Eita que romantização de pedofilia boa essa. Dar bebida pra menor foi ótimo também. A preocupação com a ilegalidade bem explícita, mas nenhuma com a imoralidade de se envolver com uma menina com a metade da sua idade. Alimentar a ilusão de uma pré-adolescente num romance que transcende a lei e a ética, nota 10/10 para o personagem. Quanto à história de ir atrás do avô é bonitinha, pena que peca muito em mostrar que é ok ter um romance com menor de idade, desde que você esteja apaixonado. E, como bem visto, William é um babaca.
A fotografia e os atores são ótimos, a direção, idem. Vale a pena ver para se encantar com a Dinamarca.
Sensacional, cheio de plot twist. Desde já se percebe um estilo na Muylaert, que vai ser repetido lá no Que Horas Ela Volta?, a posição da câmera, a fotografia... Uma pena que não explorou a parte musical da coisa.
Documentário inspirador e emocionante! Repleto de informações úteis e necessárias. É uma pena que o Brasil seja tão conservador, logo nem poderemos mais falar sobre aborto. O site do projeto é muito útil também. Passem a informação adiante.
"There is no possibility for me to be liberated except that all women be liberated and that means power and control in a politic and economic level." "Telling the truth and talk is very revolutionary."
Em tempos de guerra contra o direito das mulheres, esse documentário aquece o coração de esperança. Deusa abençoe o feminismo radical, a segunda onda e a literatura feminista lésbica. <3
O FEMEN é uma piada. Algumas coisas no final ditas pela Oksana e pela Sasha (acho) que valeram a pena. No mais, só mostrou como as organizações usam o feminismo como marketing.
Spotlight é um filme para poucos, aqueles que fecham seus olhos jamais verão a importância do longa. Bem retratado, com uma história contínua e instigante, o filme trata de um assunto pouco comentado, mesmo bem recorrente. Apesar de ser narrado pela visão dos jornalistas, percebe-se como a instituição da Igreja Católica prefere esconder a eliminar esses abusos. Os jornalista, por sinal muito bem preparados, realizam algo quase extinto: a verdadeira investigação dos fatos e o direito à informação, em relação aos leitores, o que os torna inegavelmente éticos no que se dispõem. Infelizmente não foram situações isoladas, seguem-se padrões durante todo o filme, e cada nova pista causa náuseas. A busca pela verdade torna Spolight não só uma peça jornalística, mas sim uma obra sociológica. Questionar sempre, conformar-se nunca. É meu preferido ao Oscar até então.
Quanto às atuações, Michael Keaton se destaca, parece estar bem à vontade com o personagem que interpreta, bem como Rachel McAdams que tem o dom para interpretar esse tipo.
Gosto muito da comparação já feita com o mito da caverna de Platão. Percebe-se no filme essa busca pelo lado filosófico, pelas perguntas e tudo isso no papel de Jack. O garoto, não há como negar, presta um papel incrível de se ver, ótimo personagem, ótimo intérprete. Como o filme é narrado por sua visão, cria-se empatia por ele, a ponto de refletir como o mundo lá fora é subestimado, pois já estamos tão saturados dele. Com seu jeito inocente, e uma mente brilhante, Jack demonstra de forma profunda as descobertas do novo mundo. Extremamente sensível.
O longa peca em ritmo e desenvolvimento, mas aposto um prêmio em melhor roteiro adaptado. As atuações são espetaculares.
Brooklyn trabalha com sutileza e às vezes até superficialmente alguns dilemas enfrentados por imigrantes, mas de outra perspectiva. É comum que filmes sobre imigração priorizem a burocracia e as dificuldades de adaptação à língua, à cultura e aos nativos daquele país; Brooklyn vai contra a corrente para tratar do amadurecimento, busca por respostas e algum significado. Consideravelmente um drama profundo no tocante ao sentimento de experiências e nostalgia, possuindo até um ar melancólico que impede o telespectador de mudar a expressão facial - Saoirse Ronan ajuda com isso, é sempre o mesmo semblante triste e nostálgico, como se lhe faltasse algo. Sua ida para casa evidencia, talvez tacitamente, uma busca por uma segunda chance, afinal, Eilis ama seu país, apenas não consegue ver-se crescendo nele. Isto torna o drama questionador em relação às escolhas feitas pela protagonista. No entanto, ela já não mais pertencia àquele lugar. Jamais chamaria o longa de romance, o romance é uma característica presente, e que só ajudou a construir uma estória instigante. Também não acho que seja propaganda norte-americana; escolha qualquer outro país que tenha uma cultura estranha à Irlanda e funcionará da mesma forma - até porque o diretor é irlandês... É ofensivo chamá-lo de "sessão da tarde" quando discute a distância de uma forma tão pungente. Vejo como um "Like Crazy" de época e melhor trabalhado, por consequência.
