Fiz questão de logar aqui e deixar minha opinião pq estão descendo a madeira no filme sem a menor necessidade. É um bom filme e entrega aquilo q se propõe. Se vc curte filmes de fim do mundo (um dia depois do amanhã, 2012 e afins) possivelmente irá gostar desse. Nenhuma novidade mas é uma boa diversão. Aos que esperavam mais de um filme pipoca, eu sinto muito rs
Desculpe, mas um filme que não atente as expectativas do público é um tanto decepcionante. Usaria alguns "comentários positivos" de muitos aqui para dar um dos motivos pelos quais não gostei do que vi. Pra quem procura um bom filme de suspense e terror, com reviravolta ou não, talvez o filme decepcione. A falsa impressão de que o tom é definido no início impulsionam o expectador à decepção. Ao invés de crescer com o desenvolvimento e clímax, o longa esfria gradativamente e toma um rumo distinto, o que difere completamente de "surpreendente".
As ideias talvez pudessem ser bem construídas em filmes 2 filmes distintos. As cenas não conversam entre si, a presença de certos personagens ou seus traços e características são questionáveis. Colocar um narrador claramente evidencia a tentativa de correção. O início é bom, porém o desenvolvimento e conclusão são questionáveis, mas não por eles mesmos e sim pelo contexto criativo em que foram colocados. Se você procura um filme de suspense dramático, talvez possa gostar. Do contrário, não julgue o filme pelo cartaz, pela sinopse, nem pelo gênero.
Durante uma fase ruim, a Marvel acabou vendendo boa parte de seus "melhores" personagens. Tendo que se contentar com o que tinha, acabaram por utilizar personagens quase esquecidos, e tendo que trabalhar boas idéias afinco. Nas HQs, Guardiões da Galáxia foi recriado varias vezes, mas nunca fora objeto de deslumbre como outras equipes consagradas igualmente X-men, quarteto fantástico, vingadores. Entretanto, o grupo passa a ser explorado novamente pela Marvel, em 2008, com uma nova formação nos quadrinhos. A equipe espacial tornou-se um trunfo, com uma dinâmica divertida entre heróis questionáveis, e o sucesso levou à adaptação cinematográfica.
Guardiões da Galáxia é a mais nova e arriscada aposta da Marvel nos cinemas. A adaptação traz cinco heróis jamais citados nos outros longas. No enredo, Peter Quill rouba uma esfera misteriosa e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Adiante, acaba sendo caçado por Rocket Raccon em parceria com Groot, quando é interrompido pela, igualmente interessada, Gamora. Numa sequencia de azares, todos são presos, e, afim de escapar da prisão, aliam-se e integram mais um componente, Drax, o destruidor. Adiante, descobrem que a desejada esfera possui poder capaz de mudar os rumos do universo. Depois de muito se questionar, os improváveis optam por proteger o objeto para que ele n caia em mãos erradas.
Logo nas primeiras cenas, a adaptação mostra-se diferente de todos os outros longas da Marvel. O tom, com o pé na comédia, não varia ao longo do filme. As piadas não soam desnecessárias ou como alívios cômicos fora de hora. Apesar de os fãs dos quadrinhos terem que se conformar com algumas mudanças, o desafio de adaptar cinco inéditos personagens complexos foi superado brilhantemente, sem que fosse necessário estender a duração com explicações desnecessárias a este primeiro momento. O equilíbrio e interação entre as personagens é mais que satisfatório, todos tem seu devido espaço. Os efeitos visuais e gráficos são bem trabalhados, enquanto a trilha sonora é um dos picos do longa, que casa perfeitamente com a ideia que se faz do grupo. Apesar de ter poucos momentos grandiosos, o 3D é bom e na medida certa.
O filme, por apresentar um grupo de personagens duvidosos unidos pelas circunstâncias do momento, tenta fugir do clichê heróico. Apesar disso, há momentos de recaída. Ao mesmo tempo em que o destino de um dos personagens da-se de maneira grandiosa, outros dois desenvolvem rápida relação, digna de comparação com os romances de Nicolas Sparks.
No final, o resultado é satisfatório. Um filme cômico e divertido, que cumpre sua proposta. Isso mostra, mais uma vez, que a Marvel sabe fazer o dever de casa. O estúdio - que já conseguiu consagrar seus personagens e colocar seus filmes entre as maiores bilheterias da história - marca mais um ponto, fecha dignamente a Fase 2 e expande (ainda mais) o universo Marvel nos cinemas.
