Eita estúdio bom pra abrir a mão na hora da contratação de elenco. Aqui temos uma dinâmica muito boa entre Rachel Weisz, David Harbour, Florence Pugh e Scarlett Johansson e de quebra temos até Ever Anderson, filha da atriz Milla Jovovich, como “mini” Natasha Romanoff. Mas dá a impressão de que gastaram todo o dinheiro em casting e esqueceram de guardar um pouco para o orçamento de efeitos visuais, que por sua vez peca nas maiores cenas de ação. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ De qualquer forma, é um bom filme que amarra o passado e já apresenta parte do futuro com novos heróis (de forma perspicaz) por meio da carismática Yelena (Florence Pugh). Inclusive, confesso que ao terminar, me deu vontade de revisitar os filmes anteriores da franquia, ainda mais sabendo do que acontece com a Viúva Negra. Espero que façam projetos paralelos com ela para amenizar a falta que vai fazer. Ah, importante: o filme foi dirigido por uma mulher. Na minha percepção, fez toda a diferença. ❤
Tudo que modifica a concepção de um tempo e espaço linear me chama a atenção, mas dessa vez senti que Nolan fez mais do mesmo e que Tenet pode ser visto como uma produção dentro da zona de conforto do diretor. Esperava mais, levando em conta o elenco de peso e, após ver o longa, entendi o porquê de ter sido indicado apenas para categorias técnicas no Oscar.
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Andra Day está impecável no papel da cantora e compositora Billie Holiday, entregando tudo e mais um pouco nessa trama dolorida que retrata um pouco do que foi a vida e a jornada antirracista de Holiday.
Para quem assistiu Teen Wolf vai ser impossível não traçar alguns paralelos com Amor e Monstros. Na verdade, dois. O primeiro é se surpreender ao ver o Dylan O’Brien atuando em uma produção com efeitos visuais realmente bons, já que na época de Teen Wolf o fundo verde dava umas boas falhadas e rendia uma quantidade considerável de memes. Deve ter sido uma conquista e tanto para o ator. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O segundo ponto, por mais que eu goste muito do Dylan O’Brien, ele faz parte daquele pacote de atores de um papel só. Tive a sensação de que Joel na verdade era a versão um pouco mais velha de Stiles Stilinski, só mudou o cenário pós-apocalíptico e o interesse amoroso. É um filme bom para passar o tempo e faz bem a linha de Viagem ao Centro da Terra, por exemplo.
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Filmes imersivos têm toda minha atenção. Ao assistir “Meu Pai” senti a todo momento que estava dentro da cabeça de Anthony (Anthony Hopkins) e tão confusa quanto ele. A forma como o cenário passa a mudar de forma sutil até ser algo gritante; os diálogos que se repetem em contextos e tempos diferentes; a dificuldade no início para entender quem é quem, entre outros elementos que, juntos, representam uma das faces de como é envelhecer. O elenco é incrível e a edição é a melhor que vi até então.
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Uma animação extremamente sensível e delicada que me fez chorar nas duas vezes que vi (desconfio vai ser assim em todas as vezes que me der vontade de reassistir). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Soul combina música, uma paixão quase que universal, com questões além da vida, ainda que seja uma animação infantil - é uma característica da Pixar oferecer histórias coloridas e didáticas para crianças e dez mil litros de lágrimas aos adultos. É um filme que trabalha bem a ideia de propósitos e vocações ligadas a nossa essência, mostrando que ser apaixonado pela vida e seus pequenos detalhes também é um dom - que se pararmos para pensar, não é algo comum.
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Eu estava com expectativas muito altas com “Mãe Só Há Uma’’ tanto pelos temas pautados quanto por ver que a direção era da incrível Anna Muylaert, mas acabei me frustrando com algumas coisas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A abordagem do sequestro na maternidade somada a todo o processo de procura dos pais biológicos e a vida que o adolescente teve nesse meio tempo sendo criado pela mulher que ele reconhece como mãe, por si só, é um material psicologicamente denso a ser explorado. Porém, acabou sendo reproduzido de forma rasa por tentar conciliar com os conflitos internos do protagonista, uma vez que mexe com questões de gênero e a descoberta da sexualidade, assuntos tão sensíveis quanto o primeiro. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Com apenas 1h30 de duração, o filme não conseguiu executar bem as duas ideias sem perder alguns pontos importantes. Acontece tudo muito rápido e a situação não teve o peso que deveria ter tido, já que não houve tanta emoção no encontro dos pais biológicos com Pierre (Naomi Nero), muito menos o tato de estabelecer aos poucos uma conexão com esse filho perdido - em vez disso, vemos cobranças e impaciências como se nada tivesse acontecido. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em alguns momentos, essa questão é deixada de lado e todo o foco cai em cima do processo de autoconhecimento de Pierre, que se preocupa mais em mostrar seu verdadeiro eu para o mundo do que com o fato de que foi roubado na maternidade. O único lapso de consciência e demonstração do quão perdido e sentido ele está em meio a tudo isso só vem à tona nas cenas finais - inclusive, o momento no boliche é o meu favorito porque reflete tudo que o filme poderia ter sido.
