"Algum dia, quando a descriminalização das drogas for uma realidade, os historiadores olharão para trás e sentirão o mesmo arrepio que hoje nos produz a Inquisição"
Amarelo Manga; Baixio das Bestas; Febre do Rato; Recife Frio; Av Brasília Formosa; O Som ao Redor; Doméstica; Era Uma Vez Eu, Verônica; Tatuagem (estrea em dez dias); Amor, Plástico e Barulho (idem). Não há o que discutir, o Cinema Pernambucano é o melhor dos últimos anos, ou ao menos o mais autoral.
Milimetricamente acertado. Mise en scene perfeita, direção de arte e de figurino gritando, roteiro maravilhoso, atuações - como era de esperar - sublimes, e, claro, coroando tudo, uma puta aula de direção de Polanski. Formidável.
Talvez pela admiração, ou pela vontade de que fosse verdade, fui assistir ao que chamei intimamente de “novo filme do Bergman”. Liv & Ingmar – Uma História de Amor, na realidade do diretor indiano estreante em longas-metragens Dheeraj Akolkar, se propunha a contar, ou melhor, a deixar que a talentosíssima Liv Ullmann contasse a história de amor que viveu, durante 42 anos, com o mestre sueco Ingmar Bergman, sob, claro, o ponto de vista invariavelmente unilateral da atriz.
Depoimentos intimistas e vastos marcam o ritmo do documentário, sendo cortados ora por imagens de Ullmann em filmes de Bergman, ora por tomadas da natureza regidas por violinos e piano tristes e desnecessários, principalmente porque o silêncio sempre foi a principal trilha sonora do diretor sueco. Os monólogos são o ponto forte do filme. Akolkar soube desaparecer muito bem deixando que o espectador se sentisse ouvinte imediato das belas lembranças da atriz, que se porta maravilhosamente frente as câmeras, tornando fácil descobrir o que fez o diretor, na época mais de vinte anos mais velho, se apaixonar. A leveza, naturalidade, e até saudosismo com que assuntos difíceis são tratados – como a possessividade do sueco, e as ditas torturas que ele a fazia passar em algumas gravações – incluem quem assiste nos sentimentos referidos. Em contrapasso, a montagem do longa se mostra claramente ajustada para causar emoções, pecado quase imperdoável quando se fala de Bergman, que tinha no estático a principal arma sensorial. A inexperiência do indiano salta a vista nesse sentido, com cortes fora de hora, trechos da filmografia do diretor desnecessários e planos naturais – apesar de belíssimos – repetitivos e até cansativos, mesmo para proposta inicial, além da já citada sonorização que beira o amadorismo.
A vontade de ver o “novo filme do Bergman” se tornou satisfação e decepção simultaneamente. A sublime presença de Liv Ullmann, sempre irretocável, deu tom a satisfação, a impressão de se sentir mais íntimo do ídolo, mais próximo. Os erros técnicos e a frágil direção iniciante deixaram a impressão de que um material tão maravilhoso poderia ter sido melhor explorado. Dheeraj Akolkar desapareceu muito bem quando necessário, mas quis, talvez, compensar nos outros momentos. O que ele não sabia, ou esqueceu, é que quando se trata de Bergman, mesmo post-mortem, mesmo de sua ausência, não há espaço pra outra mão diretora. Afinal, até quando a mão do sueco era protagonista sabia muito bem se camuflar, e ressaltar por causa disso. Em suma, Liv & Ingmar – Uma História de Amor causa uma lágrima e palmas para protagonista, um “tente melhorar” para o diretor, e uma vontade de assistir de novo uma obra-prima do sueco.
Depois de Volver e Hable Con Ella, esse é o terceiro filme do Almodóvar que eu assisto. E pela primeira vez sinto uma 'necessidade' de comentar: que puta história. O roteiro é quebrado nos momentos certos, nem mais nem menos; as cenas sucedem-se muito bem; e Antonio Banderas encarna um psicopata adorável. Belíssima história de obsessão, loucura e vingança. De fato, Almodóvar sabe fazer um filme.
que tem seu ápice e cena mais conhecida antes da metade da duração;
que tem desfecho conhecido por muita gente que ainda não o viu (era meu caso); que tem uma das trilhas sonoras mais conhecidas do mundo; e que, apesar de tudo isso, prende sua atenção de uma maneira inacreditável. Os 109min passaram como 10. Não há outra forma de definir diferente de: obra-prima.
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 209cinema é construção de tensão. espetacular
Tim Maia - Não Há Nada Igual
3.6 593 Assista Agoraque bosta! Tim Maia merecia coisa bem melhor..
