Eu sou toda a favor de filme clichê adolescente (mesmo ja tendo passado da adolescência há um tempo), mas sendo bem sincera, foi difícil terminar de assistir. Para ser justa, vou deixar claro que eu li o livro primeiro. Tudo começou com o trailer da netflix, achei interessante, comprei o livro que tinha acabado de ser lançado (li a versão em inglês porque a em português tava mais cara), odiei o livro, assisti o filme com a esperança que seria a salvação, não gostei do filme. Não tenho duvida que se não tivesse lido o livro, talvez tivesse assistido o filme pelo que ele é, inegavelmente adolescente, clichê, romântico e com cenas muito mais sexuais do que qualquer um de nós esperava.
A adaptação foi de fato só "baseada", porque por mais que os resultados tenham sido os mesmos, os acontecimentos para chegar neles foram radicalmente mudados. Eu sei que muitos não se importam com o fato de ser adaptação, mas eu cometi o erro de ler o livro primeiro, então agora vão ter que me aguentar reclamando.
Aqui estão pequenos exemplos de como tudo mudou e nada faz sentido. No livro, o enredo acontece nos EUA e a mãe da Raquel imigrou do México quando estava grávida, fica bem claro na descrição física que a personagem principal tem características latinas. Embora no filme o cenário tenha mudado, a parte da imigração foi esquecida. Triste, porque grande parte da construção da Raquel veio da admiração que ela tem pela mãe, pelo que ela superou, pelas traições que teve que aguentar do ex-marido (pai da Raquel), até que finalmente se separou e ensinou a filha a se valorizar. O que nos leva a única característica da personagem principal que eu havia gostado. No livro, ela sabia desde o início que Ares significava um relacionamento tóxico e que, sim, ela viu a mãe sofrer nas mãos de um homem que não a valorizava e, por isso, sabia que ela também merecia mais. Bom, isso desapareceu no filme. O que nos deixou com uma protagonista loira de olhos claros, ingênua, que se diz tímida mas não é, com uma mãe presente porém inexistente em impacto (não nego que ela é mais legal no filme), cujo emprego simples fez a filha se envergonhar. No livro, Apolo é mais importante, Yoshi só é idiota no final e não no enredo todo, o casal principal tem mais companheirismo do que só sexo. Inclusive, tudo no filme que poderia ser mais sexualizado, foi. Ao ponto que assistindo, eu lembrava da cena que li e ficava surpresa com o quão mais sexual eles conseguiram fazer.
Dito isso, muitas coisas se perderam. Mas sendo bem honesta, mesmo sem o livro, o filme não faz lá muito sentido. Ta bom, filmes adolescentes de romance raramente fazem sentido, mas as cenas de sexo alternadas com cenas do casal se ignorando porque o Ares fez algo idiota, com cenas da família dele sendo ainda mais idiotas, com cenas do melhor amigo dela lambendo o chão que ela pisa e cenas da Dani beijando todo mundo, a coisa se perde. Vi alguns comentários positivos, porque de fato é uma distração, mas se você quer ver um pouquinho de enredo, talvez esse não seja o filme para você.
Na metade do filme, eu já sabia que seria um dos meus favoritos. É longo e ás vezes um pouco cansativo, não tem como negar. Mas depois de 2 horas e meia de filme, eu ainda estou em um caos de emoções. A adrenalina em tantas cenas de ação; o suspense das cenas que ficaram no ar, esperando a próxima leva de balas; a tristeza de cenas dolorosas; a risada de cenas que só o conforto entre irmãos pode trazer. Minhas expressões durante o filme foram várias, embora eu tenha segurado minha respiração por maior parte dele. As atuações foram excelentes e a química entre o grupo especialmente. E por mais que eu não seja uma especialista em filmes desse gênero, achei que a duração tão longa tenha sido devido a abordagem diversificada que a câmera focou. Vimos perspectivas diferentes, vimos sangue de lados opostos, vimos sangue do mesmo lado, vimos a prepotência inicial que um doutorado pode trazer, e a humildade seguinte de uma vida salva. Vimos a incompreensão da luta, a loucura da guerra, a falta de significado e o significado extremo. É cinema sim, mas me cortou o ar como se fosse real. Aliás, foi real.
Não é o melhor fime de zumbis, obviamente, mas não terminei de ver desapontada, mesmo porque já estava esperando um filme para passar o tempo. É uma readaptação de um clássico de uma forma bem diferente e, imaginei (imaginei porque não li o livro da versão zumbi), como todas as outras adaptações desse tipo, que o filme fosse para uma levada muito mais trash. Não tanto. Ás vezes ainda dei umas risadas, algumas pelos zumbis estranhamente inteligentes, outras pelo hilário Mr. Collins. Mas em geral seguiu a história original e inseriu os zumbis (que não aparecem muito não) de uma forma mais criativa do que a maioria dos filmes. Admito que adorei o modo como eles fizeram Elizabeth ser diferente, não só sincera e não tradicionalista (como no livro original), mas como uma das melhores guerreiras, o que por si só já a torna especial. É o modo zumbi de expor o feminismo que Jane Austen escreveu há tanto tempo atrás. E honestamente, adorei essa versão da Elizabeth, a ponto de me fazer querer reler o livro quando os filmes "originais" tiveram certo problema para conseguir.
Achei que ia ler muito mais comentários negativos do que positivos, mas me surpreendi. Assim que terminei o 4 episódio fiquei em dúvida se gostava ou não da série e se continuaria. Mas para ser honesta, tive essa dúvida desde o primeiro episódio e, ainda assim, continuei até o quarto. Acho que parte do gostar-ou-não-gostar se deve aos personagens. Nas primeiras cenas, a princesa já tinha me ganhado. E depois me perdeu. Eu entendo que sentir medo é normal e Amberle foi basicamente jogada dentro de uma caçada entre a vida e a morte sem nenhum aviso, mas ela oscila tanto entre Xena e donzela em perigo que, no final, achei que ela tinha dupla personalidade. Mas Xena de verdade mesmo só Eretria, minha favorita até agora; forte, independente, ladra sim, ardilosa também, mas com valores obrigada. E tem os outros. O herdeiro Shannara atrapalhado, o druida machão, o namorado bonito de 5 minutos que todo mundo sabia aonde ia chegar, o rei confuso, um filho mulherengo que parece não levar nada a sério (mas que está sempre a postos e acaba nos conquistando) e um filho futuro-possivelmente-talvez-não-rei que leva tudo a sério demais (e que honestamente me irrita do início ao fim). Ah, e o demônio chefe. Bem "vou criar um exército e dominar o mundo" tipo de demônio. Os efeitos são melhores do que eu imaginava, apesar de ainda ter certos momentos que não aguento e solto uma risadinha porque quase vejo a tela verde atrás de todo mundo. As atuações, hm, medianas; meu único protesto é por que meu deus precisam cair tanto? O demônio na frente, um cascalho atrás, pof. Uma visão do mal na frente, uma gota de sangue atrás, pof. Pof, pof. Melhor colocarem umas joelheiras no figurino, que aliás é meio estranho para a época representada. Não sou fã de triângulos amorosos (mais ainda porque não vi química do Will com nenhuma delas), mas estou interessada em ver como a dinâmica do trio vai se desenrolar quando finalmente finalmente saírem para a tal missão.
