Eu ia dizer pra você não assistir a série a partir dessa temporada mas...
SINAIS E MARAVILHAS (esse por si só é uma das estruturas mais elegantes e geniais que já vi em um roteiro de T.V, uma aula mesmo, sem exageros, é simplesmente espetacular)
Faminto Libertação A salvação da humanidade Todas as coisas Três Desejos O medo Requiem
percebam que ainda que em uma temporada medíocre, a maior parte dos episódios em que acertam a mão ainda é melhor e mais consistente do que grande parte da programação da T.V atual
Ao que já parecia ser uma "tradição" dentro da série em que todas as temporadas são encerradas com um jantar em família. Lá na lanchonete Tony Soprano escolhe uma música no Jukebox enquanto aguarda os outros membros AJ, Carmela e Meadow. A música que começa a tocar é Journey / Don't Stop Believin. A que chega primeiro é Carmela, depois AJ, seguido por um sujeito misterioso com uma Jaqueta estranha "members only". A partir daí, passam a esperar Meadow e no meio tempo começam a comer cebolas empanadas. Certo
A partir daqui escrevo o que eu penso ser o desfecho da série
Toda a família é morta pelo homem que vai ao banheiro e que segundo os créditos que se mostram depois tem o nome de Leotardo (sobrinho, primo???) em uma cena em que homenageia diretamente "O Poderoso Chefão".
Meadow estaria nervosa porque levou um chifre do namorado, engravidou ou sei lá o que, e por isso não conseguia estacionar o carro direito, o que a faz levar muito mais tempo para se juntar aos outros a mesa, e isso termina por lhe poupar do destino da morte certa como seus familiares, aí quando Meadow entra na lanchonete, o sino toca, Tony olha pra ela e é assassinado.
Aí a coisa volta um pouco atrás no episódio "Filme de Família" quando Tony conversa com Bobby sobre o fim que os espera (gente como eles, gente fina sabe) e Bobby diz: "Você provavelmente nem sequer ouve quando uma coisa assim acontece" e isso valida o fim abrupto e silencioso da série.
Família Soprano é foda em todos os sentidos positivos da palavra e prova que ainda existem pessoas que pensam em Hollywood e que os espectadores também estão dispostos a serem seduzidos por isso. o final de 10 segundos sem nenhum som dialoga com o grito mudo de Al Pacino lá no "Poderoso Chefão 3" e fazem dessas duas obras-primas coisas espetaculares. Por isso sim: "Nunca deixe de acreditar" e solte o som que Journey também é foda
Mais um órfão de uma série que foi fantástica em todos os aspectos
Walter White deixa claro sua vontade de ter sido reconhecido como um notável químico e físico na escolha do pseudônimo criminoso que ele adota para si, o nome do físico alemão, Werner Heisenberg. A cada nova temporada vimos a transformação (precisamente como explica Walter em suas aulas como professor: isso é Química) completa de um amoroso, ambicioso e fracassado professor de química de ensino médio e pai de família em um perfeito psicopata, isto, a meu ver um dos pontos fortes da série, de forma natural e metódica ela nos mostra a transformação e nos faz acreditar que tal processo possa ser possível.
Walter White modifica drasticamente a vida dos personagens que o cercam, os levando a lugares obscuros, os fazendo ultrapassar os diversos limites morais e éticos que suas vidas "minimalistas" impõem, por fim colocando abaixo tudo que eles acreditam ser certo ou errado, e é ai que entra a tal genialidade de Breaking Bad, os personagens não se dão conta que estão sendo manipulados por Walter, e quando o fazem, percebem que já é tarde demais e encontram-se na teia ardilosamente criada por Walter, e ao invés de fazer algo para impedir suas atrocidades, eles acabam se tornando cúmplices de seus crimes ou o choque e a perplexidade é tão grande quando diante de seus atos, que os deixam incapazes de tomar alguma atitude racional. Walter se aproveita da ingenuidade dessas pessoas que julgam as coisas como preto no branco, certo e errado para manipula-las a seu favor.
O fato é que, não importa se você assiste ou não, as infinitas séries que estão em produção terão atingido seu ápice. Pode-se argumentar que vários estão em andamento, outros ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do série da AMC terá influenciado a forma de se fazer TV de forma irretocável.
Uma pessoa normal
Sem calças, sem família, sem dinheiro, e agora, nada. Até onde a sua situação pode ir ? bem baixo, me parece. E chega a ser engraçado como um episódio que resolve por tudo nos eixos funciona bem, Walter nunca esteve tão apagado. Heisenberg não existe e todo o discurso desapareceu. Mãos já há muito doloridas da dor dos outros e do trabalho em si, mas isso é um final. As mão finais de um artista de mão cheia, e isso não é nem um pouco engraçado.
No fim das contas, o que o final da série mais simboliza é a arte que Walter sentia passar com o seu trabalho (a todos os momentos em que se falava do produto: era uma pureza de 99,1%), esse era o único ponto da série que a meu ver nunca aceitou nenhuma interpretação, o produto era muito bom, excelente, magistral, enfim, qualquer superlativo que você queira usar aqui. Ninguém cria algo tão bom sem ser apaixonado pelo que faz. Ninguém ama sem arte.
Mas sei lá, me parece um final limpo demais até para o caos que é Breaking Bad, e isso é visto quando Walter se reconhece. "Sim, eu fiz isso por mim. Eu gostava. Eu me sentia vivo". Walter, finalmente. Do mesmo jeito que Breaking Bad pune autoilusão pela garganta (aeee Todd, como ta legal aí né), ela recompensa confissões. E ali, a morte é simplesmente solução divina, uma recompensa. A realidade.
Liberdade ? Não sei. Bom, sem dúvida. Walter termina inspirado por música de qualquer forma. Inspirado por seus delírios de grandeza, aceita, pela última vez a sua autoilusão como único refúgio. A última cena é o que Walter já esteve mais próximo de provar seu produto. E pouco antes não existia ninguém mais sóbrio que ele.
Eu poderia ficar falando por horas e horas e enchendo a sua cabeça do porque você deve assistir Breaking Bad, mas não quero fazer a partir dos argumentos desse texto. Mas não. Não assista porque é rotulado de genial, de canônico, de épico ou qualquer coisa do tipo.
Assista porque é divertido. Muito divertido. Assista pelos vários momentos em que você vai levar a mão a boca por não acreditar que aquilo aconteceu e tal. Assistir pelas cenas em que você vai falar com a Tv e xingar um personagem ou torcer por eles.Veja também pelos questionamentos morais que a série levanta, onde você chega a conclusão de que teria feito a mesma coisa, de que é "tudo pela família", só para no minuto seguinte dizer que não vale a pena confiar em ninguém. E claro, assista também para chamar Vince Gilligan de corno, safado e filho da puta, porque o desgraçado sabe terminar um episódio como ninguém. Um dos poucos que atualmente sabem fazer passar 50 minutos como se fossem 10. Posso dizer agora que estou órfão, de uma das séries mais competentes que já tive a oportunidade de assistir. Já estou com saudades.
E com vocês (e levando em conta que ainda não assisti as outras, falha que pretendo corrigir nessa vida) a melhor temporada da série até aqui
E vamos aos melhores episódios da série, devo dizer aqui desde já que foi difícil escolher entre eles porque essa temporada foi foda tanto em episódios soltos quanto os que tratam da mitologia da série!!!
