Uma ode ao jazz, aos detalhes e às pequenas coisas da vida. Esse longa me lembrou a seguinte frase: a vida é tudo aquilo que acontece enquanto você persegue o seu sonho. A vida não é o sonho.
Em "O Animal Cordial" (2018), dirigido por Gabriela Amaral Almeida, temos a (re)emergência das questões sociais no gênero do horror. Importante sublinhar que as temáticas sociais foram o mote das primeiras produções do gênero, como, por exemplo, o clássico de Mary Shelley, "Frankenstein" (1818), adaptado para o cinema em 1931 por James Whale.
De forma bastante destacada, as tensões sociais - e pessoais - entre as personagens que trabalham no restaurante ficcional de "O Animal Cordial" fornecem o fio condutor da narrativa. Temos no filme a figura do proprietário vaidoso, Inácio, interpretada de forma surpreendente por Murilo Benício, a garçonete ambiciosa Sara, em uma ótima atuação de Luciana Paes, além do chefe de cozinha nordestino e homossexual Djair, interpretado pelo excepcional Irandhir Santos, aqui pouco aproveitado.
Desde o início do filme, essas tensões são preparadas em cenas que reforçam as relações de poder opressoras que permeiam o ambiente do restaurante que se pretende de "alto padrão": no abuso de poder do proprietário, que obriga os cozinheiros a trabalharem até depois do horário, impedindo-os de conseguirem a última condução para casa; nos clientes esnobes e arrogantes de classe média alta, que destratam e humilham a garçonete; e nos arroubos de megalomania de Inácio, que parece ir até as últimas consequências pelo sucesso do restaurante.
Apresentadas as tensões que amalgamam a narrativa, a trama se desenvolve a partir de um assalto mal sucedido ao restaurante, realizado por dois indivíduos tolos e supostamente inexperientes. Tem-se, então, o início das bizarrices - e aqui como uma qualidade elogiosa - ou slasher, se preferirem. O filme ainda passa pelo gore e pelo sobrenatural, em cenas que se destacam mais como alusões a que referências a outros filmes do gênero de horror.
Não obstante, ainda que o filme apresente inconsistências no roteiro e um andamento apressado do meio para o final, é sem dúvidas um longa marcante no horror brasileiro. O cinema de gênero no Brasil é certamente controverso e incipiente, porém, produções como "O Animal Cordial" atestam que há vocação e criatividade no fazer deste cinema no Brasil.
O Cangaceiro, de 1953, dirigido por Lima Barreto, pode ser considerado uma das mais relevantes produções do cinema brasileiro. Sucesso de público no Brasil e no mundo, o longa que retrata as aventuras de um bando de cangaceiros foi premiado em Cannes nas categorias de melhor filme de aventura e melhor trilha sonora, e é referência fundamental do gênero conhecido como "feijoada western".
Lançado após apenas quinze anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, personagem inspirador da estória, o filme possui inspirações no gênero western do cinema estadunidense. Não obstante, não se exime de abordar aspectos históricos brasileiros, tais como as relações de clientelismo no campo e os limites do Estado no sertão, fazendo uso, inclusive, de figuras estereotipadas, tais como o índio "bom selvagem".
A trama se passa em torno da fuga de um cangaceiro do bando do Capitão Galdino Ferreira, uma clara alusão à figura histórica do Lampião, com uma aprisionada que atraía a admiração e estima do líder cangaceiro. Teodoro e Olivia, os fugitivos, constroem uma improvável relação de amor durante a disparada, que culmina na existencialista escolha de Teodoro entre o sertão e a mulher.
Com uma trilha sonora arrebatadora do cancioneiro tradicional brasileiro, como "Mulher Rendeira", Olê, mulher rendera/Olê, mulhé rendá/Tu me ensina a fazer renda/Eu te ensino a namorá, entoado após cada aventura sanguinária, interpretada pela atriz Vanja Orico com o coro dos Demônios da Garoa, "Lua Bonita", "Sodade, Meu Bem, Sodade" e "Meu Pião", o filme conta ainda com uma pesquisa filológica sofisticada, e a ilustre presença de Adoniran Barbosa, como o personagem "Mané Mole". Há fontes que asseguram que foi durante as gravações do filme que os Demônios da Garoa conheceram o compositor paulista.
Não espere extrair muitas informações históricas sobre o cangaço neste longa. Aliás, não é nem esta a intenção. Nem mesmo da paisagem do sertão nordestino, uma vez que ele foi gravado em Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo. Contudo, a título de conhecimento e pesquisa histórica da cinematografia nacional, o filme é uma referência fundamental e figura bem entre uma das obras mais importantes do cinema brasileiro.