Nos cinemas, a franquia X-Men sempre foi meio confusa. Em 2000 é lançado o primeiro capítulo (X-men: o filme), o qual fazia parte da grande avalanche de super-heróis que estaria por vir. Como um experimento, que deu certo, o filme foi feito para agradar a massa, não havia comprometimento, tão pouco preocupação com a coerência e coesão de um "universo" pois, até então, não existia. Entretanto, o longa ganha força suficiente ($) para se tornar uma franquia rentável.
Mais duas sequências e um filmes solo do Wolverine foram filmadas, e mais incoerências foram surgindo. O "efeito Nolan e Pós Marvel" dos cinemas começa se espalhar pelos estúdios e revela-se uma tendência - funciona e da pra ganhar mais dinheiro. Então, em 2011 é lançado um X-men de 'Primeira Classe', os primeiros movimentos da Fox em direção a um universo coeso à la Vingadores. Mas como desentortar o que já nasceu torto? A própria HQ já tinha uma resposta para esta pergunta.
A história em quadrinhos, X-men - Dias de um futuro esquecido, serviu de inspiração para recomeçar praticamente do zero, se desfazer sem negar o que já existe. Não um reboot, e sim uma continuação com uma desculpa, mais do que bem trabalhada, para mexer no passado e alterar o presente (e futuro da franquia). Agora, o sétimo filme dos 'jovens superdotados' tenta trazer as diretrizes básicas da HQ para o confuso universo cinematográfico.
No original, "O mundo do século XXI é dominado pelos Sentinelas, robôs que oprimem os humanos e caçam os mutantes. Uma resistência, formada por alguns X-Men restantes, tem o audacioso plano de enviar a mente da Kitty Pryde do futuro para seu corpo em 1981 para evitar o evento que gerou aquele mundo desolado: o assassinato do Senador Robert Kelly." Na trama cinematográfica, a resistência do futuro envia a mente de Wolverine de volta aos anos 70 para impedir o assassinato do chefe político anti-mutante Bolívar Trask, evento que levaria à aprovação do governo dos EUA para a criação dos Sentinelas caçadores de mutantes. Com isso, de forma simples, pode-se ignorar todos aqueles inexplicáveis eventos de filmes anteriores, e dar oportunidade para que novas histórias sejam contadas, sem agredir o universo agora amarrado.
As sutis alterações não comprometeram o resultado, e aceitáveis explicações foram dadas para isso. Um dos pontos fortes do filme é a interação entre personagens e cenas de ação. Há uma excelente introdução de novos personagens, sem a necessidade de apresentação prévia - como a atuação de Mercúrio, digna de comparação com a cena do Noturno em X-men 2. A trilha sonora não decepciona, mistura elementos clássicos da antiga trilogia com o excepcional tom do Primeira Classe. Os efeitos gráficos estão na medida certa, na verdade não se destacam de algo que já tenha sido visto, enquanto que o 3D chega a ser um tanto mal aproveitado.
Com todos os esforços, mesmo apagando erros anteriores, a Fox é que parece repetir alguns erros do passado. Talvez a preocupação em apagar a sujeira já feita tenha levado ao mediano aproveitamento do excelente elenco escalado. O resultado é satisfatório, vale a pena assistir, entretanto, X-men primeira classe continua na frente, e com folga. O que importa, daqui pra frente, são os efeitos colaterais deste capítulo, ansiosamente aguardados. No final das contas, X-men - Dias de um futuro esquecido cumpre seu principal objetivo sem cair nos desgosto, com uma boa desculpa para aposentar o antigo elenco e renovar uma franquia quase em falência, afinal, como disse Wolverine, "temos muito assunto para por em dia".
O primeiro espetacular homem aranha trouxe "nova visão" do personagem, e alguns elementos mais fiéis à história das HQs, numa abordagem cuja característica já está até mesmo no título do filme - intencionalmente "espetácular". Com seus altos e baixos, prós e contras, num todo, o filme pode ser considerado preguiçoso, levando em consideração que é a abertura de uma nova franquia. Fato talvez ocasionado pela certeza de uma sequência, independente do resultado.
No processo de desconstrução do protagonista - ainda mais evidente no segundo capítulo - as personalidades de Peter Parker e Homem aranha tornam-se muito próximas, quase não existindo um alter ego. O jovem originalmente nerd, reprimido e sofredor de bullying, Peter Parker (das HQs) dá lugar a um jovem descolado, engraçado e jovial, "Homem Aranha em tempo integral". Essa mudança proposital, fatalmente ocorreu para aproximar personagem e público alvo, cujas características também já não são as mesmas de 2002.