Episódio: Procura Incessante
Aquela que é considerada a melhor temporada da série se inicia com os eventos deixados pra trás em O Milagre. As questões genéticas levantadas em Jogo de Gato e Rato ganham outra dimensão quando ficamos sabendo que a raça alienígena tem sua força de resistência contra a colonização. O episódio tem sua força novamente em Mulder, quando ele dá de cara com uma versão de oito anos de sua irmã. Como em todo grande início de temporada para a série, temos muitas reviravoltas: a morte do informante “X”, a aparição de outro informante, a revelação de uma prévia relação entre o Canceroso e a mãe de Mulder… Enfim, o episódio é forte e nos prepara para a impressionante temporada que vimos desenrolando-se até então. O título original era Herrenvolk, uma palavra alemã que significa “raça maior” e faz analogia com os clones encontrados por Mulder. Uma das melhores frases da série também é dita nesse episódio: Nada acontece em contradição à natureza, mas em contradição ao que conhecemos dela. (Já se passaram mais de 15 anos desde então e Arquivo X ainda continua me levando pra escola)
Episódio: O Lar
Aberrações provocadas pelo incesto são o tema desse que foi o único episódio censurado da série. Mais uma vez, a dupla Morgan & Wong – de volta depois da ausência durante toda a temporada anterior – sai na frente e O Lar é disparado um dos momentos mais assustadores e ousados da televisão mundial. As cenas são desconcertantes, incômodas, nojentas… Mas é tudo tão corajoso e inteligente que não dá pra não assistir. Também é aqui que vemos a primeira menção às qualidades maternais de Scully, quando Mulder diz a ela que nunca a viu como uma mãe. O Lar é uma aula de ousadia e se não vale a pena por isso, vale por Gillian Anderson imitando o porquinho Babe no meio de uma cena.
Episódio: O Campo Onde Eu Morri
A reencarnação é o foco nessa sensível história sobre o papel de cada um na sua vida. Uma mulher com um aparente problema de múltiplas personalidades esconde, na verdade, uma linha cruzada de vidas anteriores. Mulder acaba descobrindo uma rede de espíritos que o acompanha em todas as suas vidas. Belo e sombrio, o episódio tem um texto primoroso e uma força emocional impressionante para uma série de ficção científica.
Episódio: Meditações Sobre o Canceroso
Opa, Morgan & Wong de novo! Vocês devem achar que é piada, mas os caras são realmente muito bons. Aqui eles traçam um perfil interessante sobre o Canceroso. O fumante inveterado teria sido o assassino de Kennedy, de Luther King e mesmo assim, alimentava sonhos idiotas sobre ser um grande escritor (leia-se na minha opinião a ironia suprema e genial do ep, visto que o personagem mesmo não conseguindo ser um escritor mediocre, acaba escrevendo a própria história). O episódio é cheio de cenas memoráveis e ironias irresistíveis. É o penúltimo da dupla até aqui. Depois do também ótimo NUNCA MAIS, eles se despedem definitivamente dos roteiros da série, infelizmente.
Episódio: Terma, A Pedra da Morte
Segunda parte de um foderoso episódio duplo que trouxe de volta Krycek e o óleo negro. Quem já leu o desbravador Eram os Deuses Astronautas? reconhece a Tunguska visitada por Mulder na primeira parte. Aqui em Terma, vemos o agente sendo exposto ao óleo e descobrindo mais uma vez que foi usado por Krycek, que trabalha – depois que foi abandonado pelo Canceroso – para os russos. O episódio também é famoso pela cena em que Krycek tem o braço amputado no meio da floresta de Tunguska. Trata-se de um daqueles épicos em duas partes que só os genios de Sr Carter e cia conseguiam fazer igual.
Episódio: O Mundo Gira
John Shiban aproveitou todas as histórias do Chupa-cabras que circulavam na mídia para escrever esse ótimo episódio que divide-se em dois pontos de vista distintos para a mesma história. Divertida e sagaz, a história pode não provocar identificação com a nossa versão do monstro (!!!), mas é um momento impecável do programa.
Episódio: Lembranças Finais
Em O Homem do Câncer vimos o “comedor de cânceres”, Leonard Betts, dizer à Scully que “ela tinha uma coisa que ele queria”. Começa assim o arco dramático que daria à personagem o mesmo câncer sofrido pelas vítimas de abdução que ela conhecera em Os Japoneses. Aqui em Lembranças Finais, Scully atravessa a descoberta definitiva da doença enquanto Mulder tenta descobrir uma maneira de ajudá-la. O primeiro beijo entre os agentes teria acontecido aqui, mas foi cortado na edição final.
Episódio: Lapso de Tempo Parte 2
Somente selecionando as primeiras ou segundas partes dos episódios duplos é que seria possível manter essa lista com apenas 10 menções. Dito isso, a segunda parte de Lapso do Tempo toma a frente por uma razão muito simples: a sequência que explica o que aconteceu com Max Fanig dentro do avião é uma das coisas mais catárticas que eu já experimentei na televisão. Aqui temos a primeira vez em que Mulder fica cara a cara com um dos seres que ele tanto procura e também a consumação cada vez maior da doença que mata Scully aos poucos. Comentar apenas a segunda parte foi necessário, mas não posso esquecer de mencionar a festinha surpresa de Scully, organizada por Mulder, e que foi um dos poucos momentos de intimidade dos dois até aqui.
Episódio: Demônios
Uma experiência leva Mulder a começar a se lembrar de detalhes importantes dos eventos anteriores à abdução de sua irmã. Cenas difíceis entre ele a mãe anunciam a possibilidade cada vez maior de que a abdução de Samantha pode ter sido planejada por causa do “projeto”. Chris Owens volta a viver o Canceroso jovem – depois de Meditações – e prenuncia sua entrada definitiva no futuro do programa.
Episódio: A Maior das Mentiras
Como eu poderia descrever aquele que eu considero o melhor episódio de toda a história da série? São tantas as qualidades intelectuais desse episódio que eu até tenho medo de ficar parecendo um bebê babão e idiota. Pra começar pela frase de abertura que muda para Believe the Lie.
E dentro desse conceito nos apresenta uma história em que nunca fica claro de que mentira realmente estamos falando. As que contam para esconder a verdade sobre os alienígenas ou as que contam para que acreditemos neles. John Fin – que já foi o pai do Pacey e andou revisitando Arquivos Mortos – entra em cena pra viver um dos grandes coadjuvantes da série, o cético Michael Kritschgau, que vem com a missão de provar a Mulder que ele vem acreditando num embuste sobre alienígenas para disfarçar as verdadeiras intenções do governo. A trama não é nada menos que genial! Os diálogos são uma aula de roteiro, temos a cena clássica da autópsia alienígena, temos Bill Scully botando a boca no trombone e tudo sendo coroado pela sequência final, com um Mulder devastado pela dúvida, cometendo um possível suicídio. Sua agonia se conecta ao título original do episódio que é Gethsemane, o nome do jardim onde Jesus passou sua última noite orando, antes da crucificação. E isso é só a primeira parte da trilogia de episódios mais impressionante que eu já tive a sorte de ter assistido na vida (ps: ja assisti a sequência desses eps no 5º ano da série, mas isso é assunto para um próximo review).
