De saída, este filme faz parecer guerra algo simples pela sua forma caricata. A fotografia me lembrou Hidden Figures e The Help, tanto pela luz e pelas cores, o mesmo vale para a edição, muitos cortes, algumas câmeras lentas um pouco chatas, o efeito no geral foi ruim, pareceu brega, piegas. O roteiro do filme parecia sem argumento e se move até o desfecho com eventos de pouca tensão ou fáceis de ser resolvidos , ele se inicia engatado na história sem dar tempo de conhecer as personagens e criar vínculos com elas antes dos eventos importantes, grande parte disso deve-se, novamente, ao tom humorístico e caricato do filme, o que na minha opinião o deixou mais chato Me incomodou também o fato de ser um filme em que a guerra é o que move os eventos da narrativa e não apresenta nenhuma tomada decente da guerra, fazendo parecer uma brincadeira ou algo simples, ao lado de tanta caricatura e cenas piegas. As personagens secundárias são inconsistentes e desinteressantes e o protagonista, que parece ser o único aspecto bom do filme, se salva pelo trabalho do ator, o que particularmente não achei grande coisa, mas Oldman recebeu e está indicado a prêmios, então... A composição sonora não é muito interessante, os efeitos sonoros sincronizam demais com os elementos visuais e o efeito é o mesmo da fotografia: brega. No geral, me desagradou em quase todos os aspectos e acho até desleal deixá-lo competir com Dunkirk, que conseguiu esclarecer nos momentos finais todo o plot de Darkest Hour. Eu não diria que eles se complementam porque uma das partes é fraca demais.
O longa é, num panorama geral, excelente. A fotografia é bonita, com cores bem definidas, contrastantes; houve uma preocupação bonita da direção em fazer enquadramentos de proporção adequada e há "intervalos" da narração em que as únicas peças a serem lidas são as imagens. Ainda no visual, há a presença forte de formas geométricas como alegorias dentro dos pequenos enredos, os quais formam as histórias das personagens que são apresentadas cruas para os espectadores, sacada impressionante do roteiro. Os elementos audiovisuais conectam-se muito bem com o roteiro, as proposições de reflexão são muito interessantes e o espaço disponível para trabalhar essas questões era limitado, fazendo sempre as personagens voltarem para si e ficarem "confinadas". As estratégias de contenção do filme também são interessantes, além de apresentar personagens cruas, me pareceu que houve um cuidado grande na quantidade de informações sobre as personagens e o momento correto de apresentá-las, mesmo com suas proposições e objetivos bem definidos desde o início; as personagens são razoavelmente autônomas e complexas. Talvez o senso de humor controverso entre os diálogos tenham matado um pouco a densidade das personagens, algumas situações são tratadas de forma cômica, beirando a artificialidade. O espaço do filme é interessante, não há interferência do ambiente para construção do enredo como história, a não ser pelo sentimento intimo que liga personagens a lugares; o que é um ponto chave. O trabalho sonoro é bem feito, mantém o tom mais suave durante a peça toda e a referência ao cinema mudo foi genial. Em conclusão eu diria que é uma dessas obras que é bom a gente fazer questão de ver, tanto pela forma quanto conteúdo, cuja a única falha, pra mim, foi a construção extremamente excêntricas das personagens dentro de um roteiro não tão excêntrico, beirando a incoerência, mas acredito que, pela estética do filme, o resultado final continue excepcional.
