Nossa. Lindo. Poucos longas fizeram crescer aquela corrente de lágrimas nos canais do meus olhos, pulsando pra sair. Acho que mais 1 minuto de duração e eu desaguava... froxinho né...
Um problema sério, grave e denso (urbanização,desmatamento e especulação imobiliária) tratado da forma mais sutil, lúdica e sensível!
O trabalho, no modo de vida capitalista contemporâneo, aliena, porém não mais apenas no que se refere a apropriação dos meios de produção por aqueles que não necessariamente o operem. No atual estágio desenfreado do capitalismo, a alienação clássica evoluiu para algo mais profundo, dentro do próprio psicológico de cada um. O trabalho aliena de modo que pessoas e objetos já não têm mais distinção, e neste processo você pode usar um ou outro, não importa, desde que seja com o fim de alcançar os seus objetivos individuais (e apenas seguir em frente, viver cada dia). A própria noção de trabalhar hoje já absorveu este conceito, e muitas vezes o seu trabalho é simplesmente servir para que outrem alcance os próprios fins. Tanto faz, humano, coisa, tanto faz. A reificação, pura e simples.
Se filmarmos outro curta desses daqui há uns 15 anos, do jeito que as coisas andam, vamos produzir um documentário de uma rua de bairro classe média paulistano qualquer, de um perdizes, ou itaim...
NÃO à especulação imobiliária!
Brotam prédios por dia na nossa augusta, isso não tá certo! Uma das ruas mais tradicionais e de valor histórico e cultural pra cidade não pode morrer, ser engolida por prédios residenciais, que excluem a comunidade que sempre habitou aquela rua! E se fosse um motivo muito nobre como abrigar quem precisa de moradia, mas não, é só fetiche pra uma classe média 'pop hype blasé' dizer que mora na augusta. Quero dizer, o público alvo daqueles empreendimentos claramente é uma classe média jovem, que tem se formado nos últimos anos (e que periga ser tão arrogante quanto a outra), mais composta por solitários ou casais jovens do que famílias, talvez alguns usuários da rua mesmo, mas nem eles percebem que incentivar essa atitude puramente empresarial e de fins lucrativos, vai matar a diversão e a história da rua que, porventura, eles mesmo frequentem.
Só serve a uma egocêntrica lógica capitalista individualizante mais uma vez!
A especulação já jurou de morte a Studio SP, quais serão as próximas?
Eu já vi poucos curtas na vida. Não me atrai muito a ideia de um curta. Parece que as histórias nos curtas como têm que ser curtas, em sua maioria são sem emoção, não conseguem envolver, são feitas para não ter um ciclo lógico na tela, para não ter um começo, meio e fim completos, porque parece que não dará tempo de colocar tudo isso no filme. Este curta é completamente diferente. Possivelmente um dos melhores curtas que eu já vi. Melhor que muitos longas, inclusive.
Lindo. Em 5 minutos consegue ser impecável. Uma história completa neste breve período.
E fica aí a dica pra humanidade, né: quando descobrirem os segredos para a clonagem humana, acordar os clones com música. Tudo iria ficar mais belo por aqui! Mas eu to falando de música tá, se acordar o clone com funk carioca, vai ter um dispositivo que reage e explode o clone explodindo também o quarteirão da sua casa...
Gostei muito do terceiro diálogo. Me soou, talvez por experiência pessoal, mais como a representação da amizade, quando entra em desgaste. Dois amigos quando se conhecem, quando encontram afinidades, é tudo mil maravilhas, tudo que sai da boca de um, casa com o que sai da boca de outro. Mas com o tempo, se esta amizade entrar em desgaste e começar a identificar podres, pontos de divergências, entre outras coisas, dentre os amigos, o efeito é exatamente aquele, até culminar no ponto de desentendimento em que os dois estão dizendo as mesmas coisas, mas, já cegos, não percebem que estão em dissonância.
