Fiquei embasbacada, depois de ler o livro, com a soberba melhora que o roteiro do James Hart e a direção do Coppola deram à esta estória. Esse Drácula romanceado/erotizado, complexo, não existe no romance original do Bram Stoker. Achei o filme muito mais imersivo no personagem central, o Drácula, e se propõe a mostrar o homem além do demônio. O resultado é espetacular.
Fiquei frustrada em perceber que no livro o Drácula não é mais que um mostro perseguido, sem quase nenhuma superfície que possibilite o leitor empatizar com ele. Aliás, a maioria dos personagens do romance escrito são de longe muito mais interessantes e ricos no filme. É quase uma outra história. Como sugeriu um colega lá embaixo, esse filme deveria se chamar Drácula de Coppola. hahaha
Não deixo de esconder o meu completo fascínio pelo personagem encarnado por Gary Oldman e a interpretação devastadora desse homem. Já prometi pra mim que vou dar mais atenção aos filmes estrelados por ele.
Me senti assistindo uma versão futurística pra Pocahontas. rs O mundo dos Omaticaya é um mix de muitos conceitos conhecidos, como o conceito de Gaia, que pros Na'vi seria o equivalente à Eywa.
A trilha sonora também é lindíssima. Eu diria que ela é o pilar da atmosfera de sonho de Pandora.
Nooossa, gente. Tô com um rombo no peito. História de vida Fantástica.
À princípio eu duvidei da posição da Zélia sobre o reconhecimento. Mas pensando melhor, entendo agora a importância que ele deva ter pro artista. Afinal, a arte é expressão, o objetivo é comunicar. Numa linguagem muitas vezes simbólica, arquetípica, representativa, reduzida.. mas comunica. E quem manda a mensagem quer saber até onde ela chegou. Talvez fosse mesmo essa correspondência essencial pra recuperação do Arnaldo (e o amor da "minha menina" dele. oooown!)
Uma delas logo no começo: com a morte de Baldur a protagonista adota de súbito os gostos do irmão, talvez como uma maneira de prolongar a "presença" dele.
Essa era uma parte que merecia ser melhor investida. Mas do jeito que foi feita, assim, no seco, não convenceu. Quase desisto de assistir o filme aí. Mas em contrapartida o filme dá uma levantada com os acontecimentos do final, até a ultima cena.
Pena mesmo eu tive do Didier e o seu desespero. A impressão que tive: um personagem de um ceticismo irritante e descontrolado, que sucumbe na amargura do seu próprio niilismo. Didier e sua descrença são um castelo de pedra edificado num terreno movediço.
o proposito das fantasias da Alma me pareceu um pouco vago ou mal concluído no meio daquela confusão toda.
Fiquei com uma sensação de indefinição quanto a isso. Apesar desse problema, o roteiro, a fotografia, os diálogos, tudo nesse filme é de uma leveza sem igual. :)
Afinal de contas, aquele comportamento passivo do Lucas durante todo o filme é de tirar qualquer um do sério. Só faltava se declarar culpado de uma vez!
Penso que a história tem 2 eixos principais: Primeiro, o comportamento coletivo de defesa, numa comunidade, frente à uma ameaça aos preceitos morais internos. Ou seja, a forma como tudo o que é contrário aos padrões morais de comportamento, ou o que é considerado nocivo à ordem e a paz do grupo é rejeitado, renegado, expelido. Percebi isso sendo mostrado no filme com um teor bem primitivo mesmo.. mas compreensível. Acredito que esse primeiro eixo nos traz com ele a primeira crítica: um mecanismo de proteção primitivo se manifestando de forma muito violenta no contexto de uma cultura civilizada - Dinamarca, país de IDH altíssimo - e que tem todos os subsídios e ferramentas possíveis pra que a maquina da justiça funcione.
O segundo, e que eu considerei como a mais significativa mensagem da obra - o elo que relaciona a trama ao título do filme - é a estigmatização severa que recai sobre um indivíduo que é acusado de um crime. Reparem que ele não precisou ser condenado, e bem menos foi preciso que fosse apurada a veracidade das acusações, pra que Lucas, e a sua família, fossem moralmente (e fisicamente) linchados na cidade em que vivia. O estigma permanece mesmo depois de ter sido comprovada a inocência do rapaz. No filme, o tema foi demonstrado numa situação extrema - pedofilia - onde uma mera suspeita já é, por si só, bem incômoda e perigosa, requer medidas mais rígidas. Mas a despeito disso, o fenômeno da estigmatização é bem comum na vida em sociedade e se manifesta em vários níveis de relevância, dentro e fora da esfera criminal.
Além desses dois aspectos principais, considero vários outros passiveis de análise. No mais.. é um filme incrível. s2 Cravejado de detalhes interessantes que, quando notados, deixam a mensagem bem mais nítida.