A narrativa da animação começa em 1870 e toma enredo em 1940, sendo que a primeira data alterou o curso da história da humanidade; ou seja, a ideia de futuro representada no filme é uma alternativa ao desenvolvimento humano dos séculos XIX e XX. Dito isto, uma palavra boa para a obra é: coerência. O traço da animação é muito bonito e próximo de cartoons mais antigos, os contornos são escuros e bem definidos por contraste, em contrapartida às animações mais recentes onde as cores montam o próprio traço da personagem; gostei muito das cores também, predominam os tons de marrom, cinza e dourado. A animação é ambientada numa estética steampunk, que é justamente a "previsão do futuro e desenvolvimento humano" pela perspectiva da realidade tecnológica do século XIX; a ambientação é, então, construída por máquinas à vapor em todo cenário, zeppelins e trens são os meios de transporte mais utilizados, o vapor, as vestimentas, o interesse das personagens pela tecnologia e avanço, foram os pontos que fizeram-me dizer que a animação articula bem os elementos narrativos e audiovisuais. O roteiro também é bem desenvolvido, a proposição inicial é mantida em verossimilhança o tempo todo e as personagens se mantém fiéis à sua própria complexidade durante toda a narração e os elementos que transformam a história são justificados, de novo, com muita coerência, sem peças soltas que um pouco de lógica e/ou imaginação não deem conta de ler; a construção das personagens é boa, são bem autênticas e autônomas, não ficam dependendo de muletas narrativas para tomar suas decisões, o que deixa a história bem mais orgânica. fluída e verossímil, sem contar que são muito interessantes e críticas quanto ao seu mundo, mostrando não só uma autonomia dentro da narrativa, mas uma autonomia como pessoa, que pensa sobre e critica sua realidade, entretanto as tais críticas e opiniões são mascaras por falta de explicitação no roteiro, tornando-o levemente falho. A trilha sonora é envolvente e emocionante, diria até estratégica - há uma cena em que a mudez faz toda diferença -, a dublagem também não deixa a desejar, as vozes e as personagens conectam-se muito bem. Em suma, é uma animação excepcional e extraordinária, com propostas inteligentes. 4,5 pelo único defeito que encontrei: falta de uma explicação mais explícita das críticas e motivações das personagens.
O longa é bem interessante na forma, mas o conteúdo não ajuda muito na construção. A fotografia é bem limpa e real, sem muitas luzes forçadas ou filtros - alguns momentos de simetria, para aqueles que gostam de uma fotografia mais clássica, e as decisões de ângulos de filmagem deixaram as cenas bem leves e fáceis de serem assistidas. A trilha sonora é média, em alguns momentos cheguei a pensar que se não houvesse som o longa teria sido bem melhor. A ambientação é construída por uma dicotomia entre campo e cidade que, quase, norteia as atitudes das personagens; de cunho quase determinista mesmo - acredito que o espaço também contribua para o mau desenvolvimento do roteiro, limitando as temáticas que poderiam ser abordadas pelo espaço social dentro do espaço físico.. O roteiro é um pouco falho, as proposições do início eram interessantes e podiam ter se desenvolvido muito bem, mas as personagens bloquearam a história, que acabou se focando num conflito desinteressante e, de certa forma clichê, deixando de lado alguns pontos muito mais interessantes que poderiam ter sido desenvolvidos; acredito que esses bloqueios foram mais acentuados pelo trabalho não muito das atrizes (a personagem de Higelin parecia a personagem de Adele, em La Vie D'Adele). No geral é um filme médio.
Filme bastante arrastado, poderia ter uns 40 minutos a menos. O roteiro troca de foco durante a narrativa, sendo que a segunda parte é infinitas vezes mais interessante que a primeira. As personagens são bem rasas e pouco desenvolvidas, é difícil de se conectar e os atores também não facilitam esse trabalho. Fotografia cansativa e bem artificial, o diretor parece ter escolhido uma estratégia de câmera dinâmica,deixando o filme cansativo e um pouco chato e denso (na medida ruim.) Surpreendentemente a trilha sonora também é frustrante, combina com a fotografia artificial. A segunda estrela foi pela segunda parte do filme, que tentou sem sucesso carregar o tédio que a primeira parte foi construída sobre.
Roteiro ruim com proposições e resultados forçados, personagens muito confusas e pouco interessantes, trilha sonora surpreendentemente ruim. No geral um tédio cheio de confusão onde as coisas acontecem do nada e sem graça. =/
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O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraDe saída, este filme faz parecer guerra algo simples pela sua forma caricata. A fotografia me lembrou Hidden Figures e The Help, tanto pela luz e pelas cores, o mesmo vale para a edição, muitos cortes, algumas câmeras lentas um pouco chatas, o efeito no geral foi ruim, pareceu brega, piegas.
