Eu gosto do diretor e gosto muito da Greta, mas não me cativou, fiquei entediado e ansioso pra que acabasse logo. Não achei a história e nem nenhum dos personagens interessantes, não me dou bem com pessoas que tem a personalidade igual ou similar a da Brooke. Alguns diálogos foram honestos e eu curti, já outros foram apenas forçados e jogados na tentativa de ser algo, mas que falhou.
Foi o conto que eu mais gostei das quatro estações. Ri bastante, fiquei refletindo que há 20 anos atrás as pessoas colocavam anúncios no jornal quando queriam conhecer alguém (embora isso n fosse tão comum, mesmo na época), dai me peguei refletindo sobre o Tinder. A amizade da Magali e da Isabelle é muito bonita. É interesse acompanhar a Marie e a Beatrice nos filmes do Rohmer, a gente acompanha a Beatrice desde sua adolescência até os seus 40 e poucos anos e a Marie é quase o mesmo. Algo esquisito é que o professor de filosofia tinha em torno da mesma idade que a Magali e ela se achava velha demais pra ele?? Esquisito um homem de meia idade só se interessar por suas alunas universitárias de 20 anos.
Primeiro filme que eu vejo no cinema depois que a pandemia começou. Eu adorei o título pq existe um duplo sentido, tanto "maligno" que se refere a doença, tumor, mas também se refere ao caráter da criatura assassina do filme. Eu gostei muito das referências, elementos e firulas que o diretor trás (o giallo por exemplo), pois ao menos pra mim funcionou MUITO BEM, não cai em momento algum num lugar desarmônico. A excentricidade construída gradativamente no filme com certeza não vai agradar e nem funcionar pra todo mundo, mas é inegável que é um filme incomum e criativo. Talvez outro diretor não conseguisse trilhar uma direção tão bacana e que formaliza a trasheira kkkk uma ressalva pra fotografia do filme nas cenas que sugere o sobrenatural, pois são bem bonitas. James Wan nasceu pra ser diretor de filme de terror.
Primeiramente, eu entendo muito a Tammy, ela apenas queria viver o amor adolescente, queria viver a fic. Segundamente, Imaginei a Tracy tendo um canal no YouTube onde ela falaria de coisas tipo "'como ser muito produtivo em pouco tempo", "como se tornar mais organizada" ou faria vlogs de "study with me" e mostraria a rotina super ocupada dela e o seu planner super bonito e organizado.
O ponto forte pra mim é a atmosfera desenvolvida. A floresta nebulosa e sombria e o clima ajudam bastante nessa construção de horror rural. Gosto da proposta de uma seita demoníaca no interior da Inglaterra do século 18 e o inicio até me empolgou por causa da construção atmosférica, porém achei o desenvolvimento da estória muito fraco. Eu não me importo de muitos filmes não te darem as respostas todas mastigadas na mão, acho interessante quando o filme te desafia a mergulhar nas significações da história, porém esse filme não tem isso, ele não tem o que "esconder" pq não tem quase nenhum simbolismos e nem significações. Por ser fraco, a atmosfera folclórica e misteriosa não consegue se manter sustentada até o final, consequentemente não me assustou e muito menos me perturbou. Eu compreendo que os efeitos pra época e pro orçamento eram fracos e tal, se a estória fosse ao menos bem desenvolvida, eu teria assistido com o coração aberto e relevado os efeitos fracos kkkk mas como o desenvolvimento não funciona bem, a questão dos efeitos piorou a minha experiência. Algo dualístico e interessante é que alguns personagens já consideram a bruxaria algo ultrapassado, eles querem evidências que provem que há realmente um caso de bruxaria por lá, ou seja, há um ceticismo em alguns personagens e o ponto temporal histórico do filme é possivelmente depois do auge da inquisição na Inglaterra, dá a entender que não é mais comum acusar pessoas de bruxaria, no entanto, ao mesmo tempo há muitas raízes ainda presentes da inquisição, como na cena que os homens lá jogam a garota no rio pra ver se ela é uma bruxa e pra isso eles iriam observar se ela boia ou não, ou deles falarem que vão enforcar todo mundo. Achei o final bem ruim e eu queria muito entender melhor de onde esse demônio veio, como esses adolescentes deram de cara com ele e porque ele é TÃO fraco, mas nada é contextualizado direito e muitas coisas apenas acontecem de forma solta e torna tudo desarmônico, eu não compreendo isso como uma tentativa de enaltecer mistério aos espectadores, mas sim como uma narrativa não muito bem elaborada.