Eu só queria uma comédia-romântica bobinha e a sinopse e os personagens e o ambiente (que fotografia!), sim, todos apontavam para isso. Mas até a primeira metade, eu honestamente estava sorrindo. Havia amado a personagem principal, uma mulher independente e bonita, dona do próprio negócio e fascinada por café (como amante de café, eu quase sentia o cheiro). Havia amado os secundários, os baristas engraçados, a irmã louca, o cunhado doce. E então, ele chegou. Escritor, à procura de inspiração, lindo e estilosamente desleixado. Eu, por vontade própria, daria meu café para ele, sem nem me importar que ele não era cafecólatra como eu. E a química normal se segue. E então, o outro chega. O ex-namorado, monótono, com um emprego de fazer bocejar, ajeitadinho, com palavras ensaiadas. E ela fica em dúvida. Hm, Donovan, exatamente no que você está em dúvida mesmo? É de se esperar todas as ações que vem a seguir, cada uma das cenas eu já tinha na cabeça. Os erros, os dramas, as corridas chorosas, os reconfortos, os corações partidos se remendando.
Nesse ponto, sim, eu já estava rolando os olhos, mas começar a mexer no celular e parar de prestar atenção só começou no inesperado mais que surpreendente aparecimento do script da peça. E começou meu ódio por personagens que se ofendem, entram na casa dos outros como um furação, jogam na cara do dito cujo o quanto foi magoada e depois saem correndo como se estivessem pegando fogo, sem se quer dar uma chance da pessoa se explicar. E a mulher tão independente e forte, de repente, virou uma dama em perigo. Sem contar do meu ódio secundário por uma irmã que se resume na frase: com alguém assim na família, quem precisa de inimigo?
Daí para frente, na minha opinião, foi de comédia-romântica bobinha e clichê para novela mexicana com final açucarado até dar cárie.
Normalmente, escolho comentar na primeira temporada, mas não tinha como não escolher essa. Castle foi uma daquelas séries que apareceu do nada, eu via as chamadas nos canais fechados e... só. Foi aquilo de "hm, legal. Vou tentar" e terminei o primeiro episódio, depois finalizei a primeira temporada e, quando vi, estava na quarta. Sem dúvidas, a melhor até então. Por três motivos principais. Um, os casos são extraordinários. Nessas séries policiais de episódios individuais normalmente existem 2 ou 3 capítulos que não seguem o padrão morte-investigação-solução. Essa quarta temporada saiu da regra, a maior parte dos episódios começava interessante e terminava ainda mais. Com reviravoltas aqui e ali e as risadas habituais. Dois, encontramos um pouco de conclusão em certos aspectos, o mistério é bom, mas chega um ponto em que alguma coisa tem que aparecer ou nada faz sentido. Melhor deixar por aqui e evitar o spoiler. E três, a tensão entre o Castle e a Beckett é multiplicada por mil, em todos os sentidos. A atração mal resolvida fica e vai, fica e vai, fica e vai tantas vezes que não sabemos o que sentir. Para os que estão em dúvida se continuam depois da terceira, por favor, continue. E para os que estão em dúvida se começam a série como um todo, por favor, só vá lá na primeira temporada e aperte "quero ver".
Assim como a maioria dos filmes de dança, o roteiro não é assim tão original. Os incontáveis outros tendem a seguir o clichê do romance (casais de níveis sociais diferentes) e batalhas de grupos eternamente rivais. Battle of the year foi sobre o antigo clichê da união do grupo e seu professor. Honestamente, foi uma excelente diversão. Reconheci vários b-boys que costumam estar sempre na mídia e por isso já conhecia o talento de vários. A adição de mais atores também ajudou a manter um nível de atuação melhor do que a maioria. Não se pode reclamar nenhum pouco das partes de dança, já que não tinha nada de cortes e atores fingindo ter habilidade, eram puros giros, acrobacias e talento. Ah, e não, a menina não serve apenas para usar roupas curtas, mostrar a barriga e fazer as coreografias mais sensuais. Ela era parte do time, necessária como coreógrafa e mostrou ao que veio já na primeira fala; sem nem precisar de um par romântico, obrigada. E mais uma coisa, não se sei muitos realmente perceberam isso, mas esse filme mostrou o quão extenso é o treinamento dos dançarinos. É uma forma de arte sim, mas para os que querem seguir carreira no mundo da dança, a prática não se restringe a hobby nos fins de semana. É estar lá às 6 da manhã, 12 horas por dia e nenhum minuto atrasado.
Não se engane, não é um filme tão leve e divertido quanto soa. Comecei esperando algo meio aventura de crime inteligente e me deparei com bem mais. Sendo baseado em uma história real, é de se esperar os erros e as traições e a vulgaridade de certas cenas, mas ainda assim me surpreendi com a curva mais violenta. Apesar de existir certos aspectos um pouco impossíveis, o filme como um todo é um dos mais reais dos que caem na categoria de crime; policial. Os personagens não estão dentro da bolha do próprio plano infalível e sim sujeitos aos erros que sempre tendem a acontecer em situações perigosas. Mortes e perdas são apenas parte do caminho, o final é que importa, certo?
Encantada em vários níveis. Com a delícia que é estar dentro de uma chocolataria, com a sensação de contos de fada que rodeia o filme, com personagens engraçados e interessantes. E especialmente, com a quebra de tradição. E não me refiro apenas ao lado rígido e conservativo, digo também sobre a tradição andarilha e aventureira. O filme brinca com os dois opostos do costume, deixando claro que para ser livre de verdade, é necessário achar um equilíbrio. Amei a trilha sonora que até onde percebi, eram apenas músicas instrumentais. Desejei o chocolate quente a cada cena e experimentar os novos sabores também. Sorri com o sermão final do padre que, afinal, resumiu para mim o assunto tão polêmico que é a religião. Embora o final feliz possa soar clichê, asseguro que esse chocolate é único sim.
Quando soube da escolha de elenco, fiquei entusiasmada com a Shailene, já tendo ideia da sua atuação. E sendo uma seguidora do processo que o filme levou, devagar me apaixonei pelo Ansel também. Mas jamais esperaria uma adaptação tão bem feita. Embora todos os personagens tenham me surpreendido com a lealdade ao livro (Hazel, seus pais, Isaac), Gus parece ter saído do meu exemplar direto para o cinema, cada sorriso e cada gesto, cada entonação de palavra foi idêntico ao que eu vi e ouvi durante a leitura. Me encantei com o modo que eles juntaram passagens do livro em uma mesma cena para que mais partes pudessem caber nos 125 minutos que tive o prazer de ter a mais da experiência de TFIOS. Honestamente, não me emocionei tanto quanto no livro, o que não significa que não existiram lágrimas, mas minha emoção maior sempre se concentrou mais em palavras do que em imagens. Assim como senti falta de alguns diálogos que me marcaram no decorrer das páginas. Antes que achem que isso seja uma crítica, bom, não é. Me faltam críticas para esse filme. E sei que sendo uma adaptação de um romance best-seller de literatura infanto-juvenil, um preconceito ilógico levou muita gente a pré-julgar o filme antes mesmo de vê-lo e, invariavelmente, impedir de vê-lo. Não faça isso. O filme vale cada segundo. O livro vale cada página. Gus e Hazel valem cada lágrima.
