Com Walt Kowalski, Clint cria mais um estranho sem nome, vivendo num mundo que não é (mais) o seu, podendo confiar só em si mesmo, mas que ainda assim se garante em qualquer situação. Só que dessa vez não há nenhum punhado de dollares como recompensa, apenas a última balada do pistoleiro. Ritmo cadenciado, melancólico, falando pouco mas dizendo muito, parece que afinal o velho Clint criou mais um spaghetti western camuflado.
Interessante como o filme, através do paralelo crime\castigo, leva a refletir sobre a dualidade da moral. Em um primeiro momento se tem a sensação do rigor necessário: o pai que não tolera mentiras e omissões, por mais infantis que sejam, aparece como a base de uma sociedade austera e não corruptível. Mas ao mesmo nada parece mais contraditório do que a necessidade de lembrar aos outros e a si mesmo de sua própria inocência, como um mantra que faz lembrar Dr. Göebels: "Uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade". Afinal, só necessita glorificar a inocência quem já a perdeu, como no filme onde todos parece anti-naturais lutando para esconder seus monstros.
Filme realmente muito subestimado. Aquela frase "Pra sentir o cheiro tem que botar a cara" resume bem a história, só quem passou por tudo que o cara passou para ver sentido naquela guerra suicida. Trilha sonora e escolha de cenários excelentes e para quem não gostou do final fica outra frase do protagonista : Essa não é uma história da América...
A idéia do filme era boa, não se pode deixar consumir pela dor mas ao mesmo tempo vale o bom e velho: o que não mata te fortalece. O único PORÉM é que o clichê de rebelde sem causa ficou meio forçado as vezes. A cena da cabana na montanha e a Homenagem ao Yngvie "Dead" do Mayhem foram as melhores partes.
Um clube da luta com uma boa dose de "Um dia de Fúria" e Lars Von Trier. "Sem língua, sem pátria e sem exército", a base do niilismo, a completa falta de integração e desapego com o ambiente ao redor. Um retrato duro e realista da própria França atual. Mas além da face destrutiva, mostra outro aspecto niilista menos evidente: a busca por algo com que se identificar nem que seja a si mesmo. Ignore todas as regras e vá em busca da sua própria Irlanda ( ou morra tentando...). Ótimo filme.
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Cass
3.8 17"The Football Factory Meet This Is England" a frase da capa já diz muito, só que o filme diz ainda mais... muito mais. Melhor filme do gênero.
Gran Torino
4.2 1,5K Assista AgoraCom Walt Kowalski, Clint cria mais um estranho sem nome, vivendo num mundo que não é (mais) o seu, podendo confiar só em si mesmo, mas que ainda assim se garante em qualquer situação. Só que dessa vez não há nenhum punhado de dollares como recompensa, apenas a última balada do pistoleiro. Ritmo cadenciado, melancólico, falando pouco mas dizendo muito, parece que afinal o velho Clint criou mais um spaghetti western camuflado.
Os Cabeças-de-Vento
3.4 147Definição do filme: Trash But Good" , mas se houvesse um Oscar por melhor participação de 3 segundos o Lemmy com certeza levaria.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraInteressante como o filme, através do paralelo crime\castigo, leva a refletir sobre a dualidade da moral. Em um primeiro momento se tem a sensação do rigor necessário: o pai que não tolera mentiras e omissões, por mais infantis que sejam, aparece como a base de uma sociedade austera e não corruptível. Mas ao mesmo nada parece mais contraditório do que a necessidade de lembrar aos outros e a si mesmo de sua própria inocência, como um mantra que faz lembrar Dr. Göebels: "Uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade". Afinal, só necessita glorificar a inocência quem já a perdeu, como no filme onde todos parece anti-naturais lutando para esconder seus monstros.
Inimigo Íntimo
3.2 115Filme realmente muito subestimado. Aquela frase "Pra sentir o cheiro tem que botar a cara" resume bem a história, só quem passou por tudo que o cara passou para ver sentido naquela guerra suicida. Trilha sonora e escolha de cenários excelentes e para quem não gostou do final fica outra frase do protagonista : Essa não é uma história da América...
Mudando o Destino
3.5 171A idéia do filme era boa, não se pode deixar consumir pela dor mas ao mesmo tempo vale o bom e velho: o que não mata te fortalece. O único PORÉM é que o clichê de rebelde sem causa ficou meio forçado as vezes. A cena da cabana na montanha e a Homenagem ao Yngvie "Dead" do Mayhem foram as melhores partes.
Nosso Dia Chegará
3.3 67Um clube da luta com uma boa dose de "Um dia de Fúria" e Lars Von Trier.
"Sem língua, sem pátria e sem exército", a base do niilismo, a completa falta de integração e desapego com o ambiente ao redor. Um retrato duro e realista da própria França atual. Mas além da face destrutiva, mostra outro aspecto niilista menos evidente: a busca por algo com que se identificar nem que seja a si mesmo.
Ignore todas as regras e vá em busca da sua própria Irlanda ( ou morra tentando...).
Ótimo filme.