante. Era notório que fechou-se um ciclo, que acabou-se uma era. Parece que els queriam principalmente fechar os arcos de jogadores mais antigos. Com certeza o show trilhará novos caminhos daqui pra frente e entrará em uma era de novidades. Se o jogo já havia mudado da primeira geração pra segunda. Houve uma transição quando implantaram os ídolos, outra quando Ciera e Tony resolveram jogar agressivos, depois com o desafio do fogo e mudança do juri no FTC. E agora é inserido a economia dentro do jogo. Essa temporada também foi importante pra mudar o patamar de duas grandes jogadoras como Sophie e Sarah. A primeira eu já tirava meu chapéu por seu jogo em SP, apesar da edição não dar nenhum destaque. A segunda, foi a primeira temporada em que realmente consegui apreciar como personagem. Apesar do bom jogo em GC, o estilo travado da personagem não me agradava.
Sarah e Tony foram os grandes destaques pelo belo jogo que fizeram. E é importante lembrar que Tony não teria levado essa sem ajuda de Lacina. É impressionante como o nível de jogo do policial aumentou da sua temporada para cá. O que parecia ser impossível aconteceu. Se já era um bom jogador pelo jogo em Cagayan, aumentou seu nível em WaW, quando comprometeu-se mais com sua aliada, venceu challenges e fez fogo. Talvez tenha sido o melhor jogo de toda a história do reality. Apesar de gostar mais de vários outros personagens do que ele, entendo que ele é a cara de "Survivor" e consegue entregar tudo que o reality representa. Bom social, estratégia, bom nos challenges e um entretenimento de primeira, vê-lo dividir o trono com Sandra foi bem bacana. Palmas para o rei.
O humor nonsense da série não vai agradar a todos. É algo muito particular e que não estamos acostumados a vermos tanto partindo dos Estados Unidos. Seinfeld é o pai dos nonsense e até mesmo ela sofre críticas por grande parte dos espectadores que preferem uma comédia "mais leve" como Friends. Então toda a experiência com "Community" parte do princípio se você gosta desse estilo de humor ou não. Eu particularmente, apesar de amar Seinfeld, não acho que os estadunidenses façam esse tipo de humor tão bem quanto os britânicos, por exemplo. Que conseguem unir o nonsense com um humor de "vergonha alheia" tão bem. Acredito que o forte do humor dos EUA seja mais o apelo aos personagens ou as histórias em forma de narrativa. A série quebra com alguns desses estereótipos estadunidenses, apesar de haver essa preocupação em transformar alguns personagens carismáticos como Troy e Abed, eles não se preocupam com outros como Jeffrey ou Pierce. E aqui não é uma crítica, muito pelo contrário, é algo bem inovador na terras norte americanas. O tipo de piada é muito contextualizada, rápidas e inteligentes. Se você não acompanhar o ritmo vai ficar pra trás e não achando tão engraçado. Aliás, acho que as piadas aqui não são daquelas para se gargalhar - pelo menos foi o meu caso - mas é aquele tipo de piada pra você ser pego de surpresa e dizer "Que sacada genial!". Episódios excelentes mas já soube que a série vai ladeira abaixo depois daqui - para alguns depois da quarta - Vamos ver o que aguarda.
PS: Não achei uma série fácil de maratonar como vi a galera comentando desde a primeira temporada, justamente pelo ritmo de piada ser muito ágil e fugir dos padrões convencionais.
A temporada que tinha tudo pra acontecer, e não aconteceu. Um cast feminino forte e incrível, pautas sobre feminismo e minorias. A diversidade no elenco, um bom nível estratégico, Boston Rob e a dona e proprietária de Survivor Sandra. A boa utilização da ilha dos ídolos (Impressionante como Boston Rob e Sandra formam uma bela dupla) entregou uma bela fase tribal. Entretanto, o lance do assédio faz com que uma nuvem negra paire sobre a temporada. Impossível dela voltar a ser a mesma depois do que aconteceu, principalmente no episódio duplo onde além de tudo ainda nos entrega duas eliminações dolorosas. Nunca "Survivor" foi tão reality quanto essa temporada. O problema é que a realidade é tão tóxica que nos faz querer mesmo é a ficção. Porém, não da pra esquecer as lições que a temporada nos trouxe. Racismo, assédio, feminismo são pautas importantes nos dias sombrios de hoje e é o legado que a season deixa. Não devemos esquecê-la. Teremos que lembrá-la. Principalmente a CBS para que saiba como agir futuramente de maneira mais incisiva. Thailand deve ser esquecida, onde houve um caso claro de assédio e absolutamente NADA foi feito.
