Tudo já foi dito, não vou me repetir. Também achei muito interessante e criativa a forma como o roteiro coloca a visão das duas Jennys, o uso significativo das cores. Só não sei se gostei muito daquele final, ainda estou digerindo e refletindo sobre aquelas últimas frases. As atuações são boas. Claro que Laura Dern dá um show, talvez seu melhor trabalho (pena que seja para a TV), mas ninguém sequer mencionou a sempre ótima Ellen Burstyn. Aquele diálogo das duas na cozinha foi um grande momento do filme.
Acho um equívoco classificar esse filme como comédia. Embora até tenha um ou outro momento de humor, trata-se de um drama sobre as sequelas, contradições, preconceitos que ficaram da violenta guerra entre etnias que formavam a antiga Iugoslávia. Fotografia belíssima, ótima trilha sonora sem exageros e atuações excelentes. Um filme cheio de humanidade. A atriz me lembrou um pouco Marianne Sagëbrecht (Bagdah Café). É meu segundo filme croata (sem contar as várias coproduções). O primeiro, Sol a Pino (visto no Festival do Rio) também é excelente.
Quando vocês comentam que o final de um filme fez lembrar algum outro, por menos conhecido que seja, devem colocar isso com aviso de spoiler. Alguém aqui (há anos, comentário antigo) citou um filme que eu vi e gosto muito. Por sorte, li só alguns comentários antes de ver e não tinha chegado nesse. Pior que é a segunda vez que isso me acontece na mesma semana (sendo que a primeira me pegou desprevenida). Naturalmente não se deram conta, mas isso é um tremendo spoiler: FICA A DICA.
Uma surpresa esse filme holandês do qual nunca tinha ouvido falar. Achei por acaso em um site on-line e gostei da sinopse: gosto de filmes com histórias paralelas cujos personagens se cruzam em algum momento. E que boas atuações de todo o elenco!
Bom filme, com alguns deslizes. É um filme bem triste, não tem nada de comédia aqui. Algumas situações são forçadas, como a relação improvável entre Fortunata e o psicólogo e algumas interpretações exageradas, inclusive a protagonista, em alguns momentos. Mas vale a pena, nem que seja pela presença de Hannah Schygulla.
que linda e trágica personagem: a cena do assassinato (ou eutanásia), que não aparece explicitamente, é muito boa.
. Gostei muito também da parte introdutória, com os dois planos-sequência, o segundo seguindo em direção à porta do corredor, que se fecha e corta para o título.
Não me surpreendi com o final, por causa de um filme alemão de 2010, que não vou citar agora, porque seria spoiler, aliás, bem superior a este aqui, até pela atriz, que é ótima e já atuou em filmes do Fath Akin. Citarei mais abaixo.Mas gostei deste também, embora tenha achado a atriz pouco expressiva.
Gostei muito do fato de não haver trilha sonora: acho que em em determinados tipos de filme, a música não só é dispensável, como invasiva e manipuladora. É o caso desse A Garota Ocidental, onde a ausência de música funciona muito bem.
E que título péssimo é esse, por que os tradutores fazem isso quase sempre? "Noces" é um bom título. Qual o problema de traduzir para "Núpcias" ou "O Casamento", por exemplo? "Entre o Coração e a Tradição", apesar da cafonice, ainda vai, mas "A Garota Ocidental"?! Como bem falou lá embaixo a Tatiane em seu ótimo texto, ela pouco tem de ocidental, é uma muçulmana convicta que reza, entende a rigidez dos costumes, apenas quer ser livre pra escolher sua vida. A personagem do filme alemão, nascida e criada na Turquia, que apenas acaba de se mudar para o ocidente, é mais "ocidental" do que Zahira.
A propósito, o filme em questão, que eu recomendo, porque é imperdível, mais bem desenvolvido e mais contundente ainda, é este aqui:
Por que esse título? É uma lição de vida, sim, mas não precisava esse título tão desgastado e piegas. Muito melhor o título que está no Netflix: O Aluno. Simples, direto e cabe perfeitamente.
O Cory também não era filho da Rose? O filme todo eu achei que o mais velho era filho da primeira mulher e o garoto, filho do casal, mas tem um momento em que ela diz que a menina era como todos os bebês que ela quis e nunca teve. Estranhei, porque a relação dela com o mais novo era diferente. Com o mais velho ela era compreensiva e amiga, mas não maternal. Suponho que foi porque o mais novo ela ajudou a criar, devia ser muito novo, quando eles se casaram. Mas foi surpresa isso, no final do filme, pensei que ela era mãe dele. Confere?