Sessão nostalgia. Me surpreendi com os efeitos visuais deste filme, estão incríveis. Interessante notar também o maniqueísmo do "bem x mal" presente em todo o filme e como os roteiristas o associaram aos elementos da natureza, representados em Mufasa, o rei-sol, que está sempre em um plano claro ou ensolarado, governando uma savana próspera e exuberante; e Scar, rei-lua-minguante, sempre à sombra e em planos escuros e sombrios, que governa uma savana árida e sem vida. Há um caráter didático que funciona muito bem aqui.
“기생충” ou “Gisaengchung” em tradução livre do coreano significa em português “parasitas” e não “parasita”, conforme a versão do filme lançada no Brasil. Em inglês, o equívoco do singular também se repetiu no título “Parasite”. Talvez os portugueses, cuja versão no país obedeceu à tradução correta, “Parasitas”, foram realmente privilegiados por compreenderem à priori que o filme não se tratava de um parasita no singular, mas sim de parasitas, no plural. Parasitas ricos e parasitas pobres, parasitas ordinários e parasitas que se viram como podem. Mas, antes de tudo, parasitas que precisam de um hospedeiro para a sobrevivência. Em um dos cartazes oficiais do filme, vemos a imagem de duas famílias representadas de forma reflexiva, como em um espelho, onde cada indivíduo possui a sua correspondência exata e oposta. Um pai, uma mãe, um filho e uma filha. Parasitas uns dos outros?
Importante ressaltar ainda que “Parasita” possui uma conotação política muito potente, mesmo que sutil aos olhos mais descuidados. O próprio tema da arquitetura das cidades presente no filme corrobora o argumento. Cidades planejadas ao léu dos mais pobres, que precisam enfrentar cotidianamente pesticidas, mijos e chuvas. Degraus e mais degraus e bueiros entupidos de lixo. Janelas pequenas e a constante busca por uma rede wi-fi gratuita marcam ainda a peleja da família pobre.
Todavia, não acredito que o longa conflua para algum tipo de militância ideológica, tal como muitos perceberam-no. São as interpretações do expectador que fazem do filme uma obra de militância. Bong Joon-ho buscou retratar a realidade sul-coreana? Acredito que sim e que não. Sim, pois o autor assimilou as desigualdades e mazelas do seu país para retratar o drama e as angústias das personagens. E não, porque essas disparidades estruturais estão presentes no mundo inteiro de forma assombrosamente similares. Na era do globalismo digital, talvez vivamos mesmo em um grande país chamado capitalismo.
Logo no início do filme, a versão em alemão de “I Want to Hold Your Hand”, dos Beatles, “Komm Gib Mir Deine Hand”, uma conturbada gravação de 27 de janeiro de 1964, já adianta o tom satírico da obra de Taika Waititi. As gravações reais de um Hitler popular em meio a centenas e centenas de mãos para saudá-lo ajudam na contextualização de um momento histórico ímpar, de uma Alemanha doente e de um povo desesperado, cego em suas ideologias. Não fosse a música quebrando o clima ufanista daquelas gravações, o filme poderia parecer apenas mais um documentário sobre a segunda guerra mundial. Mas, na verdade, o filme vai muito além das (já boas) expectativas iniciais. Nas primeiras cenas do filme, somos apresentados ao personagem principal, o pequeno Johannes Betzler – um garoto de dez anos apaixonado pela suástica, cujo amigo imaginário é ninguém menos que Adolf Hitler, interpretado brilhantemente por Taika Waititi. O enredo principal do filme decorre de uma descoberta que abala profundamente os valores e convicções do jovem nazista Jojo: sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson, em uma de suas melhores atuações) esconde uma garota judia no sótão de sua casa. Atordoado pelo acontecimento, Jojo inicia um exercício de investigação sobre os judeus, os “inimigos” dos nazistas, que culmina em uma viagem de descobertas em torno de si mesmo. A partir de uma inusitada amizade com a jovem Elsa Korr, interpretada pela neozelandesa Thomasin McKenzie, que lentamente substitui seu antigo amigo imaginário, Jojo desenvolve noções importantes de empatia e amor. Aliás, talvez sejam essas as palavras que melhor descrevem e sintetizam a leve comédia de Waititi. A empatia e o amor podem ser encontrados mesmo nos piores lugares. Que o diga o Capitão K.
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Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraNão gostei muito da edição deste filme; achei o andamento do meio pro final muito apressado.
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 494 Assista AgoraLindo filme.
Soul
4.3 1,4KUma ode ao jazz, aos detalhes e às pequenas coisas da vida. Esse longa me lembrou a seguinte frase: a vida é tudo aquilo que acontece enquanto você persegue o seu sonho. A vida não é o sonho.
