Quando se fala de pornochanchada é preciso entender o pano de fundo desse tipo de cinema. Nas décadas de 70 e início da de 80, período de decadência do Regime Militar e processo de redemocratização, sendo essa distensão "lenta, gradual e segura", não é difícil imaginar que tais filmes exerciam dupla função: mantinha boa parte das pessoas em salas de cinema e alheios a política e também tinham um papel - não em todos os casos - de ser uma eroticidade pensada, crítica. No caso desse filme de Ody Braga, filme repleto do humor Boca do Lixo, closes e sexo explícito, temos um exemplo grotesco, sim, de uma eroticidade pensada. Na primeira parte, Alô Buça! levanta-se a questão da liberdade feminina, de um sexo que fala, que deseja e que faz as suas próprias regras. Pra mim esse filme destaca-se principalmente por não apresentar essa dualidade ou dupla função que citei acima, além de romper com a normatização da misoginia muito presente em outros filmes do gênero, que não sofriam censura pelo Departamento de Censura e Diversões Públicas – DCDP, apenas algum corte ou outro. Filmes que apresentavam cenas de sexo lésbico, masturbação feminina e etc eram impedidos de serem exibidos. A cena da mulher olhando para câmera e falando sobre a classe média, além de especialmente engraçado é umas das ácidas críticas feitas à classe que apoiava o regime pelo forte sentimento anticomunista que nutriam e também pela defesa ferrenha das tradições morais-religiosas. O filme é hilariante, indigesto em certos pontos. Escroto? Sim. Pau e Buceta, aliás! Mas Ody faz algo mais do que matar a gente de rir, ou excitar(pra mim não foi possível rs). Á luz da história é possível, talvez, devolver a este filme um pouco de sentimento, seja ele de qualquer natureza.
“O que é belo a ponto de chorar é o amor. E mais ainda talvez: a loucura, a única salvaguarda contra o falso e o verdadeiro, a mentira e a verdade, a estupidez e a inteligência: fim do julgamento.” (Vircondelet, 1972, p.180)
Com o trecho/fala abaixo, e a trilha de Mike Patton esse filme tornou-se uma das belas experiências que tive com cinema italiano recentemente.
"Números primos podem ser divididos somente por eles e por 1. Eles são números especiais, duvidosos e solitários. Alguns números primos são ainda mais especiais: são chamados de 'gêmeos'. Um par de números primos que subtraídos resultam em 2, como 11 e 13 ou 17 e 19. Mas os números primos gêmeos nunca se tocam, pois eles sempre estão separados por um número par."
Carpenter critica principalmente o uso da imagem na cultura de massas e o faz de forma completamente divertida. Temos um protagonista no melhor estilo "filme de macho" e podemos perceber o tom satírico do filme dos anos 80 a produção daquela época. A representação cinematográfica é utilizada como meio de problematização por Carpenter o que torna o filme uma experiência ao espectador, que é compelido as descobertas e sensações do protagonista, nós através da tela e o protagonista através do óculos. O filme é interessantíssimo por conter engajamento e pelos recursos utilizados por Carpenter.
Belíssimo filme, que abordagem magnífica! Baktay, mesmo inconsciente, brada através dos olhos à rebeldia, a luta contra a opressão e o fundamentalismo talibã. Cenas filosóficas e poéticas como a do batom. O filme reflete sobre a intrínseca resistência a violência e a opressão de Baktay e aponta para um futuro para as mulheres afegãs.
Belíssima alegoria, lirismo pungente. Pérola espanhola que remete ao regime fascista de Franco, no entanto, não é um filme engajado. Melancólico, revela o panorama pessimista e niilismo provocados pela guerra civil espanhola. Cada personagem é trabalhado individualmente em suas amarguras ou descobertas. Não se vê durante o filme todos os personagens numa mesma cena, a família não divide a mesa, não se desenvolve um dialogo entre eles, o que remonta a crise espanhola. Contudo, como disse antes, o filme não se atém apenas as questões políticas, apesar de estar profundamente carregado dela. O filme reflete sobre morte, filosofa sobre a vida e nos envolve no drama da época e dos personagens. A personagem Ana genialmente interpretada, tem nos olhos a missão narrativa e poética do filme, o diretor introduz tal personagem e a apresenta como palco poético na sala de aula, precisamente aos 35 minutos de filme. Sem dúvidas é um dos filmes mais belos do cinema espanhol e possui uma das mais marcantes interpretações infantis.