Prometo Um Dia Deixar Essa Cidade
2.5 14ficou ó... uma bosta
Brasil S/A
3.6 28Genial
Soldado Anônimo
3.6 262 Assista Agoramesmo subtexto de Full Metal Jacket
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraA liberdade do corpo
Cortina de Fumaça
4.4 124"Algum dia, quando a descriminalização das drogas for uma realidade, os historiadores olharão para trás e sentirão o mesmo arrepio que hoje nos produz a Inquisição"
Febre do Rato
4.0 657Sobre poesia, anarquia e marginalismo urbano. O faz muito bem.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraUma grande sátira à loucura e ao cristianismo
Holy Motors
3.9 652Uma obre-prima do cinema de todos os tempos
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraAmarelo Manga; Baixio das Bestas; Febre do Rato; Recife Frio; Av Brasília Formosa; O Som ao Redor; Doméstica; Era Uma Vez Eu, Verônica; Tatuagem (estrea em dez dias); Amor, Plástico e Barulho (idem). Não há o que discutir, o Cinema Pernambucano é o melhor dos últimos anos, ou ao menos o mais autoral.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KMilimetricamente acertado. Mise en scene perfeita, direção de arte e de figurino gritando, roteiro maravilhoso, atuações - como era de esperar - sublimes, e, claro, coroando tudo, uma puta aula de direção de Polanski. Formidável.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraMesmo que só tivesse feito esse filme, Lynch já seria um dos maiores de todos os tempos.
Holy Motors
3.9 652poderia ter 240min que eu assistiria feliz
Cortina de Fumaça
4.4 124não é desse maravilhoso documentário, mas sempre lembro da frase:
"Isn't a war on drugs; is a war on personal freedom"
Liv & Ingmar - Uma História de Amor
4.2 125Talvez pela admiração, ou pela vontade de que fosse verdade, fui assistir ao que chamei intimamente de “novo filme do Bergman”. Liv & Ingmar – Uma História de Amor, na realidade do diretor indiano estreante em longas-metragens Dheeraj Akolkar, se propunha a contar, ou melhor, a deixar que a talentosíssima Liv Ullmann contasse a história de amor que viveu, durante 42 anos, com o mestre sueco Ingmar Bergman, sob, claro, o ponto de vista invariavelmente unilateral da atriz.
Depoimentos intimistas e vastos marcam o ritmo do documentário, sendo cortados ora por imagens de Ullmann em filmes de Bergman, ora por tomadas da natureza regidas por violinos e piano tristes e desnecessários, principalmente porque o silêncio sempre foi a principal trilha sonora do diretor sueco. Os monólogos são o ponto forte do filme. Akolkar soube desaparecer muito bem deixando que o espectador se sentisse ouvinte imediato das belas lembranças da atriz, que se porta maravilhosamente frente as câmeras, tornando fácil descobrir o que fez o diretor, na época mais de vinte anos mais velho, se apaixonar. A leveza, naturalidade, e até saudosismo com que assuntos difíceis são tratados – como a possessividade do sueco, e as ditas torturas que ele a fazia passar em algumas gravações – incluem quem assiste nos sentimentos referidos. Em contrapasso, a montagem do longa se mostra claramente ajustada para causar emoções, pecado quase imperdoável quando se fala de Bergman, que tinha no estático a principal arma sensorial. A inexperiência do indiano salta a vista nesse sentido, com cortes fora de hora, trechos da filmografia do diretor desnecessários e planos naturais – apesar de belíssimos – repetitivos e até cansativos, mesmo para proposta inicial, além da já citada sonorização que beira o amadorismo.
A vontade de ver o “novo filme do Bergman” se tornou satisfação e decepção simultaneamente. A sublime presença de Liv Ullmann, sempre irretocável, deu tom a satisfação, a impressão de se sentir mais íntimo do ídolo, mais próximo. Os erros técnicos e a frágil direção iniciante deixaram a impressão de que um material tão maravilhoso poderia ter sido melhor explorado. Dheeraj Akolkar desapareceu muito bem quando necessário, mas quis, talvez, compensar nos outros momentos. O que ele não sabia, ou esqueceu, é que quando se trata de Bergman, mesmo post-mortem, mesmo de sua ausência, não há espaço pra outra mão diretora. Afinal, até quando a mão do sueco era protagonista sabia muito bem se camuflar, e ressaltar por causa disso. Em suma, Liv & Ingmar – Uma História de Amor causa uma lágrima e palmas para protagonista, um “tente melhorar” para o diretor, e uma vontade de assistir de novo uma obra-prima do sueco.
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Noé
3.0 2,6K Assista Agorao foco não é o elenco, é o diretor
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraDepois de Volver e Hable Con Ella, esse é o terceiro filme do Almodóvar que eu assisto. E pela primeira vez sinto uma 'necessidade' de comentar: que puta história. O roteiro é quebrado nos momentos certos, nem mais nem menos; as cenas sucedem-se muito bem; e Antonio Banderas encarna um psicopata adorável. Belíssima história de obsessão, loucura e vingança. De fato, Almodóvar sabe fazer um filme.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraUm filme
que tem seu ápice e cena mais conhecida antes da metade da duração;
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2Ktudo ia bem, até um dos finais mais WTF que já vi..
Holy Motors
3.9 652Preciso ter esse filme em casa, alguém sabe algum lugar que esteja vendendo? Só achei no mercadolivre por 139$
Vai Que Dá Certo
2.9 802 Assista Agoradava pra saber que seria fraco, mas dá pra rir
Holy Motors
3.9 652É deliciosamente invasor. No meio da sessão eu pensei: "Que porra de filme sem sentido mais maravilhoso eu estou vendo!"
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraAtuações bizonhas dos quatro Hobbits, Frodo (Elijah) é o menos mal..