O mistério que envolve os pais de Peter Parker trás uma novidade (que nunca existiu) à trama. Por ter sido, de certa forma, bem finalizada, esta é uma das novidades que não necessariamente irão desagradar os fãs do aracnídeo. O mesmo não pode ser dito em relação à "nova roupagem" dos vilões. Aqui, a Oscorp parece um poço gerador de vilões medíocres, rebeldes sem causa. Electro, com muita boa vontade, pode ser salvo, já que, apesar de ter o desenvolvimento estacionado no meio da trama, teve uma origem aceitável e motivações quase que relevantes. Não é o caso do 'pseudo' Rino e do duende verde, cujo processo de 'desconstrução' levou à destruição dos personagens.
Deixando de lado o "Nerd ferido", é inegável a qualidade visual gráfica do longa. Quase que imperceptível as diferenças entre realidade e efeitos gráficos, conseguem acertar também no 3D, bem aproveitado com jogos de reflexos, iluminação, destroços e slow motion bem utilizados e nada enjoativos. Entretanto, o filme, como filme, erra (ou se perde?) no tom. Num ritmo que vai e vem, e não cresce, a descartável (!) trilha sonora torna-se indispensável para mostrar ao espectador aquilo querem que ele sinta em cada cena. Ao que parece, o lado espetacular da franquia refere-se aos rings de UFC que são prontamente montados na cidade, para que os figurantes moradores possam assistir ao "espetáculo" de camarote.
Entre cagadas e mistérios, as melhores cenas estão entre Andrew Garfield e Emma Stone. Mas, ao mesmo tempo em que há a aproximação de personalidades de Peter Parker e Homem Aranha, existe uma incoerência entre sofrimento de um e aprendizado do outro.
Atividade paranormal foi um achado diante poucos bons novos filmes de terror da atualidade. O primeiro filme, e único "amador", trouxe novidades ao gênero que anteriormente teria dado certo em "A bruxa de Blair". O filme caiu na boca e gosto do povo e logo tornou-se uma franquia. O filme foge do padrão Terror/suspense americano - sem sexo "explicito", festas, álcool, drogas, adolescentes abestalhados - e restringe-se a uma boa trama recheada de bons sustos.
Sua sequência (Atividade Paranormal 2) conseguiu seguir a mesma linha do seu antecessor. Soube ainda aproveitar os benefícios de se fazer uma prequel. Mas como a indústria do cinema não sabe "parar enquanto está por cima", logo veio o lançamento da versão japonesa, Atividade Paranormal-Tóquio, e começou a levar a franquia para baixo.
No ano seguinte, conseguiram segurar as pontas com "Atividade Paranormal 3", voltando ainda mais ao passado, mostrando a infância das irmãs Katie e Kristi e as primeiras manifestações demoníacas. Aqui, nota-se o inicio do desejo de responder algumas perguntas - porque? como? quem?
Em 2012, Atividade Paranormal 4 preferiu deixar de lado a origem de todo o mal e passa a envolver uma nova família, assim como o episódio em Tóquio. O resultado é mediano-fraco - assim como a "sequência japonesa" - talvez o que o tenha salvado do fracasso fora o envolvimento do garoto Hunter e de sua possuída tia Katie.
É impossível não associar atividade paranormal ao medo do desconhecido. A proposta é interessante, o espectador leva consigo sua bagagem mental e o filme aproveita-se dela. Alguém já conseguiu alguma vez ver o demônio que assombra a franquia? Nós o enxergamos sem vê-lo.
Atividade Paranormal 5 tenta voltar mais uma vez às perguntas não respondias, mas definitivamente esquece o que consagrou a mediana franquia: susto. Sem isso, a impressão que dá é de que estamos em casa assistindo um daqueles curtas que não fazem nada além de contar o que aconteceu no período entre um bom filme e seu sucessor.