O momento histórico do filme é no pós-guerra onde o povo alemão, derrotado, sentia-se humilhado. Tendo em vista o momento histórico, A última gargalhada que possui elementos do expressionismo alemão, revela através da arte cinematográfica os sentimentos vividos na época. Notamos uma espécie de metafísica dos objetos, tudo interage com o personagem. A porta giratória que está sempre em movimento, o uniforme do personagem que age como general, orgulhoso de seu uniforme, remete ao prestígio uma vez tido e depois perdido. O prédio do Hotel Atlantis imponente e um tanto quanto opressor, que em determinada parte se curva sobre o personagem, o botão que cai no chão, símbolo da ausência de prestígio e humilhação do personagem. Prédios muito altos, numa Alemanha que não possuía tais construções, simboliza a figura capitalista americana. Em linhas gerais o filme retrata tal momento da história, com ênfase no drama alemão. Murnau nos apresenta esta obra-prima do cinema e dos sentimentos humanos, com sensibilidade e linguagem metafórica. É um filme de grande relevância histórica e artística.
Com humor sardônico Woody Allen nos traz esse belo pseudo-documentário. Ambientado nos anos 20 em meio ao surgimento da sociedade de massas, modismos, Woody Allen utiliza-se da psicologia de massas durante a narrativa do filme. Várias referências a Freud, o homem teme mais a solidão que a morte, narra o processo de mimetização do homem em busca de aceitação e a profunda necessidade de ser amado. É notável a densa crítica ao homem que se origina através desse processo de mimetização, um homem cujo ego está fragilizado, " por trás daquele olhar de morto-vivo, há um ser humano". É um filme delicioso de se assistir, sacadas brilhantes e profícuas atuações.
Fábula anárquica, o mundo regido pelas mãos de uma criança, pela vontade, pelo prazer. O filme passa a sensação de estarmos em meio a uma experiência onírica, seja pela trilha que traz Wagner e Tchaikovski ,ou pelas imagens enfumaçadas de branco e rosa. O filme é o retrato da época, revolução sexual e política. É por vezes uma alegoria perturbante.
Sensacional! É daqueles que te deixam em êxtase pelos detalhes. É um destrinchar do homem perante o seu tempo, o mundo, as dores. O poeta em silêncio sentado (Amado seja aquele que senta) era louco? Estamos fadados a morte de tudo que é belo? O louco travestido de médico em alusão a nossa enganadora sanidade. O filme todo nos leva a refletir sobre as contradições de nosso tempo, cultura e sentimentos simplesmente inesquecível!
É interessante o tom blasé do Alex e sua apatia em relação a vida. As imagens em slow motion dos skatistas no parque, principalmente na parte em que aparece um a um após o outro voando é extremamente bem trabalhada tanto esteticamente quanto subjetivamente pelo diretor talvez com intenção de metaforizar os sentimentos do personagem que sentado no skate observa como espectador os movimentos. Gostei da forma sútil que Van Sant conduz o filme, principalmente, a forma poética que foi empregada nos movimentos dos skatistas, a trilha e narração do personagem.
Bom esse filme me trouxe a seguinte frase à mente:" A beleza salvará o mundo" de Dostoiévski. Em meio ao desespero e num ambiente de morte a moça passa a enxergar o belo. A moça encontra em determinado momento a rosa de ferro que representa na mitologia o belo e o amor e ela a carrega durante o resto do filme. Espetacular a simbologia utilizada pelo diretor.