Fiquei lembrando da Jout jout que largou o youtube, ela fez bem. Assistir Swaet me fez pensar novamente em como máscaras são valorizadas, de como é valorizado pregar uma felicidade perpetua, que não existe. Podemos ter a preferencia de não compartilhar muito da nossa vida pessoal nas redes sociais, mas ao pensar em influencers famosos, acaba chocando as pessoas quando eles compartilham um sentimento triste em público ou quando anunciam que possuem depressão, ansiedade, síndrome do pânico e por ai vai, pois é estabelecido pela indústria em compartilhar somente a alegria fake, e a tristeza deve se manter escondida em pró da maquiagem da vida perfeita. Apesar disso, fiquei refletindo sobre a necessidade de "compartilhar" coisas nas redes sociais que Sylwia sente, independente de serem positivas ou negativas e isso é um saco, ser famosa é um saco, esse culto todo é horrível, que sistema horrível.
Ela fica muito irritada e chocada quando vê o moço do carro fazendo aquilo, mas então ela percebe que o cara que trabalha com ela faz a mesma coisa (mesmo após ela ter pedido pra ele ir embora), mas em um momento diferente, isso despertou um choque nela de como ela é observada e tratada pelos homens a sua volta, quando apenas deseja inspirar outras coisas neles e em todo mundo.
Eu terminei o filme sentindo o vazio da vida da Sylwia. A atriz que interpreta a protagonista é muito boa e eu gostei bastante da sensação claustrofóbica que os close-ups proporcionam.
O DVD do filme diz "Céu é qualquer lugar onde se possa ser feliz." *Como eu amo esse filme. Essa obra é sobre não pertencimento, sobre um período de passagem, um hiato, um sentimento nômade. Não é sobre fugir, é sobre escapar, sobre se libertar. *Eu acho muito interessante como alguns filmes feitos nessa época de pós-retomada exploram o sertão de uma maneira super plural, indo além da construção de um sertão pobre, seco e mítico com heróis e assassinos. Sobretudo exploram o sertão como um espaço fragmentado, globalizado, de chegada e de partida, como faz Deserto Feliz de 2007 ou Cinema, Aspirinas e Urubus de 2005. É nessa premissa de sertão como lugar de passagem que Iguatu é construída na vida de Hermilla. Iguatu é um hiato que irá ativar a transformação de Hermilla em Suely e depois de Suely para Hermilla novamente. *A cena inicial feita com uma super 8 com cores super saturadas, é a lembrança de um sonho vivido em uma outra Iguatu, antes de partir pra São Paulo, quando tudo parecia perfeito. Isso é arrebatado quando somos levados ao presente com Hermilla com seu filho em um ônibus, num espaço árido de céu pálido prestes a viver seu rito de passagem. Bem triste.
*Hermilla volta de São Paulo com rastros da cidade grande, o cabelo pintado demonstra isso. Na esperança de viver em Iguatu de modo tolerável ao lado do seu namorado, isso é dissipado quando ela é abandonada por ele, e consequentemente passa a encontrar sua liberdade completamente suprimida em Iguatu, ela passa a esperar e esperar muito, ficando exausta e cansada de estar ali. Isso é representado com o tédio e com a rotina de Hermilla em esperar, trabalhar no posto de gasolina, em depilar as pernas, vender rifa por rifa de um whisky, ficar na porta da geladeira da Georgina comendo gelo pra sossegar do calor e esperar, sair pra beber e dançar, isso tudo faz com que ela perceba que definitivamente não pertence aquele lugar e que precisa ir embora. É nesse processo que ela vai se transformando em Suely, nome que é fruto de uma moralidade social que a condenaria como "puta", coisa que Hermilla não quer ser denominada e é necessário se transformar em Suely, ela mesma diz "eu não quero ser puta não, não quero ser porra nenhuma". *O céu que Suely tanto busca é a sua liberdade e sua felicidade. A rejeição da cidade em cima dela, e ao juntar isso com o abandono do seu namorado e com todos os outros aspectos de Iguatu que assombram Hermilla, ela passa a ser uma anti-iguatu (o ápice disso é após a briga da avó. Hermilla sai chorando sozinha no meio da noite, sem nenhum amparo naquele momento. Iguatu virou as costas pra ela) e para ir embora de lá, ela abre mão até de viver um novo amor com o João. *O filme nos aproxima e muito da realidade de Hermilla usando movimentos de câmera que sempre enfatizem o rosto da protagonista, e também através de planos sequencia maravilhosos, como a cena da moto. *A borboleta em sua blusa representa o quão Hermilla quer voar pra longe e alcançar o céu, não quer pisar no chão. Voar é associado ao sonho de partir. O fim do seu hiato e do seu rito de passagem é concretizado ao partir para Porto Alegre no final.