Particularmente adoro a franquia, mas tento ignorar os demais filmes. Fico até agora apenas com o 1,2 e 3. É preciso relembrar o que fez um simples filme amador gerar uma franquia de sucesso, para então fazer uma sequência digna.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 631Amei, estava precisando.. kkk faz tempo que n vejo um filme assim, direto ao ponto e nada pretensioso. Bem legal
Tempestade: Planeta em Fúria
2.7 597 Assista AgoraFiz questão de logar aqui e deixar minha opinião pq estão descendo a madeira no filme sem a menor necessidade. É um bom filme e entrega aquilo q se propõe. Se vc curte filmes de fim do mundo (um dia depois do amanhã, 2012 e afins) possivelmente irá gostar desse. Nenhuma novidade mas é uma boa diversão. Aos que esperavam mais de um filme pipoca, eu sinto muito rs
O Homem das Sombras
3.2 657 Assista AgoraDesculpe, mas um filme que não atente as expectativas do público é um tanto decepcionante. Usaria alguns "comentários positivos" de muitos aqui para dar um dos motivos pelos quais não gostei do que vi. Pra quem procura um bom filme de suspense e terror, com reviravolta ou não, talvez o filme decepcione. A falsa impressão de que o tom é definido no início impulsionam o expectador à decepção. Ao invés de crescer com o desenvolvimento e clímax, o longa esfria gradativamente e toma um rumo distinto, o que difere completamente de "surpreendente".
As ideias talvez pudessem ser bem construídas em filmes 2 filmes distintos. As cenas não conversam entre si, a presença de certos personagens ou seus traços e características são questionáveis. Colocar um narrador claramente evidencia a tentativa de correção. O início é bom, porém o desenvolvimento e conclusão são questionáveis, mas não por eles mesmos e sim pelo contexto criativo em que foram colocados. Se você procura um filme de suspense dramático, talvez possa gostar. Do contrário, não julgue o filme pelo cartaz, pela sinopse, nem pelo gênero.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraDurante uma fase ruim, a Marvel acabou vendendo boa parte de seus "melhores" personagens. Tendo que se contentar com o que tinha, acabaram por utilizar personagens quase esquecidos, e tendo que trabalhar boas idéias afinco. Nas HQs, Guardiões da Galáxia foi recriado varias vezes, mas nunca fora objeto de deslumbre como outras equipes consagradas igualmente X-men, quarteto fantástico, vingadores. Entretanto, o grupo passa a ser explorado novamente pela Marvel, em 2008, com uma nova formação nos quadrinhos. A equipe espacial tornou-se um trunfo, com uma dinâmica divertida entre heróis questionáveis, e o sucesso levou à adaptação cinematográfica.
Guardiões da Galáxia é a mais nova e arriscada aposta da Marvel nos cinemas. A adaptação traz cinco heróis jamais citados nos outros longas. No enredo, Peter Quill rouba uma esfera misteriosa e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Adiante, acaba sendo caçado por Rocket Raccon em parceria com Groot, quando é interrompido pela, igualmente interessada, Gamora. Numa sequencia de azares, todos são presos, e, afim de escapar da prisão, aliam-se e integram mais um componente, Drax, o destruidor. Adiante, descobrem que a desejada esfera possui poder capaz de mudar os rumos do universo. Depois de muito se questionar, os improváveis optam por proteger o objeto para que ele n caia em mãos erradas.
Logo nas primeiras cenas, a adaptação mostra-se diferente de todos os outros longas da Marvel. O tom, com o pé na comédia, não varia ao longo do filme. As piadas não soam desnecessárias ou como alívios cômicos fora de hora. Apesar de os fãs dos quadrinhos terem que se conformar com algumas mudanças, o desafio de adaptar cinco inéditos personagens complexos foi superado brilhantemente, sem que fosse necessário estender a duração com explicações desnecessárias a este primeiro momento. O equilíbrio e interação entre as personagens é mais que satisfatório, todos tem seu devido espaço. Os efeitos visuais e gráficos são bem trabalhados, enquanto a trilha sonora é um dos picos do longa, que casa perfeitamente com a ideia que se faz do grupo. Apesar de ter poucos momentos grandiosos, o 3D é bom e na medida certa.
O filme, por apresentar um grupo de personagens duvidosos unidos pelas circunstâncias do momento, tenta fugir do clichê heróico. Apesar disso, há momentos de recaída. Ao mesmo tempo em que o destino de um dos personagens da-se de maneira grandiosa, outros dois desenvolvem rápida relação, digna de comparação com os romances de Nicolas Sparks.
No final, o resultado é satisfatório. Um filme cômico e divertido, que cumpre sua proposta. Isso mostra, mais uma vez, que a Marvel sabe fazer o dever de casa. O estúdio - que já conseguiu consagrar seus personagens e colocar seus filmes entre as maiores bilheterias da história - marca mais um ponto, fecha dignamente a Fase 2 e expande (ainda mais) o universo Marvel nos cinemas.