Não sei, mas por algo nele ter me remetido ao "Pi" de Ang Lee, eu me sinto no dever de fazer uma comparação: O Velho e O Mar, em seus 20 minutos é muito mais lindo, explicativo e traz uma lição de vida muito mais valorosa que todas as 2 horas de verborragia religiosa moralista do outro!
No mais, quanto ao aspecto técnico, a fotografia da animação é realmente única! Parece uma gigante pintura de óleo sobre tela se movendo...
É muita nostalgia. Qualquer registro histórico desse tipo é válido por mais curto que seja: me interessa tudo, ver as vestimentas, a curiosidade das pessoas olhando pra câmera, um trem desse tipo em atividade, enfim, é ver à olhos nus a atmosfera que todo filme de época (desta época, claro) recria, além de ter a possibilidade de ver a história viva!
E também é interessante imaginar o quanto isso era fantástico e inovador pra época. Um episódio do desenho "Flap Jack" brinca com essa situação: quando um homem que se diz mágico apresenta ao porto onde vive Flap o magnífico "Cinematógrafo", uma máquina tosca, que passava filmetes também absolutamente primitivos e documentais de uma atividade banal cotidiana qualquer, e é muito engraçado o modo que o desenho ironiza isso, mostrando o vislumbre do público do porto ao ver aquelas imagens se projetando na parede! Essa brincadeira que o desenho faz, era realmente o que acontecia quando um público do final do século XIX se emperequetava todo, pegava a família e ia assistir uma projeção do cinematógrafo, e ficavam maravilhados com a chegada do trem, a saída dos operários da fábrica, enfim, pra nós é completamente anacrônico, mas é muito louco pensar que já foi algo assim um dia!
The Song for Rain
4.3 8Nossa. Lindo. Poucos longas fizeram crescer aquela corrente de lágrimas nos canais do meus olhos, pulsando pra sair. Acho que mais 1 minuto de duração e eu desaguava... froxinho né...
Um problema sério, grave e denso (urbanização,desmatamento e especulação imobiliária) tratado da forma mais sutil, lúdica e sensível!
Uma "bomba num pacotinho", define esse curta!
O Emprego
4.5 355O trabalho, no modo de vida capitalista contemporâneo, aliena, porém não mais apenas no que se refere a apropriação dos meios de produção por aqueles que não necessariamente o operem. No atual estágio desenfreado do capitalismo, a alienação clássica evoluiu para algo mais profundo, dentro do próprio psicológico de cada um. O trabalho aliena de modo que pessoas e objetos já não têm mais distinção, e neste processo você pode usar um ou outro, não importa, desde que seja com o fim de alcançar os seus objetivos individuais (e apenas seguir em frente, viver cada dia). A própria noção de trabalhar hoje já absorveu este conceito, e muitas vezes o seu trabalho é simplesmente servir para que outrem alcance os próprios fins. Tanto faz, humano, coisa, tanto faz. A reificação, pura e simples.
Esta Rua Tão Augusta
3.7 17Se filmarmos outro curta desses daqui há uns 15 anos, do jeito que as coisas andam, vamos produzir um documentário de uma rua de bairro classe média paulistano qualquer, de um perdizes, ou itaim...
NÃO à especulação imobiliária!
Brotam prédios por dia na nossa augusta, isso não tá certo! Uma das ruas mais tradicionais e de valor histórico e cultural pra cidade não pode morrer, ser engolida por prédios residenciais, que excluem a comunidade que sempre habitou aquela rua! E se fosse um motivo muito nobre como abrigar quem precisa de moradia, mas não, é só fetiche pra uma classe média 'pop hype blasé' dizer que mora na augusta. Quero dizer, o público alvo daqueles empreendimentos claramente é uma classe média jovem, que tem se formado nos últimos anos (e que periga ser tão arrogante quanto a outra), mais composta por solitários ou casais jovens do que famílias, talvez alguns usuários da rua mesmo, mas nem eles percebem que incentivar essa atitude puramente empresarial e de fins lucrativos, vai matar a diversão e a história da rua que, porventura, eles mesmo frequentem.
Só serve a uma egocêntrica lógica capitalista individualizante mais uma vez!
