yeah! e eu curto muito o tema, isso de uma cidade se afogar na própria podridão, se engasgar com ela, de uma forma que tudo está tão inevitavelmente corrompido que a sugeira começa a escorrer pela vagina daquelas mulheres, parindo monstros, reflexos do local.
E no meio de todo aquele mundo cinza ele coloca um pingo de luz com aquele casal fofuti, que destoa de tudo, e que só evidencia ainda mais a maldade do lugar.
Comentavamos quando saímos do cinema que ele meio se repete em relação a discurso, e é verdade, o haneke é meio repetitivo mesmo nesse sentido, a carreira toda dele é praticamente fragmentos de uma mesma idéia. Mas a forma é tudo, achei ele aqui de certa forma bem parecido com Bergman, na própria forma de filmar, no peso do silêncio, das expressões, da violência das palavras... Enfim, curti pra caceta.
Uhum, bem bom mesmo. Não sei bem se é exatamente um filme de guerra, se sim, é bem diferente, pra mim é um filme sobre um cara que usa a guerra como escudo argumentativo pra poder viver da única forma que lhe trás alguma felicidade, algum sentido, e o bom é que não fica enrolando nisso, ele é assim pq é. Ele é necessitado por guerra assim como uma pessoa é necessitada por paz, por ter familia, filhos, leva-los no jogo de futebol aos domingos e etc. Tem quem precise disso pra viver, já ele precisa cortar os fios, cuspir no chão, colocar as bolas por cima do pau e chacoalhar até a testosterona entrar em erupção. Impressão que ele vive constantemente com uma trilha de um rock pesadão invadindo os ouvidos. Claro que ele não ta imune aos podres, não é totalmente insensível, mas antes isso do que viver engessado no outro lado do mundo, escolhendo uma caixa de cereais no meio de trocentas. É direto demais, e isso é muito bom. Isso é uma das coisas mais legais do filme, outra é que essa diretora sabe criar um clima de tensão bom demais. Planos abertões, vários lugares pra se cuidar, a bomba, os gestos de quem os observa ao fundo, tentar enxergar além dos olhos dos próprios personagens... aquela cena dos atiradores na casinha é demais po, dos melhores momentos do cinema esse ano, e todas mesmo em que o cara vai tentar desarmar bomba é de contorcer os dedos. Pensei que ia ser menos bom que isso, gostei muito.
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A Fita Branca
4.0 756 Assista Agorayeah! e eu curto muito o tema, isso de uma cidade se afogar na própria podridão, se engasgar com ela, de uma forma que tudo está tão inevitavelmente corrompido que a sugeira começa a escorrer pela vagina daquelas mulheres, parindo monstros, reflexos do local.
E no meio de todo aquele mundo cinza ele coloca um pingo de luz com aquele casal fofuti, que destoa de tudo, e que só evidencia ainda mais a maldade do lugar.
Comentavamos quando saímos do cinema que ele meio se repete em relação a discurso, e é verdade, o haneke é meio repetitivo mesmo nesse sentido, a carreira toda dele é praticamente fragmentos de uma mesma idéia. Mas a forma é tudo, achei ele aqui de certa forma bem parecido com Bergman, na própria forma de filmar, no peso do silêncio, das expressões, da violência das palavras... Enfim, curti pra caceta.
Guerra ao Terror
3.5 1,4K Assista AgoraUhum, bem bom mesmo. Não sei bem se é exatamente um filme de guerra, se sim, é bem diferente, pra mim é um filme sobre um cara que usa a guerra como escudo argumentativo pra poder viver da única forma que lhe trás alguma felicidade, algum sentido, e o bom é que não fica enrolando nisso, ele é assim pq é. Ele é necessitado por guerra assim como uma pessoa é necessitada por paz, por ter familia, filhos, leva-los no jogo de futebol aos domingos e etc. Tem quem precise disso pra viver, já ele precisa cortar os fios, cuspir no chão, colocar as bolas por cima do pau e chacoalhar até a testosterona entrar em erupção. Impressão que ele vive constantemente com uma trilha de um rock pesadão invadindo os ouvidos. Claro que ele não ta imune aos podres, não é totalmente insensível, mas antes isso do que viver engessado no outro lado do mundo, escolhendo uma caixa de cereais no meio de trocentas. É direto demais, e isso é muito bom. Isso é uma das coisas mais legais do filme, outra é que essa diretora sabe criar um clima de tensão bom demais. Planos abertões, vários lugares pra se cuidar, a bomba, os gestos de quem os observa ao fundo, tentar enxergar além dos olhos dos próprios personagens... aquela cena dos atiradores na casinha é demais po, dos melhores momentos do cinema esse ano, e todas mesmo em que o cara vai tentar desarmar bomba é de contorcer os dedos. Pensei que ia ser menos bom que isso, gostei muito.