O roteiro do filme parecia sem argumento e se move até o desfecho com eventos de pouca tensão ou fáceis de ser resolvidos , ele se inicia engatado na história sem dar tempo de conhecer as personagens e criar vínculos com elas antes dos eventos importantes, grande parte disso deve-se, novamente, ao tom humorístico e caricato do filme, o que na minha opinião o deixou mais chato Me incomodou também o fato de ser um filme em que a guerra é o que move os eventos da narrativa e não apresenta nenhuma tomada decente da guerra, fazendo parecer uma brincadeira ou algo simples, ao lado de tanta caricatura e cenas piegas. As personagens secundárias são inconsistentes e desinteressantes e o protagonista, que parece ser o único aspecto bom do filme, se salva pelo trabalho do ator, o que particularmente não achei grande coisa, mas Oldman recebeu e está indicado a prêmios, então...
A composição sonora não é muito interessante, os efeitos sonoros sincronizam demais com os elementos visuais e o efeito é o mesmo da fotografia: brega. No geral, me desagradou em quase todos os aspectos e acho até desleal deixá-lo competir com Dunkirk, que conseguiu esclarecer nos momentos finais todo o plot de Darkest Hour. Eu não diria que eles se complementam porque uma das partes é fraca demais.
A Vaidade
3.5 16O longa é, num panorama geral, excelente. A fotografia é bonita, com cores bem definidas, contrastantes; houve uma preocupação bonita da direção em fazer enquadramentos de proporção adequada e há "intervalos" da narração em que as únicas peças a serem lidas são as imagens. Ainda no visual, há a presença forte de formas geométricas como alegorias dentro dos pequenos enredos, os quais formam as histórias das personagens que são apresentadas cruas para os espectadores, sacada impressionante do roteiro. Os elementos audiovisuais conectam-se muito bem com o roteiro, as proposições de reflexão são muito interessantes e o espaço disponível para trabalhar essas questões era limitado, fazendo sempre as personagens voltarem para si e ficarem "confinadas". As estratégias de contenção do filme também são interessantes, além de apresentar personagens cruas, me pareceu que houve um cuidado grande na quantidade de informações sobre as personagens e o momento correto de apresentá-las, mesmo com suas proposições e objetivos bem definidos desde o início; as personagens são razoavelmente autônomas e complexas. Talvez o senso de humor controverso entre os diálogos tenham matado um pouco a densidade das personagens, algumas situações são tratadas de forma cômica, beirando a artificialidade. O espaço do filme é interessante, não há interferência do ambiente para construção do enredo como história, a não ser pelo sentimento intimo que liga personagens a lugares; o que é um ponto chave. O trabalho sonoro é bem feito, mantém o tom mais suave durante a peça toda e a referência ao cinema mudo foi genial. Em conclusão eu diria que é uma dessas obras que é bom a gente fazer questão de ver, tanto pela forma quanto conteúdo, cuja a única falha, pra mim, foi a construção extremamente excêntricas das personagens dentro de um roteiro não tão excêntrico, beirando a incoerência, mas acredito que, pela estética do filme, o resultado final continue excepcional.