E que venha a Fase 3.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraNos cinemas, a franquia X-Men sempre foi meio confusa. Em 2000 é lançado o primeiro capítulo (X-men: o filme), o qual fazia parte da grande avalanche de super-heróis que estaria por vir. Como um experimento, que deu certo, o filme foi feito para agradar a massa, não havia comprometimento, tão pouco preocupação com a coerência e coesão de um "universo" pois, até então, não existia. Entretanto, o longa ganha força suficiente ($) para se tornar uma franquia rentável.
Mais duas sequências e um filmes solo do Wolverine foram filmadas, e mais incoerências foram surgindo. O "efeito Nolan e Pós Marvel" dos cinemas começa se espalhar pelos estúdios e revela-se uma tendência - funciona e da pra ganhar mais dinheiro. Então, em 2011 é lançado um X-men de 'Primeira Classe', os primeiros movimentos da Fox em direção a um universo coeso à la Vingadores. Mas como desentortar o que já nasceu torto? A própria HQ já tinha uma resposta para esta pergunta.
A história em quadrinhos, X-men - Dias de um futuro esquecido, serviu de inspiração para recomeçar praticamente do zero, se desfazer sem negar o que já existe. Não um reboot, e sim uma continuação com uma desculpa, mais do que bem trabalhada, para mexer no passado e alterar o presente (e futuro da franquia). Agora, o sétimo filme dos 'jovens superdotados' tenta trazer as diretrizes básicas da HQ para o confuso universo cinematográfico.
No original, "O mundo do século XXI é dominado pelos Sentinelas, robôs que oprimem os humanos e caçam os mutantes. Uma resistência, formada por alguns X-Men restantes, tem o audacioso plano de enviar a mente da Kitty Pryde do futuro para seu corpo em 1981 para evitar o evento que gerou aquele mundo desolado: o assassinato do Senador Robert Kelly." Na trama cinematográfica, a resistência do futuro envia a mente de Wolverine de volta aos anos 70 para impedir o assassinato do chefe político anti-mutante Bolívar Trask, evento que levaria à aprovação do governo dos EUA para a criação dos Sentinelas caçadores de mutantes. Com isso, de forma simples, pode-se ignorar todos aqueles inexplicáveis eventos de filmes anteriores, e dar oportunidade para que novas histórias sejam contadas, sem agredir o universo agora amarrado.
As sutis alterações não comprometeram o resultado, e aceitáveis explicações foram dadas para isso. Um dos pontos fortes do filme é a interação entre personagens e cenas de ação. Há uma excelente introdução de novos personagens, sem a necessidade de apresentação prévia - como a atuação de Mercúrio, digna de comparação com a cena do Noturno em X-men 2. A trilha sonora não decepciona, mistura elementos clássicos da antiga trilogia com o excepcional tom do Primeira Classe. Os efeitos gráficos estão na medida certa, na verdade não se destacam de algo que já tenha sido visto, enquanto que o 3D chega a ser um tanto mal aproveitado.
Com todos os esforços, mesmo apagando erros anteriores, a Fox é que parece repetir alguns erros do passado. Talvez a preocupação em apagar a sujeira já feita tenha levado ao mediano aproveitamento do excelente elenco escalado. O resultado é satisfatório, vale a pena assistir, entretanto, X-men primeira classe continua na frente, e com folga. O que importa, daqui pra frente, são os efeitos colaterais deste capítulo, ansiosamente aguardados. No final das contas, X-men - Dias de um futuro esquecido cumpre seu principal objetivo sem cair nos desgosto, com uma boa desculpa para aposentar o antigo elenco e renovar uma franquia quase em falência, afinal, como disse Wolverine, "temos muito assunto para por em dia".
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraO primeiro espetacular homem aranha trouxe "nova visão" do personagem, e alguns elementos mais fiéis à história das HQs, numa abordagem cuja característica já está até mesmo no título do filme - intencionalmente "espetácular". Com seus altos e baixos, prós e contras, num todo, o filme pode ser considerado preguiçoso, levando em consideração que é a abertura de uma nova franquia. Fato talvez ocasionado pela certeza de uma sequência, independente do resultado.