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“Druk” traça uma linha tênue entre os melhores e piores efeitos que o consumo de álcool pode ter na vida de alguém. Enquanto os quatro professores descobrem que o experimento melhora a desenvoltura social e resolução de problemas, o vício ameaça moldar as vidas que eles conhecem - não necessariamente para o bem, como implícito. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Menção honrosa para as cenas do Mads Mikkelsen dançando, esse homem é perfeito em tudo que se propõe a fazer.
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“Mank” definitivamente é um filme feito com o objetivo de agradar os jurados de premiações e pode ser resumido a uma grande reverência saudosista ao cinema, ou seja, um prato cheio que atende aos critérios do Oscar. Colocar um filme em preto e branco com figurino de época não cumpre com a proposta de entrar na estética dos filmes de 1940, existem diversas outras composições que devem ser levadas em consideração - e nesse caso não foram cogitadas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O roteiro tentou seguir as sacadas que Herman Mankiewicz e Orson Welles tiveram em “Cidadão Kane”, mas sem muito sucesso. Por incrível que pareça, a atuação que mais se destaca e cumpre o que foi proposto é a de Lily Collins, que além de tudo segue a cadência de falas e comportamentos que os atores de época tinham, entregando mais que apenas o tal do preto e branco - mas infelizmente ela não foi indicada a nenhuma categoria.
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“Cidadão Kane” é uma grande referência para o cinema e também para o mundo da comunicação - o que chega a ser engraçado porque a direção é de Orson Welles, o mesmo cara que instaurou o caos com Guerra dos Mundos no rádio. O filme serviu de base para “Mank” (2020), produção que foi indicada a dez categorias no Oscar de 2021. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ De fato, o longa merece todo o reconhecimento que tem. É um filme sobre valores, princípios e a busca constante pela última peça do quebra-cabeça que na verdade nem chegou a ser fabricada. O propósito de Kane é dar ao mundo o que lhe foi negado e a partir disso tentar de alguma forma resgatar o que tiraram dele na infância. Existe uma reflexão importante nesse filme no sentido de que só porque você tem uma necessidade, não significa que ela seja a mesma para os outros - isso é bem explorado ao longo da trama por meio das frustrações que acabam surgindo. O que era para ser a revelação do significado da última palavra de um magnata do jornalismo acaba sendo muito mais do que imaginávamos, ainda que de cara pareça simples.
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Como eu disse algumas vezes por aqui, tenho certo receio com continuações de filmes, considerando que a maioria não dá muito certo e só são feitos porque o primeiro fez muito sucesso. Nesse caso, me surpreendi positivamente. “Kill Bill vol. 2” é tão bom quanto o primeiro e ponto.
É muito difícil falar desse filme sem se empolgar e dar spoiler, mas o que eu posso dizer é que ele nos mantém cúmplices da vingança sangrenta da protagonista e também nos mostra seus momentos mais frágeis, traçando um desenvolvimento da personagem por meio de flashbacks e cenas de impacto/adrenalina. Recomendo demais e o final é bem digno.
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Um clássico que vale todo o hype que tem até hoje. É um filme “sem massagem”, como diz minha amiga Lua, que já te joga dentro da história e faz com que se sinta cúmplice dessa grande vingança.
Além da trama principal, claro, eu particularmente gostei muito do arco de O-Ren Ishii (Lucy Liu) e como mesclaram cenas no formato de anime para contar sua história de vida - inclusive, essa ferramenta foi uma grande sacada para explorar ao máximo os mais variados elementos gráficos de violência que, se tentados em live action, não chegariam perto do efeito proposto.
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Se você procura por um filme que não te faça pensar muito e que seja bom para passar o tempo, o mais recente de “As Panteras” é o ideal. Como diz meu amigo Fernando: “é uma farofa bem temperada”. A Elizabeth Banks conseguiu manter as características da franquia e adicionar elementos atuais, mas terminei o filme com a sensação de que faltava algo a mais. Talvez aqui seja uma birra minha por ser apegada aos (não tão) clássicos que tinham Cameron Diaz, Lucy Liu e Drew Barrymore como protagonistas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O longa trabalha com a nostalgia também e quem acompanhou qualquer uma das eras dos filmes antigos, vai ficar de coração quentinho ao identificar os easter-eggs. Recomendo que assistam até os créditos, a produção mescla eles com outras cenas divertidas e participações inesperadas.