Concordo que Tommy seja um vencedor sem graça e nem um pouco carismático. Principalmente com um cast feminino tão bom, fica a frustração. Porém, achei a melhor escolha dentro o F3, visto que sou um fã de uma época em que Survivor não era definido por ídols ou vantagens. Sim, Tommy é um vencedor clássico de Survivor. O cara não venceu nenhum challenge, não obteve nenhuma vantagem, não encontrou nenhum idolo, não visitou a twist da temporada e não fez fogo. Sua base foi o social e estratégico, um vencedor que mesmo não sendo muito bom me lembra a era de ouro do show.
Melhores da temporada pra mim: Kelle, Lauren, Janet, Jammal, Noura e Missy.
A força de The Office sempre esteve em seus personagens. Principalmente naqueles que estão desde o inicio da série. Até mesmo os mais secundários como Kevin, Angela, Stanley, Meredith, Creed, Phillys, Darryl... Todos eles são carismáticos e faz com que além de rirmos, nos importemos com cada um deles. Nos identificamos com um ou outro. São exatamente eles junto dos outros personagens como Dwight, Jim e Pam quem segura a série quando ela começa a declinar lá no finalzinho da sexta temporada. Michael é um caso a parte. Não é só o gerente da Dunder Mifflin, como o gerente do show. Tudo passa por ele e é inevitável que a sua saída acabe ocasionando a queda mais brusca que a série acaba naturalmente tendo. Posso dizer, que se tratando de personagens, nenhuma sitcom que eu vi tem a quantidade de bons e carismáticos personagens como "The Office" tem. Seinfeld talvez seja a que mais se aproxima visto que os 4 amigos conseguem ser excelentes personagens. Mas repito, em matéria de QUANTIDADE, ninguém bate a galera do escritório.
A reta final - apesar de uma forçada de barra na relação Pam e Jim - supre a queda de algumas temporadas, e encerra o show com eficiência. Uma sessão de nostalgia que faz dar nó na garganta a qualquer saudosista de plantão. Série boa é aquela que você emociona ao recordar todo o processo que levou ao final. É lembrar dos episódios, das temporadas, se assistiu na sala ou no quarto. Se concluiu algum episódio numa viagem de ônibus porque estava viciado. Não vou comparar com a britânica, porque a proposta é totalmente diferente. Os estadunidenses - assim como nós - gosta que o seu espectador faça parte do show. Se importe com os personagens. Chore, ria ou sinta raiva com eles. E nessa proposta eles foram excelentes.
Nada me tira da cabeça que a produção chamou os retornantes porque percebeu que o cast era apagado. Tendo que inventar algo para que esses retornantes não fossem eliminados tão cedo, veio a ideia pra essa twist que eu já torci a cara logo de início. A eliminação em Survivor é como o gol no futebol. Um blindside seria um gol de placa. Quando a pessoa que é eliminada não está imediatamente fora do jogo, os TC's acabam perdendo 80% da sua emoção e importância, isso pra ser bonzinho. Adicione isso a um cast de newbies totalmente sem carisma e que tirando uns 2 ou 3(forçando a barra) o público acaba não se importando com ninguém. É uma temporada que está fadada ao fracasso. No entanto, EoE poderia ainda ser pior. No final das contas, tanto os retornantes quanto a twist mais ajudou do que atrapalhou. A produção acertou em cheio na previsão de que o cast era ruim e é justamente os retornantes - tirando Joe, na minha opinião - que leva a temporada nas costas. Sem eles certamente ela poderia ser muito pior. A principal twist da temporada acaba ajudando principalmente porque a Edge of Extinction - diferente de sua irmã mais velha Redemption Island - cria um arco para os personagens ao invés de consumir tempo com desafios e mais desafios. Ver as confusões de Reem e as trapalhadas de Keith foram um alívio em meio a uma temporada que não engrenava. Assim como ver uma desconstrução de personalidades, onde temos o melhor participante se tratando de challenges da história que é Joe, botando em duvida sua força e resistência quando pensa se deveria sair. Ou então uma badass Kelley Wentworth sempre racional e cirúrgica, se desestabilizar emocionalmente.