Vamos lá: aqui sim a série começa a tomar rumo pelas mãos de um gênio mesmo
Claro que não fica livres de episódios bestas e idiotas, mas aqui são poucos, e o saldo final é muito bom
Agradecimentos ao Sr Carter e toda a equipe mais uma vez
os Episódios Bons ou geniais mesmo, como você preferir
Operação Clipe de Papel:
A primeira parte da primeira grande trilogia da série iniciou-se em Anasazi, na temporada 2. A terceira temporada começa com O Caminho da Cura, que mostra como Mulder conseguiu escapar da armadilha do Canceroso e como Scully descobriu que um chip foi parar em sua nuca sem maiores explicações. Mas é só em Operação Clipe de Papel, que a trilogia mostra todo seu poder e nos presenteia com sequências de tirar o fôlego. O título do episódio diz respeito a um programa secreto que catalogava abduzidos em todo mundo. Ao chegar ao “depósito” de arquivos, Mulder encontra o nome de Scully e o de sua irmã entre os abduzidos. A cena é uma das mais preciosas da série e tem o momento antológico que mostra uma nave chegando e no escuro dos corredores, Scully sente, apavorada, pequenos seres passarem correndo por ela. O episódio ainda tem outra dezena de momentos importantes como a morte da irmã de Scully, o embate entre O Canceroso e Skinner, a revelação da mãe de Mulder de que havia uma razão para sua irmã ter sido levada ao invés dele, a morte de seu pai funcionando como um catalisador de sua relação com Scully, os novos rumos de Krycek e por aí vai. É um soco na sua cara. Chega a ser irritante de inteligente.
O Repouso Final de Clyde Bruckman:
Darin Morgan é conhecido dos fãs da série por seus episódios de narrativa desconstruída e incrível senso de humor. O Repouso final de Clyde Bruckman foi premiado no Emmy e é sem dúvida, um grande momento do programa. Mulder e Scully investigam mortes de videntes que parecem todas executadas por um curioso serial-killer. No processo, acabam encontrando com Clyde, um vidente de verdade que consegue ver o momento em que qualquer um morrerá, no futuro.
Os Japoneses:
ssa é uma temporada mitológica e entendendo como esses episódios interessavam os fãs, Carter jogou outro episódio duplo antes mesmo da metade da mesma. Nessa maravilhosa trama, Mulder recebe uma fita com uma provável autópsia alienígena (numa referência à famosa fita que foi veiculada até mesmo aqui no Brasil, no nosso Fantástico) que ao contrário de sua homônima fraudulenta, mostra-se quase verídica. A investigação leva Mulder a crer que uma entidade alien estaria sendo transportada de trem pelo país e ele segue em seu encalço. Como já de costume nos bons episódios mitológicos, Scully segue em outra vertente da investigação, descobrindo que há várias mulheres abduzidas que também tinham um chip na nuca, que estão morrendo de câncer.
O Falso Alienígena:
A continuação de Os Japoneses eleva o nível dos roteiros um grau a mais. Scully descobre, numa sequência impressionante, que uma base é mantida para experiências com células híbridas. O Sindicato, vendo onde ela está chegando, não tem outra escolha e manda um membro do clã para convencê-la de que o que Mulder persegue naquele trem é um desses seres híbridos mal sucedidos, que são eliminados aos montes, em covas coletivas. O episódio termina com o informante X salvando Mulder de uma grande explosão para eliminar a criatura.
Revelações:
Antes do filme com Patricia Arquette, pouco se tinha visto sobre os estigmas (feridas iguais as de Cristo que aparecem em pessoas muito religiosas sem que tenham sido infringidas) e Kim Newton os aborda nesse sinistro episódio em que os tais estigmas começam a aparecer em um garoto problemático. O episódio tem seu ponto alto quando Scully explica a ocorrência do fenômeno daquela maneira tão desajeitada com a seguinte frase: tenho medo de que Deus esteja falando… e ninguém esteja ouvindo.
A Morte vem do Espaço:
Carter é bom de episódios mitológicos, mas costumava dar seus vacilos em histórias soltas. Aqui, no entanto, temos uma exceção. A morte vem do espaço é uma história deliciosa sobre um raro alinhamento astral que tem uma pequena cidade americana como catalisador. Duas amigas, que nasceram no mesmo dia e hora, acabam captando toda essa energia devastadora e usando-a para o mal. O problema é que o alinhamento acaba mexendo com todo mundo e com isso quem ganha é o espectador, que vê um Mulder todo sexual e uma Scully descontrolada de ciúmes. O episódio tem um grande momento, quando as energias das duas garotas estão tão intensas que provocam uma chuva de pássaros mortos no meio da madrugada. A cena, com canto gregoriano ao fundo, é coisa de gênio mesmo.
O Mistério do Piper Maru I:
A dupla Carter e Spotnitz começa a se consolidar como uma dupla de roteiristas mitológicos, e eles decidem inserir outro elemento na mitologia. O oléo negro faz sua primeira aparição. A entidade alienígena, presa no fundo do mar, dentro de um submarino, aproveita uma expedição de exploração e pula de hospedeiro. Isso mesmo. A massa gosmenta de óleo salta de uma pessoa pra outra, controla sua mente, e só é perceptível por conta de uma sombra escura que desliza pelos olhos da vítima. Seria tão absurdo se estivesse em outra série, mas aqui em Arquivo X se torna um símbolo da capacidade do programa de dominar a narrativa. Mulder descobre, em sua investigação, que Krycek tem vendido segredos para outros governos desde que o Sindicato tentou se livrar dele numa queima de arquivo. Mulder o captura em Hong Kong e no caminho de volta, Krycek acaba se tornando a próxima vítima do óleo.
O Mistério do Piper Maru II:
Na continuação, Krycek, tomado pelo óleo, procura O Sindicato para trocar a fita com os arquivos MJ que ele possuía, por algo que o grupo de conspiradores possui dentro de um silo de mísseis. Mulder e Scully descobrem que o submarino naufragado tinha tido contato com um OVNI que mais tarde teria sido resgatado. É exatamente essa nave que a entidade possuidora de Krycek procura. Em troca da fita, O Canceroso leva Krycek ao silo e numa cena impressionante, o russo “vomita” o óleo pelos olhos, pela boca, pelo nariz, pelas orelhas… na superfície da nave. O episódio termina grandioso, com o óleo de volta ao seu “lar”, e Krycek preso dentro do silo. Aqui fica claro que o membro do sindicato vivido por John Neville tem personalidade ambígua. O episódio também tem a clássica frase de Scully sobre a consciência ser uma voz vinda dos túmulos dos mortos.
Do Espaço Sideral:
Aqui nesse absolutamente fantástico episódio, ficamos conhecendo um pobre soldado do governo que tem a ingrata função de forjar abduções alienígenas e que um dia acaba sendo verdadeiramente abduzido. Com mais uma narrativa descontruída, cheia de fragmentações, vamos conhecendo o roteiro enquanto ele vai sendo contado por diversos pontos de vista. São tantos os momentos antológicos que eu precisaria de muitos tópicos para descrevê-los. O episódio com o epílogo mais legal até aqui.
O Milagre:
A Season Finale da terceira temporada é, em minha opinião, a mais fraca de todas! Mais do que até mesmo das últimas temporadas. Embora a ideia fosse boa – um homem misterioso chama a atenção da polícia após curar milagrosamente as vítimas de um assalto – e estivesse claramente conectada aos eventos científicos da segunda temporada, o episódio tem um final frouxo e não melhora na sua segunda parte. Outros ícones da série aparecem pela primeira vez aqui, como Jeremiah Smith (ícone da resistência alien) e a arma parecida com um picador de gelo que é a única coisa capaz de matar os alienígenas. No entanto, Carter exagera um pouco nos detalhes e vemos os primeiros perigos provocados pelo excesso de criatividade. De uma só vez, sabemos que os alienígenas curam outras pessoas, só morrem com um furo na nuca, têm lados opostos na questão colonizadora e podem se transmorfar até em pessoas mortas. Aqui também temos a primeira menção ao caso entre O Canceroso e a mãe de Mulder, e o paradeiro de Samantha volta ao cerne da questão. Embora cheio de problemas de ritmo, o episódio é importante demais para a mitologia para não fulgurar nessa lista.