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraNão consegui terminar de tão anacrônico e inverossímil. Um desrespeito à razoabilidade.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraSó não dou 5 estrelas porque o áudio original é em inglês. Este filme é o atestado de que estadunidense não pode ler legendas.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraEm "O Animal Cordial" (2018), dirigido por Gabriela Amaral Almeida, temos a (re)emergência das questões sociais no gênero do horror. Importante sublinhar que as temáticas sociais foram o mote das primeiras produções do gênero, como, por exemplo, o clássico de Mary Shelley, "Frankenstein" (1818), adaptado para o cinema em 1931 por James Whale.
De forma bastante destacada, as tensões sociais - e pessoais - entre as personagens que trabalham no restaurante ficcional de "O Animal Cordial" fornecem o fio condutor da narrativa. Temos no filme a figura do proprietário vaidoso, Inácio, interpretada de forma surpreendente por Murilo Benício, a garçonete ambiciosa Sara, em uma ótima atuação de Luciana Paes, além do chefe de cozinha nordestino e homossexual Djair, interpretado pelo excepcional Irandhir Santos, aqui pouco aproveitado.
Desde o início do filme, essas tensões são preparadas em cenas que reforçam as relações de poder opressoras que permeiam o ambiente do restaurante que se pretende de "alto padrão": no abuso de poder do proprietário, que obriga os cozinheiros a trabalharem até depois do horário, impedindo-os de conseguirem a última condução para casa; nos clientes esnobes e arrogantes de classe média alta, que destratam e humilham a garçonete; e nos arroubos de megalomania de Inácio, que parece ir até as últimas consequências pelo sucesso do restaurante.
Apresentadas as tensões que amalgamam a narrativa, a trama se desenvolve a partir de um assalto mal sucedido ao restaurante, realizado por dois indivíduos tolos e supostamente inexperientes. Tem-se, então, o início das bizarrices - e aqui como uma qualidade elogiosa - ou slasher, se preferirem. O filme ainda passa pelo gore e pelo sobrenatural, em cenas que se destacam mais como alusões a que referências a outros filmes do gênero de horror.
Não obstante, ainda que o filme apresente inconsistências no roteiro e um andamento apressado do meio para o final, é sem dúvidas um longa marcante no horror brasileiro. O cinema de gênero no Brasil é certamente controverso e incipiente, porém, produções como "O Animal Cordial" atestam que há vocação e criatividade no fazer deste cinema no Brasil.
Amor Maldito
3.3 18 Assista Agora"Só eu te amei"
São Bernardo
4.1 66Grande atuação de Othon Bastos. Bela trilha sonora de Caetano Veloso. Boa fotografia de Lauro Escorel. E pronto.
O Cangaceiro
3.8 77O Cangaceiro, de 1953, dirigido por Lima Barreto, pode ser considerado uma das mais relevantes produções do cinema brasileiro. Sucesso de público no Brasil e no mundo, o longa que retrata as aventuras de um bando de cangaceiros foi premiado em Cannes nas categorias de melhor filme de aventura e melhor trilha sonora, e é referência fundamental do gênero conhecido como "feijoada western".
Lançado após apenas quinze anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, personagem inspirador da estória, o filme possui inspirações no gênero western do cinema estadunidense. Não obstante, não se exime de abordar aspectos históricos brasileiros, tais como as relações de clientelismo no campo e os limites do Estado no sertão, fazendo uso, inclusive, de figuras estereotipadas, tais como o índio "bom selvagem".
A trama se passa em torno da fuga de um cangaceiro do bando do Capitão Galdino Ferreira, uma clara alusão à figura histórica do Lampião, com uma aprisionada que atraía a admiração e estima do líder cangaceiro. Teodoro e Olivia, os fugitivos, constroem uma improvável relação de amor durante a disparada, que culmina na existencialista escolha de Teodoro entre o sertão e a mulher.
Com uma trilha sonora arrebatadora do cancioneiro tradicional brasileiro, como "Mulher Rendeira", Olê, mulher rendera/Olê, mulhé rendá/Tu me ensina a fazer renda/Eu te ensino a namorá, entoado após cada aventura sanguinária, interpretada pela atriz Vanja Orico com o coro dos Demônios da Garoa, "Lua Bonita", "Sodade, Meu Bem, Sodade" e "Meu Pião", o filme conta ainda com uma pesquisa filológica sofisticada, e a ilustre presença de Adoniran Barbosa, como o personagem "Mané Mole". Há fontes que asseguram que foi durante as gravações do filme que os Demônios da Garoa conheceram o compositor paulista.
