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O Farol
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Somente um cão sem calças pode ser feliz. Se admitirmos que a narrativa é baseada no arquétipo da virgem - e não do herói - compreendemos que Juha precisar ir contra todos os seus preceitos, que o deixam com um vazio, e lutar para permanecer no seu Mundo Secreto.
É na disciplina em que está a liberdade. E por mais encenação que se possa fazer, apenas a experiência de encontrar-se e conhecer aquilo que lhe é mais íntimo pode conferir o prazer de estar seguro nos grilhões escolhidos.
Filme perfeito, com dominação estética e narrativa catalizadora de grandes emoções.
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Providence
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faetus
Olá!
Se em terra firme não há segurança, o que um Farol no meio do mar pode lhe oferecer? As camadas que protegem a sanidade do mundo real vão sendo desgastadas pelos erros cometidos e as mentiras constantemente sustentadas pela mente que necessita de impunidade para estar bem. O veneno e a dosagem médica, a encenação e o despertar da identidade passada que quer reexistir.
Um Farol na imensidão obscura da inconsciência e a sua luz direcionada, apesar de sucinta, evidencia as impressões mais caóticas registradas na alma humana. Dessa forma sendo possível expor o som ululante mais primitivo e animalesco.
O que caracteriza uma identidade é a sua intencionalidade. Assim, sendo o desejo aquilo que representa o indivíduo, o Farol é palco, isolado e incomunicável, místico e onírico, de toda a potencialidade do ser humano sempre reprimido e "preso a grilhões por todos os lados". E não há matéria factual que possa provar a legitimidade da punição.