Agora, tem a lista das cagadas também
O Raio da Morte:
Esse episódio é horroroso, se não fosse a participação do ainda jovem Jack Black nem seria digno de nota aqui. sem mais
A Guerra das Baratas:
As baratas não convencem como assassinas, e aqui ainda tem umas desculpas esfarrapadas sobre a suposta falta de contato dos dois protagnonistas.
A maldição da Múmia:
Pior ainda, só esse A Maldição da Múmia. Não sei onde aquele povo estava com a cabeça quando resolveu colocar a culpa de uma série de crimes misteriosos num bando de gatos possuídos. As sequências que envolvem Scully sendo atacada pelos gatos é tão ruim que chega a dar vergonha. O episódio todo é chato, feio, não se resolve teoricamente e ainda nos premia com esse desfecho totalmente indigno da série.
O Monstro do Lago:
Mais um episódio monstro da semana que podia ter ficado na gaveta. Claramente inspirados pelo monstro do Lago Ness, o pessoal resolve contar a história de um tal monstro que aparece num lago e está matando gente. Mulder vai pra cidadezinha cheio de vontade de encontrar a criatura e Scully segue-o entediada. A história não é boa, mas o episódio tem um monte de bons momentos, principalmente nos diálogos. O roteiro tem bom humor, caçoa dos agentes, mata a cadelinha feia de Scully e faz boas comparações entre Mulder e o herói de Moby Dick. Mas ao passo em que a série sempre preferiu teorizar muito mais do que conceitualizar, obviamente que a existência da criatura de fato não era importante. Quando os agentes encontram um crocodilo gigante, tudo se encaixa dentro dos propósitos nada megalomaníacos do programa, mas eis que nos segundos finais, Kim Newton, roteirista do episódio, resolve achar que Arquivo X podia se permitir um toque disneylândico e coloca uma criatura meio pré-histórica nadando no horizonte do lago, inofensiva e poética. Quase dá pra esperar a vinheta da Sessão da Tarde vindo logo depois dos créditos. Pois é, Newton, você achou que Arquivo X permitia esse tipo de coisa, mas olha aí! Não permite.
Uma história sombria, sagaz e assustadora sobre uma família de judeus, e de quebra ainda uma nova perspectiva sobre a suástica, que aqui é usada para proteção!!!
Meu, que dizer de uma série de TV que pra mim é algo fora de série
Coisa de genio mesmo
Enfim, vamos lá
Que dizer de Episódios como:
Homenzinhos Verdes: Sobre uma sonda que é enviada em busca de vida em outros planetas, texto excelente e um dos epílogos mais bonitos que vi na série até o momento
Duane Barry: puta clássico e a solução criativa encontrada por Chris Carter para o problema de muita gravidez de Gillian Anderson
A Ascensão: mostra a ascenção do repetente Duane Barry, marca também uma das viradas da série, mostranda Kricek como o personagem que bem... (como ele viria a ser mesmo)
Irresistível: bem, aqui não se tem nada de sobrenatural, apenas o mal visto e julgado pelo ponto de vista da psicologia; a história mostra um psicopata com fetiche por unhas e cabelos femininos. (o episódio de cabeceira de Hannibal Lecter e Norman Bates)
Adoradores das Trevas: Puta obra-prima do terror, sutileza e inteligência como nesse episódio aqui você não vai encontrar em qualquer filme cabeça-de-bagre de terror!!!
A Colônia: primeira parte de um episódio em que começa a manipulação com a história passada de Mulder, sua irmã e tudo o mais, somos convencidos aqui (definitivamente) que David Duchovny é sim um grande ator. Foda
A Fraude: Episódio sobre aberrações de circo, Scully comendo insetos, mulheres barbadas, comedores de coisas vivas, automutilações, gemeos siameses. E de quebra um debate interessante e sutil sobre aparência e essência. Bizarro, grotesco, divertido demais.
Anasazi: E pra fechar com chave de ouro: Por que uma série policial e de mistério tem que se prender só a histórias isoladas? Aqui nesse final, Carter já tinha entendido que uma trama principal tinha muita força. Instigava o espectador. Cadáveres de possíveis alienígenas são encontrados numa reserva indígena e isso é o suficiente pra deixar Mulder completamente transtornado. Aqui, começa a lenda das trilogias perfeitas que permearam a série, com Mulder e Scully agindo juntos, mas separadamente. Cada um destrinchando uma pista, numa fórmula que consagrou o programa. Tudo nesse episódio é especial, desde a dinâmica dos protagonistas até a frase de abertura que escreve The Truth is Out There em língua navajo.
Ei, só eu estou estranhando isso aqui, mas os arquivos MJ entregues a Mulder aqui são velhos conhecidos das teorias de Ufólogos que pipocam hoje em dia a todo em sites e revistas especializadas.
E infelizmente temos as pequenas cagadas também
(nada que arranhe o resultado final da temporada em si, mas ainda sim eu penso que teve sim algumas falhas a temporada
O Hospedeiro: epísodio sobre um verme gigante nos esgotos da cidade. Legal efeitos especiais legais, mas o episódio em si é fraco e tem um roteiro bastante arrastado.
Sangue: episódio sobre mensagens subliminares em que se poupa gastos com efeitos, mas quem perde aqui é o telespectador
Aubrey: história sobre impulsos assassinos que passam de geração em geração, ideia legal e interessante, mas o roteiro é penoso em si e a atriz que tenta verter a situação na tela não convence, acaba ficando chato mesmo.
Navio Fantasma: fala sobre um navio prendo em uma fenda temporal, poderia ser melhor se os roteiristas não fizessem os atores viverem os efeitos na pele do envelhecimento precoce, cria-se drama mas sabe-se que tudo vai acabar bem no final. Isso é uma característica de novelas rasas, e não Arquivo X
Luz Suave: Pelo amor de Deus, um cara com sombra Assassina, Peter Pan Mortal, socorro!!! Você pisa na sombra do cara e vira fumaça!!!
A nossa sorte é que o tal do Chris Carter tem a mão muito mais pesada pra fazer episódios geniais
Concordo com o que algumas pessoas estão dizendo sobre a série
Ela ja foi boa e ja gostei bastante dela
Atualmente ela vive de alguns raros "bons momentos"
No mais
É difícil mesmo pra mim acreditar que o mesmo cara que acertou a mão e fez uma série quase que perfeita como Six Feet Under (A Sete Palmos) tenha concedido essas bizarrices que estão acontecendo agora em True Blood
continuo sendo fã da série apesar de tudo
Agora ficar esperando desesperadamente por um próximo ano e pensar que tudo vai melhorar da noite para o dia, não mais.
Abração a todos
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Arquivo X (7ª Temporada)
4.2 45 Assista AgoraEu ia dizer pra você não assistir a série a partir dessa temporada mas...