A especulação já jurou de morte a Studio SP, quais serão as próximas?
Cargo
4.4 279Eu já vi poucos curtas na vida. Não me atrai muito a ideia de um curta. Parece que as histórias nos curtas como têm que ser curtas, em sua maioria são sem emoção, não conseguem envolver, são feitas para não ter um ciclo lógico na tela, para não ter um começo, meio e fim completos, porque parece que não dará tempo de colocar tudo isso no filme. Este curta é completamente diferente. Possivelmente um dos melhores curtas que eu já vi. Melhor que muitos longas, inclusive.
The Maker
4.5 269Lindo. Em 5 minutos consegue ser impecável. Uma história completa neste breve período.
E fica aí a dica pra humanidade, né: quando descobrirem os segredos para a clonagem humana, acordar os clones com música. Tudo iria ficar mais belo por aqui! Mas eu to falando de música tá, se acordar o clone com funk carioca, vai ter um dispositivo que reage e explode o clone explodindo também o quarteirão da sua casa...
Dimensões do Diálogo
4.4 188Gostei muito do terceiro diálogo. Me soou, talvez por experiência pessoal, mais como a representação da amizade, quando entra em desgaste. Dois amigos quando se conhecem, quando encontram afinidades, é tudo mil maravilhas, tudo que sai da boca de um, casa com o que sai da boca de outro. Mas com o tempo, se esta amizade entrar em desgaste e começar a identificar podres, pontos de divergências, entre outras coisas, dentre os amigos, o efeito é exatamente aquele, até culminar no ponto de desentendimento em que os dois estão dizendo as mesmas coisas, mas, já cegos, não percebem que estão em dissonância.
O Velho e o Mar
4.4 101Não sei, mas por algo nele ter me remetido ao "Pi" de Ang Lee, eu me sinto no dever de fazer uma comparação: O Velho e O Mar, em seus 20 minutos é muito mais lindo, explicativo e traz uma lição de vida muito mais valorosa que todas as 2 horas de verborragia religiosa moralista do outro!
No mais, quanto ao aspecto técnico, a fotografia da animação é realmente única! Parece uma gigante pintura de óleo sobre tela se movendo...
Guinea Pig 2: Flowers of Flesh & Blood
3.3 86Meia estrela a mais só porque o Charlie Sheen não gostou...
The Saga of Biorn
4.2 62Caralho! É muito bom! hahahah
Aquela musiquinha ambiente de elevador no Céu foi genial...
Recife Frio
4.3 314Surreal! Hahaha. A história dos pinguins e o [praticamente] clipe musical no final são pedaços inesquecíveis do filme.
A Chegada de um Trem à Estação
4.4 167É muita nostalgia. Qualquer registro histórico desse tipo é válido por mais curto que seja: me interessa tudo, ver as vestimentas, a curiosidade das pessoas olhando pra câmera, um trem desse tipo em atividade, enfim, é ver à olhos nus a atmosfera que todo filme de época (desta época, claro) recria, além de ter a possibilidade de ver a história viva!
E também é interessante imaginar o quanto isso era fantástico e inovador pra época. Um episódio do desenho "Flap Jack" brinca com essa situação: quando um homem que se diz mágico apresenta ao porto onde vive Flap o magnífico "Cinematógrafo", uma máquina tosca, que passava filmetes também absolutamente primitivos e documentais de uma atividade banal cotidiana qualquer, e é muito engraçado o modo que o desenho ironiza isso, mostrando o vislumbre do público do porto ao ver aquelas imagens se projetando na parede! Essa brincadeira que o desenho faz, era realmente o que acontecia quando um público do final do século XIX se emperequetava todo, pegava a família e ia assistir uma projeção do cinematógrafo, e ficavam maravilhados com a chegada do trem, a saída dos operários da fábrica, enfim, pra nós é completamente anacrônico, mas é muito louco pensar que já foi algo assim um dia!
Dia & Noite
4.3 484 Assista AgoraA Pixar consegue se superar a cada curta de animação desses que ela cria...