Vejo muita gente torcer a cara porque o Chris veio com muita informação da EoE ou que ele já volta no F6. A coisa não é tão simples assim. Não basta você ter a informação. É preciso saber usá-la a seu favor. Vários caíram justamente por não conseguir fazer isso. Chris soube usar Deven e fazer Lauren acreditar que ela deveria usar o ídolo. Longe de estar comparando, mas em um menor grau ele fez o que Cirie faz com Erik em Micronésia. Voltar no F6 pode certamente influenciar bastante pra você não ganhar, já que você foi eliminado. Depende muito do júri. Se Ozzy era franco favorito se fosse pra final em South Pacific, e devemos agradecer a Sophie por não termos ele no panteão dos winners de Survivor, Sandra não vence Pearl Islands simplesmente porque é a melhor jogadora dentre todas as temporadas que eu vi (até aqui) e nem porque Lill era um porre o tempo inteiro. Certamente o fato da escoteira ter sido eliminada contou pro juri não escolhê-la. Mesmo que isso não tenha sido o fator principal.
Resumindo: A temporada está longe de estar entre as melhores. E quando digo melhores falo em um Top 20. Mas forçando a barra da sim pra tirar ela de um TOP 10 piores temporadas. Consigo ver facilmente umas 6 ou 7 temporadas piores que ela (Thailand, RI, Ghost Island, South Pacific, Samoa, HxHxH, Worlds Apart e acho que da pra discutir temporadas como One World, Nicaragua e forçando um pouco a barra Marquesas ou Africa, apesar de achar mais justo colocá-la entre as 6 ou 7 piores mesmo).
Melhores da temporada pra mim: Kelley Wenthworth, Wardog e Reem.
Ps: a Edge of Extionction tinha uma fotografia lindíssima. Várias imagens muito bem feita do pôr do sol de Fiji.
Os Crimes ABC
3.4 28Nem Malkovich salvou
Deadwood - Cidade Sem Lei (3ª Temporada)
4.3 16Já faz 10 anos que eu havia visto do que chamavam de "a santíssima trindade da HBO", que eram "The Sopranos", "The Wire" e "Six Feet Under". Eu vi muitas séries boas desde então. Breaking Bad, Mad Men, Sons Of Anarchy... Mas sempre faltava alguma coisa. Achei que nunca mais veria uma série do calibre daquelas três primeiras que me fizeram sofrer de ressaca pós término, onde eu não conseguia assistir mais nada por alguns meses, porque nada parecia tão genial.
Finalmente, 10 anos depois estou aqui. Em êxtase e sofreguidão, chegando ao "fim" (ainda vou pro filme) de uma série que me despertou aqueles mesmos sentimentos de 10 anos atrás e quando e que durante todo esse tempo, achei que nunca mais sentiria.
Algumas séries nem precisam de finais fechados para ser genial. Seria tranquilo pensar que Al Swarengen, os Bullock, Trixie, Farnum, Sol Star, Doc e cia, apenas seguiram em frente. Como os amigos que fiz pelo caminho da vida, e nunca mais ouvi falar deles. As vezes, dar o seu próprio desfecho, é melhor do que os outros contarem como foi. Dá até um certo medo de ver o filme, de tão genial que é a série. Apesar da curiosidade/saudade falar mais alto e eu vá acabar vendo.
Deadwood fez eu refazer totalmente um top 5 de séries que eu achava inquebrável. Intocável. Agora eu só tenho certeza que a primeira é "The Sopranos", que a quinta é "Med Man", e que o meio é uma dificil escolha entre "The Wire", Six Feet Under" e "Deadwood."
Fucking Brilliant!
Deadwood - Cidade Sem Lei (2ª Temporada)
4.2 13Dentre os muitos destaques, toda a trama política, que ainda faz uso da sátira do que ela continua sendo até os dias atuais.
Reparem na cena da reunião, e o quanto o prefeito é apenas um "papagaio de pirata", enquanto os grandes figurões se reúnem e decidem os rumos da cidade.
Quando Farnum percebe que está sendo deixado de lado e corre para Swearengen desesperado, perguntando se irá continuar sendo o prefeito, vem a resposta cirúrgica do personagem de McShane:
"Por mim, você será o prefeito para sempre."
Qualquer semelhança, não é mera coincidência.