Abril e o Mundo Extraordinário
3.8 50A narrativa da animação começa em 1870 e toma enredo em 1940, sendo que a primeira data alterou o curso da história da humanidade; ou seja, a ideia de futuro representada no filme é uma alternativa ao desenvolvimento humano dos séculos XIX e XX. Dito isto, uma palavra boa para a obra é: coerência. O traço da animação é muito bonito e próximo de cartoons mais antigos, os contornos são escuros e bem definidos por contraste, em contrapartida às animações mais recentes onde as cores montam o próprio traço da personagem; gostei muito das cores também, predominam os tons de marrom, cinza e dourado. A animação é ambientada numa estética steampunk, que é justamente a "previsão do futuro e desenvolvimento humano" pela perspectiva da realidade tecnológica do século XIX; a ambientação é, então, construída por máquinas à vapor em todo cenário, zeppelins e trens são os meios de transporte mais utilizados, o vapor, as vestimentas, o interesse das personagens pela tecnologia e avanço, foram os pontos que fizeram-me dizer que a animação articula bem os elementos narrativos e audiovisuais. O roteiro também é bem desenvolvido, a proposição inicial é mantida em verossimilhança o tempo todo e as personagens se mantém fiéis à sua própria complexidade durante toda a narração e os elementos que transformam a história são justificados, de novo, com muita coerência, sem peças soltas que um pouco de lógica e/ou imaginação não deem conta de ler; a construção das personagens é boa, são bem autênticas e autônomas, não ficam dependendo de muletas narrativas para tomar suas decisões, o que deixa a história bem mais orgânica. fluída e verossímil, sem contar que são muito interessantes e críticas quanto ao seu mundo, mostrando não só uma autonomia dentro da narrativa, mas uma autonomia como pessoa, que pensa sobre e critica sua realidade, entretanto as tais críticas e opiniões são mascaras por falta de explicitação no roteiro, tornando-o levemente falho. A trilha sonora é envolvente e emocionante, diria até estratégica - há uma cena em que a mudez faz toda diferença -, a dublagem também não deixa a desejar, as vozes e as personagens conectam-se muito bem. Em suma, é uma animação excepcional e extraordinária, com propostas inteligentes. 4,5 pelo único defeito que encontrei: falta de uma explicação mais explícita das críticas e motivações das personagens.
Um Belo Verão
3.9 115 Assista AgoraO longa é bem interessante na forma, mas o conteúdo não ajuda muito na construção. A fotografia é bem limpa e real, sem muitas luzes forçadas ou filtros - alguns momentos de simetria, para aqueles que gostam de uma fotografia mais clássica, e as decisões de ângulos de filmagem deixaram as cenas bem leves e fáceis de serem assistidas. A trilha sonora é média, em alguns momentos cheguei a pensar que se não houvesse som o longa teria sido bem melhor. A ambientação é construída por uma dicotomia entre campo e cidade que, quase, norteia as atitudes das personagens; de cunho quase determinista mesmo - acredito que o espaço também contribua para o mau desenvolvimento do roteiro, limitando as temáticas que poderiam ser abordadas pelo espaço social dentro do espaço físico.. O roteiro é um pouco falho, as proposições do início eram interessantes e podiam ter se desenvolvido muito bem, mas as personagens bloquearam a história, que acabou se focando num conflito desinteressante e, de certa forma clichê, deixando de lado alguns pontos muito mais interessantes que poderiam ter sido desenvolvidos; acredito que esses bloqueios foram mais acentuados pelo trabalho não muito das atrizes (a personagem de Higelin parecia a personagem de Adele, em La Vie D'Adele). No geral é um filme médio.
Os Cowboys
3.5 15Filme bastante arrastado, poderia ter uns 40 minutos a menos. O roteiro troca de foco durante a narrativa, sendo que a segunda parte é infinitas vezes mais interessante que a primeira. As personagens são bem rasas e pouco desenvolvidas, é difícil de se conectar e os atores também não facilitam esse trabalho. Fotografia cansativa e bem artificial, o diretor parece ter escolhido uma estratégia de câmera dinâmica,deixando o filme cansativo e um pouco chato e denso (na medida ruim.) Surpreendentemente a trilha sonora também é frustrante, combina com a fotografia artificial. A segunda estrela foi pela segunda parte do filme, que tentou sem sucesso carregar o tédio que a primeira parte foi construída sobre.
O Maior Amor do Mundo
3.1 248 Assista AgoraRoteiro ruim com proposições e resultados forçados, personagens muito confusas e pouco interessantes, trilha sonora surpreendentemente ruim. No geral um tédio cheio de confusão onde as coisas acontecem do nada e sem graça. =/