Thainá Machado

Essa narrativa romântica da conexão do povo Na'vi com a natureza pra mim é o ponto central desse filme, o que realmente me prendeu. Um clichê cinematográfico, talvez. Entretanto, pra mim, um filme não precisa fugir dos clichês... a temática deve ser bem construída e sustentada, sendo clichê ou não. Também não precisa ser real, cru. Pode ser fantasioso, pode ser inatingível. Cada filme tem a sua proposta, e Avatar atinge a sua. Romantizada, sim. Mas bem construída, sensível e pertinente.

Um filme bem redondinho, que trafega no clichê (sem demérito) das temáticas atuais. É um filme comercial mas bem executado que causou muitas reflexões até em mim que sou familiarizada com o feminismo. Trabalha com os dramas da mulher contemporânea de maneira muito divertida, mas também reacende uma nostalgia deliciosa nas mulheres da minha geração que tinham a Barbie como o brinquedo mais requisitado, especialmente para podermos dar vazão a nossa imaginação... criar romances, histórias, cenários. Tenho certeza que as cenas iniciais do filme causaram muita emoção na minha geração, e isso é, sim, uma das coisas mais fantásticas no cinema. Por isso, mesmo se Barbie não tivesse as críticas muito pertinentes, continuaria valendo a pena assistir.
Menção honrosa para a Barbie Estranha: maravilhosa! hahaha

O filme consegue prender a atenção e até trabalha bem a questão da mudança de suspeito de acordo com os fatos que são revelados, mas forçam tanto a barra, ficam tantos furos, tantas situações e conclusões exageradas, que o saldo final do filme não é bom.