Fotografia, atuações e figurino são bons candidatos a uma premiação, mas como melhor filme, não entendi o que aconteceu.
Quote: "Homesickness is like most sicknesses - it'll make you feel wretched, and it'll move on to somebody else."
Mais uma obra prima do Wes Anderson. Minha sensação ao assistir seus filmes é a mesma de contemplar uma pintura de cores vivas e intensas. O visual é sempre magnífico e autêntico. Algumas cenas até se assemelham com a pintura de van Gogh, Bulb Fields. Desta sorte, não é somente uma animação que entretém o interlocutor, mas também o deixa maravilhado com tantos detalhes e sutilezas. Bela adaptação.
O filme trata de uma polêmica pelos olhos de Lucas, o acusado de pedofilia. Como a vida dele se transformou após essa acusação e o quanto o ódio é capaz de tornar uma história numa bola de neve sem fim. Parto de que as atitudes tomadas pela diretora e pelas autoridades foram exatas. Uma vez que, não cabe a nenhum de nós - a comunidade - julgá-lo, e sim à justiça. Há repulsa e os estômagos reviram-se se você for um ser humano com o mínimo de empatia, mas há no filme esta crítica tácita sobre apontar o dedo e dizer "guilty", e a culpa é somente perante a sociedade. Isolar e agir com violência não é a melhor forma de lidar com essa situação. Mesmo após provar sua inocência, Lucas sofria evidentemente um ódio escondido das pessoas que o rodeavam. O importante é frisar a necessidade de atitudes racionais e que não manchem seu discurso quando tratam-se de crimes.
Um exemplo foi a morte da Fanny. Mais uma vez os animais pagando pelos erros dos homens. E há quem chame de "animal" aquele que não age segundo sua razão.
Fiquei apreensiva por não saber se houve mesmo tal abuso - e quem o cometera. Mas não duvidem de crianças. São imaginativas, não inventivas. Não seria o irmão e a foto repugnante que mostrara à Klara que a fez mentir? É extremamente perigoso tratar como um caso geral, quando na verdade é o oposto.
Quanto à fotografia e atuações, uma bela obra. Mads Mikkelsen esteve magnífico.
O filme trata, da forma mais absurda, uma sociedade líquida e saturada de superficialidade. A mídia, os relacionamentos, as opiniões tão vazias, que regurgitam (palavras do Frank) na massa com nenhuma justificativa exceto o poder e o dinheiro. Essa sociedade que esvai os valores (no sentido de importância) das coisas e os torna moeda. A ridicularização, a forma como vendem pedofilia, sexualização, e um ideal de vida inalcançável. Liberdade de expressão que é sustentada por empresas e bancos. Não há mais opinião. Há uma grande massa repetindo aquilo que o capitalismo investiu para que fosse repercutido, doa a quem doer. Uma civilização que explorou tanto para civilizar os "selvagens" e que coloca os instintos animais acima de qualquer diálogo ou racionalidade. Quando você liga a TV você enxerga a violência; ou o entretenimento que não ensina, não educa; ou opiniões infundamentadas (ou fundamentalistas). Guerras armadas ou não, com os objetivos mais esdrúxulos e irracionais possíveis. O ódio irracional que alimenta a descriminação. Mas, nós sabemos, que o ser humano não é naturalmente bom. A moral auxilia muito no seu comportamento. E com isso digo: nossa moral está falida. No início achei a participação da garota desnecessária. O filme poderia ser bem conduzido com os questionamentos de Frank consigo mesmo, em forma de narração. Depois, percebi que a garota estava ali com um propósito essencial para o desenvolvimento do roteiro: nós todos somos fugitivos. Além de um conhecimento transcendente ao comum como foi bem ilustrado no filme, Roxy colocava em pauta o instinto primitivo de matar/machucar quem "merece". Enquanto Frank desejava que as pessoas fossem boas - o que é uma ingenuidade. Até mesmo a benevolência é aprendida. O filme é, portanto, o estágio final da nossa mente em situações indigeríveis. Um refletor onírico que reside no subconsciente.