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Caso fosse lançado no cinema, "Raya e o Último Dragão" seria um sucesso de bilheteria. É a primeira princesa que temos desde Moana, e a expectativa ao redor da produção era grande desde os primeiros anúncios. Raya é uma personagem interessante e uma guerreira habilidosa com um grande fardo em suas costas. Ao longo da trama, ela precisa aprender a dividir suas angústias e a confiar em outras pessoas além de si mesma. É uma mensagem importante, principalmente no contexto atual.
Algumas das texturas da animação são impressionantes. É o caso do casaco de Raya, seu cabelo e o pelo de Tuk Tuk (a melhor parte do filme, sério). Quase dá vontade de tocar na tela para sentir o tecido. Em outros momentos, no entanto, o design de personagens me incomodou. Os dragões, em particular, não me agradaram nem um pouco. O pelo de Sisu, por exemplo, parece uma pelúcia de baixa qualidade que foi lavada - a garota implora por uma hidratação, meu Deus.
É um bom filme, com uma boa mensagem, mas sem potencial para ser um fenômeno como "Frozen" ou "Moana". Vale a pena assistir com amigos ou família pra se divertir, mas com certeza não vale o preço do Premier Access.
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“Clímax” é um filme muito bom, mas não é para todos. A mistura da dança com o uso de cores fortes e planos de tela não usuais fazem com que a gente embarque na bad trip junto com os personagens e tenha um gostinho de como deve ser o inferno. O verdadeiro terror está nesse efeito colateral e como ele atinge cada um dos dançarinos. Sem contar os diálogos sujos e a relação bizarra do grupo que acaba gerando um incômodo também. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para quem convive com a ansiedade, assim como eu, assistir ao comportamento de Selva (Sofia Boutella) a partir do momento que os efeitos começam, é como ver esse distúrbio tomando forma corporal. Ou seja, se a ansiedade fosse uma pessoa, com certeza seria Selva em Clímax. Essas cenas são experiências únicas e sinto que foi a primeira vez que vi um sentimento ser transformado em algo tão gráfico e fiel.
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“Um Lugar Silencioso” dá de 10x0 em “Bird Box”. Tenso do começo ao fim, o longa prende tanto a atenção que até eu tomei cuidado para não emitir nenhum tipo de som. É uma sequência de eita atrás de vixe que não tem como se distrair com outra coisa ou achar a história monótona, mesmo que algumas partes sejam meio absurdas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Enfim, sinto que se eu tivesse visto no cinema, a experiência teria sido melhor ainda. Não confio muito em sequências mas confesso que estou ansiosa pela estreia de Um Lugar Silencioso 2, afinal se a Emily Blunt conseguiu manter a pose sem um pio sequer quando meteu o pézão num prego, tenho certeza que ela pode salvar o mundo nessa segunda parte.
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“T2 Trainspotting” é mais um exemplo de sequência que só vale pela nostalgia. O ponto alto é rever o elenco 20 anos depois do primeiro filme, além dos flashbacks que colocam em uma cena ou outra, claramente para acionar a memória afetiva numa tentativa de mascarar o plot morno. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Pra piorar, que escolha de trilha sonora ruim foi essa? Os momentos finais que deveriam supostamente despertar adrenalina, nostalgia e emoção acabaram sendo estragados pelas músicas nada a ver com as cenas.
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Aos que se enjoam fácil: não cometam o mesmo erro que eu, não vejam esse filme depois do almoço. Mas se ajuda, já adianto que algumas cenas embrulhadoras de estômago foram gravadas com chocolate. De qualquer forma, tirando essas partes, “Trainspotting” é um dos melhores filmes com o Ewan McGregor que já vi e endosso a importância dele entre os clássicos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Sotaque escocês forte, dinâmica entre pessoas e filosofia de gente drogada, esse é o resumo do resumo, mas o filme é mais que isso. Normalmente as pessoas querem fugir do monótono e, no caso de Renton, um jovem viciado e sem um rumo próprio, o que ele mais deseja é essa estabilidade careta, digamos assim. Acompanhar sua jornada é uma imersão e tanto.