Que elenco de primeira! Falar de Ian McShane é chover no molhado, um monstro atuando! Outro que teve grande destaque nessa temporada foi o prefeito E.B. Farnum!
Deadwood - Cidade Sem Lei (1ª Temporada)
4.3 28A época de ouro da HBO.
Nível "Six Feet Under" e "The Wire". Mc Shane gigante!
"This is not TV. This is HBO."
A Mão do Eurico
4.0 32Eurico Miranda é uma das provas que, quando se concentra plenos poderes nas mãos de alguém, algo vai dar errado.
Com tudo que pese contra, é provavelmente o dirigente mais folclórico e divertido de todos os tempos:
"Esse governador é frouxo e incompetente!"
Lovesick (3ª Temporada)
3.9 54É a típica série onde o protagonismo é roubado no seu percurso.
Vamos combinar, que depois de um certo ponto, ninguém estava mais interessado no romance de Dylan e Eve. O crescimento do personagem do Luke era muito mais interessante.
Enquanto o casal fica parado, Luke - e até mesmo Angus - tem seus arcos desenvolvidos de forma muito mais completa. O primeiro começa como aqueles caras, que mesmo depois de velho, ainda possuem muita imaturidade, por ainda estar preso em alguns costumes/manias da fase de adolescente e que, talvez por medo, não consigam encarar o futuro. Luke gosta de sexo para inflar o ego e de início é extremamente egoísta com os problemas dos amigos. Na passagem das temporadas, Luke consegue deixar de lado seus problemas emocionais e ficar feliz, apenas por seus amigos estarem felizes. O ápice atinge quando ele finalmente resolve deixar o lado crianção e sem responsabilidades pra trás e encarar a vida de adulto de frente.
Angus nos é apresentado totalmente confuso e em um casamento fadado ao fracasso, provavelmente por baixa autoestima e medo de um futuro indefinido. Durante o desenrolar de sua história vemos um personagem em busca de si mesmo, não forçando um relacionamento que tinha tudo pra dar certo, e superando sua baixa autoestima falando umas verdades na cara de quem está "por cima".
Quanto ao casal... Bem, mais uma vez... Ninguém se importa.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (3ª Temporada)
4.2 63 Assista AgoraApesar da terceira temporada ser dispensável e mais do mesmo, fica notório a habilidade com a escrita que o Gervais é capaz de fazer.
A série pondera na medida certa o drama e a comédia, fazendo até rolar uma "passada de pano" pras piadas escrotas que existem nelas e focar na beleza da série. Fico pensando se essa não é a verdadeira obra prima dele, em vez de The Office.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (1ª Temporada)
4.2 183 Assista AgoraA primeira temporada é tão perfeita, que dá até medo de assistir as outras.
Godless
4.3 220 Assista AgoraConsidero a série bastante irregular. A quantidade de qualidades e a quantidade de defeitos estão no mesmo nível. Vai de quem conseguir aproveitar mais cada uma.
O ponto forte certamente é a fotografia. Nível cinematográfico.
Gosto da ideia deles tentarem dividir bastante o espaço de tela entre os personagens para que cada um apareça bem no enredo. Ao mesmo tempo faz com que cada um deles não consiga ser aprofundado. Se fosse uma série, com mais temporadas, acho que o problema se resolveria. Mas não é o caso. No final, acabei não me apegando ou torcendo para nenhum dos personagens e achando algumas histórias bastante confusas. O fato de várias vezes, ao invés de mostrar a história ter um personagem narrando o que aconteceu também não funcionou para mim.
Os roteiristas decidem preparar todo o roteiro para um final grandioso. Eles conseguem. Realmente o último episódio é o melhor da série e me surpreendeu. Conseguiu me prender do começo ao fim, coisa que os episódios anteriores não conseguiram. Porém, ainda aqui ficamos com duas questões. A primeira é o cenário positivo do último episódio, a segunda é que o fato deles apostarem tudo no último episódio e ir preparando para o acontecimento desde o primeiro capítulo, muitas das vezes deixa a trama extremamente arrastada e tendo que trabalhar coisas triviais.
Escape at Dannemora
4.2 53 Assista AgoraBenicio De Toro e Patricia Arquette, MONSTROS.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (4ª Temporada)
4.4 252 Assista AgoraAdrien Brody é FODA.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (1ª Temporada)
4.4 461 Assista AgoraA BBC dá um banho na maioria das produções estadunidenses. A única que consegue bater de frente é realmente a HbO (Mas aí não é TV, é HbO!). Figurino, ambientações, jogo de câmeras, fotografia, tudo perfeito nesses quesitos. Os ingleses sabem como fazer uma série esteticamente bela.