*A globalização do sertão nesse filme pode ser encontrada nas musicas de forró que são paródias de músicas pop dos EUA ou na feira do centro da cidade que vende carne de bode, mas é vizinha a uma loja de 1,99 com produtos vindos da China.
*O Alain é um escroto com a Marléne, espero que ela não tenha se apaixonado real por ele, embora eu acredito que tenha sim. Infelizmente ele irá tratar ela muito mal, espero que ela acorde e dê um pé na bunda dele quando ele for atrás dela dizendo que se arrepende.
*O nome Martine é lindo. *A trilha sonora é muito boa, por mais estadunidense que seja e que demonstra uma influência maçante e invasora dos EUA na França e demonstre uma alteração da identidade francesa entre os adolescentes. *Me dava um nervoso toda vez que essas meninas entravam em carro de homem estranho. *O Vicent Gallo é um gato. *Alguém que mora em uma cidade pequena provavelmente vai se identificar ainda mais com o cenário do filme, pois é um meio urbano do tédio, não tem muito o que fazer pra se divertir.
*Martine se sente deslocada das duas festas que foi (embora ela tente ser descolada) e a Marléne se permitiu curtir a segunda festa como um veiculo que a impulsionasse a perder a sua virgindade pra algum rapaz. Mas o que tem mais pra fazer depois? nada: fume, dance, transe, ande por ai de carro, seja cool, viva as experiências que prometem preencher algum vazio, exista enquanto não tem nada pra fazer. As duas procuram se encaixar, por isso tentam parecer mais velhas (eu já fui assim quando tinha 15 anos), mas no final só tem um vazio tedioso mesmo. Acho que a Martine é a única que consegue se sentir um pouco completa depois de rolezar com o Vicent Gallo
*Esse filme me deu uma sensação de nostalgia das festas que tinha na minha cidade quando eu era adolescente. Eu me sentia deslocado igualzinho a Martine, eu tentava me encaixar, mas não rolava muito. Só que eu não queria beber, não queria fumar maconha, os meninos eram nojentos (embora eu desejasse do fundo do meu coração que tivesse algum menino que fosse legal, mas os que eram legais nunca olhavam pra mim) eu apenas queria dançar, só que a música era ruim. Essas festas eram o máximo que eu ia alcançar na minha cidade dentro da cultura teen """alternativa""", essas festas sempre rendiam fofocas, saudades. "Sou comunista, não bebo coca-cola."
Poético e super natural. Eu estava me identificando com a Delphine no início, pelo seu senso contemplativo, por não conseguir me expressar tão bem ou as vezes tagarelar sobre um um assunto ou me sentir muito de fora em determinadas situações sociais quando eu estou triste e consequentimente me sinto desencaixado e fora de sintonia dos meus amigos. No entanto, a Delphine estava em um nível muito além, ela não se permitia ser feliz sozinha e nem coletivamente também.
Ela se sente tão ansiosa e desencaixada que se priva de viver bons momentos sozinha e é bastante pessimista também achando que nada dará certo antes de tentar, uma melancolia completamente crua. Me admirei pela coragem final dela de se arriscar um pouco, permitir viver, ser ativa e socializar com alguém que ela achou atraente sem saber onde aquilo ia dar,acabando por conhecer um moço bastante fofo.