Não espere extrair muitas informações históricas sobre o cangaço neste longa. Aliás, não é nem esta a intenção. Nem mesmo da paisagem do sertão nordestino, uma vez que ele foi gravado em Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo. Contudo, a título de conhecimento e pesquisa histórica da cinematografia nacional, o filme é uma referência fundamental e figura bem entre uma das obras mais importantes do cinema brasileiro.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraSessão nostalgia. Me surpreendi com os efeitos visuais deste filme, estão incríveis. Interessante notar também o maniqueísmo do "bem x mal" presente em todo o filme e como os roteiristas o associaram aos elementos da natureza, representados em Mufasa, o rei-sol, que está sempre em um plano claro ou ensolarado, governando uma savana próspera e exuberante; e Scar, rei-lua-minguante, sempre à sombra e em planos escuros e sombrios, que governa uma savana árida e sem vida. Há um caráter didático que funciona muito bem aqui.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraUm filme de tirar o fôlego. Certamente está entre os melhores filmes de suspense que já assisti. Que final para sublimar...
Parasita
4.5 3,6K Assista Agora“기생충” ou “Gisaengchung” em tradução livre do coreano significa em português “parasitas” e não “parasita”, conforme a versão do filme lançada no Brasil. Em inglês, o equívoco do singular também se repetiu no título “Parasite”. Talvez os portugueses, cuja versão no país obedeceu à tradução correta, “Parasitas”, foram realmente privilegiados por compreenderem à priori que o filme não se tratava de um parasita no singular, mas sim de parasitas, no plural. Parasitas ricos e parasitas pobres, parasitas ordinários e parasitas que se viram como podem. Mas, antes de tudo, parasitas que precisam de um hospedeiro para a sobrevivência. Em um dos cartazes oficiais do filme, vemos a imagem de duas famílias representadas de forma reflexiva, como em um espelho, onde cada indivíduo possui a sua correspondência exata e oposta. Um pai, uma mãe, um filho e uma filha. Parasitas uns dos outros?
Importante ressaltar ainda que “Parasita” possui uma conotação política muito potente, mesmo que sutil aos olhos mais descuidados. O próprio tema da arquitetura das cidades presente no filme corrobora o argumento. Cidades planejadas ao léu dos mais pobres, que precisam enfrentar cotidianamente pesticidas, mijos e chuvas. Degraus e mais degraus e bueiros entupidos de lixo. Janelas pequenas e a constante busca por uma rede wi-fi gratuita marcam ainda a peleja da família pobre.
Todavia, não acredito que o longa conflua para algum tipo de militância ideológica, tal como muitos perceberam-no. São as interpretações do expectador que fazem do filme uma obra de militância. Bong Joon-ho buscou retratar a realidade sul-coreana? Acredito que sim e que não. Sim, pois o autor assimilou as desigualdades e mazelas do seu país para retratar o drama e as angústias das personagens. E não, porque essas disparidades estruturais estão presentes no mundo inteiro de forma assombrosamente similares. Na era do globalismo digital, talvez vivamos mesmo em um grande país chamado capitalismo.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraLogo no início do filme, a versão em alemão de “I Want to Hold Your Hand”, dos Beatles, “Komm Gib Mir Deine Hand”, uma conturbada gravação de 27 de janeiro de 1964, já adianta o tom satírico da obra de Taika Waititi. As gravações reais de um Hitler popular em meio a centenas e centenas de mãos para saudá-lo ajudam na contextualização de um momento histórico ímpar, de uma Alemanha doente e de um povo desesperado, cego em suas ideologias. Não fosse a música quebrando o clima ufanista daquelas gravações, o filme poderia parecer apenas mais um documentário sobre a segunda guerra mundial. Mas, na verdade, o filme vai muito além das (já boas) expectativas iniciais. Nas primeiras cenas do filme, somos apresentados ao personagem principal, o pequeno Johannes Betzler – um garoto de dez anos apaixonado pela suástica, cujo amigo imaginário é ninguém menos que Adolf Hitler, interpretado brilhantemente por Taika Waititi. O enredo principal do filme decorre de uma descoberta que abala profundamente os valores e convicções do jovem nazista Jojo: sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson, em uma de suas melhores atuações) esconde uma garota judia no sótão de sua casa. Atordoado pelo acontecimento, Jojo inicia um exercício de investigação sobre os judeus, os “inimigos” dos nazistas, que culmina em uma viagem de descobertas em torno de si mesmo. A partir de uma inusitada amizade com a jovem Elsa Korr, interpretada pela neozelandesa Thomasin McKenzie, que lentamente substitui seu antigo amigo imaginário, Jojo desenvolve noções importantes de empatia e amor. Aliás, talvez sejam essas as palavras que melhor descrevem e sintetizam a leve comédia de Waititi. A empatia e o amor podem ser encontrados mesmo nos piores lugares. Que o diga o Capitão K.