Pessoas que definitivamente merecem morrer: quem fala "feminazi".
Quanto à fotografia, atuações e direção: a primeira é ótima, as seguintes, razoáveis.
Quote: "It’s time for adult males to aim a little bit higher than raping kids. I mean fuck R. Kelly. Fuck Vladimir Nabokov. Fuck Mary Kay Letourneau while we’re at it. Fuck Woody Allen and his whole 'the heart wants what it wants' bullshit. Apparently, that erudite genius’ heart wants the same thing that every run-of-the-mill pedophile wants. A young, hairless asian. Nobody cares that they damage other people."
Aposto que o Stephen King odiou. Mas é uma boa história. Me deixou tensa do início ao fim. A última cena de "luta" é totalmente desnecessária. Momentos mais tensos pra mim:
Quando ela dá marretada nos pés dele. Quase desmaiei. E quando ela dá um tiro à queima roupa no policial. Aliás, achei que isso deveria ser explorado. Como ele saiu de lá, então?
O começo foi enrolado e o fim foi muito rápido. No mais, um bom filme para uma quinta-feira à tarde.
Saúdo a crítica que o filme se propôs a fazer, mas de fato, a execução foi precária, o filme precisava se desenvolver mais e de alguns diálogos. Infelizmente não é um daqueles filmes que se autoexplicam.
Não é o melhor do Tarantino, e entendo por que o criticam. No início quase não se vê a fórmula mágica dos filmes do diretor - principalmente se você gosta dele por filmes como Django Livre e Bastardos Inglórios. No entanto, é uma característica do diretor colocar um personagem em segundo plano para trabalhá-lo paralelamente e torná-lo um achado, vide Pulp Fiction e Cães de Aluguel. O filme possui um desenvolvimento lento, mas não peca no roteiro, que é bem fechadinho e impecável. Mas, finalmente, o que eu gosto desse filme é a majestosa atuação da Pam Grier. Foi bom vê-la numa personagem forte e inteligente.
Incrível documentário sobre a TV e uma época extremamente política e dicotômica nos EUA. Muito do que foi apresentado me parece atemporal, com semelhanças em terras tupiniquins. Discordo de muito do que foi falado por ambos, e principalmente pelos comentadores. Algo que me fez refletir foi um comentário comparando um debate a um esporte. Talvez tenhamos redefinido o significado de debate, ou evoluído, mas um debate é uma discussão de ideias, geralmente opostas, que busca argumentar e propor uma reflexão; e assim cria-se a retórica. Não tratarmos como um embate entre dois times onde um ganha e outro vence. Esse tipo de política maniqueísta é coisa de universo de super-heróis. Não existe bom e mau. Tanto é que, ambos foram afetados pelo debate em que extrapolam e usam ad hominem. O que precisava a meu ver na década de 60 era mais exposições de argumentos e menos ataques pessoais. Mas, para o desenvolvimento da TV, foi um sucesso.
Outra coisa que marcou foi a fala do Vidal no décimo debate, onde ele começa dizendo o seguinte: "Acho que esses grandes debates não tem qualquer sentido. Do modo como eles são desenvolvidos, quase não há troca de ideias, muito pouco até de personalidade. Também o que é terrível sobre este veículo é que quase ninguém presta atenção. Eles tipo que formam uma ideia de alguém e acham que já descobriram como esta pessoa é só de vê-la na televisão." Trabalho com a ideia de que não há imparcialidade, no entanto, todas as opiniões podem ser destruídas e reconstruídas, e pelo documentário vemos que essa disputa intelectual tornou-se pessoal. Ao pessoalizar suas posições ideológicas, por mais que estejam arraigadas no seu ser político-social, os argumentos não se reconstroem; nascem as ofensas. Apesar dos bem quotados livros escritos por Gore, existia, pelo que percebi no documentário, um anseio maior em destruir a imagem de Bill a argumentar com ele. E não porque fosse incapaz, mas essa cultura de "atacar o inimigo" é algo vivenciado no ocidente.