Baseado no padrão de filmes de dança, Make your move ao mesmo tempo seguiu e quebrou as regras. A competição, o casal de lados opostos e o final mais que feliz estavam todos lá. Mas a ideia do Taiko, o foco no sapateado que não recebe a atenção que deveria e certas partes da história de fundo foram novas. O vilão, afinal, não era nenhum dos lados, mas um intruso que envenenou uma parceria. O que mais me chamou a atenção foi definitivamente as coreografias do casal, que além de ter uma das melhores químicas entre os filmes de dança, foram excelentes tanto nas de sapateado mais agitadas, quanto nas mais lentas. Confesso que admiro e conheço o trabalho dos coreógrafos e ainda mais dos coreógrafos assistentes. O romance foi fofo como sempre, mas a química entre os atores ajudou muito a encantar. Assim como a personagem Aya que, se firmando no chão, disse "não" e ponto final e virou uma das minhas favoritas. Para quem ainda está em dúvida, aconselho a seguir em frente e ver. Se é dança que você quer, dança você vai ter.
Essa série em especial causou muita controvérsia entre os fãs da Marvel. Já ouvi reclamações dos leitores dos quadrinhos e confio em parte na opinião deles. Nunca li os quadrinhos - mais por questão de querê-los em papel e obviamente não conseguir a coleção inteira -, o que me faz um pouco duvidosa, mas acompanho desde sempre. Inicialmente, me interessei na série pela ideia da resolução de problemas internos da Shield, não apenas focado no caos maior como os filmes dos heróis. A volta do Coulson chamou minha atenção e também o fato de os episódios serem individuais, cada caso um capitulo e pronto. Mas no decorrer, entre ficar muito empolgada com alguns e um pouco entediada com outros, me vi assistindo toda semana. Algumas pessoas se desinteressaram com os episodios iniciais exatamente pelo motivo que me levou a ver e voltou a gostar apenas quando a trama ficou mais pesada. O mistério completo no início realmente incomoda um pouco, você não faz ideia do caminho que a série esta indo e não sabe se está perdendo tempo ou não. Bom, embora muitas opiniões contrárias, aconselho a continuar. Vai valer a pena. Do meio para o final, a série se entrelaça com os filmes e a Marvel em geral. Fiquei extremamente animada com a ideia de ver dois ângulos do mesmo enredo. O maior com o filme, o mais interno com a série. Esperei pelo desenrolar e honestamente, não me desapontei. Primeira vez que vejo uma traição de fato traição, não um agente triplo-quádruplo que no final sempre quis o bem. Pelo menos, não até essa primeira temporada. Houve muitas quase-mortes e mortes. Muitas cenas de humor, que secretamente me ganham. Muitas reaparições e alguns visitantes dos filmes, o que, na minha opinião, é uma boa jogada. Aos que leram essa resenha gigante até o final, não me odeiem se não concordarem, essa provavelmente é a série mais controversa que já vi. Quadrinhos e qualquer trama que envolva eles são assuntos delicados para os que leem, e para os que não também. E enfim, espero pela segunda temporada com ansiedade - já que gostei do caminho que parecem estar dando para o que vem -, me sentindo mais agente secreta com o Coulson do que com qualquer superherói.
Há tantas coisas para se encantar nesse filme. O cenário universitário e a seguinte beleza descoberta de NY. A trilha sonora. Atores conhecidos por certos papéis fazendo personagens improváveis. Os diversos ângulos de um mesmo assunto. O amor pelos livros. E acima de tudo, na minha opinião, os diálogos. São conversas que se você prestar atenção ocorrem todo dia ao seu redor. "Por que ler um best seller? Por que me limitar pela erudição? Por que a vida destrói certos sonhos e certas perspectivas? Por que o tempo não para?" Temas que adolescentes, universitários, professores, pessoas comuns, todos já chegaram a discutir sobre. O ponto máximo do filme foram os diversos modos de ver a vida que existem, caso você se dê ao trabalho de parar por um momento e escutar; sentar na grama ou na livraria e simplesmente pensar. Refletir sobre a juventude e o tempo - a ânsia de apressá-lo ou retardá-lo, sobre aquela aula que aparentemente mudou sua vida e faz você pensar que mudou a de outros também, quando, na verdade, nem o professor acredita mais nas palavras que disse. No fim do filme, você possivelmente vai estar com um fluxo de pensamentos interminável, procurando suas próprias teorias em base nos diálogos vistos. Porque, seja a estudante avançada, o professor que quer mais 3 anos, um homem sem muita atitude, uma professora amarga, um hippie ou um garoto triste, você vai encontrar seu personagem.
Completamente ansiosa para começar a assistir a quarta temporada. Comentei na primeira e achei que não precisaria fazer o mesmo com as outras, mas com esse season finale é impossível. A metade inicial da temporada seguiu um ritmo moderado, com o tesouro sempre como plano de fundo. A metade final, no entanto, tirou meu fôlego. As cenas de roubo estavam além do que eu esperava e a trama que se desenrolou para esse final me fez ver episodio atras de episodio. Viciada desde o início, agradeço infinitamente que essa é o tipo de série que continua melhorando a cada temporada.
Poucas pessoas conhecem a série e talvez por isso ela tenha tido a infelicidade de ser cancelada. Aos que estão interessados em começar é importante ter isso em mente. Mas acima de tudo que, na minha opinião, é a melhor série médica. Apesar de não ter experiência com muitas, já que prefiro séries com capítulos individuais como House, acredito que quem assistir vai entender. O toque sobrenatural pode afastar alguns potencias espectadores, mas para mim, só torna tudo melhor. As cenas de neurocirurgia são ótimas e a "bipolaridade" das doenças que aparecem me intrigam. Como neurocirurgião de um prestigiado hospital, os mais diversos e complicados sintomas neurológicos aparecem; todos com roupas de marca e sem medo de pagar pelo que for preciso. Como médico de uma clínica familiar, assim como os casos comuns fazem presença, os surpreendentes também; dessa vez com problemas pessoais de uma realidade completamente diferente do seu hospital de alta classe. Sempre fui uma fã do Patrick Wilson, mas amei ele nesse papel. A confiança que exala do Michael Holt e o posterior sucesso fazem dele um médico excepcional. Além, é claro, de ver um único fantasma. Infelizmente, sinto ser honesta em dizer que o último episódio dá uma sensação de inacabado, como toda primeira temporada de série. Eles esperavam por uma renovação, eu também. Ela não veio. E por mais incompleta, A Gifted Man permanece minha série favorita.
Nunca li o livro, então não sei se como adaptação foi satisfatório ou não. Mas como filme, me apaixonei. Quando comecei a pensar em como escrever essa resenha, percebi que o enredo, para mim, é mais complicado do que parece. Sim, é um romance acima de tudo, então os que esperavam por um mergulho no psicológico conturbado e nos horrores da guerra, terá que assistir tudo isso pelo olhos de uma garota apaixonada. O que tomou minha atenção completamente foram, afinal, o que as últimas palavras do filme resumem. Ela era o tipo de adolescente "neurótica". A morte da mãe e a ausência do pai, na verdade, são histórias que se procurássemos todo dia acharíamos em qualquer esquina. A diferença é como lidar com esse passado e presente. Para ela, as vozes na sua mente lhe davam o equilíbrio que o mundo não tinha. Para os outros, ela parecia uma garota mimada e rebelde. Para o Eddie, ela complicava o que deveria ser simples. Era mais uma questão de equilíbrio. Ninguém jamais saberá o que os sobreviventes da guerra realmente passaram. Esse filme foi tanto uma tentativa de descobrir, quanto de manter o mistério. E uma vez passado por isso, não há como ser o mesmo. Foi isso que Daisy descobriu com a motivação mais persistente. Se ela de alguma forma não tivesse a certeza que Eddie estivesse vivo, ela jamais sobreviveria. Segurar a mão um do outro parece ser uma garantia que apesar do mundo não fazer sentido, as feridas vão cicatrizar.