SINAIS E MARAVILHAS (esse por si só é uma das estruturas mais elegantes e geniais que já vi em um roteiro de T.V, uma aula mesmo, sem exageros, é simplesmente espetacular)
Faminto
Libertação
A salvação da humanidade
Todas as coisas
Três Desejos
O medo
Requiem
percebam que ainda que em uma temporada medíocre, a maior parte dos episódios em que acertam a mão ainda é melhor e mais consistente do que grande parte da programação da T.V atual
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraAo que já parecia ser uma "tradição" dentro da série em que todas as temporadas são encerradas com um jantar em família. Lá na lanchonete Tony Soprano escolhe uma música no Jukebox enquanto aguarda os outros membros AJ, Carmela e Meadow. A música que começa a tocar é Journey / Don't Stop Believin. A que chega primeiro é Carmela, depois AJ, seguido por um sujeito misterioso com uma Jaqueta estranha "members only". A partir daí, passam a esperar Meadow e no meio tempo começam a comer cebolas empanadas. Certo
A partir daqui escrevo o que eu penso ser o desfecho da série
Toda a família é morta pelo homem que vai ao banheiro e que segundo os créditos que se mostram depois tem o nome de Leotardo (sobrinho, primo???) em uma cena em que homenageia diretamente "O Poderoso Chefão".
Meadow estaria nervosa porque levou um chifre do namorado, engravidou ou sei lá o que, e por isso não conseguia estacionar o carro direito, o que a faz levar muito mais tempo para se juntar aos outros a mesa, e isso termina por lhe poupar do destino da morte certa como seus familiares, aí quando Meadow entra na lanchonete, o sino toca, Tony olha pra ela e é assassinado.
Aí a coisa volta um pouco atrás no episódio "Filme de Família" quando Tony conversa com Bobby sobre o fim que os espera (gente como eles, gente fina sabe) e Bobby diz: "Você provavelmente nem sequer ouve quando uma coisa assim acontece" e isso valida o fim abrupto e silencioso da série.
Família Soprano é foda em todos os sentidos positivos da palavra e prova que ainda existem pessoas que pensam em Hollywood e que os espectadores também estão dispostos a serem seduzidos por isso. o final de 10 segundos sem nenhum som dialoga com o grito mudo de Al Pacino lá no "Poderoso Chefão 3" e fazem dessas duas obras-primas coisas espetaculares. Por isso sim: "Nunca deixe de acreditar" e solte o som que Journey também é foda
Mais um órfão de uma série que foi fantástica em todos os aspectos
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraComo disse bem o baixinho Lannister
Se você quer justiça,veio assistir a série errada
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraWalter White deixa claro sua vontade de ter sido reconhecido como um notável químico e físico na escolha do pseudônimo criminoso que ele adota para si, o nome do físico alemão, Werner Heisenberg. A cada nova temporada vimos a transformação (precisamente como explica Walter em suas aulas como professor: isso é Química) completa de um amoroso, ambicioso e fracassado professor de química de ensino médio e pai de família em um perfeito psicopata, isto, a meu ver um dos pontos fortes da série, de forma natural e metódica ela nos mostra a transformação e nos faz acreditar que tal processo possa ser possível.
Walter White modifica drasticamente a vida dos personagens que o cercam, os levando a lugares obscuros, os fazendo ultrapassar os diversos limites morais e éticos que suas vidas "minimalistas" impõem, por fim colocando abaixo tudo que eles acreditam ser certo ou errado, e é ai que entra a tal genialidade de Breaking Bad, os personagens não se dão conta que estão sendo manipulados por Walter, e quando o fazem, percebem que já é tarde demais e encontram-se na teia ardilosamente criada por Walter, e ao invés de fazer algo para impedir suas atrocidades, eles acabam se tornando cúmplices de seus crimes ou o choque e a perplexidade é tão grande quando diante de seus atos, que os deixam incapazes de tomar alguma atitude racional. Walter se aproveita da ingenuidade dessas pessoas que julgam as coisas como preto no branco, certo e errado para manipula-las a seu favor.
O fato é que, não importa se você assiste ou não, as infinitas séries que estão em produção terão atingido seu ápice. Pode-se argumentar que vários estão em andamento, outros ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do série da AMC terá influenciado a forma de se fazer TV de forma irretocável.
Uma pessoa normal
Sem calças, sem família, sem dinheiro, e agora, nada. Até onde a sua situação pode ir ? bem baixo, me parece. E chega a ser engraçado como um episódio que resolve por tudo nos eixos funciona bem, Walter nunca esteve tão apagado. Heisenberg não existe e todo o discurso desapareceu. Mãos já há muito doloridas da dor dos outros e do trabalho em si, mas isso é um final. As mão finais de um artista de mão cheia, e isso não é nem um pouco engraçado.
No fim das contas, o que o final da série mais simboliza é a arte que Walter sentia passar com o seu trabalho (a todos os momentos em que se falava do produto: era uma pureza de 99,1%), esse era o único ponto da série que a meu ver nunca aceitou nenhuma interpretação, o produto era muito bom, excelente, magistral, enfim, qualquer superlativo que você queira usar aqui. Ninguém cria algo tão bom sem ser apaixonado pelo que faz. Ninguém ama sem arte.
Mas sei lá, me parece um final limpo demais até para o caos que é Breaking Bad, e isso é visto quando Walter se reconhece. "Sim, eu fiz isso por mim. Eu gostava. Eu me sentia vivo". Walter, finalmente. Do mesmo jeito que Breaking Bad pune autoilusão pela garganta (aeee Todd, como ta legal aí né), ela recompensa confissões. E ali, a morte é simplesmente solução divina, uma recompensa. A realidade.
Liberdade ? Não sei. Bom, sem dúvida. Walter termina inspirado por música de qualquer forma. Inspirado por seus delírios de grandeza, aceita, pela última vez a sua autoilusão como único refúgio. A última cena é o que Walter já esteve mais próximo de provar seu produto. E pouco antes não existia ninguém mais sóbrio que ele.
Eu poderia ficar falando por horas e horas e enchendo a sua cabeça do porque você deve assistir Breaking Bad, mas não quero fazer a partir dos argumentos desse texto. Mas não. Não assista porque é rotulado de genial, de canônico, de épico ou qualquer coisa do tipo.
Assista porque é divertido. Muito divertido. Assista pelos vários momentos em que você vai levar a mão a boca por não acreditar que aquilo aconteceu e tal. Assistir pelas cenas em que você vai falar com a Tv e xingar um personagem ou torcer por eles.Veja também pelos questionamentos morais que a série levanta, onde você chega a conclusão de que teria feito a mesma coisa, de que é "tudo pela família", só para no minuto seguinte dizer que não vale a pena confiar em ninguém. E claro, assista também para chamar Vince Gilligan de corno, safado e filho da puta, porque o desgraçado sabe terminar um episódio como ninguém. Um dos poucos que atualmente sabem fazer passar 50 minutos como se fossem 10. Posso dizer agora que estou órfão, de uma das séries mais competentes que já tive a oportunidade de assistir. Já estou com saudades.
Arquivo X (4ª Temporada)
4.5 90 Assista AgoraE com vocês (e levando em conta que ainda não assisti as outras, falha que pretendo corrigir nessa vida) a melhor temporada da série até aqui
E vamos aos melhores episódios da série, devo dizer aqui desde já que foi difícil escolher entre eles porque essa temporada foi foda tanto em episódios soltos quanto os que tratam da mitologia da série!!!