Confesso que Bill possuía uma oratória bem elaborada, e parece comum que os conservadores atentem-se à suas falas, encham-na de enfeites para vomitar tautologias que apenas o público alvo poderia compreender. E aquele público a quem os republicanos precisam para ganhar acreditam que essa arte da oratória os torna intelectualmente capazes.
Sem discutir posições políticas, minha impressão sobre o documentário é de algo relevante e atual, que respinga na América até hoje, e atrai vários debates - um pouco infantis - sobre direitos e liberdade de expressão. É necessário lembrar que, enquanto debatiam política na TV nos EUA, o Brasil passava por uma grande repressão e censura durante o regime militar. Desde lá não nos recuperamos totalmente. A televisão não é democrática - como aparentou ser no doc lá nas terras do Tio Sam - e os movimentos por direitos ainda se fazem muitos necessários. E que eu não seja considerada antibrasileira por não defender guerras!
Não sabia que ela era uma comediante, mas por esse show dá pra ver que a Gina é a Chelsea 100%. Gostei bastante, me impressionou. A forma como ela é sutil ao falar de discriminações é bem bacana. Acho que pecou só na edição mesmo. O texto dela é bom e ela é boa no palco.
Adoro o Keanu e esse filme é bem a cara dele. Foi bem selecionado. Nada inovador, apenas ação. Mas sinceramente, se eu fosse tão foda quanto o John Wick e fizessem isso com meu cachorro, eu faria o mesmo.
É bem angustiante. Te deixa apreensiva por não saber se ele vai conseguir ou não, se algo vai acontecer ou não. Eu não conhecia a história e achei uma bela biografia, apesar da narração ser desnecessária. O filme fala por si só. Fotografia magnífica.
Inovou conceito de ficção científica. Um marco da época. 16 anos depois e ainda muito valorizado. A trilha sonora é ótima, as atuações e a direção, idem.
Cartas na Mesa
3.6 113 Assista AgoraChato, cheio de estereótipos, previsível e sem emoção. Matt Damon e este filme possuem as mesmas características.
Copenhagen
3.4 189 Assista AgoraEita que romantização de pedofilia boa essa. Dar bebida pra menor foi ótimo também. A preocupação com a ilegalidade bem explícita, mas nenhuma com a imoralidade de se envolver com uma menina com a metade da sua idade. Alimentar a ilusão de uma pré-adolescente num romance que transcende a lei e a ética, nota 10/10 para o personagem. Quanto à história de ir atrás do avô é bonitinha, pena que peca muito em mostrar que é ok ter um romance com menor de idade, desde que você esteja apaixonado. E, como bem visto, William é um babaca.
A fotografia e os atores são ótimos, a direção, idem. Vale a pena ver para se encantar com a Dinamarca.
Durval Discos
3.7 336 Assista AgoraSensacional, cheio de plot twist. Desde já se percebe um estilo na Muylaert, que vai ser repetido lá no Que Horas Ela Volta?, a posição da câmera, a fotografia... Uma pena que não explorou a parte musical da coisa.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraAtores ótimos, direção confusa, roteiro perdido. Não sei o que o Joel tentou fazer aí, mas não deu muito certo.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraOdeio aranhas.
Vessel
4.5 18 Assista AgoraDocumentário inspirador e emocionante! Repleto de informações úteis e necessárias. É uma pena que o Brasil seja tão conservador, logo nem poderemos mais falar sobre aborto. O site do projeto é muito útil também. Passem a informação adiante.
She’s Beautiful When She’s Angry
4.6 152"There is no possibility for me to be liberated except that all women be liberated and that means power and control in a politic and economic level."