Pasolini representa muito bem a vida humana nesse filme. O filho representa a arte, a filha a família, a emprega a religião, a mãe o sexo e o pai nossa sociedade. A presença de um elemento estranho mexe profundamente com tudo isso, demonstrando a fragilidade do homem. O visitante é o elemento ao qual se atesta tal vazio mascarado por uma vida baseada no estilo de vida burguês." Teorema" (afirmação que pode ser provada) a afirmação do vazio existencial sendo comprovado durante o desenrolar do filme. Pasolini faz um filme coerente do início ao fim.
O que dizer desse filme? Bem, O Lars com todo seu pessimismo conseguiu novamente exprimir as dores da existência nesse filme. O sentimento de Justine de não pertencimento fica explícito na incensante troca de ambientes que durante toda primeira parte do filme acontece, isso já delineia o estado melancólico que é atingido pela personagem ao longo do filme. Os 10 primeiros minutos de filme somos inundados com Wagner e belas imagens onde a atuação da Kirsten Dunst é simplesmente fantástica. Lars utiliza alguns elementos como noite, escuridão e uma noiva que a primeira vista soa clichê, mas que mantém o peso dramático das cenas. A utilização dos cavalos no filme que representa a passagem e o transporte da alma para o mundo dos mortos e o momento que o cavalo de Justine para na ponte e não atravessa, e a reação desesperada de Justine em relação a atitude do cavalo, demonstram explicitamente o gênio que é o Lars e sua forma extremamente particular de arte.
O filme realmente é fraco, mas ele está na categoria de filmes que marcam um período da vida da gente. Vale muito a pena vê-lo para relembrar as sensações passadas da época que éramos crianças. Não se analisa um filme assim pelo roteiro, fotografia, trilha sonora e etc, mas pelo espírito saudosista.
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Senta no Meu, Que eu Entro na Tua
3.3 155Quando se fala de pornochanchada é preciso entender o pano de fundo desse tipo de cinema. Nas décadas de 70 e início da de 80, período de decadência do Regime Militar e processo de redemocratização, sendo essa distensão "lenta, gradual e segura", não é difícil imaginar que tais filmes exerciam dupla função: mantinha boa parte das pessoas em salas de cinema e alheios a política e também tinham um papel - não em todos os casos - de ser uma eroticidade pensada, crítica. No caso desse filme de Ody Braga, filme repleto do humor Boca do Lixo, closes e sexo explícito, temos um exemplo grotesco, sim, de uma eroticidade pensada. Na primeira parte, Alô Buça! levanta-se a questão da liberdade feminina, de um sexo que fala, que deseja e que faz as suas próprias regras. Pra mim esse filme destaca-se principalmente por não apresentar essa dualidade ou dupla função que citei acima, além de romper com a normatização da misoginia muito presente em outros filmes do gênero, que não sofriam censura pelo Departamento de Censura e Diversões Públicas – DCDP, apenas algum corte ou outro. Filmes que apresentavam cenas de sexo lésbico, masturbação feminina e etc eram impedidos de serem exibidos. A cena da mulher olhando para câmera e falando sobre a classe média, além de especialmente engraçado é umas das ácidas críticas feitas à classe que apoiava o regime pelo forte sentimento anticomunista que nutriam e também pela defesa ferrenha das tradições morais-religiosas. O filme é hilariante, indigesto em certos pontos. Escroto? Sim. Pau e Buceta, aliás! Mas Ody faz algo mais do que matar a gente de rir, ou excitar(pra mim não foi possível rs). Á luz da história é possível, talvez, devolver a este filme um pouco de sentimento, seja ele de qualquer natureza.
Destruir, Disse Ela
3.6 5“O que é belo a ponto de chorar é o amor. E mais ainda talvez: a loucura, a única salvaguarda contra o falso e o verdadeiro, a mentira e a verdade, a estupidez e a inteligência: fim do julgamento.” (Vircondelet, 1972, p.180)
A Solidão dos Números Primos
3.9 145Com o trecho/fala abaixo, e a trilha de Mike Patton esse filme tornou-se uma das belas experiências que tive com cinema italiano recentemente.