Ela me lembra muito uma amiga minha, a Delphine é definitivamente INFP. A cena final é bastante comovente. Eu acabei me apaixonando muito pela obra e se tornou o meu filme favorito do Rohmer. Adorei a trilha sonora, os diálogos naturais, todos os quadros tem algo verde e verde é minha cor favorita. ♡ Off: acho bizarro quem considere aqui o drama interno pessoal da Delphine como algo bobo ou frescura. A vida não é uma competição de ranking de sofrimento no qual as pessoas mais favorecidas socialmente não passam por problemas pessoais ou não podem expressa-los, e o pior é comparar as questões pessoais e a vivência dela com a realidade de outra pessoa que não existe na realidade do filme e na qual a Delphine nunca vive na trama e não teria como ter um parâmetro de comparação, isso não importa pra estória. Esse tipo de discurso pra mim soa muito semelhante a quem é negligente com a saúde mental do próximo e leva a depressão e a ansiedade do outro como algo bobo ou superficial, super ignorante e contraditório pra uma sociedade psicologicamente doente..
É bastante interessante ver a questão cultural voltada para religiosidade. Um povo sueco no século XIV dividido entre o paganismo e o cristianismo, a questão dos milagres, o dualismo cristão, justiça dos homens e tal, se o filme tivesse ido somente por esse eixo conflituoso eu teria gostado muito mais. No entanto, particularmente a estória não funcionou tanto pra mim, mas eu acredito que a intensão dela não é funcionar pra todo mundo. *Ainda existe quem questione porquê há meninas que possuem medo de homens.
Esse filme pode atiçar gatilhos ou perturbar quem tem sensibilidade a cenas que envolvem estupro. *Coitado do menino criança, ele era só uma vítima daqueles irmãos.
Que roteiro quase todo redondinho. Assistir esse filme foi como comer um bolo super doce de brigadeiro branco - é fofo, doce, porém um pouco enjoativo, mas ainda assim cativante. O figurino é algo que me encantou demais, a minissaia da Mary Quant estava mesmo com tudo. As músicas ficam na cabeça depois de assistir.
Eu não achei o filme ruim, é bem mediano, é assistivel sim. A trilha sonora é muito boa. Talvez por ser baseado em fatos reais, a obra tenha conseguido me deixar tenso enquanto assistia.
Eu comprei o dvd desse filme em 2007 quando eu tinha 8 anos, na hora eu fui enganado pelo título kkk mas eu me apaixonei muito pela história e definitivamente é um dos primeiros filmes coming of age que eu me apaixonei, na época eu assistia no minimo uma vez na semana. Os anos 60, a religião de Charlotte, o amadurecimento, os conflitos entre mães e filhos, uma mãe com um jeito de viver a vida a frente do seu tempo, a metáfora que envolve o ato de nadar nas águas da vida, fugir, se encontrar, duvidar. Faz uns 9 anos que eu não vejo esse filme e me pergunto qual a sensação que eu terei ao reassisti-lo.
Incompreendido por muitos. A bruxa, Corra, Midsommar, Hereditário, Nós e algumas outras obras trazem perspectivas inovadoras em suas composições para o subgênero do terror psicológico no período em que vivemos, um ar novo e bastante criativo, o que acaba revolucionando sim e fugindo de um padrão industrialmente estabelecido e esperado do terror de um modo geral. Essas composições apresentam o poder de torna-los construtivamente profundos e maiores do que algo meramente assustador, consequentemente não agrada todo mundo, mas eles também não possuem essa intensão de agradar a todos. Eu fico muito feliz de observar que o terror da época em que vivemos se configura dessa forma.
Mistress America
3.5 210Eu gosto do diretor e gosto muito da Greta, mas não me cativou, fiquei entediado e ansioso pra que acabasse logo. Não achei a história e nem nenhum dos personagens interessantes, não me dou bem com pessoas que tem a personalidade igual ou similar a da Brooke. Alguns diálogos foram honestos e eu curti, já outros foram apenas forçados e jogados na tentativa de ser algo, mas que falhou.
Conto de Outono
3.9 20Foi o conto que eu mais gostei das quatro estações. Ri bastante, fiquei refletindo que há 20 anos atrás as pessoas colocavam anúncios no jornal quando queriam conhecer alguém (embora isso n fosse tão comum, mesmo na época), dai me peguei refletindo sobre o Tinder.