"Telling the truth and talk is very revolutionary."
Em tempos de guerra contra o direito das mulheres, esse documentário aquece o coração de esperança.
Deusa abençoe o feminismo radical, a segunda onda e a literatura feminista lésbica. <3
Ukraine Is Not a Brothel
2.8 7O FEMEN é uma piada. Algumas coisas no final ditas pela Oksana e pela Sasha (acho) que valeram a pena. No mais, só mostrou como as organizações usam o feminismo como marketing.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSpotlight é um filme para poucos, aqueles que fecham seus olhos jamais verão a importância do longa. Bem retratado, com uma história contínua e instigante, o filme trata de um assunto pouco comentado, mesmo bem recorrente. Apesar de ser narrado pela visão dos jornalistas, percebe-se como a instituição da Igreja Católica prefere esconder a eliminar esses abusos. Os jornalista, por sinal muito bem preparados, realizam algo quase extinto: a verdadeira investigação dos fatos e o direito à informação, em relação aos leitores, o que os torna inegavelmente éticos no que se dispõem. Infelizmente não foram situações isoladas, seguem-se padrões durante todo o filme, e cada nova pista causa náuseas. A busca pela verdade torna Spolight não só uma peça jornalística, mas sim uma obra sociológica. Questionar sempre, conformar-se nunca. É meu preferido ao Oscar até então.
Quanto às atuações, Michael Keaton se destaca, parece estar bem à vontade com o personagem que interpreta, bem como Rachel McAdams que tem o dom para interpretar esse tipo.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraGosto muito da comparação já feita com o mito da caverna de Platão. Percebe-se no filme essa busca pelo lado filosófico, pelas perguntas e tudo isso no papel de Jack. O garoto, não há como negar, presta um papel incrível de se ver, ótimo personagem, ótimo intérprete. Como o filme é narrado por sua visão, cria-se empatia por ele, a ponto de refletir como o mundo lá fora é subestimado, pois já estamos tão saturados dele. Com seu jeito inocente, e uma mente brilhante, Jack demonstra de forma profunda as descobertas do novo mundo. Extremamente sensível.
O longa peca em ritmo e desenvolvimento, mas aposto um prêmio em melhor roteiro adaptado. As atuações são espetaculares.
Brooklin
3.8 1,1KBrooklyn trabalha com sutileza e às vezes até superficialmente alguns dilemas enfrentados por imigrantes, mas de outra perspectiva. É comum que filmes sobre imigração priorizem a burocracia e as dificuldades de adaptação à língua, à cultura e aos nativos daquele país; Brooklyn vai contra a corrente para tratar do amadurecimento, busca por respostas e algum significado. Consideravelmente um drama profundo no tocante ao sentimento de experiências e nostalgia, possuindo até um ar melancólico que impede o telespectador de mudar a expressão facial - Saoirse Ronan ajuda com isso, é sempre o mesmo semblante triste e nostálgico, como se lhe faltasse algo. Sua ida para casa evidencia, talvez tacitamente, uma busca por uma segunda chance, afinal, Eilis ama seu país, apenas não consegue ver-se crescendo nele. Isto torna o drama questionador em relação às escolhas feitas pela protagonista. No entanto, ela já não mais pertencia àquele lugar. Jamais chamaria o longa de romance, o romance é uma característica presente, e que só ajudou a construir uma estória instigante. Também não acho que seja propaganda norte-americana; escolha qualquer outro país que tenha uma cultura estranha à Irlanda e funcionará da mesma forma - até porque o diretor é irlandês... É ofensivo chamá-lo de "sessão da tarde" quando discute a distância de uma forma tão pungente. Vejo como um "Like Crazy" de época e melhor trabalhado, por consequência.
Fotografia, atuações e figurino são bons candidatos a uma premiação, mas como melhor filme, não entendi o que aconteceu.
Quote: "Homesickness is like most sicknesses - it'll make you feel wretched, and it'll move on to somebody else."
Geração Prozac
3.6 465"I just keep thinking that if I could just be normal, if I could just get out of bed in the morning, everything would be okay."