Episódio: Procura Incessante
Aquela que é considerada a melhor temporada da série se inicia com os eventos deixados pra trás em O Milagre. As questões genéticas levantadas em Jogo de Gato e Rato ganham outra dimensão quando ficamos sabendo que a raça alienígena tem sua força de resistência contra a colonização. O episódio tem sua força novamente em Mulder, quando ele dá de cara com uma versão de oito anos de sua irmã. Como em todo grande início de temporada para a série, temos muitas reviravoltas: a morte do informante “X”, a aparição de outro informante, a revelação de uma prévia relação entre o Canceroso e a mãe de Mulder… Enfim, o episódio é forte e nos prepara para a impressionante temporada que vimos desenrolando-se até então. O título original era Herrenvolk, uma palavra alemã que significa “raça maior” e faz analogia com os clones encontrados por Mulder. Uma das melhores frases da série também é dita nesse episódio: Nada acontece em contradição à natureza, mas em contradição ao que conhecemos dela. (Já se passaram mais de 15 anos desde então e Arquivo X ainda continua me levando pra escola)
Episódio: O Lar
Aberrações provocadas pelo incesto são o tema desse que foi o único episódio censurado da série. Mais uma vez, a dupla Morgan & Wong – de volta depois da ausência durante toda a temporada anterior – sai na frente e O Lar é disparado um dos momentos mais assustadores e ousados da televisão mundial. As cenas são desconcertantes, incômodas, nojentas… Mas é tudo tão corajoso e inteligente que não dá pra não assistir. Também é aqui que vemos a primeira menção às qualidades maternais de Scully, quando Mulder diz a ela que nunca a viu como uma mãe. O Lar é uma aula de ousadia e se não vale a pena por isso, vale por Gillian Anderson imitando o porquinho Babe no meio de uma cena.
Episódio: O Campo Onde Eu Morri
A reencarnação é o foco nessa sensível história sobre o papel de cada um na sua vida. Uma mulher com um aparente problema de múltiplas personalidades esconde, na verdade, uma linha cruzada de vidas anteriores. Mulder acaba descobrindo uma rede de espíritos que o acompanha em todas as suas vidas. Belo e sombrio, o episódio tem um texto primoroso e uma força emocional impressionante para uma série de ficção científica.
Episódio: Meditações Sobre o Canceroso
Opa, Morgan & Wong de novo! Vocês devem achar que é piada, mas os caras são realmente muito bons. Aqui eles traçam um perfil interessante sobre o Canceroso. O fumante inveterado teria sido o assassino de Kennedy, de Luther King e mesmo assim, alimentava sonhos idiotas sobre ser um grande escritor (leia-se na minha opinião a ironia suprema e genial do ep, visto que o personagem mesmo não conseguindo ser um escritor mediocre, acaba escrevendo a própria história). O episódio é cheio de cenas memoráveis e ironias irresistíveis. É o penúltimo da dupla até aqui. Depois do também ótimo NUNCA MAIS, eles se despedem definitivamente dos roteiros da série, infelizmente.
Episódio: Terma, A Pedra da Morte
Segunda parte de um foderoso episódio duplo que trouxe de volta Krycek e o óleo negro. Quem já leu o desbravador Eram os Deuses Astronautas? reconhece a Tunguska visitada por Mulder na primeira parte. Aqui em Terma, vemos o agente sendo exposto ao óleo e descobrindo mais uma vez que foi usado por Krycek, que trabalha – depois que foi abandonado pelo Canceroso – para os russos. O episódio também é famoso pela cena em que Krycek tem o braço amputado no meio da floresta de Tunguska. Trata-se de um daqueles épicos em duas partes que só os genios de Sr Carter e cia conseguiam fazer igual.
Episódio: O Mundo Gira
John Shiban aproveitou todas as histórias do Chupa-cabras que circulavam na mídia para escrever esse ótimo episódio que divide-se em dois pontos de vista distintos para a mesma história. Divertida e sagaz, a história pode não provocar identificação com a nossa versão do monstro (!!!), mas é um momento impecável do programa.
Episódio: Lembranças Finais
Em O Homem do Câncer vimos o “comedor de cânceres”, Leonard Betts, dizer à Scully que “ela tinha uma coisa que ele queria”. Começa assim o arco dramático que daria à personagem o mesmo câncer sofrido pelas vítimas de abdução que ela conhecera em Os Japoneses. Aqui em Lembranças Finais, Scully atravessa a descoberta definitiva da doença enquanto Mulder tenta descobrir uma maneira de ajudá-la. O primeiro beijo entre os agentes teria acontecido aqui, mas foi cortado na edição final.
Episódio: Lapso de Tempo Parte 2
Somente selecionando as primeiras ou segundas partes dos episódios duplos é que seria possível manter essa lista com apenas 10 menções. Dito isso, a segunda parte de Lapso do Tempo toma a frente por uma razão muito simples: a sequência que explica o que aconteceu com Max Fanig dentro do avião é uma das coisas mais catárticas que eu já experimentei na televisão. Aqui temos a primeira vez em que Mulder fica cara a cara com um dos seres que ele tanto procura e também a consumação cada vez maior da doença que mata Scully aos poucos. Comentar apenas a segunda parte foi necessário, mas não posso esquecer de mencionar a festinha surpresa de Scully, organizada por Mulder, e que foi um dos poucos momentos de intimidade dos dois até aqui.
Episódio: Demônios
Uma experiência leva Mulder a começar a se lembrar de detalhes importantes dos eventos anteriores à abdução de sua irmã. Cenas difíceis entre ele a mãe anunciam a possibilidade cada vez maior de que a abdução de Samantha pode ter sido planejada por causa do “projeto”. Chris Owens volta a viver o Canceroso jovem – depois de Meditações – e prenuncia sua entrada definitiva no futuro do programa.
Episódio: A Maior das Mentiras
Como eu poderia descrever aquele que eu considero o melhor episódio de toda a história da série? São tantas as qualidades intelectuais desse episódio que eu até tenho medo de ficar parecendo um bebê babão e idiota. Pra começar pela frase de abertura que muda para Believe the Lie.
E dentro desse conceito nos apresenta uma história em que nunca fica claro de que mentira realmente estamos falando. As que contam para esconder a verdade sobre os alienígenas ou as que contam para que acreditemos neles. John Fin – que já foi o pai do Pacey e andou revisitando Arquivos Mortos – entra em cena pra viver um dos grandes coadjuvantes da série, o cético Michael Kritschgau, que vem com a missão de provar a Mulder que ele vem acreditando num embuste sobre alienígenas para disfarçar as verdadeiras intenções do governo. A trama não é nada menos que genial! Os diálogos são uma aula de roteiro, temos a cena clássica da autópsia alienígena, temos Bill Scully botando a boca no trombone e tudo sendo coroado pela sequência final, com um Mulder devastado pela dúvida, cometendo um possível suicídio. Sua agonia se conecta ao título original do episódio que é Gethsemane, o nome do jardim onde Jesus passou sua última noite orando, antes da crucificação. E isso é só a primeira parte da trilogia de episódios mais impressionante que eu já tive a sorte de ter assistido na vida (ps: ja assisti a sequência desses eps no 5º ano da série, mas isso é assunto para um próximo review).