Nunca nem havia ouvido falar quando comecei a assistir. Li comentários bons, ruins, mas nenhum de grande afeição. Como fã de filmes sobre crimes inteligentes, daqueles que você precisa se concentrar para seguir a lógica dos acontecimentos, assistir uma série em que cada episódio é um raciocínio diferente me encantou. Me fascinei pelas cenas de falsificação (quadros, documentos, estátuas), de roubo e o puro charme que ele carrega como todo bom vigarista. É óbvio que ele não é um bandido sanguinário, mas um ladrão de alta classe. Ajudar a polícia (como fã também de séries policiais) nas investigações, na minha opinião, foi apenas um extra. Meu foco completo se concentrou nas habilidades. De seduzir, de convencer, de mentir, de saber um pouco sobre tudo. De me fazer rir, também. Senso de humor é sempre bem vindo. Para os que estão em dúvida se assistem, talvez você não tenha a mesma curiosidade e fascinação que eu, mas lhe asseguro que Caffrey roubou minha atenção completa.
A melhor série policial que já vi. Parecia um filme a cada episódio, tamanha a estruturação. Sou apaixonada por equipes que cada um tem uma habilidade e eles ressaltam bem, inclusive os passados e demônios dos membros. Antes de terminar a temporada, pesquisei para ter a certeza que a segunda já estava confirmada. Agora que terminei, mal consigo esperar para a continuação, especialmente depois de um fim tão dramaticamente carregado de suspense.
Confesso meu atraso completo em assistir esse filme, se eu pudesse voltar ao tempo e assistir no ano de lançamento (não levando em conta que nasci 5 anos depois), eu faria. Hoje em dia, talvez roteiros que contem a ligação entre professor e aluno e a inevitável mudança que cada um causa no outro tenham se tornado clichês. Mas nunca esse. Sem necessidade de comentar a emoção constante, os arrepios durante a descoberta da paixão de cada um, os sorrisos a cada citação do Sr. Keating. Os ensinamentos que os espectadores deveriam levar para a vida, mostrando que as vezes um filme pode ensinar muito mais do que um curso universitário completo. Para os que ainda não viram, prepare sua estante de livros de poesia. É onde você vai passar a noite após assistir esse filme.
Esse é um dos tipos mais difíceis de filme para comentar. Com absoluta certeza a aprovação ou desaprovação de Not fade away nunca vai ser um padrão, justamente pelo ar indie que exala de cada cena. O enredo principal por si só já é chamativo para mim, a trilha sonora é maravilhosa e você realmente se sente em décadas passadas, ou pelo menos quer voltar ao tempo. As palavras iniciais me arrepiaram, assim como as finais. No meu conceito, um dos fatores que faz o filme ser excelente ou simplesmente regular é a qualidade dos diálogos. E as conversas trocadas nesse filme o tornam além de excelente. Um monte de vinil, um bocado de palavras sussurradas que tocam a alma, incontáveis cigarros acendidos, algumas cenas românticas de descongelar o coração e muita, mas muita música.
Digam os críticos o que quiserem, talvez essa não seja o melhor filme do Woody, mas definitivamente é um dos meus favoritos. Porque não ser o melhor dele, ainda assim, qualifica como extremamente bom. Os atores estão ótimos e isso inclui ele, obviamente. A ironia intensa me encantou desde o início, levar ao extremo os já extremos da sociedade para arrancar uns risos e, como bônus, ainda trazer mais reflexos sobre a realidade do que muito filme existencialista.
Nunca fui muito fã de nenhuma série que envolvesse direito, sendo viciada no exato oposto (policial e medicina), mas essa me enlaçou de vez. Imagino a complexidade que deve ser montar casa episódio, tendo que considerar a lei e maior ainda, esse humor fascinante do dois protagonistas. Invejo a mente brilhante do Mike, a ética do Harvey por mais "superior" que ele se sinta e além (incluindo o Aston Martin e Maserati que aparecem sempre). E a cada cena, não sei se rio dos diálogos hilários entre eles ou se admiro a inteligência exposta. Já viciada.
Li alguns comentários satisfeitos, outros nem tanto. Cada um tem sua opinião, mas aos que não gostaram dessa continuação, talvez mudar um pouco o ângulo de visão seja uma nova descoberta. Um dos fatores que mais me incomodou no primeiro filme foi a incapacidade da Babi a lidar com o Hugo. Ela o amava sim, mas talvez sua educação, sua personalidade ou mesmo uma falta de sintonia a fazia fugir do que mais constituía ele. Hugo é difícil, as explosões de raiva são complicadas de conviver e a atitude instintiva também. Ela não soube, a Gin sim. É completamente visível no momento que ela o acalma antes de uma possível briga; as palavras certas; o modo certo. Babi tinha medo, a Gin não. O filme é, sem discussões, uma mostra clara do amadurecimento daqueles jovens apaixonados e sorridentes do primeiro. O momento de encarar as dores e as feridas do passado, especialmente para ele. Porque para a Babi, sua ferida é o próprio Hache.
Só mais um comentário, ela era a principal em 3MSC, a garota que todos torciam para terminar bem. Bom, obviamente isso não aconteceu. A vida dela era "perfeita" (rica, pais amorosos, irmã-amiga, amiga fiel) enquanto a dele era um caos. Era. A família dela se desestrutura e ela vai se casar com um homem que não ama (por favor, trai-lo e permanecer olhando pela janela são provas). Ele perdoa a família e a si mesmo, encontra um amor mais compatível e tem como amiga quem a Babi não conseguiu ser fiel. É uma reviravolta.
E o maior comentário que já postei. Nada melhor que compartilhar opiniões sobre filmes, especialmente filmes como esse. Reais.
Impossível ser mais clichê e ainda assim entrou na minha lista de favoritos. Sim, o garoto rebelde e a menina rica. Sim, a rebeldia em todo seu esplendor (jaqueta de couro, corrida de motos, raiva). Sim, romance e romance. Mas apesar dos pesares, eu ri e chorei em cada momento que deveria. Enlouqueci junto com as explosões de fúria, amoleci com as cenas românticas, lagrimei nas perdas e dores, sorri com a estranheza de se estar apaixonado. Para mim, embora a palavra "clichê" entre na definição do filme, ainda estou tentando sair do estupor que ele me levou. Me apaixonei pelo Hugo e por mais que goste da Babi, a odiei um pouco por entrar em um mundo novo sem estar de fato preparada e, no final, ser ela a deixar um rastro de sangue. Tenho certeza que todos aqueles que viram o filme esperaram por um final feliz que nunca veio e, por isso, meus parabéns para o enredo mais uma vez. Ou talvez sejamos nós a ver pelo lado errado. 3 metros acima do céu acontece só uma vez, mas basta acontecer para que ninguém jamais esqueça.
Através da Minha Janela
2.2 183 Assista AgoraEu sou toda a favor de filme clichê adolescente (mesmo ja tendo passado da adolescência há um tempo), mas sendo bem sincera, foi difícil terminar de assistir.