Que filme tão lindamente triste! A ambientação da casa, os enquadramentos cheios de sutileza, o contraste com a paisagem solar nas cenas externas e, claro, as atuações de Binoche (num de seus melhores trabalhos recentes) e Lou de Laâge, uma atriz que está se revelando a cada filme. Belo trabalho para um diretor estreante.
Muito bom! Alicia em sua estreia em cinema e já mostrando a que veio. Mas não entendi esse finalzinho, ou melhor, a imagem final, com essa foto aparentemente dissociada do filme (primeiro com música, depois em silêncio), e a ausência dos créditos. O que significa aquela foto e a falta de créditos? Aliás, ficou uma dúvida:
Um dos filmes mais bonitos que já vi e que não me canso de rever. Sim, a dublagem, às vezes, incomoda um pouquinho (ela, principalmente), mas nada que tire a emoção do filme. Que final!
Vi o documentário esta semana e agora vi o filme feito em 2009. É interessante porque o filme, de certa forma, complementa o doc, fornecendo dados sobre a vida das duas antes da decadência (embora eu já tivesse pesquisado sobre a história). Mas é fundamental que se assista ao documentário. O ideal seria vê-lo antes, mas, pra quem já viu o filme de 2009, ainda assim, é imprescindível. Isso porque o filme, embora reproduza literalmente algumas situações e diálogos do doc, não dá conta da dimensão do que é mostrado no documentário. De certa forma, o filme atenua e até "glamouriza" um pouco não só as condições em que viviam, mas a própria relação das duas, que é era um pouco mais ácida e complexa do que é encenado. Inclusive o final bonitinho e conciliador dá uma ideia de superação que não sei se realmente aconteceu dessa maneira. Tenho minhas dúvidas. O documentário deixa uma sensação de tristeza, abandono, solidão que não corresponde ao que o filme passa. Claro que o primeiro se esgota em 1975,
antes da morte da mãe, da venda da casa e da consequente liberação da filha
mas, assim mesmo, acho que a Edie Beale filha real tem uma dimensão bem mais trágica. Quanto à atuação das duas atrizes, é perfeita e só isso já vale o filme. Jessica não é surpresa, é uma grande atriz, mas Drew me surpreendeu, reproduzindo a verdadeira Edie até no jeito de falar (o que explica a articulação estranha que alguém criticou aqui). Até por isso, é importante que vejam o doc. O trabalho de maquiagem também ajudou (até a catarata da Edie mãe e os óculos meio tortos foram lembrados). Embora eu preferisse que escalassem atrizes mais na faixa etária das figuras reais (opções não faltariam, Julianne Moore, por exemplo, como a Edie filha, seria perfeita), nem a diferença de idade das atrizes (tanto mãe como filha) atrapalharam.
Que história sinistra! Não conhecia essa condessa Barthory. Li todos os comentários e me surpreendi como várias pessoas acharam pouco sádico, pouco sangue... Queriam mais o quê? Achei crueldade mais que suficiente. Mas o que eu quero comentar é que achei uma certa incoerência no roteiro, um descompasso entre intenção e resultado. Se a ideia inicial era mostrar a história contada pelos vencedores, deixando no ar uma dúvida sobre a veracidade dos crimes, seria mais adequado que a história fosse contada de modo que os crimes não aparecessem, pelo menos, não de forma explícita. Mais sugestão do que ação. Do jeito como nos foi apresentado, não fica nenhuma dúvida quando à culpa da condessa. A partir do momento em que vemos a condessa ordenar claramente e executar os crimes, acho que o roteiro está assumindo que eles aconteceram. É assim que eu vejo.
Bonito e melancólico filme, que consegue abordar com delicadeza e até atenuar o pesado tema da depressão com momentos de humor bem colocados e personagens secundários levemente bizarros. Não é pra qualquer público: provavelmente, só será apreciado por quem é depressivo ou conhece bem a depressão.