O roteiro não é algo fora do normal do que se encontra por aí. Ainda dá pra encontrar bastante clichês e alguns personagens que não foram muito bem trabalhados, o que sobra no personagem principal. Acho que o grande triunfo da primeira temporada, principalmente pros amantes dos filmes de gângsteres, são as inúmeras referências que dá pra pescar na série. Seja intencional ou não, quem já teve contato com os universos de "Era Uma Vez Na América", "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão", irá se sentir em casa e mais próximo da família Shelby, mesmo apenas nos seis primeiros episódios.
Vale ressaltar, a lembrança que trás também da maior série de todos os tempos, "The Sopranos", além de parecer muito uma "Son's Of Anarchy", melhor produzida.
E Não Sobrou Nenhum
4.2 123Foi a melhor adaptação de um livro da Agatha Christie que vi no formato filme/minissérie.
Obviamente não é perfeita. Existiram dois pontos negativos que me chamaram atenção. As mortes começam a acontecer rápido demais, o que acaba estragando um pouco o clima que deveria rondar cada uma delas. O segundo ponto achei ainda mais crucial. No livro, o poema é quase um personagem dentro do livro. Apesar de citarem os trechos quando ocorre algumas mortes, pareceu que deixaram isso de lado. Deveriam ter trabalhado mais em cima do poema. Senti falta de alguém pra recitar o poema todo, em vez de ir soltando ele de forma fracionada.
No restante, não tem do que reclamar. O elenco dá conta, figurinos e fotografia dispensam comentários e eles conseguem te prender com o roteiro que tem nas mãos. Até a mudança no final que achei meio forçada, dá pra relevar.
Vikings (6ª Temporada)
3.7 257 Assista AgoraConseguiram estragar uma série que tinha um excelente potencial.
As duas primeiras temporadas são ótimas, principalmente as histórias sobre a cultura viking e as discussões entre uma religião pagã e o cristianismo. Quando a série começa a se afastar dessa proposta, pautando a série basicamente em disputas e lutas territoriais o nível cai bruscamente. Ela se perde, fica confusa, forçada.
Nas últimas temporadas a única coisa que ainda salva e vale a pena assistir é toda a trajetória de Ivar, o desossado. Mas até isso no final conseguiram estragar. Sua morte é bastante forçada na medida que ele supera vários obstáculos, combates e ferimentos pra morrer com 4 facadas de pão de manteiga por um menino qualquer na batalha. Aquele final olhando o pôr do sol foi bem novelão das oito também!
Obs: Ainda assim conseguiu ter um final menos pior que Game Of Thrones.
Felicity (4ª Temporada)
4.1 32Quem achou o final de Lost polemico, precisa ver o que JJ Abrams fez aqui!
Felicity (1ª Temporada)
4.1 86Envelheceu muito mal. Principalmente pros personagens masculinos.
The Newsroom (3ª Temporada)
4.5 53 Assista AgoraO episódio final reflete o que foi a série. Uma alternância entre grandes momentos e alguns clichês que acabam prejudicando o que poderia ser muito mais grandioso.
É altamente indicativa para quem estuda ou trabalha com comunicação. É importante e interessante também pra quem é de fora, porque escancara como funciona os bastidores de um jornal televisivo. Essa parte é incontestável a perfeição da série. Confesso que para pessoas como eu que não são do meio, após alguns episódios ela acaba se tornando um pouco arrastada ( e eu não tenho problemas com séries arrastadas) e cansativa. Alguns temas de fato são importantes e tentam fazer uma crítica social. Ainda assim, essa crítica parte do ponto de vista do jogo da televisão. Outros temas encontram alguns problemas, principalmente na diferença de realidade política entre EUA e Brasil. Pra quem é daqui e não entende muito como funciona as coisas por lá - por mais que algumas politicagens sejam exatamente iguais - pode se perder um pouco o que acaba tornando a série complicada.
Os dramas dos personagens, e aqui entra o problema da série - são por vezes bem clichês. Várias vezes não acreditava que aquele roteiro vinha de uma emissora como a HBO que trabalha tão bem essa parte da produção. Histórias que você sabia pra onde ia, soluções preguiçosas e pouquíssimos plots interessantes. Eu particularmente também não me vi apegado a nenhum dos personagens.