Para ser justa, vou deixar claro que eu li o livro primeiro. Tudo começou com o trailer da netflix, achei interessante, comprei o livro que tinha acabado de ser lançado (li a versão em inglês porque a em português tava mais cara), odiei o livro, assisti o filme com a esperança que seria a salvação, não gostei do filme. Não tenho duvida que se não tivesse lido o livro, talvez tivesse assistido o filme pelo que ele é, inegavelmente adolescente, clichê, romântico e com cenas muito mais sexuais do que qualquer um de nós esperava.
A adaptação foi de fato só "baseada", porque por mais que os resultados tenham sido os mesmos, os acontecimentos para chegar neles foram radicalmente mudados. Eu sei que muitos não se importam com o fato de ser adaptação, mas eu cometi o erro de ler o livro primeiro, então agora vão ter que me aguentar reclamando.
Aqui estão pequenos exemplos de como tudo mudou e nada faz sentido. No livro, o enredo acontece nos EUA e a mãe da Raquel imigrou do México quando estava grávida, fica bem claro na descrição física que a personagem principal tem características latinas. Embora no filme o cenário tenha mudado, a parte da imigração foi esquecida. Triste, porque grande parte da construção da Raquel veio da admiração que ela tem pela mãe, pelo que ela superou, pelas traições que teve que aguentar do ex-marido (pai da Raquel), até que finalmente se separou e ensinou a filha a se valorizar. O que nos leva a única característica da personagem principal que eu havia gostado. No livro, ela sabia desde o início que Ares significava um relacionamento tóxico e que, sim, ela viu a mãe sofrer nas mãos de um homem que não a valorizava e, por isso, sabia que ela também merecia mais. Bom, isso desapareceu no filme. O que nos deixou com uma protagonista loira de olhos claros, ingênua, que se diz tímida mas não é, com uma mãe presente porém inexistente em impacto (não nego que ela é mais legal no filme), cujo emprego simples fez a filha se envergonhar. No livro, Apolo é mais importante, Yoshi só é idiota no final e não no enredo todo, o casal principal tem mais companheirismo do que só sexo. Inclusive, tudo no filme que poderia ser mais sexualizado, foi. Ao ponto que assistindo, eu lembrava da cena que li e ficava surpresa com o quão mais sexual eles conseguiram fazer.
Dito isso, muitas coisas se perderam. Mas sendo bem honesta, mesmo sem o livro, o filme não faz lá muito sentido. Ta bom, filmes adolescentes de romance raramente fazem sentido, mas as cenas de sexo alternadas com cenas do casal se ignorando porque o Ares fez algo idiota, com cenas da família dele sendo ainda mais idiotas, com cenas do melhor amigo dela lambendo o chão que ela pisa e cenas da Dani beijando todo mundo, a coisa se perde. Vi alguns comentários positivos, porque de fato é uma distração, mas se você quer ver um pouquinho de enredo, talvez esse não seja o filme para você.
13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi
3.5 310Na metade do filme, eu já sabia que seria um dos meus favoritos. É longo e ás vezes um pouco cansativo, não tem como negar. Mas depois de 2 horas e meia de filme, eu ainda estou em um caos de emoções. A adrenalina em tantas cenas de ação; o suspense das cenas que ficaram no ar, esperando a próxima leva de balas; a tristeza de cenas dolorosas; a risada de cenas que só o conforto entre irmãos pode trazer. Minhas expressões durante o filme foram várias, embora eu tenha segurado minha respiração por maior parte dele. As atuações foram excelentes e a química entre o grupo especialmente. E por mais que eu não seja uma especialista em filmes desse gênero, achei que a duração tão longa tenha sido devido a abordagem diversificada que a câmera focou. Vimos perspectivas diferentes, vimos sangue de lados opostos, vimos sangue do mesmo lado, vimos a prepotência inicial que um doutorado pode trazer, e a humildade seguinte de uma vida salva. Vimos a incompreensão da luta, a loucura da guerra, a falta de significado e o significado extremo. É cinema sim, mas me cortou o ar como se fosse real. Aliás, foi real.
Orgulho e Preconceito e Zumbis
2.7 684 Assista AgoraNão é o melhor fime de zumbis, obviamente, mas não terminei de ver desapontada, mesmo porque já estava esperando um filme para passar o tempo. É uma readaptação de um clássico de uma forma bem diferente e, imaginei (imaginei porque não li o livro da versão zumbi), como todas as outras adaptações desse tipo, que o filme fosse para uma levada muito mais trash. Não tanto. Ás vezes ainda dei umas risadas, algumas pelos zumbis estranhamente inteligentes, outras pelo hilário Mr. Collins. Mas em geral seguiu a história original e inseriu os zumbis (que não aparecem muito não) de uma forma mais criativa do que a maioria dos filmes. Admito que adorei o modo como eles fizeram Elizabeth ser diferente, não só sincera e não tradicionalista (como no livro original), mas como uma das melhores guerreiras, o que por si só já a torna especial. É o modo zumbi de expor o feminismo que Jane Austen escreveu há tanto tempo atrás. E honestamente, adorei essa versão da Elizabeth, a ponto de me fazer querer reler o livro quando os filmes "originais" tiveram certo problema para conseguir.
The Shannara Chronicles (1ª Temporada)
3.7 146 Assista AgoraAchei que ia ler muito mais comentários negativos do que positivos, mas me surpreendi. Assim que terminei o 4 episódio fiquei em dúvida se gostava ou não da série e se continuaria. Mas para ser honesta, tive essa dúvida desde o primeiro episódio e, ainda assim, continuei até o quarto. Acho que parte do gostar-ou-não-gostar se deve aos personagens. Nas primeiras cenas, a princesa já tinha me ganhado. E depois me perdeu. Eu entendo que sentir medo é normal e Amberle foi basicamente jogada dentro de uma caçada entre a vida e a morte sem nenhum aviso, mas ela oscila tanto entre Xena e donzela em perigo que, no final, achei que ela tinha dupla personalidade. Mas Xena de verdade mesmo só Eretria, minha favorita até agora; forte, independente, ladra sim, ardilosa também, mas com valores obrigada. E tem os outros. O herdeiro Shannara atrapalhado, o druida machão, o namorado bonito de 5 minutos que todo mundo sabia aonde ia chegar, o rei confuso, um filho mulherengo que parece não levar nada a sério (mas que está sempre a postos e acaba nos conquistando) e um filho futuro-possivelmente-talvez-não-rei que leva tudo a sério demais (e que honestamente me irrita do início ao fim). Ah, e o demônio chefe. Bem "vou criar um exército e dominar o mundo" tipo de demônio. Os efeitos são melhores do que eu imaginava, apesar de ainda ter certos momentos que não aguento e solto uma risadinha porque quase vejo a tela verde atrás de todo mundo. As atuações, hm, medianas; meu único protesto é por que meu deus precisam cair tanto? O demônio na frente, um cascalho atrás, pof. Uma visão do mal na frente, uma gota de sangue atrás, pof. Pof, pof. Melhor colocarem umas joelheiras no figurino, que aliás é meio estranho para a época representada. Não sou fã de triângulos amorosos (mais ainda porque não vi química do Will com nenhuma delas), mas estou interessada em ver como a dinâmica do trio vai se desenrolar quando finalmente finalmente saírem para a tal missão.