Até mais e... We Want to Believe
Arquivo X (3ª Temporada)
4.5 113 Assista AgoraVamos lá: aqui sim a série começa a tomar rumo pelas mãos de um gênio mesmo
Claro que não fica livres de episódios bestas e idiotas, mas aqui são poucos, e o saldo final é muito bom
Agradecimentos ao Sr Carter e toda a equipe mais uma vez
os Episódios Bons ou geniais mesmo, como você preferir
Operação Clipe de Papel:
A primeira parte da primeira grande trilogia da série iniciou-se em Anasazi, na temporada 2. A terceira temporada começa com O Caminho da Cura, que mostra como Mulder conseguiu escapar da armadilha do Canceroso e como Scully descobriu que um chip foi parar em sua nuca sem maiores explicações. Mas é só em Operação Clipe de Papel, que a trilogia mostra todo seu poder e nos presenteia com sequências de tirar o fôlego. O título do episódio diz respeito a um programa secreto que catalogava abduzidos em todo mundo. Ao chegar ao “depósito” de arquivos, Mulder encontra o nome de Scully e o de sua irmã entre os abduzidos. A cena é uma das mais preciosas da série e tem o momento antológico que mostra uma nave chegando e no escuro dos corredores, Scully sente, apavorada, pequenos seres passarem correndo por ela. O episódio ainda tem outra dezena de momentos importantes como a morte da irmã de Scully, o embate entre O Canceroso e Skinner, a revelação da mãe de Mulder de que havia uma razão para sua irmã ter sido levada ao invés dele, a morte de seu pai funcionando como um catalisador de sua relação com Scully, os novos rumos de Krycek e por aí vai. É um soco na sua cara. Chega a ser irritante de inteligente.
O Repouso Final de Clyde Bruckman:
Darin Morgan é conhecido dos fãs da série por seus episódios de narrativa desconstruída e incrível senso de humor. O Repouso final de Clyde Bruckman foi premiado no Emmy e é sem dúvida, um grande momento do programa. Mulder e Scully investigam mortes de videntes que parecem todas executadas por um curioso serial-killer. No processo, acabam encontrando com Clyde, um vidente de verdade que consegue ver o momento em que qualquer um morrerá, no futuro.
Os Japoneses:
ssa é uma temporada mitológica e entendendo como esses episódios interessavam os fãs, Carter jogou outro episódio duplo antes mesmo da metade da mesma. Nessa maravilhosa trama, Mulder recebe uma fita com uma provável autópsia alienígena (numa referência à famosa fita que foi veiculada até mesmo aqui no Brasil, no nosso Fantástico) que ao contrário de sua homônima fraudulenta, mostra-se quase verídica. A investigação leva Mulder a crer que uma entidade alien estaria sendo transportada de trem pelo país e ele segue em seu encalço. Como já de costume nos bons episódios mitológicos, Scully segue em outra vertente da investigação, descobrindo que há várias mulheres abduzidas que também tinham um chip na nuca, que estão morrendo de câncer.
O Falso Alienígena:
A continuação de Os Japoneses eleva o nível dos roteiros um grau a mais. Scully descobre, numa sequência impressionante, que uma base é mantida para experiências com células híbridas. O Sindicato, vendo onde ela está chegando, não tem outra escolha e manda um membro do clã para convencê-la de que o que Mulder persegue naquele trem é um desses seres híbridos mal sucedidos, que são eliminados aos montes, em covas coletivas. O episódio termina com o informante X salvando Mulder de uma grande explosão para eliminar a criatura.
Revelações:
Antes do filme com Patricia Arquette, pouco se tinha visto sobre os estigmas (feridas iguais as de Cristo que aparecem em pessoas muito religiosas sem que tenham sido infringidas) e Kim Newton os aborda nesse sinistro episódio em que os tais estigmas começam a aparecer em um garoto problemático. O episódio tem seu ponto alto quando Scully explica a ocorrência do fenômeno daquela maneira tão desajeitada com a seguinte frase: tenho medo de que Deus esteja falando… e ninguém esteja ouvindo.
A Morte vem do Espaço:
Carter é bom de episódios mitológicos, mas costumava dar seus vacilos em histórias soltas. Aqui, no entanto, temos uma exceção. A morte vem do espaço é uma história deliciosa sobre um raro alinhamento astral que tem uma pequena cidade americana como catalisador. Duas amigas, que nasceram no mesmo dia e hora, acabam captando toda essa energia devastadora e usando-a para o mal. O problema é que o alinhamento acaba mexendo com todo mundo e com isso quem ganha é o espectador, que vê um Mulder todo sexual e uma Scully descontrolada de ciúmes. O episódio tem um grande momento, quando as energias das duas garotas estão tão intensas que provocam uma chuva de pássaros mortos no meio da madrugada. A cena, com canto gregoriano ao fundo, é coisa de gênio mesmo.
O Mistério do Piper Maru I:
A dupla Carter e Spotnitz começa a se consolidar como uma dupla de roteiristas mitológicos, e eles decidem inserir outro elemento na mitologia. O oléo negro faz sua primeira aparição. A entidade alienígena, presa no fundo do mar, dentro de um submarino, aproveita uma expedição de exploração e pula de hospedeiro. Isso mesmo. A massa gosmenta de óleo salta de uma pessoa pra outra, controla sua mente, e só é perceptível por conta de uma sombra escura que desliza pelos olhos da vítima. Seria tão absurdo se estivesse em outra série, mas aqui em Arquivo X se torna um símbolo da capacidade do programa de dominar a narrativa. Mulder descobre, em sua investigação, que Krycek tem vendido segredos para outros governos desde que o Sindicato tentou se livrar dele numa queima de arquivo. Mulder o captura em Hong Kong e no caminho de volta, Krycek acaba se tornando a próxima vítima do óleo.
O Mistério do Piper Maru II:
Na continuação, Krycek, tomado pelo óleo, procura O Sindicato para trocar a fita com os arquivos MJ que ele possuía, por algo que o grupo de conspiradores possui dentro de um silo de mísseis. Mulder e Scully descobrem que o submarino naufragado tinha tido contato com um OVNI que mais tarde teria sido resgatado. É exatamente essa nave que a entidade possuidora de Krycek procura. Em troca da fita, O Canceroso leva Krycek ao silo e numa cena impressionante, o russo “vomita” o óleo pelos olhos, pela boca, pelo nariz, pelas orelhas… na superfície da nave. O episódio termina grandioso, com o óleo de volta ao seu “lar”, e Krycek preso dentro do silo. Aqui fica claro que o membro do sindicato vivido por John Neville tem personalidade ambígua. O episódio também tem a clássica frase de Scully sobre a consciência ser uma voz vinda dos túmulos dos mortos.
Do Espaço Sideral:
Aqui nesse absolutamente fantástico episódio, ficamos conhecendo um pobre soldado do governo que tem a ingrata função de forjar abduções alienígenas e que um dia acaba sendo verdadeiramente abduzido. Com mais uma narrativa descontruída, cheia de fragmentações, vamos conhecendo o roteiro enquanto ele vai sendo contado por diversos pontos de vista. São tantos os momentos antológicos que eu precisaria de muitos tópicos para descrevê-los. O episódio com o epílogo mais legal até aqui.
O Milagre:
A Season Finale da terceira temporada é, em minha opinião, a mais fraca de todas! Mais do que até mesmo das últimas temporadas. Embora a ideia fosse boa – um homem misterioso chama a atenção da polícia após curar milagrosamente as vítimas de um assalto – e estivesse claramente conectada aos eventos científicos da segunda temporada, o episódio tem um final frouxo e não melhora na sua segunda parte. Outros ícones da série aparecem pela primeira vez aqui, como Jeremiah Smith (ícone da resistência alien) e a arma parecida com um picador de gelo que é a única coisa capaz de matar os alienígenas. No entanto, Carter exagera um pouco nos detalhes e vemos os primeiros perigos provocados pelo excesso de criatividade. De uma só vez, sabemos que os alienígenas curam outras pessoas, só morrem com um furo na nuca, têm lados opostos na questão colonizadora e podem se transmorfar até em pessoas mortas. Aqui também temos a primeira menção ao caso entre O Canceroso e a mãe de Mulder, e o paradeiro de Samantha volta ao cerne da questão. Embora cheio de problemas de ritmo, o episódio é importante demais para a mitologia para não fulgurar nessa lista.