Achei de uma inteligência extrema a sacada de usar a condição de náufrago do rapaz como uma metáfora pro fracasso pessoal do mesmo. Nota-se isso pelas cenas que seguem a sua tentativa de nadar até a cidade pelo rio. Logo o espectador testemunha ele se "afogando" diante do pai, da entrevista de emprego e da namorada. Um fracasso em todos os âmbitos do convívio social: o familiar, o profissional e o afetivo. Tal como na água, ele não sabia nadar na vida. E logo após o fora da namorada aparece o que se entende ser um anúncio de empréstimo (O resto, deduzam.. rs). Simplesmente genial.
Imagino que seja fácil se distrair com a fofura e singeleza desse filme, mas o impressionante é que Kimssi Pyoryugi está cravejado dessas pequenas nuances e sutilezas que dizem tanto, especialmente na personagem da Kim jung-yeon. E que linda é essa personagem!
No momento em que notei todos esses detalhes perdidos no filme, implorando pra serem vistos, pensei: Isso, é cinema.
No final eu me enchi de uma sensação de esperança tão gostosa, que eu não quero que ela acabe nunca mais. :)
Já que falaram tudo o que tinha pra ser dito logo abaixo, me resta confessar: tive inúmeros e intensos insights com esse filme - eu sei que um filme é bom quando ele me inspira. rs Incrivelmente belo e espiritual. :)
A gente sabe quando um roteiro é bom quando ele se sustenta mesmo num único cenário, e ainda de quebra te mantém hipnotizado por todo o filme. Brilhante!
Senti um aperto no coração com a expressão desolada do moleque.. assistindo saírem da sala os homens que decidiriam a sua vida. Forte..
A única figura que atentou-se espontaneamente pro peso dessa responsabilidade foi a personagem do Engenheiro, que gradativamente foi investigando e lançando luz aos fatos pra deixar totalmente explicita a "dúvida razoável". Os outros foram incitados, confrontados, e por fim anuíram à dúvida. Parafraseando minha professora de penal: "O custo da democracia é deixar algum possível culpado solto, em troca de que nenhum inocente jamais seja preso". Ideia muito bem explorada neste filme.
Eu Sou um Cyborg, e Daí?
3.9 186Gatos são, sobretudo, peludos!
Lunchbox
4.1 134 Assista AgoraQuanto custa o real no Butão?
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraFiquei embasbacada, depois de ler o livro, com a soberba melhora que o roteiro do James Hart e a direção do Coppola deram à esta estória. Esse Drácula romanceado/erotizado, complexo, não existe no romance original do Bram Stoker. Achei o filme muito mais imersivo no personagem central, o Drácula, e se propõe a mostrar o homem além do demônio. O resultado é espetacular.
Fiquei frustrada em perceber que no livro o Drácula não é mais que um mostro perseguido, sem quase nenhuma superfície que possibilite o leitor empatizar com ele. Aliás, a maioria dos personagens do romance escrito são de longe muito mais interessantes e ricos no filme. É quase uma outra história. Como sugeriu um colega lá embaixo, esse filme deveria se chamar Drácula de Coppola. hahaha
Não deixo de esconder o meu completo fascínio pelo personagem encarnado por Gary Oldman e a interpretação devastadora desse homem. Já prometi pra mim que vou dar mais atenção aos filmes estrelados por ele.
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraDou 4 estrelas pela bela experiencia visual que Avatar é. Mas a história em si não traz muita novidade além do visual.
Me senti assistindo uma versão futurística pra Pocahontas. rs O mundo dos Omaticaya é um mix de muitos conceitos conhecidos, como o conceito de Gaia, que pros Na'vi seria o equivalente à Eywa.
A trilha sonora também é lindíssima. Eu diria que ela é o pilar da atmosfera de sonho de Pandora.
Loki
4.4 180 Assista AgoraNooossa, gente. Tô com um rombo no peito. História de vida Fantástica.
À princípio eu duvidei da posição da Zélia sobre o reconhecimento. Mas pensando melhor, entendo agora a importância que ele deva ter pro artista. Afinal, a arte é expressão, o objetivo é comunicar. Numa linguagem muitas vezes simbólica, arquetípica, representativa, reduzida.. mas comunica. E quem manda a mensagem quer saber até onde ela chegou. Talvez fosse mesmo essa correspondência essencial pra recuperação do Arnaldo (e o amor da "minha menina" dele. oooown!)
Tô encantada.. Toda sorte do mundo pro Arnaldo.
Mudando o Destino
3.5 169O roteiro tem umas tropeçadas que poderiam muito bem ser evitadas.
Uma delas logo no começo: com a morte de Baldur a protagonista adota de súbito os gostos do irmão, talvez como uma maneira de prolongar a "presença" dele.
Mas em contrapartida o filme dá uma levantada com os acontecimentos do final, até a ultima cena.
Dá pra ver.
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraPuts, que filme!
Pena mesmo eu tive do Didier e o seu desespero. A impressão que tive: um personagem de um ceticismo irritante e descontrolado, que sucumbe na amargura do seu próprio niilismo. Didier e sua descrença são um castelo de pedra edificado num terreno movediço.
Me Excita, Droga!