Fosse qualquer outra emissora de TV, seria uma série grandiosa. Se tratando de HBO poderia ter sido algo melhor.
Sex and the City (2ª Temporada)
4.3 131Ao assistir a série parece que entramos numa maquina do tempo e voltamos naquela virada de século do final dos anos 90 para o começo dos anos 2000. Nas roupas, nos costumes, nos pensamentos. Um tempo que com todos os seus problemas era mais simples e ainda podíamos ter esperança que as coisas iriam melhorar.
Miranda, Samantha e Steve roubando o protagonismo da série!
Sex and the City (1ª Temporada)
4.3 198 Assista AgoraA precursora de Fleabag. Até mesmo na quebra da quarta parede.
Survivor: Winners At War (40ª Temporada)
4.2 22Primeiramente é importante lembrar que nada do que aconteceu nessa temporada acaba com o que eles fizeram nas temporadas anteriores. Ainda mais sendo vencedores das respectivas temporadas em que participaram.
Se Michelle nada precisava provar por já ter ganho Kaoh Rong e ponto final, Kim continua a best challenge e sendo aquela mulher que provou pra todo mundo que mulher pode jogar pesado igual um homem sim (Como foi reivindicado por Sarah num belo discurso em um dos TC's). Yul sempre será o estrategista matemático que usou um ídolo de forma inédita, Parvati e Boston Rob jamais vão sair do patamar de lendas na história da mitologia de "Survivor" e "The queen stays queen".
Mesmo faltando alguns winners que fizeram história como Richard Hatch, Tina, Vecepia e Todd Herzog, a temporada conseguiu se segurar. É bem verdade que o pós merge foi abaixo do que poderia ter sido, principalmente pra quem esperava ver mais da galera old school, mas acho que nem isso atrapalhou tanto. O forte jogo social do trio Sarah, Ben e Tony não deu margem para que as outras pessoas conseguissem fazer grandes jogadas, e Denise nunca foi uma grande estrategista.
Pode não ter sido a melhor temporada de todos os tempos, mas sem dúvida foi bem emocionante. Era notório que fechou-se um ciclo, que acabou-se uma era. Parece que els queriam principalmente fechar os arcos de jogadores mais antigos. Com certeza o show trilhará novos caminhos daqui pra frente e entrará em uma era de novidades. Se o jogo já havia mudado da primeira geração pra segunda. Houve uma transição quando implantaram os ídolos, outra quando Ciera e Tony resolveram jogar agressivos, depois com o desafio do fogo e mudança do juri no FTC. E agora é inserido a economia dentro do jogo.
Essa temporada também foi importante pra mudar o patamar de duas grandes jogadoras como Sophie e Sarah. A primeira eu já tirava meu chapéu por seu jogo em SP, apesar da edição não dar nenhum destaque. A segunda, foi a primeira temporada em que realmente consegui apreciar como personagem. Apesar do bom jogo em GC, o estilo travado da personagem não me agradava.
Sarah e Tony foram os grandes destaques pelo belo jogo que fizeram. E é importante lembrar que Tony não teria levado essa sem ajuda de Lacina. É impressionante como o nível de jogo do policial aumentou da sua temporada para cá. O que parecia ser impossível aconteceu. Se já era um bom jogador pelo jogo em Cagayan, aumentou seu nível em WaW, quando comprometeu-se mais com sua aliada, venceu challenges e fez fogo. Talvez tenha sido o melhor jogo de toda a história do reality. Apesar de gostar mais de vários outros personagens do que ele, entendo que ele é a cara de "Survivor" e consegue entregar tudo que o reality representa. Bom social, estratégia, bom nos challenges e um entretenimento de primeira, vê-lo dividir o trono com Sandra foi bem bacana. Palmas para o rei.
Community (3ª Temporada)
4.4 191 Assista AgoraO humor nonsense da série não vai agradar a todos. É algo muito particular e que não estamos acostumados a vermos tanto partindo dos Estados Unidos. Seinfeld é o pai dos nonsense e até mesmo ela sofre críticas por grande parte dos espectadores que preferem uma comédia "mais leve" como Friends. Então toda a experiência com "Community" parte do princípio se você gosta desse estilo de humor ou não.