Personagens um tanto exagerados, sem profundidade: a irmã rica é fútil demais, a escritora é tonta demais. O final é pobre e meio piegas. O roteiro demora a engrenar na trama principal e acaba se tornando um pouco cansativo.
não significa que o garoto foi morar na favela, nem que a vida na favela é feliz. A fuga dele e esse momento com a Rita refletem um momento de libertação, ao mesmo tempo em que toma conhecimento de uma outra realidade além dos muros da sua casa e do seu mundo alienado e moldado segundo a visão de seus pais. Provavelmente, passada a crise, ele voltará para a sua casa e a sua família, mas com outra visão e outros valores e começará a pensar sozinho, sem reproduzir o discurso paterno. Pelo menos, é assim que eu vi o final.
Ai, tomara que eu tenha acertado essas tags...rsrs.
Nossa, só o Phelipe viu? Lembro que esse filme passou em um Festival do Rio, 2009, provavelmente, e um amigo gostou muito. Não consegui ver. Achei hoje online por acaso. Um filme muito humano, quase sempre triste, que vidas tão cinzentas daquelas pessoas! Em alguns momentos, achei um tanto cansativo, mas, no geral, gostei. A trilha sonora, de fato, é linda, muito delicada.
Os Escritos Secretos
3.5 46 Assista AgoraDesperdício de talento das atrizes. E Sheridan já fez filmes muito bons. Acontece. Esperemos que o próximo seja melhor.
O Conto
4.1 339 Assista AgoraTudo já foi dito, não vou me repetir. Também achei muito interessante e criativa a forma como o roteiro coloca a visão das duas Jennys, o uso significativo das cores. Só não sei se gostei muito daquele final, ainda estou digerindo e refletindo sobre aquelas últimas frases.
As atuações são boas. Claro que Laura Dern dá um show, talvez seu melhor trabalho (pena que seja para a TV), mas ninguém sequer mencionou a sempre ótima Ellen Burstyn. Aquele diálogo das duas na cozinha foi um grande momento do filme.
A Constituição
3.9 11Acho um equívoco classificar esse filme como comédia. Embora até tenha um ou outro momento de humor, trata-se de um drama sobre as sequelas, contradições, preconceitos que ficaram da violenta guerra entre etnias que formavam a antiga Iugoslávia. Fotografia belíssima, ótima trilha sonora sem exageros e atuações excelentes. Um filme cheio de humanidade. A atriz me lembrou um pouco Marianne Sagëbrecht (Bagdah Café).
É meu segundo filme croata (sem contar as várias coproduções). O primeiro, Sol a Pino (visto no Festival do Rio) também é excelente.
Sereia
4.0 57Quando vocês comentam que o final de um filme fez lembrar algum outro, por menos conhecido que seja, devem colocar isso com aviso de spoiler. Alguém aqui (há anos, comentário antigo) citou um filme que eu vi e gosto muito. Por sorte, li só alguns comentários antes de ver e não tinha chegado nesse.
Pior que é a segunda vez que isso me acontece na mesma semana (sendo que a primeira me pegou desprevenida).
Naturalmente não se deram conta, mas isso é um tremendo spoiler: FICA A DICA.
A Suíte Paraíso
3.9 22Uma surpresa esse filme holandês do qual nunca tinha ouvido falar. Achei por acaso em um site on-line e gostei da sinopse: gosto de filmes com histórias paralelas cujos personagens se cruzam em algum momento. E que boas atuações de todo o elenco!
Não entendi muito bem o que o traficante sexual teve a ver com a morte do filho de Seka
[spoiler][/spoiler]
Lucky
3.2 16Bom filme, com alguns deslizes. É um filme bem triste, não tem nada de comédia aqui. Algumas situações são forçadas, como a relação improvável entre Fortunata e o psicólogo e algumas interpretações exageradas, inclusive a protagonista, em alguns momentos. Mas vale a pena, nem que seja pela presença de Hannah Schygulla.
que linda e trágica personagem: a cena do assassinato (ou eutanásia), que não aparece explicitamente, é muito boa.
Gostei muito também da parte introdutória, com os dois planos-sequência, o segundo seguindo em direção à porta do corredor, que se fecha e corta para o título.
[spoiler][/spoiler]
A Noiva do Deserto
3.6 12 Assista AgoraGostei do filme. Me lembrou muito o brasileiro Pela Janela. E Paulina Garcia é ótima.
O Amante Duplo
3.3 107Fiquei um pouco confusa com a Jacqueline Bisset fazendo a mãe dela e a mãe da garota. Não entendi o significado.
