Minha análise não se limitará ao ultimo episodio, mas a série como um todo:
De modo geral as personagens em algum nível me cativam. A gente que já vêm meio quebrado de nascença gosta dessa energia caótica da diversidade humana correndo solta!
Aprecio que a série tem uma proposta orgânica de lidar com questões que tanto são tabu. Não focam nos dilemas e dificuldades que perpassam nossa sociedade, mas em como as coisas podem funcionar e seguir. (Quando Morty finalmente revela a todos que é Maura não se prolonga um questionamento dessa mudança, uma negação ou um longo retrato do sofrimento e dificuldade. Claro que esses pontos vão sendo trazidos aos poucos, mas mostram a possibilidade que já existe em lidar com tudo de modo mais saudável e acolhedor. Quando se revela que Shea trabalha dançando e fazendo strip tease não fica tendo que se justificar e aprofundar nos motivos que a levaram lá, nem se questiona sua moral ou pertencimento aos espaços). Claro que um retrato cru da realidade é importantíssimo e tem sido muito bem feito por exemplo em Pose, mas é gostoso ter também uma serie mais leve que não nega a realidade mas indica que ela já é e pode ser frugal.
O que me incomoda desde a primeira temporada é o nível de egoísmo de toda a família Pfeferman. Creio que seja uma questão cultural, a sociedade norte americana tem valores e dinâmicas mais individualistas. Esse ponto fez com que eu tenha passado nervoso em diversas cenas onde para mim havia uma falta de sensibilidade imensa e absurda. Cada um tentando impor seus sentimentos como valor único e essa falta de empatia impedindo o diálogo, a mediação, o conseguir se explicar e compreender o outro encontrando um espaço em comum, criando relações mais saudáveis.
Os retratos do peso que a história trás sobre o presente são belíssimamente trazidos. No Brasil não temos tanta proximidade com populações judaicas, no entanto aqui sentimos o peso da colonização escravocrata que infelizmente tenta ser silenciada e desvalorizada, mas que igualmente deixou marcas profundas em nossa sociedade. Nesse ponto achei essa finalização da série interessante.
Assistir esse último episódio não foi uma experiência satisfatória, muito pelo contrário. O formato do episódio season finale foi uma quebra de expectativa. Talvez se soubesse que se tratava de uma temporada especial, com um episódio em formato musical para fechamento da obra eu tivesse já me preparado mentalmente para o que veria e teria aproveitado de outro modo, mas cheguei desavisada e demorei a perceber o que estava acontecendo.
Apesar de o ato de assistir não ter sido muito bom, o ato de pensar sobre esse episódio me tem sido muito satisfatório. Conseguiram trazer algum nível de resolução para cada pessoa, houve o reencontro de todo mundo que cruzou pelos episódios e elaboraram uma visão do que fazer com o que fizeram de nós (parafraseando Sartre). Vamos acostumando com gosto da resignação frente ao mundo, conforme envelhecemos esse sabor amargo vai se tornando tolerante ao ponto que envenena nossa alma e nos torna cronicamente incapazes de ver a possibilidade de mudança ou resolução. Não que o caminho seja fácil ou bonito ou certo, mas podemos fazer história assim como ela foi feita antes de nós. A ultima música faz essa provocação: o holocausto aconteceu, e foi terrível e não devemos esquecer porque suas lições devem ser lembradas para que o erro não seja novamente cometido, mas uma nova geração tem a possibilidade de criar uma nova história e que ela seja feliz e colorida e diversa! A série termina lindamente com a última cena onde a casa da família se tornou um refúgio para pessoas trans, recriando aqui o museu que Gittel vivia e que fora brutalmente interrompido. A história se repete em termos distintos: adolescentes ainda são expulsos de casa por desenvolveram identidades não idealizada por seus pais, mas agora há um espaço maior de acolhimento e uma possibilidade melhor de construção de vida. Construir uma história feliz (o joyocaust) não é uma grande festa interminável, mas isso: fazer acontecer o que estiver ao seu alcance para que o mundo possa ser um lugar menos pior do que ontem.
Eu estou sem palavras para essa série, é um tesouro no meio de tantas coisas esquecíveis. Dá para descrever superficialmente como Sex and The City em Tóquio com nuances sociais, econômicas, psicológicas.