Eu particularmente, apesar de amar Seinfeld, não acho que os estadunidenses façam esse tipo de humor tão bem quanto os britânicos, por exemplo. Que conseguem unir o nonsense com um humor de "vergonha alheia" tão bem. Acredito que o forte do humor dos EUA seja mais o apelo aos personagens ou as histórias em forma de narrativa.
A série quebra com alguns desses estereótipos estadunidenses, apesar de haver essa preocupação em transformar alguns personagens carismáticos como Troy e Abed, eles não se preocupam com outros como Jeffrey ou Pierce. E aqui não é uma crítica, muito pelo contrário, é algo bem inovador na terras norte americanas.
O tipo de piada é muito contextualizada, rápidas e inteligentes. Se você não acompanhar o ritmo vai ficar pra trás e não achando tão engraçado. Aliás, acho que as piadas aqui não são daquelas para se gargalhar - pelo menos foi o meu caso - mas é aquele tipo de piada pra você ser pego de surpresa e dizer "Que sacada genial!".
Episódios excelentes mas já soube que a série vai ladeira abaixo depois daqui - para alguns depois da quarta - Vamos ver o que aguarda.
PS: Não achei uma série fácil de maratonar como vi a galera comentando desde a primeira temporada, justamente pelo ritmo de piada ser muito ágil e fugir dos padrões convencionais.
Survivor: Island of the Idols (39ª Temporada)
3.1 7A temporada que tinha tudo pra acontecer, e não aconteceu. Um cast feminino forte e incrível, pautas sobre feminismo e minorias. A diversidade no elenco, um bom nível estratégico, Boston Rob e a dona e proprietária de Survivor Sandra.
A boa utilização da ilha dos ídolos (Impressionante como Boston Rob e Sandra formam uma bela dupla) entregou uma bela fase tribal. Entretanto, o lance do assédio faz com que uma nuvem negra paire sobre a temporada. Impossível dela voltar a ser a mesma depois do que aconteceu, principalmente no episódio duplo onde além de tudo ainda nos entrega duas eliminações dolorosas.
Nunca "Survivor" foi tão reality quanto essa temporada. O problema é que a realidade é tão tóxica que nos faz querer mesmo é a ficção. Porém, não da pra esquecer as lições que a temporada nos trouxe. Racismo, assédio, feminismo são pautas importantes nos dias sombrios de hoje e é o legado que a season deixa. Não devemos esquecê-la. Teremos que lembrá-la. Principalmente a CBS para que saiba como agir futuramente de maneira mais incisiva. Thailand deve ser esquecida, onde houve um caso claro de assédio e absolutamente NADA foi feito.
Concordo que Tommy seja um vencedor sem graça e nem um pouco carismático. Principalmente com um cast feminino tão bom, fica a frustração. Porém, achei a melhor escolha dentro o F3, visto que sou um fã de uma época em que Survivor não era definido por ídols ou vantagens. Sim, Tommy é um vencedor clássico de Survivor. O cara não venceu nenhum challenge, não obteve nenhuma vantagem, não encontrou nenhum idolo, não visitou a twist da temporada e não fez fogo. Sua base foi o social e estratégico, um vencedor que mesmo não sendo muito bom me lembra a era de ouro do show.
Melhores da temporada pra mim: Kelle, Lauren, Janet, Jammal, Noura e Missy.
The Office (9ª Temporada)
4.3 653A força de The Office sempre esteve em seus personagens. Principalmente naqueles que estão desde o inicio da série. Até mesmo os mais secundários como Kevin, Angela, Stanley, Meredith, Creed, Phillys, Darryl... Todos eles são carismáticos e faz com que além de rirmos, nos importemos com cada um deles. Nos identificamos com um ou outro.
São exatamente eles junto dos outros personagens como Dwight, Jim e Pam quem segura a série quando ela começa a declinar lá no finalzinho da sexta temporada.
Michael é um caso a parte. Não é só o gerente da Dunder Mifflin, como o gerente do show. Tudo passa por ele e é inevitável que a sua saída acabe ocasionando a queda mais brusca que a série acaba naturalmente tendo. Posso dizer, que se tratando de personagens, nenhuma sitcom que eu vi tem a quantidade de bons e carismáticos personagens como "The Office" tem. Seinfeld talvez seja a que mais se aproxima visto que os 4 amigos conseguem ser excelentes personagens. Mas repito, em matéria de QUANTIDADE, ninguém bate a galera do escritório.