A Garota Ocidental
3.9 31 Assista AgoraNão me surpreendi com o final, por causa de um filme alemão de 2010, que não vou citar agora, porque seria spoiler, aliás, bem superior a este aqui, até pela atriz, que é ótima e já atuou em filmes do Fath Akin. Citarei mais abaixo.Mas gostei deste também, embora tenha achado a atriz pouco expressiva.
Gostei muito do fato de não haver trilha sonora: acho que em em determinados tipos de filme, a música não só é dispensável, como invasiva e manipuladora. É o caso desse A Garota Ocidental, onde a ausência de música funciona muito bem.
E que título péssimo é esse, por que os tradutores fazem isso quase sempre? "Noces" é um bom título. Qual o problema de traduzir para "Núpcias" ou "O Casamento", por exemplo? "Entre o Coração e a Tradição", apesar da cafonice, ainda vai, mas "A Garota Ocidental"?! Como bem falou lá embaixo a Tatiane em seu ótimo texto, ela pouco tem de ocidental, é uma muçulmana convicta que reza, entende a rigidez dos costumes, apenas quer ser livre pra escolher sua vida. A personagem do filme alemão, nascida e criada na Turquia, que apenas acaba de se mudar para o ocidente, é mais "ocidental" do que Zahira.
A propósito, o filme em questão, que eu recomendo, porque é imperdível, mais bem desenvolvido e mais contundente ainda, é este aqui:
https://filmow.com/a-estrangeira-t26309/
Imperdível!
Você Desapareceu
3.4 16 Assista AgoraNão sei se entendi muito bem o final:
A cena de sexo entre ela e o advogado, então, foi pura imaginação dela?
[spoiler][/spoiler]
Uma Mulher Fantástica
4.1 422 Assista AgoraGrande filme e grande atuação de Daniela Vega. E que final foi aquele!
Só uma coisa que não entendi ou algo me passou despercebido:
aquele detalhe da chave do armário da sauna, o que foi aquilo, o que ela viu?
[spoiler][/spoiler]
Uma Lição de Vida
4.3 213Por que esse título? É uma lição de vida, sim, mas não precisava esse título tão desgastado e piegas. Muito melhor o título que está no Netflix: O Aluno. Simples, direto e cabe perfeitamente.
Amanhã
4.4 12O filme esteve no último Varilux, provavelmene entrará em circuito.
Estamos Amaldiçoados, Irina
3.6 3Gostei da construção do clima sufocante de tensão sexual, da fotografia, mas não curti o final.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraFiquei intrigada com uma frase da Viola quase no final:
O Cory também não era filho da Rose? O filme todo eu achei que o mais velho era filho da primeira mulher e o garoto, filho do casal, mas tem um momento em que ela diz que a menina era como todos os bebês que ela quis e nunca teve. Estranhei, porque a relação dela com o mais novo era diferente. Com o mais velho ela era compreensiva e amiga, mas não maternal. Suponho que foi porque o mais novo ela ajudou a criar, devia ser muito novo, quando eles se casaram. Mas foi surpresa isso, no final do filme, pensei que ela era mãe dele. Confere?
A Espera
3.7 59Que filme tão lindamente triste! A ambientação da casa, os enquadramentos cheios de sutileza, o contraste com a paisagem solar nas cenas externas e, claro, as atuações de Binoche (num de seus melhores trabalhos recentes) e Lou de Laâge, uma atriz que está se revelando a cada filme. Belo trabalho para um diretor estreante.
Pura
4.0 33Muito bom! Alicia em sua estreia em cinema e já mostrando a que veio. Mas não entendi esse finalzinho, ou melhor, a imagem final, com essa foto aparentemente dissociada do filme (primeiro com música, depois em silêncio), e a ausência dos créditos. O que significa aquela foto e a falta de créditos?
Aliás, ficou uma dúvida:
[/spoiler]
Aquele desfecho redentor é real ou seria a imaginação dela?
[spoiler]
O Mestre da Música
4.1 11Um dos filmes mais bonitos que já vi e que não me canso de rever. Sim, a dublagem, às vezes, incomoda um pouquinho (ela, principalmente), mas nada que tire a emoção do filme. Que final!