Agora, tem a lista das cagadas também
O Raio da Morte:
Esse episódio é horroroso, se não fosse a participação do ainda jovem Jack Black nem seria digno de nota aqui. sem mais
A Guerra das Baratas:
As baratas não convencem como assassinas, e aqui ainda tem umas desculpas esfarrapadas sobre a suposta falta de contato dos dois protagnonistas.
A maldição da Múmia:
Pior ainda, só esse A Maldição da Múmia. Não sei onde aquele povo estava com a cabeça quando resolveu colocar a culpa de uma série de crimes misteriosos num bando de gatos possuídos. As sequências que envolvem Scully sendo atacada pelos gatos é tão ruim que chega a dar vergonha. O episódio todo é chato, feio, não se resolve teoricamente e ainda nos premia com esse desfecho totalmente indigno da série.
O Monstro do Lago:
Mais um episódio monstro da semana que podia ter ficado na gaveta. Claramente inspirados pelo monstro do Lago Ness, o pessoal resolve contar a história de um tal monstro que aparece num lago e está matando gente. Mulder vai pra cidadezinha cheio de vontade de encontrar a criatura e Scully segue-o entediada. A história não é boa, mas o episódio tem um monte de bons momentos, principalmente nos diálogos. O roteiro tem bom humor, caçoa dos agentes, mata a cadelinha feia de Scully e faz boas comparações entre Mulder e o herói de Moby Dick. Mas ao passo em que a série sempre preferiu teorizar muito mais do que conceitualizar, obviamente que a existência da criatura de fato não era importante. Quando os agentes encontram um crocodilo gigante, tudo se encaixa dentro dos propósitos nada megalomaníacos do programa, mas eis que nos segundos finais, Kim Newton, roteirista do episódio, resolve achar que Arquivo X podia se permitir um toque disneylândico e coloca uma criatura meio pré-histórica nadando no horizonte do lago, inofensiva e poética. Quase dá pra esperar a vinheta da Sessão da Tarde vindo logo depois dos créditos. Pois é, Newton, você achou que Arquivo X permitia esse tipo de coisa, mas olha aí! Não permite.
Arquivo X (2ª Temporada)
4.5 123 Assista AgoraOpa
Minha culpa
Como pude esquecer de citar "Os Calusari"
Uma história sombria, sagaz e assustadora sobre uma família de judeus, e de quebra ainda uma nova perspectiva sobre a suástica, que aqui é usada para proteção!!!
Arquivo X (2ª Temporada)
4.5 123 Assista AgoraMeu, que dizer de uma série de TV que pra mim é algo fora de série
Coisa de genio mesmo
Enfim, vamos lá
Que dizer de Episódios como:
Homenzinhos Verdes:
Sobre uma sonda que é enviada em busca de vida em outros planetas, texto excelente e um dos epílogos mais bonitos que vi na série até o momento
Duane Barry: puta clássico e a solução criativa encontrada por Chris Carter para o problema de muita gravidez de Gillian Anderson
A Ascensão: mostra a ascenção do repetente Duane Barry, marca também uma das viradas da série, mostranda Kricek como o personagem que bem... (como ele viria a ser mesmo)
Irresistível: bem, aqui não se tem nada de sobrenatural, apenas o mal visto e julgado pelo ponto de vista da psicologia; a história mostra um psicopata com fetiche por unhas e cabelos femininos. (o episódio de cabeceira de Hannibal Lecter e Norman Bates)
Adoradores das Trevas: Puta obra-prima do terror, sutileza e inteligência como nesse episódio aqui você não vai encontrar em qualquer filme cabeça-de-bagre de terror!!!
A Colônia: primeira parte de um episódio em que começa a manipulação com a história passada de Mulder, sua irmã e tudo o mais, somos convencidos aqui (definitivamente) que David Duchovny é sim um grande ator. Foda
A Fraude: Episódio sobre aberrações de circo, Scully comendo insetos, mulheres barbadas, comedores de coisas vivas, automutilações, gemeos siameses. E de quebra um debate interessante e sutil sobre aparência e essência. Bizarro, grotesco, divertido demais.
Anasazi: E pra fechar com chave de ouro: Por que uma série policial e de mistério tem que se prender só a histórias isoladas? Aqui nesse final, Carter já tinha entendido que uma trama principal tinha muita força. Instigava o espectador. Cadáveres de possíveis alienígenas são encontrados numa reserva indígena e isso é o suficiente pra deixar Mulder completamente transtornado. Aqui, começa a lenda das trilogias perfeitas que permearam a série, com Mulder e Scully agindo juntos, mas separadamente. Cada um destrinchando uma pista, numa fórmula que consagrou o programa. Tudo nesse episódio é especial, desde a dinâmica dos protagonistas até a frase de abertura que escreve The Truth is Out There em língua navajo.
Ei, só eu estou estranhando isso aqui, mas os arquivos MJ entregues a Mulder aqui são velhos conhecidos das teorias de Ufólogos que pipocam hoje em dia a todo em sites e revistas especializadas.
E infelizmente temos as pequenas cagadas também
(nada que arranhe o resultado final da temporada em si, mas ainda sim eu penso que teve sim algumas falhas a temporada
O Hospedeiro: epísodio sobre um verme gigante nos esgotos da cidade. Legal efeitos especiais legais, mas o episódio em si é fraco e tem um roteiro bastante arrastado.
Sangue: episódio sobre mensagens subliminares em que se poupa gastos com efeitos, mas quem perde aqui é o telespectador
Aubrey: história sobre impulsos assassinos que passam de geração em geração, ideia legal e interessante, mas o roteiro é penoso em si e a atriz que tenta verter a situação na tela não convence, acaba ficando chato mesmo.
Navio Fantasma: fala sobre um navio prendo em uma fenda temporal, poderia ser melhor se os roteiristas não fizessem os atores viverem os efeitos na pele do envelhecimento precoce, cria-se drama mas sabe-se que tudo vai acabar bem no final. Isso é uma característica de novelas rasas, e não Arquivo X
Luz Suave: Pelo amor de Deus, um cara com sombra Assassina, Peter Pan Mortal, socorro!!! Você pisa na sombra do cara e vira fumaça!!!
A nossa sorte é que o tal do Chris Carter tem a mão muito mais pesada pra fazer episódios geniais
Até o fim da 3ª temporada
True Blood (5ª Temporada)
3.8 684 Assista AgoraConcordo com o que algumas pessoas estão dizendo sobre a série
Ela ja foi boa e ja gostei bastante dela
Atualmente ela vive de alguns raros "bons momentos"
No mais
É difícil mesmo pra mim acreditar que o mesmo cara que acertou a mão e fez uma série quase que perfeita como Six Feet Under (A Sete Palmos) tenha concedido essas bizarrices que estão acontecendo agora em True Blood
continuo sendo fã da série apesar de tudo
Agora ficar esperando desesperadamente por um próximo ano e pensar que tudo vai melhorar da noite para o dia, não mais.
Abração a todos