A amizade da Magali e da Isabelle é muito bonita.
É interesse acompanhar a Marie e a Beatrice nos filmes do Rohmer, a gente acompanha a Beatrice desde sua adolescência até os seus 40 e poucos anos e a Marie é quase o mesmo.
Algo esquisito é que o professor de filosofia tinha em torno da mesma idade que a Magali e ela se achava velha demais pra ele?? Esquisito um homem de meia idade só se interessar por suas alunas universitárias de 20 anos.
Maligno
3.3 1,2KPrimeiro filme que eu vejo no cinema depois que a pandemia começou.
Eu adorei o título pq existe um duplo sentido, tanto "maligno" que se refere a doença, tumor, mas também se refere ao caráter da criatura assassina do filme. Eu gostei muito das referências, elementos e firulas que o diretor trás (o giallo por exemplo), pois ao menos pra mim funcionou MUITO BEM, não cai em momento algum num lugar desarmônico. A excentricidade construída gradativamente no filme com certeza não vai agradar e nem funcionar pra todo mundo, mas é inegável que é um filme incomum e criativo. Talvez outro diretor não conseguisse trilhar uma direção tão bacana e que formaliza a trasheira kkkk uma ressalva pra fotografia do filme nas cenas que sugere o sobrenatural, pois são bem bonitas. James Wan nasceu pra ser diretor de filme de terror.
Eleição
3.4 178 Assista AgoraPrimeiramente, eu entendo muito a Tammy, ela apenas queria viver o amor adolescente, queria viver a fic.
Segundamente, Imaginei a Tracy tendo um canal no YouTube onde ela falaria de coisas tipo "'como ser muito produtivo em pouco tempo", "como se tornar mais organizada" ou faria vlogs de "study with me" e mostraria a rotina super ocupada dela e o seu planner super bonito e organizado.
O Estigma de Satanás
3.2 37O ponto forte pra mim é a atmosfera desenvolvida. A floresta nebulosa e sombria e o clima ajudam bastante nessa construção de horror rural. Gosto da proposta de uma seita demoníaca no interior da Inglaterra do século 18 e o inicio até me empolgou por causa da construção atmosférica, porém achei o desenvolvimento da estória muito fraco. Eu não me importo de muitos filmes não te darem as respostas todas mastigadas na mão, acho interessante quando o filme te desafia a mergulhar nas significações da história, porém esse filme não tem isso, ele não tem o que "esconder" pq não tem quase nenhum simbolismos e nem significações. Por ser fraco, a atmosfera folclórica e misteriosa não consegue se manter sustentada até o final, consequentemente não me assustou e muito menos me perturbou. Eu compreendo que os efeitos pra época e pro orçamento eram fracos e tal, se a estória fosse ao menos bem desenvolvida, eu teria assistido com o coração aberto e relevado os efeitos fracos kkkk mas como o desenvolvimento não funciona bem, a questão dos efeitos piorou a minha experiência.
Algo dualístico e interessante é que alguns personagens já consideram a bruxaria algo ultrapassado, eles querem evidências que provem que há realmente um caso de bruxaria por lá, ou seja, há um ceticismo em alguns personagens e o ponto temporal histórico do filme é possivelmente depois do auge da inquisição na Inglaterra, dá a entender que não é mais comum acusar pessoas de bruxaria, no entanto, ao mesmo tempo há muitas raízes ainda presentes da inquisição, como na cena que os homens lá jogam a garota no rio pra ver se ela é uma bruxa e pra isso eles iriam observar se ela boia ou não, ou deles falarem que vão enforcar todo mundo.
Achei o final bem ruim e eu queria muito entender melhor de onde esse demônio veio, como esses adolescentes deram de cara com ele e porque ele é TÃO fraco, mas nada é contextualizado direito e muitas coisas apenas acontecem de forma solta e torna tudo desarmônico, eu não compreendo isso como uma tentativa de enaltecer mistério aos espectadores, mas sim como uma narrativa não muito bem elaborada.