Grey Gardens: Do Luxo à Decadência
4.0 172 Assista AgoraVi o documentário esta semana e agora vi o filme feito em 2009. É interessante porque o filme, de certa forma, complementa o doc, fornecendo dados sobre a vida das duas antes da decadência (embora eu já tivesse pesquisado sobre a história). Mas é fundamental que se assista ao documentário. O ideal seria vê-lo antes, mas, pra quem já viu o filme de 2009, ainda assim, é imprescindível.
Isso porque o filme, embora reproduza literalmente algumas situações e diálogos do doc, não dá conta da dimensão do que é mostrado no documentário. De certa forma, o filme atenua e até "glamouriza" um pouco não só as condições em que viviam, mas a própria relação das duas, que é era um pouco mais ácida e complexa do que é encenado.
Inclusive o final bonitinho e conciliador dá uma ideia de superação que não sei se realmente aconteceu dessa maneira. Tenho minhas dúvidas.
O documentário deixa uma sensação de tristeza, abandono, solidão que não corresponde ao que o filme passa. Claro que o primeiro se esgota em 1975,
antes da morte da mãe, da venda da casa e da consequente liberação da filha
Quanto à atuação das duas atrizes, é perfeita e só isso já vale o filme. Jessica não é surpresa, é uma grande atriz, mas Drew me surpreendeu, reproduzindo a verdadeira Edie até no jeito de falar (o que explica a articulação estranha que alguém criticou aqui). Até por isso, é importante que vejam o doc.
O trabalho de maquiagem também ajudou (até a catarata da Edie mãe e os óculos meio tortos foram lembrados). Embora eu preferisse que escalassem atrizes mais na faixa etária das figuras reais (opções não faltariam, Julianne Moore, por exemplo, como a Edie filha, seria perfeita), nem a diferença de idade das atrizes (tanto mãe como filha) atrapalharam.
A Condessa
3.6 104Que história sinistra! Não conhecia essa condessa Barthory. Li todos os comentários e me surpreendi como várias pessoas acharam pouco sádico, pouco sangue... Queriam mais o quê? Achei crueldade mais que suficiente.
Mas o que eu quero comentar é que achei uma certa incoerência no roteiro, um descompasso entre intenção e resultado. Se a ideia inicial era mostrar a história contada pelos vencedores, deixando no ar uma dúvida sobre a veracidade dos crimes, seria mais adequado que a história fosse contada de modo que os crimes não aparecessem, pelo menos, não de forma explícita. Mais sugestão do que ação. Do jeito como nos foi apresentado, não fica nenhuma dúvida quando à culpa da condessa. A partir do momento em que vemos a condessa ordenar claramente e executar os crimes, acho que o roteiro está assumindo que eles aconteceram. É assim que eu vejo.
Em um Pátio de Paris
3.4 28 Assista AgoraBonito e melancólico filme, que consegue abordar com delicadeza e até atenuar o pesado tema da depressão com momentos de humor bem colocados e personagens secundários levemente bizarros. Não é pra qualquer público: provavelmente, só será apreciado por quem é depressivo ou conhece bem a depressão.
Os Olhos Amarelos dos Crocodilos
3.5 42 Assista AgoraPersonagens um tanto exagerados, sem profundidade: a irmã rica é fútil demais, a escritora é tonta demais. O final é pobre e meio piegas. O roteiro demora a engrenar na trama principal e acaba se tornando um pouco cansativo.
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraMe parece que algumas pessoas estão interpretando muito literalmente o final aberto do filme. Acho que o filme terminar com essa cena...
não significa que o garoto foi morar na favela, nem que a vida na favela é feliz. A fuga dele e esse momento com a Rita refletem um momento de libertação, ao mesmo tempo em que toma conhecimento de uma outra realidade além dos muros da sua casa e do seu mundo alienado e moldado segundo a visão de seus pais. Provavelmente, passada a crise, ele voltará para a sua casa e a sua família, mas com outra visão e outros valores e começará a pensar sozinho, sem reproduzir o discurso paterno. Pelo menos, é assim que eu vi o final.
Ai, tomara que eu tenha acertado essas tags...rsrs.
24 City
4.0 7Nossa, só o Phelipe viu? Lembro que esse filme passou em um Festival do Rio, 2009, provavelmente, e um amigo gostou muito. Não consegui ver. Achei hoje online por acaso. Um filme muito humano, quase sempre triste, que vidas tão cinzentas daquelas pessoas! Em alguns momentos, achei um tanto cansativo, mas, no geral, gostei. A trilha sonora, de fato, é linda, muito delicada.