Sentimento constante.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 933 Assista AgoraMais uma obra prima do Wes Anderson. Minha sensação ao assistir seus filmes é a mesma de contemplar uma pintura de cores vivas e intensas. O visual é sempre magnífico e autêntico. Algumas cenas até se assemelham com a pintura de van Gogh, Bulb Fields. Desta sorte, não é somente uma animação que entretém o interlocutor, mas também o deixa maravilhado com tantos detalhes e sutilezas. Bela adaptação.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraO filme trata de uma polêmica pelos olhos de Lucas, o acusado de pedofilia. Como a vida dele se transformou após essa acusação e o quanto o ódio é capaz de tornar uma história numa bola de neve sem fim. Parto de que as atitudes tomadas pela diretora e pelas autoridades foram exatas. Uma vez que, não cabe a nenhum de nós - a comunidade - julgá-lo, e sim à justiça. Há repulsa e os estômagos reviram-se se você for um ser humano com o mínimo de empatia, mas há no filme esta crítica tácita sobre apontar o dedo e dizer "guilty", e a culpa é somente perante a sociedade. Isolar e agir com violência não é a melhor forma de lidar com essa situação. Mesmo após provar sua inocência, Lucas sofria evidentemente um ódio escondido das pessoas que o rodeavam. O importante é frisar a necessidade de atitudes racionais e que não manchem seu discurso quando tratam-se de crimes.
Um exemplo foi a morte da Fanny. Mais uma vez os animais pagando pelos erros dos homens. E há quem chame de "animal" aquele que não age segundo sua razão.
Fiquei apreensiva por não saber se houve mesmo tal abuso - e quem o cometera. Mas não duvidem de crianças. São imaginativas, não inventivas. Não seria o irmão e a foto repugnante que mostrara à Klara que a fez mentir? É extremamente perigoso tratar como um caso geral, quando na verdade é o oposto.
Quanto à fotografia e atuações, uma bela obra. Mads Mikkelsen esteve magnífico.
Deus Abençoe a América
4.0 799O filme trata, da forma mais absurda, uma sociedade líquida e saturada de superficialidade. A mídia, os relacionamentos, as opiniões tão vazias, que regurgitam (palavras do Frank) na massa com nenhuma justificativa exceto o poder e o dinheiro. Essa sociedade que esvai os valores (no sentido de importância) das coisas e os torna moeda. A ridicularização, a forma como vendem pedofilia, sexualização, e um ideal de vida inalcançável. Liberdade de expressão que é sustentada por empresas e bancos. Não há mais opinião. Há uma grande massa repetindo aquilo que o capitalismo investiu para que fosse repercutido, doa a quem doer. Uma civilização que explorou tanto para civilizar os "selvagens" e que coloca os instintos animais acima de qualquer diálogo ou racionalidade.
Quando você liga a TV você enxerga a violência; ou o entretenimento que não ensina, não educa; ou opiniões infundamentadas (ou fundamentalistas). Guerras armadas ou não, com os objetivos mais esdrúxulos e irracionais possíveis. O ódio irracional que alimenta a descriminação. Mas, nós sabemos, que o ser humano não é naturalmente bom. A moral auxilia muito no seu comportamento. E com isso digo: nossa moral está falida.
No início achei a participação da garota desnecessária. O filme poderia ser bem conduzido com os questionamentos de Frank consigo mesmo, em forma de narração. Depois, percebi que a garota estava ali com um propósito essencial para o desenvolvimento do roteiro: nós todos somos fugitivos. Além de um conhecimento transcendente ao comum como foi bem ilustrado no filme, Roxy colocava em pauta o instinto primitivo de matar/machucar quem "merece". Enquanto Frank desejava que as pessoas fossem boas - o que é uma ingenuidade. Até mesmo a benevolência é aprendida.
O filme é, portanto, o estágio final da nossa mente em situações indigeríveis. Um refletor onírico que reside no subconsciente.
Pessoas que definitivamente merecem morrer: quem fala "feminazi".
Quanto à fotografia, atuações e direção: a primeira é ótima, as seguintes, razoáveis.