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Esse filme exala a energia do Cidade Alerta, minha nossa senhora. É mais um exemplo de como a sociedade do espetáculo funciona, provando que o importante não é o fato em si, mas sim se ele repercute e é atrativo o suficiente para segurar a atenção das pessoas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Como jornalista, ainda que eu saiba que casos como o enredo de “O Abutre” aconteçam de verdade, fiquei abismada com a audácia de Lou Bloom em usar os acidentes ocorridos a seu favor para alcançar reconhecimento. Mas como fã do Jake Gyllenhaal, confesso que foi divertido vê-lo na pele desse personagem antiético e sangue frio. Por coincidência, esse filme também tem a participação de Riz Ahmed - o que me deixou de coração quentinho porque ainda não superei “O Som do Silêncio”, outra produção que recomendei por aqui esses dias.
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Se eu pudesse resumir esse filme em poucas palavras, diria que é algo muito triste e ao mesmo tempo incrível - se isso é possível. O longa mostra um período duro da história e como a ingenuidade das crianças podem ter sido usadas em prol de uma política tão desumana como foi o nazismo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ter abordado a Segunda Guerra Mundial pela perspectiva de uma criança que tinha como melhor amigo sua versão imaginária de Hitler foi um movimento criativo e genial. Não diria que foi usado um tom de leveza porque o tema pode ser tudo menos leve, mas o jeito sem malícias de Jojo - que seguia o nacionalismo às cegas no começo - e as atitudes das pessoas ao seu redor trazem mais um ponto de vista para refletirmos sobre essa época.
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Spike Lee acertou em cheio ao usar o humor sarcástico e ácido para retratar a história real de um policial negro que conseguiu se infiltrar em uma das organizações mais sádicas e racistas que existem. John David Washington e Adam Driver fazem uma dupla e tanto nessa investigação nas telas, sem contar que dá gosto de odiar o Topher Grace na pele de David Duke, o líder da Ku Klux Klan.
Filmes como “Infiltrado na Klan” trazem recortes sociais e políticos de forma atrativa, sem cenas monótonas ou forçadas. O longa foi bem produzido e o conjunto instiga a querer procurar saber mais sobre o que aconteceu de fato.
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Àqueles que têm audição: como seria se de um dia para o outro você a perdesse? Como lidaria? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Esse filme mexeu profundamente comigo. Primeiro porque me coloquei no lugar de Ruben - a composição sonora e a imersão em sua perspectiva ajudaram nesse ponto, mas também foi pelo fato da música ser um elemento constante na minha vida, parte da minha essência, assim como é a do protagonista. Então nesse caso, o que sobra? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Com a ajuda de sua namorada Lou (Olivia Cooke) e um grupo de pessoas surdas, Ruben passa por um processo de familiarização com sua nova realidade, ao passo que precisa enfrentar questões internas e se redescobrir no mundo. A quietude também é um som.
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Entre conflitos diários com a mãe e situações típicas da adolescência, Lady Bird sonha em ser livre. Até chegar a tão esperada maioridade, em um cenário relativamente religioso - digo isso porque não retratam a escola católica com o conservadorismo e fervor que normalmente fazem -, a menina vivencia amores e aprende o valor das verdadeiras amizades. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É interessante como retratam o desejo de Lady Bird em pertencer a um grupo e, ao mesmo tempo, livrar-se de todas as amarras que a impedem de seguir o caminho que quer. É um bom filme sobre realidade, expectativas e amadurecimento.
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Esse filme exala uma energia caótica do começo ao fim. A família protagonista é totalmente infeliz. Lester e Carolyn não conseguem mais sustentar o casamento, evidenciando cada vez mais o ódio que sentem um pelo outro, enquanto Jane, a filha do casal, precisa encontrar um meio termo em lidar com os pais e enfrentar seus próprios desafios. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Cada um segue um caminho para tentar se libertar dessa infelicidade e do tédio constante, mas os três acabam indo por vias tortas que consequentemente viram uma bola de neve com fins trágicos. Apesar do título e das sinopses insinuarem como foco a atração de Lester pela amiga da filha, a produção retrata isso de uma forma mais simbólica - acontecem algumas coisas antes disso que acho péssimo, mas pelo menos foi menos pior do que poderia ter rolado. O protagonista sabe que é errado, mas essa fantasia sem propósito o motiva a mudar sua vida e encontrar algum significado que se assemelhe à felicidade.