A reta final - apesar de uma forçada de barra na relação Pam e Jim - supre a queda de algumas temporadas, e encerra o show com eficiência. Uma sessão de nostalgia que faz dar nó na garganta a qualquer saudosista de plantão. Série boa é aquela que você emociona ao recordar todo o processo que levou ao final. É lembrar dos episódios, das temporadas, se assistiu na sala ou no quarto. Se concluiu algum episódio numa viagem de ônibus porque estava viciado. Não vou comparar com a britânica, porque a proposta é totalmente diferente. Os estadunidenses - assim como nós - gosta que o seu espectador faça parte do show. Se importe com os personagens. Chore, ria ou sinta raiva com eles. E nessa proposta eles foram excelentes.
"Foi isso que ela disse."
Survivor: Edge of Extinction (38ª Temporada)
3.2 15Nada me tira da cabeça que a produção chamou os retornantes porque percebeu que o cast era apagado. Tendo que inventar algo para que esses retornantes não fossem eliminados tão cedo, veio a ideia pra essa twist que eu já torci a cara logo de início.
A eliminação em Survivor é como o gol no futebol. Um blindside seria um gol de placa. Quando a pessoa que é eliminada não está imediatamente fora do jogo, os TC's acabam perdendo 80% da sua emoção e importância, isso pra ser bonzinho. Adicione isso a um cast de newbies totalmente sem carisma e que tirando uns 2 ou 3(forçando a barra) o público acaba não se importando com ninguém. É uma temporada que está fadada ao fracasso.
No entanto, EoE poderia ainda ser pior. No final das contas, tanto os retornantes quanto a twist mais ajudou do que atrapalhou. A produção acertou em cheio na previsão de que o cast era ruim e é justamente os retornantes - tirando Joe, na minha opinião - que leva a temporada nas costas. Sem eles certamente ela poderia ser muito pior. A principal twist da temporada acaba ajudando principalmente porque a Edge of Extinction - diferente de sua irmã mais velha Redemption Island - cria um arco para os personagens ao invés de consumir tempo com desafios e mais desafios. Ver as confusões de Reem e as trapalhadas de Keith foram um alívio em meio a uma temporada que não engrenava. Assim como ver uma desconstrução de personalidades, onde temos o melhor participante se tratando de challenges da história que é Joe, botando em duvida sua força e resistência quando pensa se deveria sair. Ou então uma badass Kelley Wentworth sempre racional e cirúrgica, se desestabilizar emocionalmente.
Vejo muita gente torcer a cara porque o Chris veio com muita informação da EoE ou que ele já volta no F6. A coisa não é tão simples assim. Não basta você ter a informação. É preciso saber usá-la a seu favor. Vários caíram justamente por não conseguir fazer isso. Chris soube usar Deven e fazer Lauren acreditar que ela deveria usar o ídolo. Longe de estar comparando, mas em um menor grau ele fez o que Cirie faz com Erik em Micronésia. Voltar no F6 pode certamente influenciar bastante pra você não ganhar, já que você foi eliminado. Depende muito do júri. Se Ozzy era franco favorito se fosse pra final em South Pacific, e devemos agradecer a Sophie por não termos ele no panteão dos winners de Survivor, Sandra não vence Pearl Islands simplesmente porque é a melhor jogadora dentre todas as temporadas que eu vi (até aqui) e nem porque Lill era um porre o tempo inteiro. Certamente o fato da escoteira ter sido eliminada contou pro juri não escolhê-la. Mesmo que isso não tenha sido o fator principal.
Resumindo: A temporada está longe de estar entre as melhores. E quando digo melhores falo em um Top 20. Mas forçando a barra da sim pra tirar ela de um TOP 10 piores temporadas. Consigo ver facilmente umas 6 ou 7 temporadas piores que ela (Thailand, RI, Ghost Island, South Pacific, Samoa, HxHxH, Worlds Apart e acho que da pra discutir temporadas como One World, Nicaragua e forçando um pouco a barra Marquesas ou Africa, apesar de achar mais justo colocá-la entre as 6 ou 7 piores mesmo).
Melhores da temporada pra mim: Kelley Wenthworth, Wardog e Reem.
Ps: a Edge of Extionction tinha uma fotografia lindíssima. Várias imagens muito bem feita do pôr do sol de Fiji.