No processo de desconstrução do protagonista - ainda mais evidente no segundo capítulo - as personalidades de Peter Parker e Homem aranha tornam-se muito próximas, quase não existindo um alter ego. O jovem originalmente nerd, reprimido e sofredor de bullying, Peter Parker (das HQs) dá lugar a um jovem descolado, engraçado e jovial, "Homem Aranha em tempo integral". Essa mudança proposital, fatalmente ocorreu para aproximar personagem e público alvo, cujas características também já não são as mesmas de 2002.
O mistério que envolve os pais de Peter Parker trás uma novidade (que nunca existiu) à trama. Por ter sido, de certa forma, bem finalizada, esta é uma das novidades que não necessariamente irão desagradar os fãs do aracnídeo. O mesmo não pode ser dito em relação à "nova roupagem" dos vilões. Aqui, a Oscorp parece um poço gerador de vilões medíocres, rebeldes sem causa.
Electro, com muita boa vontade, pode ser salvo, já que, apesar de ter o desenvolvimento estacionado no meio da trama, teve uma origem aceitável e motivações quase que relevantes. Não é o caso do 'pseudo' Rino e do duende verde, cujo processo de 'desconstrução' levou à destruição dos personagens.
Deixando de lado o "Nerd ferido", é inegável a qualidade visual gráfica do longa. Quase que imperceptível as diferenças entre realidade e efeitos gráficos, conseguem acertar também no 3D, bem aproveitado com jogos de reflexos, iluminação, destroços e slow motion bem utilizados e nada enjoativos. Entretanto, o filme, como filme, erra (ou se perde?) no tom. Num ritmo que vai e vem, e não cresce, a descartável (!) trilha sonora torna-se indispensável para mostrar ao espectador aquilo querem que ele sinta em cada cena. Ao que parece, o lado espetacular da franquia refere-se aos rings de UFC que são prontamente montados na cidade, para que os figurantes moradores possam assistir ao "espetáculo" de camarote.
Entre cagadas e mistérios, as melhores cenas estão entre Andrew Garfield e Emma Stone. Mas, ao mesmo tempo em que há a aproximação de personalidades de Peter Parker e Homem Aranha, existe uma incoerência entre sofrimento de um e aprendizado do outro.
Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal
2.4 764 Assista AgoraAtividade paranormal foi um achado diante poucos bons novos filmes de terror da atualidade. O primeiro filme, e único "amador", trouxe novidades ao gênero que anteriormente teria dado certo em "A bruxa de Blair". O filme caiu na boca e gosto do povo e logo tornou-se uma franquia. O filme foge do padrão Terror/suspense americano - sem sexo "explicito", festas, álcool, drogas, adolescentes abestalhados - e restringe-se a uma boa trama recheada de bons sustos.
Sua sequência (Atividade Paranormal 2) conseguiu seguir a mesma linha do seu antecessor. Soube ainda aproveitar os benefícios de se fazer uma prequel. Mas como a indústria do cinema não sabe "parar enquanto está por cima", logo veio o lançamento da versão japonesa, Atividade Paranormal-Tóquio, e começou a levar a franquia para baixo.
No ano seguinte, conseguiram segurar as pontas com "Atividade Paranormal 3", voltando ainda mais ao passado, mostrando a infância das irmãs Katie e Kristi e as primeiras manifestações demoníacas. Aqui, nota-se o inicio do desejo de responder algumas perguntas - porque? como? quem?
Em 2012, Atividade Paranormal 4 preferiu deixar de lado a origem de todo o mal e passa a envolver uma nova família, assim como o episódio em Tóquio. O resultado é mediano-fraco - assim como a "sequência japonesa" - talvez o que o tenha salvado do fracasso fora o envolvimento do garoto Hunter e de sua possuída tia Katie.
É impossível não associar atividade paranormal ao medo do desconhecido. A proposta é interessante, o espectador leva consigo sua bagagem mental e o filme aproveita-se dela. Alguém já conseguiu alguma vez ver o demônio que assombra a franquia? Nós o enxergamos sem vê-lo.
Atividade Paranormal 5 tenta voltar mais uma vez às perguntas não respondias, mas definitivamente esquece o que consagrou a mediana franquia: susto. Sem isso, a impressão que dá é de que estamos em casa assistindo um daqueles curtas que não fazem nada além de contar o que aconteceu no período entre um bom filme e seu sucessor.
Particularmente adoro a franquia, mas tento ignorar os demais filmes. Fico até agora apenas com o 1,2 e 3. É preciso relembrar o que fez um simples filme amador gerar uma franquia de sucesso, para então fazer uma sequência digna.