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Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraEita estúdio bom pra abrir a mão na hora da contratação de elenco. Aqui temos uma dinâmica muito boa entre Rachel Weisz, David Harbour, Florence Pugh e Scarlett Johansson e de quebra temos até Ever Anderson, filha da atriz Milla Jovovich, como “mini” Natasha Romanoff. Mas dá a impressão de que gastaram todo o dinheiro em casting e esqueceram de guardar um pouco para o orçamento de efeitos visuais, que por sua vez peca nas maiores cenas de ação.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
De qualquer forma, é um bom filme que amarra o passado e já apresenta parte do futuro com novos heróis (de forma perspicaz) por meio da carismática Yelena (Florence Pugh). Inclusive, confesso que ao terminar, me deu vontade de revisitar os filmes anteriores da franquia, ainda mais sabendo do que acontece com a Viúva Negra. Espero que façam projetos paralelos com ela para amenizar a falta que vai fazer. Ah, importante: o filme foi dirigido por uma mulher. Na minha percepção, fez toda a diferença. ❤
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraTudo que modifica a concepção de um tempo e espaço linear me chama a atenção, mas dessa vez senti que Nolan fez mais do mesmo e que Tenet pode ser visto como uma produção dentro da zona de conforto do diretor. Esperava mais, levando em conta o elenco de peso e, após ver o longa, entendi o porquê de ter sido indicado apenas para categorias técnicas no Oscar.
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Estados Unidos Vs Billie Holiday
3.3 150 Assista AgoraAndra Day está impecável no papel da cantora e compositora Billie Holiday, entregando tudo e mais um pouco nessa trama dolorida que retrata um pouco do que foi a vida e a jornada antirracista de Holiday.
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraPara quem assistiu Teen Wolf vai ser impossível não traçar alguns paralelos com Amor e Monstros. Na verdade, dois. O primeiro é se surpreender ao ver o Dylan O’Brien atuando em uma produção com efeitos visuais realmente bons, já que na época de Teen Wolf o fundo verde dava umas boas falhadas e rendia uma quantidade considerável de memes. Deve ter sido uma conquista e tanto para o ator.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O segundo ponto, por mais que eu goste muito do Dylan O’Brien, ele faz parte daquele pacote de atores de um papel só. Tive a sensação de que Joel na verdade era a versão um pouco mais velha de Stiles Stilinski, só mudou o cenário pós-apocalíptico e o interesse amoroso. É um filme bom para passar o tempo e faz bem a linha de Viagem ao Centro da Terra, por exemplo.
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Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraFilmes imersivos têm toda minha atenção. Ao assistir “Meu Pai” senti a todo momento que estava dentro da cabeça de Anthony (Anthony Hopkins) e tão confusa quanto ele. A forma como o cenário passa a mudar de forma sutil até ser algo gritante; os diálogos que se repetem em contextos e tempos diferentes; a dificuldade no início para entender quem é quem, entre outros elementos que, juntos, representam uma das faces de como é envelhecer. O elenco é incrível e a edição é a melhor que vi até então.
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Soul
4.3 1,4KUma animação extremamente sensível e delicada que me fez chorar nas duas vezes que vi (desconfio vai ser assim em todas as vezes que me der vontade de reassistir).
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Soul combina música, uma paixão quase que universal, com questões além da vida, ainda que seja uma animação infantil - é uma característica da Pixar oferecer histórias coloridas e didáticas para crianças e dez mil litros de lágrimas aos adultos. É um filme que trabalha bem a ideia de propósitos e vocações ligadas a nossa essência, mostrando que ser apaixonado pela vida e seus pequenos detalhes também é um dom - que se pararmos para pensar, não é algo comum.
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Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraEu estava com expectativas muito altas com “Mãe Só Há Uma’’ tanto pelos temas pautados quanto por ver que a direção era da incrível Anna Muylaert, mas acabei me frustrando com algumas coisas.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A abordagem do sequestro na maternidade somada a todo o processo de procura dos pais biológicos e a vida que o adolescente teve nesse meio tempo sendo criado pela mulher que ele reconhece como mãe, por si só, é um material psicologicamente denso a ser explorado. Porém, acabou sendo reproduzido de forma rasa por tentar conciliar com os conflitos internos do protagonista, uma vez que mexe com questões de gênero e a descoberta da sexualidade, assuntos tão sensíveis quanto o primeiro.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Com apenas 1h30 de duração, o filme não conseguiu executar bem as duas ideias sem perder alguns pontos importantes. Acontece tudo muito rápido e a situação não teve o peso que deveria ter tido, já que não houve tanta emoção no encontro dos pais biológicos com Pierre (Naomi Nero), muito menos o tato de estabelecer aos poucos uma conexão com esse filho perdido - em vez disso, vemos cobranças e impaciências como se nada tivesse acontecido.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Em alguns momentos, essa questão é deixada de lado e todo o foco cai em cima do processo de autoconhecimento de Pierre, que se preocupa mais em mostrar seu verdadeiro eu para o mundo do que com o fato de que foi roubado na maternidade. O único lapso de consciência e demonstração do quão perdido e sentido ele está em meio a tudo isso só vem à tona nas cenas finais - inclusive, o momento no boliche é o meu favorito porque reflete tudo que o filme poderia ter sido.