Suor
3.6 41 Assista AgoraFiquei lembrando da Jout jout que largou o youtube, ela fez bem. Assistir Swaet me fez pensar novamente em como máscaras são valorizadas, de como é valorizado pregar uma felicidade perpetua, que não existe. Podemos ter a preferencia de não compartilhar muito da nossa vida pessoal nas redes sociais, mas ao pensar em influencers famosos, acaba chocando as pessoas quando eles compartilham um sentimento triste em público ou quando anunciam que possuem depressão, ansiedade, síndrome do pânico e por ai vai, pois é estabelecido pela indústria em compartilhar somente a alegria fake, e a tristeza deve se manter escondida em pró da maquiagem da vida perfeita. Apesar disso, fiquei refletindo sobre a necessidade de "compartilhar" coisas nas redes sociais que Sylwia sente, independente de serem positivas ou negativas e isso é um saco, ser famosa é um saco, esse culto todo é horrível, que sistema horrível.
Ela fica muito irritada e chocada quando vê o moço do carro fazendo aquilo, mas então ela percebe que o cara que trabalha com ela faz a mesma coisa (mesmo após ela ter pedido pra ele ir embora), mas em um momento diferente, isso despertou um choque nela de como ela é observada e tratada pelos homens a sua volta, quando apenas deseja inspirar outras coisas neles e em todo mundo.
Rua do Medo: 1666 - Parte 3
3.5 513 Assista Agoradeus abençoe a trilha sonora da trilogia
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraO DVD do filme diz "Céu é qualquer lugar onde se possa ser feliz."
*Como eu amo esse filme. Essa obra é sobre não pertencimento, sobre um período de passagem, um hiato, um sentimento nômade. Não é sobre fugir, é sobre escapar, sobre se libertar.
*Eu acho muito interessante como alguns filmes feitos nessa época de pós-retomada exploram o sertão de uma maneira super plural, indo além da construção de um sertão pobre, seco e mítico com heróis e assassinos. Sobretudo exploram o sertão como um espaço fragmentado, globalizado, de chegada e de partida, como faz Deserto Feliz de 2007 ou Cinema, Aspirinas e Urubus de 2005. É nessa premissa de sertão como lugar de passagem que Iguatu é construída na vida de Hermilla. Iguatu é um hiato que irá ativar a transformação de Hermilla em Suely e depois de Suely para Hermilla novamente.
*A cena inicial feita com uma super 8 com cores super saturadas, é a lembrança de um sonho vivido em uma outra Iguatu, antes de partir pra São Paulo, quando tudo parecia perfeito. Isso é arrebatado quando somos levados ao presente com Hermilla com seu filho em um ônibus, num espaço árido de céu pálido prestes a viver seu rito de passagem. Bem triste.
*Hermilla volta de São Paulo com rastros da cidade grande, o cabelo pintado demonstra isso. Na esperança de viver em Iguatu de modo tolerável ao lado do seu namorado, isso é dissipado quando ela é abandonada por ele, e consequentemente passa a encontrar sua liberdade completamente suprimida em Iguatu, ela passa a esperar e esperar muito, ficando exausta e cansada de estar ali. Isso é representado com o tédio e com a rotina de Hermilla em esperar, trabalhar no posto de gasolina, em depilar as pernas, vender rifa por rifa de um whisky, ficar na porta da geladeira da Georgina comendo gelo pra sossegar do calor e esperar, sair pra beber e dançar, isso tudo faz com que ela perceba que definitivamente não pertence aquele lugar e que precisa ir embora. É nesse processo que ela vai se transformando em Suely, nome que é fruto de uma moralidade social que a condenaria como "puta", coisa que Hermilla não quer ser denominada e é necessário se transformar em Suely, ela mesma diz "eu não quero ser puta não, não quero ser porra nenhuma".
*O céu que Suely tanto busca é a sua liberdade e sua felicidade. A rejeição da cidade em cima dela, e ao juntar isso com o abandono do seu namorado e com todos os outros aspectos de Iguatu que assombram Hermilla, ela passa a ser uma anti-iguatu (o ápice disso é após a briga da avó. Hermilla sai chorando sozinha no meio da noite, sem nenhum amparo naquele momento. Iguatu virou as costas pra ela) e para ir embora de lá, ela abre mão até de viver um novo amor com o João.