Procura-se o Amor
3.1 11Eu só queria uma comédia-romântica bobinha e a sinopse e os personagens e o ambiente (que fotografia!), sim, todos apontavam para isso. Mas até a primeira metade, eu honestamente estava sorrindo. Havia amado a personagem principal, uma mulher independente e bonita, dona do próprio negócio e fascinada por café (como amante de café, eu quase sentia o cheiro). Havia amado os secundários, os baristas engraçados, a irmã louca, o cunhado doce. E então, ele chegou. Escritor, à procura de inspiração, lindo e estilosamente desleixado. Eu, por vontade própria, daria meu café para ele, sem nem me importar que ele não era cafecólatra como eu. E a química normal se segue. E então, o outro chega. O ex-namorado, monótono, com um emprego de fazer bocejar, ajeitadinho, com palavras ensaiadas. E ela fica em dúvida. Hm, Donovan, exatamente no que você está em dúvida mesmo? É de se esperar todas as ações que vem a seguir, cada uma das cenas eu já tinha na cabeça. Os erros, os dramas, as corridas chorosas, os reconfortos, os corações partidos se remendando.
Nesse ponto, sim, eu já estava rolando os olhos, mas começar a mexer no celular e parar de prestar atenção só começou no inesperado mais que surpreendente aparecimento do script da peça. E começou meu ódio por personagens que se ofendem, entram na casa dos outros como um furação, jogam na cara do dito cujo o quanto foi magoada e depois saem correndo como se estivessem pegando fogo, sem se quer dar uma chance da pessoa se explicar. E a mulher tão independente e forte, de repente, virou uma dama em perigo. Sem contar do meu ódio secundário por uma irmã que se resume na frase: com alguém assim na família, quem precisa de inimigo?
Castle (4ª Temporada)
4.5 48Normalmente, escolho comentar na primeira temporada, mas não tinha como não escolher essa. Castle foi uma daquelas séries que apareceu do nada, eu via as chamadas nos canais fechados e... só. Foi aquilo de "hm, legal. Vou tentar" e terminei o primeiro episódio, depois finalizei a primeira temporada e, quando vi, estava na quarta. Sem dúvidas, a melhor até então. Por três motivos principais. Um, os casos são extraordinários. Nessas séries policiais de episódios individuais normalmente existem 2 ou 3 capítulos que não seguem o padrão morte-investigação-solução. Essa quarta temporada saiu da regra, a maior parte dos episódios começava interessante e terminava ainda mais. Com reviravoltas aqui e ali e as risadas habituais. Dois, encontramos um pouco de conclusão em certos aspectos, o mistério é bom, mas chega um ponto em que alguma coisa tem que aparecer ou nada faz sentido. Melhor deixar por aqui e evitar o spoiler. E três, a tensão entre o Castle e a Beckett é multiplicada por mil, em todos os sentidos. A atração mal resolvida fica e vai, fica e vai, fica e vai tantas vezes que não sabemos o que sentir. Para os que estão em dúvida se continuam depois da terceira, por favor, continue. E para os que estão em dúvida se começam a série como um todo, por favor, só vá lá na primeira temporada e aperte "quero ver".
A Batalha do Ano
3.1 66 Assista AgoraAssim como a maioria dos filmes de dança, o roteiro não é assim tão original. Os incontáveis outros tendem a seguir o clichê do romance (casais de níveis sociais diferentes) e batalhas de grupos eternamente rivais. Battle of the year foi sobre o antigo clichê da união do grupo e seu professor. Honestamente, foi uma excelente diversão. Reconheci vários b-boys que costumam estar sempre na mídia e por isso já conhecia o talento de vários. A adição de mais atores também ajudou a manter um nível de atuação melhor do que a maioria. Não se pode reclamar nenhum pouco das partes de dança, já que não tinha nada de cortes e atores fingindo ter habilidade, eram puros giros, acrobacias e talento. Ah, e não, a menina não serve apenas para usar roupas curtas, mostrar a barriga e fazer as coreografias mais sensuais. Ela era parte do time, necessária como coreógrafa e mostrou ao que veio já na primeira fala; sem nem precisar de um par romântico, obrigada. E mais uma coisa, não se sei muitos realmente perceberam isso, mas esse filme mostrou o quão extenso é o treinamento dos dançarinos. É uma forma de arte sim, mas para os que querem seguir carreira no mundo da dança, a prática não se restringe a hobby nos fins de semana. É estar lá às 6 da manhã, 12 horas por dia e nenhum minuto atrasado.
Plastic
3.0 19Não se engane, não é um filme tão leve e divertido quanto soa. Comecei esperando algo meio aventura de crime inteligente e me deparei com bem mais. Sendo baseado em uma história real, é de se esperar os erros e as traições e a vulgaridade de certas cenas, mas ainda assim me surpreendi com a curva mais violenta. Apesar de existir certos aspectos um pouco impossíveis, o filme como um todo é um dos mais reais dos que caem na categoria de crime; policial. Os personagens não estão dentro da bolha do próprio plano infalível e sim sujeitos aos erros que sempre tendem a acontecer em situações perigosas. Mortes e perdas são apenas parte do caminho, o final é que importa, certo?
Chocolate
3.7 773Encantada em vários níveis. Com a delícia que é estar dentro de uma chocolataria, com a sensação de contos de fada que rodeia o filme, com personagens engraçados e interessantes. E especialmente, com a quebra de tradição. E não me refiro apenas ao lado rígido e conservativo, digo também sobre a tradição andarilha e aventureira. O filme brinca com os dois opostos do costume, deixando claro que para ser livre de verdade, é necessário achar um equilíbrio.
Amei a trilha sonora que até onde percebi, eram apenas músicas instrumentais. Desejei o chocolate quente a cada cena e experimentar os novos sabores também. Sorri com o sermão final do padre que, afinal, resumiu para mim o assunto tão polêmico que é a religião. Embora o final feliz possa soar clichê, asseguro que esse chocolate é único sim.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraQuando soube da escolha de elenco, fiquei entusiasmada com a Shailene, já tendo ideia da sua atuação. E sendo uma seguidora do processo que o filme levou, devagar me apaixonei pelo Ansel também. Mas jamais esperaria uma adaptação tão bem feita. Embora todos os personagens tenham me surpreendido com a lealdade ao livro (Hazel, seus pais, Isaac), Gus parece ter saído do meu exemplar direto para o cinema, cada sorriso e cada gesto, cada entonação de palavra foi idêntico ao que eu vi e ouvi durante a leitura. Me encantei com o modo que eles juntaram passagens do livro em uma mesma cena para que mais partes pudessem caber nos 125 minutos que tive o prazer de ter a mais da experiência de TFIOS.
Honestamente, não me emocionei tanto quanto no livro, o que não significa que não existiram lágrimas, mas minha emoção maior sempre se concentrou mais em palavras do que em imagens. Assim como senti falta de alguns diálogos que me marcaram no decorrer das páginas. Antes que achem que isso seja uma crítica, bom, não é. Me faltam críticas para esse filme. E sei que sendo uma adaptação de um romance best-seller de literatura infanto-juvenil, um preconceito ilógico levou muita gente a pré-julgar o filme antes mesmo de vê-lo e, invariavelmente, impedir de vê-lo. Não faça isso. O filme vale cada segundo. O livro vale cada página. Gus e Hazel valem cada lágrima.