3.1 208Só não dou cinco estrelas porque
o proposito das fantasias da Alma me pareceu um pouco vago ou mal concluído no meio daquela confusão toda.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraTive que deixar a raiva passar pra pensar sobre o filme de maneira mais lúcida. hahaha
Afinal de contas, aquele comportamento passivo do Lucas durante todo o filme é de tirar qualquer um do sério. Só faltava se declarar culpado de uma vez!
Penso que a história tem 2 eixos principais:
Primeiro, o comportamento coletivo de defesa, numa comunidade, frente à uma ameaça aos preceitos morais internos. Ou seja, a forma como tudo o que é contrário aos padrões morais de comportamento, ou o que é considerado nocivo à ordem e a paz do grupo é rejeitado, renegado, expelido. Percebi isso sendo mostrado no filme com um teor bem primitivo mesmo.. mas compreensível. Acredito que esse primeiro eixo nos traz com ele a primeira crítica: um mecanismo de proteção primitivo se manifestando de forma muito violenta no contexto de uma cultura civilizada - Dinamarca, país de IDH altíssimo - e que tem todos os subsídios e ferramentas possíveis pra que a maquina da justiça funcione.
O segundo, e que eu considerei como a mais significativa mensagem da obra - o elo que relaciona a trama ao título do filme - é a estigmatização severa que recai sobre um indivíduo que é acusado de um crime. Reparem que ele não precisou ser condenado, e bem menos foi preciso que fosse apurada a veracidade das acusações, pra que Lucas, e a sua família, fossem moralmente (e fisicamente) linchados na cidade em que vivia. O estigma permanece mesmo depois de ter sido comprovada a inocência do rapaz. No filme, o tema foi demonstrado numa situação extrema - pedofilia - onde uma mera suspeita já é, por si só, bem incômoda e perigosa, requer medidas mais rígidas. Mas a despeito disso, o fenômeno da estigmatização é bem comum na vida em sociedade e se manifesta em vários níveis de relevância, dentro e fora da esfera criminal.
Além desses dois aspectos principais, considero vários outros passiveis de análise.
No mais.. é um filme incrível. s2 Cravejado de detalhes interessantes que, quando notados, deixam a mensagem bem mais nítida.
Náufrago da Lua
4.3 89O cinema coreano sempre me surpreendendo. Que filme singelo.. E o mais bonito é notar como os protagonistas foram tão sensivelmente construídos.
Achei de uma inteligência extrema a sacada de usar a condição de náufrago do rapaz como uma metáfora pro fracasso pessoal do mesmo. Nota-se isso pelas cenas que seguem a sua tentativa de nadar até a cidade pelo rio. Logo o espectador testemunha ele se "afogando" diante do pai, da entrevista de emprego e da namorada. Um fracasso em todos os âmbitos do convívio social: o familiar, o profissional e o afetivo. Tal como na água, ele não sabia nadar na vida. E logo após o fora da namorada aparece o que se entende ser um anúncio de empréstimo (O resto, deduzam.. rs). Simplesmente genial.
Imagino que seja fácil se distrair com a fofura e singeleza desse filme, mas o impressionante é que Kimssi Pyoryugi está cravejado dessas pequenas nuances e sutilezas que dizem tanto, especialmente na personagem da Kim jung-yeon. E que linda é essa personagem!
No momento em que notei todos esses detalhes perdidos no filme, implorando pra serem vistos, pensei: Isso, é cinema.
No final eu me enchi de uma sensação de esperança tão gostosa, que eu não quero que ela acabe nunca mais. :)
Baraka - Um Mundo Além das Palavras
4.5 136Já que falaram tudo o que tinha pra ser dito logo abaixo, me resta confessar: tive inúmeros e intensos insights com esse filme - eu sei que um filme é bom quando ele me inspira. rs
Incrivelmente belo e espiritual. :)
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraA gente sabe quando um roteiro é bom quando ele se sustenta mesmo num único cenário, e ainda de quebra te mantém hipnotizado por todo o filme. Brilhante!
Senti um aperto no coração com a expressão desolada do moleque.. assistindo saírem da sala os homens que decidiriam a sua vida. Forte..
A única figura que atentou-se espontaneamente pro peso dessa responsabilidade foi a personagem do Engenheiro, que gradativamente foi investigando e lançando luz aos fatos pra deixar totalmente explicita a "dúvida razoável". Os outros foram incitados, confrontados, e por fim anuíram à dúvida. Parafraseando minha professora de penal: "O custo da democracia é deixar algum possível culpado solto, em troca de que nenhum inocente jamais seja preso". Ideia muito bem explorada neste filme.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraQue filme encantador! A personagem do Driss é puro carisma, diálogos fantásticos, a interpretação comovente do François Cluzet
(quase desabei em lágrimas com a expressão de surpresa quando ele vê a Eléonore sentando à mesa)
Já tem lugar nos meus favoritos.
A música do Ludovico Einaudi carregou as cenas de uma atmosfera tão gostosa que eu não saberia descrever. Esperança, talvez.. :)
Lindíssimo filme!
Domésticas - O Filme
3.7 182Noooossa.. Esse filme é um pérola do cinema brasileiro! Graziella Moretto estava espetacular como Roxane. Diálogos fantásticos.. Favoritei fácil. <3