"Números primos podem ser divididos somente por eles e por 1. Eles são números especiais, duvidosos e solitários. Alguns números primos são ainda mais especiais: são chamados de 'gêmeos'. Um par de números primos que subtraídos resultam em 2, como 11 e 13 ou 17 e 19. Mas os números primos gêmeos nunca se tocam, pois eles sempre estão separados por um número par."
Eles Vivem
3.7 730 Assista AgoraCarpenter critica principalmente o uso da imagem na cultura de massas e o faz de forma completamente divertida. Temos um protagonista no melhor estilo "filme de macho" e podemos perceber o tom satírico do filme dos anos 80 a produção daquela época. A representação cinematográfica é utilizada como meio de problematização por Carpenter o que torna o filme uma experiência ao espectador, que é compelido as descobertas e sensações do protagonista, nós através da tela e o protagonista através do óculos. O filme é interessantíssimo por conter engajamento e pelos recursos utilizados por Carpenter.
A Hora da Estrela
3.9 508"Feliz serve pra quê?"
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista Agora" O patriotismo é o último refugio do canalha"
E Buda Desabou de Vergonha
4.4 76Belíssimo filme, que abordagem magnífica! Baktay, mesmo inconsciente, brada através dos olhos à rebeldia, a luta contra a opressão e o fundamentalismo talibã. Cenas filosóficas e poéticas como a do batom. O filme reflete sobre a intrínseca resistência a violência e a opressão de Baktay e aponta para um futuro para as mulheres afegãs.
O Espírito da Colméia
4.2 145 Assista AgoraBelíssima alegoria, lirismo pungente. Pérola espanhola que remete ao regime fascista de Franco, no entanto, não é um filme engajado. Melancólico, revela o panorama pessimista e niilismo provocados pela guerra civil espanhola. Cada personagem é trabalhado individualmente em suas amarguras ou descobertas. Não se vê durante o filme todos os personagens numa mesma cena, a família não divide a mesa, não se desenvolve um dialogo entre eles, o que remonta a crise espanhola. Contudo, como disse antes, o filme não se atém apenas as questões políticas, apesar de estar profundamente carregado dela. O filme reflete sobre morte, filosofa sobre a vida e nos envolve no drama da época e dos personagens. A personagem Ana genialmente interpretada, tem nos olhos a missão narrativa e poética do filme, o diretor introduz tal personagem e a apresenta como palco poético na sala de aula, precisamente aos 35 minutos de filme. Sem dúvidas é um dos filmes mais belos do cinema espanhol e possui uma das mais marcantes interpretações infantis.
A Última Gargalhada
4.2 102 Assista AgoraO momento histórico do filme é no pós-guerra onde o povo alemão, derrotado, sentia-se humilhado. Tendo em vista o momento histórico, A última gargalhada que possui elementos do expressionismo alemão, revela através da arte cinematográfica os sentimentos vividos na época. Notamos uma espécie de metafísica dos objetos, tudo interage com o personagem. A porta giratória que está sempre em movimento, o uniforme do personagem que age como general, orgulhoso de seu uniforme, remete ao prestígio uma vez tido e depois perdido. O prédio do Hotel Atlantis imponente e um tanto quanto opressor, que em determinada parte se curva sobre o personagem, o botão que cai no chão, símbolo da ausência de prestígio e humilhação do personagem. Prédios muito altos, numa Alemanha que não possuía tais construções, simboliza a figura capitalista americana. Em linhas gerais o filme retrata tal momento da história, com ênfase no drama alemão. Murnau nos apresenta esta obra-prima do cinema e dos sentimentos humanos, com sensibilidade e linguagem metafórica. É um filme de grande relevância histórica e artística.
Zelig
4.2 355Com humor sardônico Woody Allen nos traz esse belo pseudo-documentário. Ambientado nos anos 20 em meio ao surgimento da sociedade de massas, modismos, Woody Allen utiliza-se da psicologia de massas durante a narrativa do filme. Várias referências a Freud, o homem teme mais a solidão que a morte, narra o processo de mimetização do homem em busca de aceitação e a profunda necessidade de ser amado. É notável a densa crítica ao homem que se origina através desse processo de mimetização, um homem cujo ego está fragilizado, " por trás daquele olhar de morto-vivo, há um ser humano". É um filme delicioso de se assistir, sacadas brilhantes e profícuas atuações.