No Ritmo da Paixão
3.0 44 Assista AgoraBaseado no padrão de filmes de dança, Make your move ao mesmo tempo seguiu e quebrou as regras. A competição, o casal de lados opostos e o final mais que feliz estavam todos lá. Mas a ideia do Taiko, o foco no sapateado que não recebe a atenção que deveria e certas partes da história de fundo foram novas. O vilão, afinal, não era nenhum dos lados, mas um intruso que envenenou uma parceria. O que mais me chamou a atenção foi definitivamente as coreografias do casal, que além de ter uma das melhores químicas entre os filmes de dança, foram excelentes tanto nas de sapateado mais agitadas, quanto nas mais lentas. Confesso que admiro e conheço o trabalho dos coreógrafos e ainda mais dos coreógrafos assistentes. O romance foi fofo como sempre, mas a química entre os atores ajudou muito a encantar. Assim como a personagem Aya que, se firmando no chão, disse "não" e ponto final e virou uma das minhas favoritas. Para quem ainda está em dúvida, aconselho a seguir em frente e ver. Se é dança que você quer, dança você vai ter.
Agentes da S.H.I.E.L.D. (1ª Temporada)
3.8 474 Assista AgoraEssa série em especial causou muita controvérsia entre os fãs da Marvel. Já ouvi reclamações dos leitores dos quadrinhos e confio em parte na opinião deles. Nunca li os quadrinhos - mais por questão de querê-los em papel e obviamente não conseguir a coleção inteira -, o que me faz um pouco duvidosa, mas acompanho desde sempre. Inicialmente, me interessei na série pela ideia da resolução de problemas internos da Shield, não apenas focado no caos maior como os filmes dos heróis. A volta do Coulson chamou minha atenção e também o fato de os episódios serem individuais, cada caso um capitulo e pronto. Mas no decorrer, entre ficar muito empolgada com alguns e um pouco entediada com outros, me vi assistindo toda semana. Algumas pessoas se desinteressaram com os episodios iniciais exatamente pelo motivo que me levou a ver e voltou a gostar apenas quando a trama ficou mais pesada. O mistério completo no início realmente incomoda um pouco, você não faz ideia do caminho que a série esta indo e não sabe se está perdendo tempo ou não. Bom, embora muitas opiniões contrárias, aconselho a continuar. Vai valer a pena.
Do meio para o final, a série se entrelaça com os filmes e a Marvel em geral. Fiquei extremamente animada com a ideia de ver dois ângulos do mesmo enredo. O maior com o filme, o mais interno com a série. Esperei pelo desenrolar e honestamente, não me desapontei. Primeira vez que vejo uma traição de fato traição, não um agente triplo-quádruplo que no final sempre quis o bem. Pelo menos, não até essa primeira temporada. Houve muitas quase-mortes e mortes. Muitas cenas de humor, que secretamente me ganham. Muitas reaparições e alguns visitantes dos filmes, o que, na minha opinião, é uma boa jogada. Aos que leram essa resenha gigante até o final, não me odeiem se não concordarem, essa provavelmente é a série mais controversa que já vi. Quadrinhos e qualquer trama que envolva eles são assuntos delicados para os que leem, e para os que não também. E enfim, espero pela segunda temporada com ansiedade - já que gostei do caminho que parecem estar dando para o que vem -, me sentindo mais agente secreta com o Coulson do que com qualquer superherói.
Histórias de Amor
3.5 354 Assista AgoraHá tantas coisas para se encantar nesse filme. O cenário universitário e a seguinte beleza descoberta de NY. A trilha sonora. Atores conhecidos por certos papéis fazendo personagens improváveis. Os diversos ângulos de um mesmo assunto. O amor pelos livros. E acima de tudo, na minha opinião, os diálogos. São conversas que se você prestar atenção ocorrem todo dia ao seu redor. "Por que ler um best seller? Por que me limitar pela erudição? Por que a vida destrói certos sonhos e certas perspectivas? Por que o tempo não para?" Temas que adolescentes, universitários, professores, pessoas comuns, todos já chegaram a discutir sobre. O ponto máximo do filme foram os diversos modos de ver a vida que existem, caso você se dê ao trabalho de parar por um momento e escutar; sentar na grama ou na livraria e simplesmente pensar. Refletir sobre a juventude e o tempo - a ânsia de apressá-lo ou retardá-lo, sobre aquela aula que aparentemente mudou sua vida e faz você pensar que mudou a de outros também, quando, na verdade, nem o professor acredita mais nas palavras que disse.
No fim do filme, você possivelmente vai estar com um fluxo de pensamentos interminável, procurando suas próprias teorias em base nos diálogos vistos. Porque, seja a estudante avançada, o professor que quer mais 3 anos, um homem sem muita atitude, uma professora amarga, um hippie ou um garoto triste, você vai encontrar seu personagem.
White Collar (3ª Temporada)
4.4 39 Assista AgoraCompletamente ansiosa para começar a assistir a quarta temporada. Comentei na primeira e achei que não precisaria fazer o mesmo com as outras, mas com esse season finale é impossível. A metade inicial da temporada seguiu um ritmo moderado, com o tesouro sempre como plano de fundo. A metade final, no entanto, tirou meu fôlego. As cenas de roubo estavam além do que eu esperava e a trama que se desenrolou para esse final me fez ver episodio atras de episodio. Viciada desde o início, agradeço infinitamente que essa é o tipo de série que continua melhorando a cada temporada.
A Gifted Man (1ª Temporada)
4.0 59Poucas pessoas conhecem a série e talvez por isso ela tenha tido a infelicidade de ser cancelada. Aos que estão interessados em começar é importante ter isso em mente. Mas acima de tudo que, na minha opinião, é a melhor série médica. Apesar de não ter experiência com muitas, já que prefiro séries com capítulos individuais como House, acredito que quem assistir vai entender.
O toque sobrenatural pode afastar alguns potencias espectadores, mas para mim, só torna tudo melhor. As cenas de neurocirurgia são ótimas e a "bipolaridade" das doenças que aparecem me intrigam. Como neurocirurgião de um prestigiado hospital, os mais diversos e complicados sintomas neurológicos aparecem; todos com roupas de marca e sem medo de pagar pelo que for preciso. Como médico de uma clínica familiar, assim como os casos comuns fazem presença, os surpreendentes também; dessa vez com problemas pessoais de uma realidade completamente diferente do seu hospital de alta classe.
Sempre fui uma fã do Patrick Wilson, mas amei ele nesse papel. A confiança que exala do Michael Holt e o posterior sucesso fazem dele um médico excepcional. Além, é claro, de ver um único fantasma.
Infelizmente, sinto ser honesta em dizer que o último episódio dá uma sensação de inacabado, como toda primeira temporada de série. Eles esperavam por uma renovação, eu também. Ela não veio. E por mais incompleta, A Gifted Man permanece minha série favorita.
Minha Nova Vida
3.6 288 Assista AgoraNunca li o livro, então não sei se como adaptação foi satisfatório ou não. Mas como filme, me apaixonei. Quando comecei a pensar em como escrever essa resenha, percebi que o enredo, para mim, é mais complicado do que parece. Sim, é um romance acima de tudo, então os que esperavam por um mergulho no psicológico conturbado e nos horrores da guerra, terá que assistir tudo isso pelo olhos de uma garota apaixonada.
O que tomou minha atenção completamente foram, afinal, o que as últimas palavras do filme resumem. Ela era o tipo de adolescente "neurótica". A morte da mãe e a ausência do pai, na verdade, são histórias que se procurássemos todo dia acharíamos em qualquer esquina. A diferença é como lidar com esse passado e presente. Para ela, as vozes na sua mente lhe davam o equilíbrio que o mundo não tinha. Para os outros, ela parecia uma garota mimada e rebelde. Para o Eddie, ela complicava o que deveria ser simples. Era mais uma questão de equilíbrio.