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Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista Agora“Druk” traça uma linha tênue entre os melhores e piores efeitos que o consumo de álcool pode ter na vida de alguém. Enquanto os quatro professores descobrem que o experimento melhora a desenvoltura social e resolução de problemas, o vício ameaça moldar as vidas que eles conhecem - não necessariamente para o bem, como implícito.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Menção honrosa para as cenas do Mads Mikkelsen dançando, esse homem é perfeito em tudo que se propõe a fazer.
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Mank
3.2 462 Assista Agora“Mank” definitivamente é um filme feito com o objetivo de agradar os jurados de premiações e pode ser resumido a uma grande reverência saudosista ao cinema, ou seja, um prato cheio que atende aos critérios do Oscar. Colocar um filme em preto e branco com figurino de época não cumpre com a proposta de entrar na estética dos filmes de 1940, existem diversas outras composições que devem ser levadas em consideração - e nesse caso não foram cogitadas.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O roteiro tentou seguir as sacadas que Herman Mankiewicz e Orson Welles tiveram em “Cidadão Kane”, mas sem muito sucesso. Por incrível que pareça, a atuação que mais se destaca e cumpre o que foi proposto é a de Lily Collins, que além de tudo segue a cadência de falas e comportamentos que os atores de época tinham, entregando mais que apenas o tal do preto e branco - mas infelizmente ela não foi indicada a nenhuma categoria.
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Cidadão Kane
4.3 992 Assista Agora“Cidadão Kane” é uma grande referência para o cinema e também para o mundo da comunicação - o que chega a ser engraçado porque a direção é de Orson Welles, o mesmo cara que instaurou o caos com Guerra dos Mundos no rádio. O filme serviu de base para “Mank” (2020), produção que foi indicada a dez categorias no Oscar de 2021.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
De fato, o longa merece todo o reconhecimento que tem. É um filme sobre valores, princípios e a busca constante pela última peça do quebra-cabeça que na verdade nem chegou a ser fabricada. O propósito de Kane é dar ao mundo o que lhe foi negado e a partir disso tentar de alguma forma resgatar o que tiraram dele na infância. Existe uma reflexão importante nesse filme no sentido de que só porque você tem uma necessidade, não significa que ela seja a mesma para os outros - isso é bem explorado ao longo da trama por meio das frustrações que acabam surgindo. O que era para ser a revelação do significado da última palavra de um magnata do jornalismo acaba sendo muito mais do que imaginávamos, ainda que de cara pareça simples.
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Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraComo eu disse algumas vezes por aqui, tenho certo receio com continuações de filmes, considerando que a maioria não dá muito certo e só são feitos porque o primeiro fez muito sucesso. Nesse caso, me surpreendi positivamente. “Kill Bill vol. 2” é tão bom quanto o primeiro e ponto.
É muito difícil falar desse filme sem se empolgar e dar spoiler, mas o que eu posso dizer é que ele nos mantém cúmplices da vingança sangrenta da protagonista e também nos mostra seus momentos mais frágeis, traçando um desenvolvimento da personagem por meio de flashbacks e cenas de impacto/adrenalina. Recomendo demais e o final é bem digno.
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Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraUm clássico que vale todo o hype que tem até hoje. É um filme “sem massagem”, como diz minha amiga Lua, que já te joga dentro da história e faz com que se sinta cúmplice dessa grande vingança.
Além da trama principal, claro, eu particularmente gostei muito do arco de O-Ren Ishii (Lucy Liu) e como mesclaram cenas no formato de anime para contar sua história de vida - inclusive, essa ferramenta foi uma grande sacada para explorar ao máximo os mais variados elementos gráficos de violência que, se tentados em live action, não chegariam perto do efeito proposto.
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As Panteras
3.1 706 Assista AgoraSe você procura por um filme que não te faça pensar muito e que seja bom para passar o tempo, o mais recente de “As Panteras” é o ideal. Como diz meu amigo Fernando: “é uma farofa bem temperada”. A Elizabeth Banks conseguiu manter as características da franquia e adicionar elementos atuais, mas terminei o filme com a sensação de que faltava algo a mais. Talvez aqui seja uma birra minha por ser apegada aos (não tão) clássicos que tinham Cameron Diaz, Lucy Liu e Drew Barrymore como protagonistas.