*O filme nos aproxima e muito da realidade de Hermilla usando movimentos de câmera que sempre enfatizem o rosto da protagonista, e também através de planos sequencia maravilhosos, como a cena da moto.
*A borboleta em sua blusa representa o quão Hermilla quer voar pra longe e alcançar o céu, não quer pisar no chão. Voar é associado ao sonho de partir. O fim do seu hiato e do seu rito de passagem é concretizado ao partir para Porto Alegre no final.
*A globalização do sertão nesse filme pode ser encontrada nas musicas de forró que são paródias de músicas pop dos EUA ou na feira do centro da cidade que vende carne de bode, mas é vizinha a uma loja de 1,99 com produtos vindos da China.
U.S. Go Home
4.1 15Algumas observações:
*O Alain é um escroto com a Marléne, espero que ela não tenha se apaixonado real por ele, embora eu acredito que tenha sim. Infelizmente ele irá tratar ela muito mal, espero que ela acorde e dê um pé na bunda dele quando ele for atrás dela dizendo que se arrepende.
*O nome Martine é lindo.
*A trilha sonora é muito boa, por mais estadunidense que seja e que demonstra uma influência maçante e invasora dos EUA na França e demonstre uma alteração da identidade francesa entre os adolescentes.
*Me dava um nervoso toda vez que essas meninas entravam em carro de homem estranho.
*O Vicent Gallo é um gato.
*Alguém que mora em uma cidade pequena provavelmente vai se identificar ainda mais com o cenário do filme, pois é um meio urbano do tédio, não tem muito o que fazer pra se divertir.
*Martine se sente deslocada das duas festas que foi (embora ela tente ser descolada) e a Marléne se permitiu curtir a segunda festa como um veiculo que a impulsionasse a perder a sua virgindade pra algum rapaz. Mas o que tem mais pra fazer depois? nada: fume, dance, transe, ande por ai de carro, seja cool, viva as experiências que prometem preencher algum vazio, exista enquanto não tem nada pra fazer. As duas procuram se encaixar, por isso tentam parecer mais velhas (eu já fui assim quando tinha 15 anos), mas no final só tem um vazio tedioso mesmo. Acho que a Martine é a única que consegue se sentir um pouco completa depois de rolezar com o Vicent Gallo
*Esse filme me deu uma sensação de nostalgia das festas que tinha na minha cidade quando eu era adolescente. Eu me sentia deslocado igualzinho a Martine, eu tentava me encaixar, mas não rolava muito. Só que eu não queria beber, não queria fumar maconha, os meninos eram nojentos (embora eu desejasse do fundo do meu coração que tivesse algum menino que fosse legal, mas os que eram legais nunca olhavam pra mim) eu apenas queria dançar, só que a música era ruim. Essas festas eram o máximo que eu ia alcançar na minha cidade dentro da cultura teen """alternativa""", essas festas sempre rendiam fofocas, saudades.
"Sou comunista, não bebo coca-cola."
O Raio Verde
4.1 87Poético e super natural. Eu estava me identificando com a Delphine no início, pelo seu senso contemplativo, por não conseguir me expressar tão bem ou as vezes tagarelar sobre um um assunto ou me sentir muito de fora em determinadas situações sociais quando eu estou triste e consequentimente me sinto desencaixado e fora de sintonia dos meus amigos. No entanto, a Delphine estava em um nível muito além, ela não se permitia ser feliz sozinha e nem coletivamente também.
Ela se sente tão ansiosa e desencaixada que se priva de viver bons momentos sozinha e é bastante pessimista também achando que nada dará certo antes de tentar, uma melancolia completamente crua. Me admirei pela coragem final dela de se arriscar um pouco, permitir viver, ser ativa e socializar com alguém que ela achou atraente sem saber onde aquilo ia dar,acabando por conhecer um moço bastante fofo.
Off: acho bizarro quem considere aqui o drama interno pessoal da Delphine como algo bobo ou frescura. A vida não é uma competição de ranking de sofrimento no qual as pessoas mais favorecidas socialmente não passam por problemas pessoais ou não podem expressa-los, e o pior é comparar as questões pessoais e a vivência dela com a realidade de outra pessoa que não existe na realidade do filme e na qual a Delphine nunca vive na trama e não teria como ter um parâmetro de comparação, isso não importa pra estória. Esse tipo de discurso pra mim soa muito semelhante a quem é negligente com a saúde mental do próximo e leva a depressão e a ansiedade do outro como algo bobo ou superficial, super ignorante e contraditório pra uma sociedade psicologicamente doente..