Achei um retrato mutíssimo bem feito. Conseguiu desenvolver com realidade o desenrolar e os dilemas da vida moderna. Tão crível que chega a incomodar. Achei lindo usarem uma personagem com desejos tão estereotipados que poderia cair facilmente em clichês, de um modo tão real e sensível. Não há como não se identificar fortemente em algum (ou melhor: alguns) momento(s). É curioso como mostra constantemente que a vida dos outros vista de fora parece sempre perfeita e mesmo assim por vezes não consegui não julgar a personagem principal e pensar que se tivesse escolhido outro caminho estaria mais feliz. O ponto é que não é assim que sentimos o estar vivo. Fazemos escolhas, lidamos com as consequencias, alteramos nossa percepção sobre nossa satisfação com a situação em que estamos. Por vezes tudo está ótimo e do nada fica estranho, por vezes sabemos que temos que mudar mas não fazemos nada, por vezes sabemos o que queremos e vamos atrás, às vezes as coisas acontecem de modo que nos entristece mas não há nada que podemos fazer, e por assim vai... A vida é uma grande fazeção de coisas e o sujeito moderno é incapaz de se satisfazer. - - - Ps. (1) Os diálogos internos que se tornam conversas com o público, muito parecidos como acontecem em Fleabag, são deliciosos!
Uma trama pós-apocalíptica focada nas relações humanas, não em estratégias de sobrevivência. Série para quem gosta de produções mais artísticas e sensíveis. Me lembrou a levada de The OA, Dispatches from Elsewhere e Paterson. - Achei absolutamente delicioso como alguns diálogos se repetem e como sobreposições de cenas mostram pessoas diferentes ou as mesmas pessoas em momentos diferentes passando pelos mesmos dilemas. Não li o livro, mas para mim a série é isso: um tributo à arte. Não uma forma em si (teatro, literatura, musica...) mas à potência emocional e catártica que ela nos proporciona. Este é o fio condutor. Uma mesma obra conversa de modos diferentes com cada um, causando um impacto diferente em suas histórias e sendo combustível para elaborar e ressignificar nossa existência. Shakespeare é trazido justamente nesse poder atemporal e na compreensão das emoções como fator central no desenrolar da vida. Tentar compreender Station Eleven puramente no plano racional não funcionará, provavelmente será o motivo de muitas pessoas para não gostar da série. No fim acabo me contradizendo pois a série é justamente sobre estratégias de sobrevivência, de como lidamos com o vazio existencial, com experiências traumáticas, com estar vivo. - Não consigo descrever suficientemente bem o encontro da música O trem azul (Milton Nascimento e Lô Bogues) na série. Foi uma deleitosa surpresa e na minha visão tanto esta musica quando a serie em si carregam o mesmo zeitgeist (não é exatamente esse o termo que gostaria de usar, mas é o mais próximo que consegui encontrar para dizer o que intentava): "Coisas que a gente se esquece de dizer Frases que o vento vem às vezes me lembrar Coisas que ficaram muito tempo por dizer Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul, o Sol na cabeça O Sol pega o trem azul, você na cabeça O Sol na cabeça"
Uma série de clichês sci-fi mas com um frescor atual. Temos figuras femininas fortes, personagens que extrapolam o binarismo feminino x masculino, o devir da sexualidade sendo explorada em relações não monogâmicas, em relação à IA... Nada se destaca e exatamente por isso gostei. Nem toda produção precisa ser original e se propor a ser uma obra prima e ao que me pareceu esta foi a intensão: uma releitura contemporânea do universo clássico da ficção científica, sem exageros, sem frivolidade, com foco nas pessoas e suas relações e não na tecnologia. Enquanto assisti vários pontos me incomodaram como a falta de consistência na personalidade de algumas personagens, o manejo entre o desenvolvimento da história geral e das histórias particulares de cada membro da nave, etc. Mas ao ver a serie como um todo e ao me lembrar dela fiquei satisfeita.
Os primeiro episódios não chamam a atenção, mas com o tempo, quando apreendemos o formato cru do retrato das relações e situações, a atenção é capturada com mais facilidade. O roteiro explicita questões tão importantes de forma tão leve e natural, racismo, machismo, sexismo, preconceitos com pessoas idosas, relação da juventude com a tecnologia, conflitos geracionais, incertezas sobre a vida o universo e tudo mais... Os curtos episódios suprem satisfatoriamente a dose necessária de entretenimento.
Algumas cenas são marcantes, como o episódio 7 "Eles e elas", a primeira cena retratando a diferença entre o caminhar na rua para casa após uma noite no bar. Ou quando no metrô com sua amiga Denise, vêem um homem se masturbando e dão voz de prisão, em um episódio educativo sobre nossos direitos cidadãos e dever social. O episódio 10, na cena do casamento onde Dev faz seus votos mentalmente composto pelo mais real e nú diálogo sobre a união matrimonial entre as pessoas que já assisti em séries. Ou episódio 1 e 8 onde Dev entra em contato com pessoa mais velhas e para pra conversar com elas, e realmente se interessa pela vida de gente que se esqueça que tiveram e têm vida!
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Transparent: O Episódio Final
2.9 28 Assista AgoraMinha análise não se limitará ao ultimo episodio, mas a série como um todo:
De modo geral as personagens em algum nível me cativam. A gente que já vêm meio quebrado de nascença gosta dessa energia caótica da diversidade humana correndo solta!
