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Alemanha, Ano Zero
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Nessa Alemanha devastada - ano zero, o início de um novo país -, o sentimento que perpassa à maioria dos personagens é a desesperança, a vontade de morrer, desistir (o irmão e o pai de Edmund, por exemplo, falam abertamento). O garoto, além de tentar garantir alguma coisa pra família comer, é colocado a frente de dilemas morais. Eis um trecho do diálogo com seu professor, quando Edmund o procura para ele ajudá-lo a conseguir comida para seu pai:
"Eu não tenho idéia, meu garoto. Você tem que aceitar as coisas como elas são. Ele é velho e fraco. Você já tentou de tudo. Você não pode lutar contra o destino".
"- E se ele morrer?"
"Então, ele morre. Nós todos temos que morrer, mais cedo ou mais tarde. Vocês não podem morrer de fome apenas para mantê-lo vivo."Achei na média as atuações fracas. Se destaca a boa atuação do garoto Edmund Moeschke. (Em 23.04, com Sandra)
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O filme tem um ritmo um pouco lento. Hirszman acerta mais uma vez. Um dos melhores filmes nacionais. Me lembrou o também ótimo "Sangue Negro" (2007) de Paul Thomas Anderson.
O monólogo final resume o filme:
"Penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos... Para quê enganar-me? Se fosse possível recomeçarmos,aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me. É o que mais me aflige. Madalena entrou aqui cheia de bons sentimentos...e bons propósitos. Os sentimentos e os propósitos esbarraram... com a minha brutalidade e o meu egoísmo. Creio que nem sempre fui egoísta e brutal. A profissão é que me deu qualidades tão ruins" ... "A desconfiança é também conseqüência da profissão. Foi este modo de vida que me inutilizou" ... "Se aparecesse alguém ... Estão todos dormindo. Se ao menos a criança chorasse... Nem sequer tenho amizade ao meu filho. Que miséria" ... "E eu vou ficar aqui,às escuras... até não sei que hora. Até que morto de fadiga, encoste a cabeça à mesa... e descanse uns minutos".
(em 01.05.20, com Sandra)