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O longa trabalha com a nostalgia também e quem acompanhou qualquer uma das eras dos filmes antigos, vai ficar de coração quentinho ao identificar os easter-eggs. Recomendo que assistam até os créditos, a produção mescla eles com outras cenas divertidas e participações inesperadas.
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Raya e o Último Dragão
4.0 646 Assista AgoraCaso fosse lançado no cinema, "Raya e o Último Dragão" seria um sucesso de bilheteria. É a primeira princesa que temos desde Moana, e a expectativa ao redor da produção era grande desde os primeiros anúncios. Raya é uma personagem interessante e uma guerreira habilidosa com um grande fardo em suas costas. Ao longo da trama, ela precisa aprender a dividir suas angústias e a confiar em outras pessoas além de si mesma. É uma mensagem importante, principalmente no contexto atual.
Algumas das texturas da animação são impressionantes. É o caso do casaco de Raya, seu cabelo e o pelo de Tuk Tuk (a melhor parte do filme, sério). Quase dá vontade de tocar na tela para sentir o tecido. Em outros momentos, no entanto, o design de personagens me incomodou. Os dragões, em particular, não me agradaram nem um pouco. O pelo de Sisu, por exemplo, parece uma pelúcia de baixa qualidade que foi lavada - a garota implora por uma hidratação, meu Deus.
É um bom filme, com uma boa mensagem, mas sem potencial para ser um fenômeno como "Frozen" ou "Moana". Vale a pena assistir com amigos ou família pra se divertir, mas com certeza não vale o preço do Premier Access.
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Clímax
3.6 1,1K Assista Agora“Clímax” é um filme muito bom, mas não é para todos. A mistura da dança com o uso de cores fortes e planos de tela não usuais fazem com que a gente embarque na bad trip junto com os personagens e tenha um gostinho de como deve ser o inferno. O verdadeiro terror está nesse efeito colateral e como ele atinge cada um dos dançarinos. Sem contar os diálogos sujos e a relação bizarra do grupo que acaba gerando um incômodo também.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Para quem convive com a ansiedade, assim como eu, assistir ao comportamento de Selva (Sofia Boutella) a partir do momento que os efeitos começam, é como ver esse distúrbio tomando forma corporal. Ou seja, se a ansiedade fosse uma pessoa, com certeza seria Selva em Clímax. Essas cenas são experiências únicas e sinto que foi a primeira vez que vi um sentimento ser transformado em algo tão gráfico e fiel.
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Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista Agora“Um Lugar Silencioso” dá de 10x0 em “Bird Box”. Tenso do começo ao fim, o longa prende tanto a atenção que até eu tomei cuidado para não emitir nenhum tipo de som. É uma sequência de eita atrás de vixe que não tem como se distrair com outra coisa ou achar a história monótona, mesmo que algumas partes sejam meio absurdas.
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Enfim, sinto que se eu tivesse visto no cinema, a experiência teria sido melhor ainda. Não confio muito em sequências mas confesso que estou ansiosa pela estreia de Um Lugar Silencioso 2, afinal se a Emily Blunt conseguiu manter a pose sem um pio sequer quando meteu o pézão num prego, tenho certeza que ela pode salvar o mundo nessa segunda parte.
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T2: Trainspotting
4.0 695 Assista Agora“T2 Trainspotting” é mais um exemplo de sequência que só vale pela nostalgia. O ponto alto é rever o elenco 20 anos depois do primeiro filme, além dos flashbacks que colocam em uma cena ou outra, claramente para acionar a memória afetiva numa tentativa de mascarar o plot morno.
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Pra piorar, que escolha de trilha sonora ruim foi essa? Os momentos finais que deveriam supostamente despertar adrenalina, nostalgia e emoção acabaram sendo estragados pelas músicas nada a ver com as cenas.
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Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraAos que se enjoam fácil: não cometam o mesmo erro que eu, não vejam esse filme depois do almoço. Mas se ajuda, já adianto que algumas cenas embrulhadoras de estômago foram gravadas com chocolate. De qualquer forma, tirando essas partes, “Trainspotting” é um dos melhores filmes com o Ewan McGregor que já vi e endosso a importância dele entre os clássicos.
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Sotaque escocês forte, dinâmica entre pessoas e filosofia de gente drogada, esse é o resumo do resumo, mas o filme é mais que isso. Normalmente as pessoas querem fugir do monótono e, no caso de Renton, um jovem viciado e sem um rumo próprio, o que ele mais deseja é essa estabilidade careta, digamos assim. Acompanhar sua jornada é uma imersão e tanto.