Aprecio que a série tem uma proposta orgânica de lidar com questões que tanto são tabu. Não focam nos dilemas e dificuldades que perpassam nossa sociedade, mas em como as coisas podem funcionar e seguir. (Quando Morty finalmente revela a todos que é Maura não se prolonga um questionamento dessa mudança, uma negação ou um longo retrato do sofrimento e dificuldade. Claro que esses pontos vão sendo trazidos aos poucos, mas mostram a possibilidade que já existe em lidar com tudo de modo mais saudável e acolhedor. Quando se revela que Shea trabalha dançando e fazendo strip tease não fica tendo que se justificar e aprofundar nos motivos que a levaram lá, nem se questiona sua moral ou pertencimento aos espaços). Claro que um retrato cru da realidade é importantíssimo e tem sido muito bem feito por exemplo em Pose, mas é gostoso ter também uma serie mais leve que não nega a realidade mas indica que ela já é e pode ser frugal.
O que me incomoda desde a primeira temporada é o nível de egoísmo de toda a família Pfeferman. Creio que seja uma questão cultural, a sociedade norte americana tem valores e dinâmicas mais individualistas. Esse ponto fez com que eu tenha passado nervoso em diversas cenas onde para mim havia uma falta de sensibilidade imensa e absurda. Cada um tentando impor seus sentimentos como valor único e essa falta de empatia impedindo o diálogo, a mediação, o conseguir se explicar e compreender o outro encontrando um espaço em comum, criando relações mais saudáveis.
Os retratos do peso que a história trás sobre o presente são belíssimamente trazidos. No Brasil não temos tanta proximidade com populações judaicas, no entanto aqui sentimos o peso da colonização escravocrata que infelizmente tenta ser silenciada e desvalorizada, mas que igualmente deixou marcas profundas em nossa sociedade. Nesse ponto achei essa finalização da série interessante.
Assistir esse último episódio não foi uma experiência satisfatória, muito pelo contrário. O formato do episódio season finale foi uma quebra de expectativa. Talvez se soubesse que se tratava de uma temporada especial, com um episódio em formato musical para fechamento da obra eu tivesse já me preparado mentalmente para o que veria e teria aproveitado de outro modo, mas cheguei desavisada e demorei a perceber o que estava acontecendo.
Apesar de o ato de assistir não ter sido muito bom, o ato de pensar sobre esse episódio me tem sido muito satisfatório. Conseguiram trazer algum nível de resolução para cada pessoa, houve o reencontro de todo mundo que cruzou pelos episódios e elaboraram uma visão do que fazer com o que fizeram de nós (parafraseando Sartre).
Vamos acostumando com gosto da resignação frente ao mundo, conforme envelhecemos esse sabor amargo vai se tornando tolerante ao ponto que envenena nossa alma e nos torna cronicamente incapazes de ver a possibilidade de mudança ou resolução. Não que o caminho seja fácil ou bonito ou certo, mas podemos fazer história assim como ela foi feita antes de nós. A ultima música faz essa provocação: o holocausto aconteceu, e foi terrível e não devemos esquecer porque suas lições devem ser lembradas para que o erro não seja novamente cometido, mas uma nova geração tem a possibilidade de criar uma nova história e que ela seja feliz e colorida e diversa!
A série termina lindamente com a última cena onde a casa da família se tornou um refúgio para pessoas trans, recriando aqui o museu que Gittel vivia e que fora brutalmente interrompido. A história se repete em termos distintos: adolescentes ainda são expulsos de casa por desenvolveram identidades não idealizada por seus pais, mas agora há um espaço maior de acolhimento e uma possibilidade melhor de construção de vida. Construir uma história feliz (o joyocaust) não é uma grande festa interminável, mas isso: fazer acontecer o que estiver ao seu alcance para que o mundo possa ser um lugar menos pior do que ontem.
Tokyo Girl
4.0 2 Assista AgoraEu estou sem palavras para essa série, é um tesouro no meio de tantas coisas esquecíveis.
Dá para descrever superficialmente como Sex and The City em Tóquio com nuances sociais, econômicas, psicológicas.
Achei um retrato mutíssimo bem feito. Conseguiu desenvolver com realidade o desenrolar e os dilemas da vida moderna. Tão crível que chega a incomodar.
Achei lindo usarem uma personagem com desejos tão estereotipados que poderia cair facilmente em clichês, de um modo tão real e sensível.
Não há como não se identificar fortemente em algum (ou melhor: alguns) momento(s).