Nunca Fui Santa
3.7 296obra e elenco imaculados.
julie delpy e rupaul!
O Joelho de Claire
3.9 77 Assista Agoraos diálogos ♡♡
Veludo Azul
3.9 776 Assista Agoraa música Blue Velvet não sai da minha cabeça.
A Fonte da Donzela
4.3 219 Assista AgoraÉ bastante interessante ver a questão cultural voltada para religiosidade. Um povo sueco no século XIV dividido entre o paganismo e o cristianismo, a questão dos milagres, o dualismo cristão, justiça dos homens e tal, se o filme tivesse ido somente por esse eixo conflituoso eu teria gostado muito mais. No entanto, particularmente a estória não funcionou tanto pra mim, mas eu acredito que a intensão dela não é funcionar pra todo mundo.
*Ainda existe quem questione porquê há meninas que possuem medo de homens.
Esse filme pode atiçar gatilhos ou perturbar quem tem sensibilidade a cenas que envolvem estupro.
*Coitado do menino criança, ele era só uma vítima daqueles irmãos.
Duas Garotas Românticas
4.1 64 Assista AgoraQue roteiro quase todo redondinho. Assistir esse filme foi como comer um bolo super doce de brigadeiro branco - é fofo, doce, porém um pouco enjoativo, mas ainda assim cativante. O figurino é algo que me encantou demais, a minissaia da Mary Quant estava mesmo com tudo. As músicas ficam na cabeça depois de assistir.
Mulheres ao Poder
3.4 29 Assista AgoraÉ maravilhoso e emocionante! No clímax do filme eu surtei de euforia.
O Piano
4.0 442"Há um silêncio onde nunca houve som. Há um silêncio onde o som não pode existir, no túmulo frio do mais profundo mar."
Verônica: Jogo Sobrenatural
3.1 546 Assista AgoraEu não achei o filme ruim, é bem mediano, é assistivel sim. A trilha sonora é muito boa. Talvez por ser baseado em fatos reais, a obra tenha conseguido me deixar tenso enquanto assistia.
O Chamado
3.4 1,5K Assista AgoraA trilha sonora foi muito bem elaborada, além disso o filme possui um lado artístico mais enriquecido que a versão de hideo nakata.
Gay USA
4.1 9 Assista AgoraEu me emocionei tanto assistindo
Minha Mãe é uma Sereia
3.4 220 Assista AgoraEu comprei o dvd desse filme em 2007 quando eu tinha 8 anos, na hora eu fui enganado pelo título kkk mas eu me apaixonei muito pela história e definitivamente é um dos primeiros filmes coming of age que eu me apaixonei, na época eu assistia no minimo uma vez na semana. Os anos 60, a religião de Charlotte, o amadurecimento, os conflitos entre mães e filhos, uma mãe com um jeito de viver a vida a frente do seu tempo, a metáfora que envolve o ato de nadar nas águas da vida, fugir, se encontrar, duvidar. Faz uns 9 anos que eu não vejo esse filme e me pergunto qual a sensação que eu terei ao reassisti-lo.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraIncompreendido por muitos. A bruxa, Corra, Midsommar, Hereditário, Nós e algumas outras obras trazem perspectivas inovadoras em suas composições para o subgênero do terror psicológico no período em que vivemos, um ar novo e bastante criativo, o que acaba revolucionando sim e fugindo de um padrão industrialmente estabelecido e esperado do terror de um modo geral. Essas composições apresentam o poder de torna-los construtivamente profundos e maiores do que algo meramente assustador, consequentemente não agrada todo mundo, mas eles também não possuem essa intensão de agradar a todos. Eu fico muito feliz de observar que o terror da época em que vivemos se configura dessa forma.
Faca no Coração
3.4 68Alguém por favor sabe onde é possível assistir? alguma plataforma e tal ou conhece algum link de torrent? pode ser sem legenda.