Ninguém jamais saberá o que os sobreviventes da guerra realmente passaram. Esse filme foi tanto uma tentativa de descobrir, quanto de manter o mistério. E uma vez passado por isso, não há como ser o mesmo. Foi isso que Daisy descobriu com a motivação mais persistente. Se ela de alguma forma não tivesse a certeza que Eddie estivesse vivo, ela jamais sobreviveria. Segurar a mão um do outro parece ser uma garantia que apesar do mundo não fazer sentido, as feridas vão cicatrizar.
White Collar (1ª Temporada)
4.3 92Nunca nem havia ouvido falar quando comecei a assistir. Li comentários bons, ruins, mas nenhum de grande afeição. Como fã de filmes sobre crimes inteligentes, daqueles que você precisa se concentrar para seguir a lógica dos acontecimentos, assistir uma série em que cada episódio é um raciocínio diferente me encantou. Me fascinei pelas cenas de falsificação (quadros, documentos, estátuas), de roubo e o puro charme que ele carrega como todo bom vigarista. É óbvio que ele não é um bandido sanguinário, mas um ladrão de alta classe. Ajudar a polícia (como fã também de séries policiais) nas investigações, na minha opinião, foi apenas um extra. Meu foco completo se concentrou nas habilidades. De seduzir, de convencer, de mentir, de saber um pouco sobre tudo. De me fazer rir, também. Senso de humor é sempre bem vindo. Para os que estão em dúvida se assistem, talvez você não tenha a mesma curiosidade e fascinação que eu, mas lhe asseguro que Caffrey roubou minha atenção completa.
Crossing Lines (1ª Temporada)
4.0 34A melhor série policial que já vi. Parecia um filme a cada episódio, tamanha a estruturação. Sou apaixonada por equipes que cada um tem uma habilidade e eles ressaltam bem, inclusive os passados e demônios dos membros. Antes de terminar a temporada, pesquisei para ter a certeza que a segunda já estava confirmada. Agora que terminei, mal consigo esperar para a continuação, especialmente depois de um fim tão dramaticamente carregado de suspense.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraConfesso meu atraso completo em assistir esse filme, se eu pudesse voltar ao tempo e assistir no ano de lançamento (não levando em conta que nasci 5 anos depois), eu faria. Hoje em dia, talvez roteiros que contem a ligação entre professor e aluno e a inevitável mudança que cada um causa no outro tenham se tornado clichês. Mas nunca esse. Sem necessidade de comentar a emoção constante, os arrepios durante a descoberta da paixão de cada um, os sorrisos a cada citação do Sr. Keating. Os ensinamentos que os espectadores deveriam levar para a vida, mostrando que as vezes um filme pode ensinar muito mais do que um curso universitário completo. Para os que ainda não viram, prepare sua estante de livros de poesia. É onde você vai passar a noite após assistir esse filme.
Música e Rebeldia
3.2 12 Assista AgoraEsse é um dos tipos mais difíceis de filme para comentar. Com absoluta certeza a aprovação ou desaprovação de Not fade away nunca vai ser um padrão, justamente pelo ar indie que exala de cada cena. O enredo principal por si só já é chamativo para mim, a trilha sonora é maravilhosa e você realmente se sente em décadas passadas, ou pelo menos quer voltar ao tempo. As palavras iniciais me arrepiaram, assim como as finais. No meu conceito, um dos fatores que faz o filme ser excelente ou simplesmente regular é a qualidade dos diálogos. E as conversas trocadas nesse filme o tornam além de excelente. Um monte de vinil, um bocado de palavras sussurradas que tocam a alma, incontáveis cigarros acendidos, algumas cenas românticas de descongelar o coração e muita, mas muita música.
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraDigam os críticos o que quiserem, talvez essa não seja o melhor filme do Woody, mas definitivamente é um dos meus favoritos. Porque não ser o melhor dele, ainda assim, qualifica como extremamente bom. Os atores estão ótimos e isso inclui ele, obviamente. A ironia intensa me encantou desde o início, levar ao extremo os já extremos da sociedade para arrancar uns risos e, como bônus, ainda trazer mais reflexos sobre a realidade do que muito filme existencialista.
Suits (1ª Temporada)
4.4 278 Assista AgoraNunca fui muito fã de nenhuma série que envolvesse direito, sendo viciada no exato oposto (policial e medicina), mas essa me enlaçou de vez. Imagino a complexidade que deve ser montar casa episódio, tendo que considerar a lei e maior ainda, esse humor fascinante do dois protagonistas. Invejo a mente brilhante do Mike, a ética do Harvey por mais "superior" que ele se sinta e além (incluindo o Aston Martin e Maserati que aparecem sempre). E a cada cena, não sei se rio dos diálogos hilários entre eles ou se admiro a inteligência exposta. Já viciada.
Sou Louco Por Você
3.8 520 Assista AgoraLi alguns comentários satisfeitos, outros nem tanto. Cada um tem sua opinião, mas aos que não gostaram dessa continuação, talvez mudar um pouco o ângulo de visão seja uma nova descoberta. Um dos fatores que mais me incomodou no primeiro filme foi a incapacidade da Babi a lidar com o Hugo. Ela o amava sim, mas talvez sua educação, sua personalidade ou mesmo uma falta de sintonia a fazia fugir do que mais constituía ele. Hugo é difícil, as explosões de raiva são complicadas de conviver e a atitude instintiva também. Ela não soube, a Gin sim. É completamente visível no momento que ela o acalma antes de uma possível briga; as palavras certas; o modo certo. Babi tinha medo, a Gin não. O filme é, sem discussões, uma mostra clara do amadurecimento daqueles jovens apaixonados e sorridentes do primeiro. O momento de encarar as dores e as feridas do passado, especialmente para ele. Porque para a Babi, sua ferida é o próprio Hache.
Só mais um comentário, ela era a principal em 3MSC, a garota que todos torciam para terminar bem. Bom, obviamente isso não aconteceu. A vida dela era "perfeita" (rica, pais amorosos, irmã-amiga, amiga fiel) enquanto a dele era um caos. Era. A família dela se desestrutura e ela vai se casar com um homem que não ama (por favor, trai-lo e permanecer olhando pela janela são provas). Ele perdoa a família e a si mesmo, encontra um amor mais compatível e tem como amiga quem a Babi não conseguiu ser fiel. É uma reviravolta.
Paixão Sem Limites
3.9 544Impossível ser mais clichê e ainda assim entrou na minha lista de favoritos. Sim, o garoto rebelde e a menina rica. Sim, a rebeldia em todo seu esplendor (jaqueta de couro, corrida de motos, raiva). Sim, romance e romance. Mas apesar dos pesares, eu ri e chorei em cada momento que deveria. Enlouqueci junto com as explosões de fúria, amoleci com as cenas românticas, lagrimei nas perdas e dores, sorri com a estranheza de se estar apaixonado. Para mim, embora a palavra "clichê" entre na definição do filme, ainda estou tentando sair do estupor que ele me levou. Me apaixonei pelo Hugo e por mais que goste da Babi, a odiei um pouco por entrar em um mundo novo sem estar de fato preparada e, no final, ser ela a deixar um rastro de sangue. Tenho certeza que todos aqueles que viram o filme esperaram por um final feliz que nunca veio e, por isso, meus parabéns para o enredo mais uma vez. Ou talvez sejamos nós a ver pelo lado errado. 3 metros acima do céu acontece só uma vez, mas basta acontecer para que ninguém jamais esqueça.