É curioso como mostra constantemente que a vida dos outros vista de fora parece sempre perfeita e mesmo assim por vezes não consegui não julgar a personagem principal e pensar que se tivesse escolhido outro caminho estaria mais feliz. O ponto é que não é assim que sentimos o estar vivo. Fazemos escolhas, lidamos com as consequencias, alteramos nossa percepção sobre nossa satisfação com a situação em que estamos. Por vezes tudo está ótimo e do nada fica estranho, por vezes sabemos que temos que mudar mas não fazemos nada, por vezes sabemos o que queremos e vamos atrás, às vezes as coisas acontecem de modo que nos entristece mas não há nada que podemos fazer, e por assim vai...
A vida é uma grande fazeção de coisas e o sujeito moderno é incapaz de se satisfazer.
- - -
Ps. (1) Os diálogos internos que se tornam conversas com o público, muito parecidos como acontecem em Fleabag, são deliciosos!
Station Eleven
4.0 74Uma trama pós-apocalíptica focada nas relações humanas, não em estratégias de sobrevivência.
Série para quem gosta de produções mais artísticas e sensíveis. Me lembrou a levada de The OA, Dispatches from Elsewhere e Paterson.
-
Achei absolutamente delicioso como alguns diálogos se repetem e como sobreposições de cenas mostram pessoas diferentes ou as mesmas pessoas em momentos diferentes passando pelos mesmos dilemas. Não li o livro, mas para mim a série é isso: um tributo à arte.
Não uma forma em si (teatro, literatura, musica...) mas à potência emocional e catártica que ela nos proporciona. Este é o fio condutor.
Uma mesma obra conversa de modos diferentes com cada um, causando um impacto diferente em suas histórias e sendo combustível para elaborar e ressignificar nossa existência.
Shakespeare é trazido justamente nesse poder atemporal e na compreensão das emoções como fator central no desenrolar da vida. Tentar compreender Station Eleven puramente no plano racional não funcionará, provavelmente será o motivo de muitas pessoas para não gostar da série.
No fim acabo me contradizendo pois a série é justamente sobre estratégias de sobrevivência, de como lidamos com o vazio existencial, com experiências traumáticas, com estar vivo.
-
Não consigo descrever suficientemente bem o encontro da música O trem azul (Milton Nascimento e Lô Bogues) na série. Foi uma deleitosa surpresa e na minha visão tanto esta musica quando a serie em si carregam o mesmo zeitgeist (não é exatamente esse o termo que gostaria de usar, mas é o mais próximo que consegui encontrar para dizer o que intentava):
"Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem às vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça
O Sol na cabeça"
Generation Hustle (1ª Temporada)
3.2 2É cada loucura!
Years and Years
4.5 270Uma distopia em pretérito imperfeito do subjuntivo. Ou seria (infelizmente) em pretérito perfeito composto do indicativo!?
Outra Vida (1ª Temporada)
2.8 122 Assista AgoraUma série de clichês sci-fi mas com um frescor atual. Temos figuras femininas fortes, personagens que extrapolam o binarismo feminino x masculino, o devir da sexualidade sendo explorada em relações não monogâmicas, em relação à IA... Nada se destaca e exatamente por isso gostei.
Nem toda produção precisa ser original e se propor a ser uma obra prima e ao que me pareceu esta foi a intensão: uma releitura contemporânea do universo clássico da ficção científica, sem exageros, sem frivolidade, com foco nas pessoas e suas relações e não na tecnologia.
Enquanto assisti vários pontos me incomodaram como a falta de consistência na personalidade de algumas personagens, o manejo entre o desenvolvimento da história geral e das histórias particulares de cada membro da nave, etc. Mas ao ver a serie como um todo e ao me lembrar dela fiquei satisfeita.
Master of None (1ª Temporada)
4.2 247 Assista AgoraOs primeiro episódios não chamam a atenção, mas com o tempo, quando apreendemos o formato cru do retrato das relações e situações, a atenção é capturada com mais facilidade.
O roteiro explicita questões tão importantes de forma tão leve e natural, racismo, machismo, sexismo, preconceitos com pessoas idosas, relação da juventude com a tecnologia, conflitos geracionais, incertezas sobre a vida o universo e tudo mais...
Os curtos episódios suprem satisfatoriamente a dose necessária de entretenimento.
Algumas cenas são marcantes, como o episódio 7 "Eles e elas", a primeira cena retratando a diferença entre o caminhar na rua para casa após uma noite no bar. Ou quando no metrô com sua amiga Denise, vêem um homem se masturbando e dão voz de prisão, em um episódio educativo sobre nossos direitos cidadãos e dever social.
O episódio 10, na cena do casamento onde Dev faz seus votos mentalmente composto pelo mais real e nú diálogo sobre a união matrimonial entre as pessoas que já assisti em séries.
Ou episódio 1 e 8 onde Dev entra em contato com pessoa mais velhas e para pra conversar com elas, e realmente se interessa pela vida de gente que se esqueça que tiveram e têm vida!