Imperador Ketchup
3.7 48Fábula anárquica, o mundo regido pelas mãos de uma criança, pela vontade, pelo prazer. O filme passa a sensação de estarmos em meio a uma experiência onírica, seja pela trilha que traz Wagner e Tchaikovski ,ou pelas imagens enfumaçadas de branco e rosa. O filme é o retrato da época, revolução sexual e política. É por vezes uma alegoria perturbante.
Noite Vazia
4.1 88Eis o drama do homem pós-moderno: O desencanto.
Canções do Segundo Andar
4.1 67Sensacional! É daqueles que te deixam em êxtase pelos detalhes. É um destrinchar do homem perante o seu tempo, o mundo, as dores. O poeta em silêncio sentado (Amado seja aquele que senta) era louco? Estamos fadados a morte de tudo que é belo? O louco travestido de médico em alusão a nossa enganadora sanidade. O filme todo nos leva a refletir sobre as contradições de nosso tempo, cultura e sentimentos simplesmente inesquecível!
Paranoid Park
3.6 324É interessante o tom blasé do Alex e sua apatia em relação a vida. As imagens em slow motion dos skatistas no parque, principalmente na parte em que aparece um a um após o outro voando é extremamente bem trabalhada tanto esteticamente quanto subjetivamente pelo diretor talvez com intenção de metaforizar os sentimentos do personagem que sentado no skate observa como espectador os movimentos. Gostei da forma sútil que Van Sant conduz o filme, principalmente, a forma poética que foi empregada nos movimentos dos skatistas, a trilha e narração do personagem.
A Rosa de Ferro
3.7 40Bom esse filme me trouxe a seguinte frase à mente:" A beleza salvará o mundo" de Dostoiévski. Em meio ao desespero e num ambiente de morte a moça passa a enxergar o belo. A moça encontra em determinado momento a rosa de ferro que representa na mitologia o belo e o amor e ela a carrega durante o resto do filme. Espetacular a simbologia utilizada pelo diretor.
Teorema
4.0 198Pasolini representa muito bem a vida humana nesse filme. O filho representa a arte, a filha a família, a emprega a religião, a mãe o sexo e o pai nossa sociedade. A presença de um elemento estranho mexe profundamente com tudo isso, demonstrando a fragilidade do homem. O visitante é o elemento ao qual se atesta tal vazio mascarado por uma vida baseada no estilo de vida burguês." Teorema" (afirmação que pode ser provada) a afirmação do vazio existencial sendo comprovado durante o desenrolar do filme. Pasolini faz um filme coerente do início ao fim.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraPuta filme! Melancólico, angustiante, belíssimo.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraO que dizer desse filme? Bem, O Lars com todo seu pessimismo conseguiu novamente exprimir as dores da existência nesse filme. O sentimento de Justine de não pertencimento fica explícito na incensante troca de ambientes que durante toda primeira parte do filme acontece, isso já delineia o estado melancólico que é atingido pela personagem ao longo do filme. Os 10 primeiros minutos de filme somos inundados com Wagner e belas imagens onde a atuação da Kirsten Dunst é simplesmente fantástica. Lars utiliza alguns elementos como noite, escuridão e uma noiva que a primeira vista soa clichê, mas que mantém o peso dramático das cenas. A utilização dos cavalos no filme que representa a passagem e o transporte da alma para o mundo dos mortos e o momento que o cavalo de Justine para na ponte e não atravessa, e a reação desesperada de Justine em relação a atitude do cavalo, demonstram explicitamente o gênio que é o Lars e sua forma extremamente particular de arte.
Power Rangers: O Filme
3.1 528 Assista AgoraO filme realmente é fraco, mas ele está na categoria de filmes que marcam um período da vida da gente. Vale muito a pena vê-lo para relembrar as sensações passadas da época que éramos crianças. Não se analisa um filme assim pelo roteiro, fotografia, trilha sonora e etc, mas pelo espírito saudosista.