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O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraEsse filme exala a energia do Cidade Alerta, minha nossa senhora. É mais um exemplo de como a sociedade do espetáculo funciona, provando que o importante não é o fato em si, mas sim se ele repercute e é atrativo o suficiente para segurar a atenção das pessoas.
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Como jornalista, ainda que eu saiba que casos como o enredo de “O Abutre” aconteçam de verdade, fiquei abismada com a audácia de Lou Bloom em usar os acidentes ocorridos a seu favor para alcançar reconhecimento. Mas como fã do Jake Gyllenhaal, confesso que foi divertido vê-lo na pele desse personagem antiético e sangue frio. Por coincidência, esse filme também tem a participação de Riz Ahmed - o que me deixou de coração quentinho porque ainda não superei “O Som do Silêncio”, outra produção que recomendei por aqui esses dias.
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Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraSe eu pudesse resumir esse filme em poucas palavras, diria que é algo muito triste e ao mesmo tempo incrível - se isso é possível. O longa mostra um período duro da história e como a ingenuidade das crianças podem ter sido usadas em prol de uma política tão desumana como foi o nazismo.
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Ter abordado a Segunda Guerra Mundial pela perspectiva de uma criança que tinha como melhor amigo sua versão imaginária de Hitler foi um movimento criativo e genial. Não diria que foi usado um tom de leveza porque o tema pode ser tudo menos leve, mas o jeito sem malícias de Jojo - que seguia o nacionalismo às cegas no começo - e as atitudes das pessoas ao seu redor trazem mais um ponto de vista para refletirmos sobre essa época.
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Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraSpike Lee acertou em cheio ao usar o humor sarcástico e ácido para retratar a história real de um policial negro que conseguiu se infiltrar em uma das organizações mais sádicas e racistas que existem. John David Washington e Adam Driver fazem uma dupla e tanto nessa investigação nas telas, sem contar que dá gosto de odiar o Topher Grace na pele de David Duke, o líder da Ku Klux Klan.
Filmes como “Infiltrado na Klan” trazem recortes sociais e políticos de forma atrativa, sem cenas monótonas ou forçadas. O longa foi bem produzido e o conjunto instiga a querer procurar saber mais sobre o que aconteceu de fato.
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O Som do Silêncio
4.1 987 Assista AgoraÀqueles que têm audição: como seria se de um dia para o outro você a perdesse? Como lidaria?
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Esse filme mexeu profundamente comigo. Primeiro porque me coloquei no lugar de Ruben - a composição sonora e a imersão em sua perspectiva ajudaram nesse ponto, mas também foi pelo fato da música ser um elemento constante na minha vida, parte da minha essência, assim como é a do protagonista. Então nesse caso, o que sobra?
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Com a ajuda de sua namorada Lou (Olivia Cooke) e um grupo de pessoas surdas, Ruben passa por um processo de familiarização com sua nova realidade, ao passo que precisa enfrentar questões internas e se redescobrir no mundo. A quietude também é um som.
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Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraEntre conflitos diários com a mãe e situações típicas da adolescência, Lady Bird sonha em ser livre. Até chegar a tão esperada maioridade, em um cenário relativamente religioso - digo isso porque não retratam a escola católica com o conservadorismo e fervor que normalmente fazem -, a menina vivencia amores e aprende o valor das verdadeiras amizades.
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É interessante como retratam o desejo de Lady Bird em pertencer a um grupo e, ao mesmo tempo, livrar-se de todas as amarras que a impedem de seguir o caminho que quer. É um bom filme sobre realidade, expectativas e amadurecimento.
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Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraEsse filme exala uma energia caótica do começo ao fim. A família protagonista é totalmente infeliz. Lester e Carolyn não conseguem mais sustentar o casamento, evidenciando cada vez mais o ódio que sentem um pelo outro, enquanto Jane, a filha do casal, precisa encontrar um meio termo em lidar com os pais e enfrentar seus próprios desafios.
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Cada um segue um caminho para tentar se libertar dessa infelicidade e do tédio constante, mas os três acabam indo por vias tortas que consequentemente viram uma bola de neve com fins trágicos. Apesar do título e das sinopses insinuarem como foco a atração de Lester pela amiga da filha, a produção retrata isso de uma forma mais simbólica - acontecem algumas coisas antes disso que acho péssimo, mas pelo menos foi menos pior do que poderia ter rolado. O protagonista sabe que é errado, mas essa fantasia sem propósito o motiva a mudar sua vida e encontrar algum significado que se assemelhe à felicidade.
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