Quote: "It’s time for adult males to aim a little bit higher than raping kids. I mean fuck R. Kelly. Fuck Vladimir Nabokov. Fuck Mary Kay Letourneau while we’re at it. Fuck Woody Allen and his whole 'the heart wants what it wants' bullshit. Apparently, that erudite genius’ heart wants the same thing that every run-of-the-mill pedophile wants. A young, hairless asian. Nobody cares that they damage other people."
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista AgoraAposto que o Stephen King odiou. Mas é uma boa história. Me deixou tensa do início ao fim. A última cena de "luta" é totalmente desnecessária.
Momentos mais tensos pra mim:
Quando ela dá marretada nos pés dele. Quase desmaiei.
E quando ela dá um tiro à queima roupa no policial. Aliás, achei que isso deveria ser explorado. Como ele saiu de lá, então?
O começo foi enrolado e o fim foi muito rápido. No mais, um bom filme para uma quinta-feira à tarde.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraSaúdo a crítica que o filme se propôs a fazer, mas de fato, a execução foi precária, o filme precisava se desenvolver mais e de alguns diálogos. Infelizmente não é um daqueles filmes que se autoexplicam.
Jackie Brown
3.8 739 Assista AgoraNão é o melhor do Tarantino, e entendo por que o criticam. No início quase não se vê a fórmula mágica dos filmes do diretor - principalmente se você gosta dele por filmes como Django Livre e Bastardos Inglórios. No entanto, é uma característica do diretor colocar um personagem em segundo plano para trabalhá-lo paralelamente e torná-lo um achado, vide Pulp Fiction e Cães de Aluguel. O filme possui um desenvolvimento lento, mas não peca no roteiro, que é bem fechadinho e impecável. Mas, finalmente, o que eu gosto desse filme é a majestosa atuação da Pam Grier. Foi bom vê-la numa personagem forte e inteligente.
Melhores Inimigos
4.1 22Incrível documentário sobre a TV e uma época extremamente política e dicotômica nos EUA. Muito do que foi apresentado me parece atemporal, com semelhanças em terras tupiniquins. Discordo de muito do que foi falado por ambos, e principalmente pelos comentadores. Algo que me fez refletir foi um comentário comparando um debate a um esporte. Talvez tenhamos redefinido o significado de debate, ou evoluído, mas um debate é uma discussão de ideias, geralmente opostas, que busca argumentar e propor uma reflexão; e assim cria-se a retórica. Não tratarmos como um embate entre dois times onde um ganha e outro vence. Esse tipo de política maniqueísta é coisa de universo de super-heróis. Não existe bom e mau. Tanto é que, ambos foram afetados pelo debate em que extrapolam e usam ad hominem. O que precisava a meu ver na década de 60 era mais exposições de argumentos e menos ataques pessoais. Mas, para o desenvolvimento da TV, foi um sucesso.
Outra coisa que marcou foi a fala do Vidal no décimo debate, onde ele começa dizendo o seguinte: "Acho que esses grandes debates não tem qualquer sentido. Do modo como eles são desenvolvidos, quase não há troca de ideias, muito pouco até de personalidade. Também o que é terrível sobre este veículo é que quase ninguém presta atenção. Eles tipo que formam uma ideia de alguém e acham que já descobriram como esta pessoa é só de vê-la na televisão." Trabalho com a ideia de que não há imparcialidade, no entanto, todas as opiniões podem ser destruídas e reconstruídas, e pelo documentário vemos que essa disputa intelectual tornou-se pessoal. Ao pessoalizar suas posições ideológicas, por mais que estejam arraigadas no seu ser político-social, os argumentos não se reconstroem; nascem as ofensas. Apesar dos bem quotados livros escritos por Gore, existia, pelo que percebi no documentário, um anseio maior em destruir a imagem de Bill a argumentar com ele. E não porque fosse incapaz, mas essa cultura de "atacar o inimigo" é algo vivenciado no ocidente.
Confesso que Bill possuía uma oratória bem elaborada, e parece comum que os conservadores atentem-se à suas falas, encham-na de enfeites para vomitar tautologias que apenas o público alvo poderia compreender. E aquele público a quem os republicanos precisam para ganhar acreditam que essa arte da oratória os torna intelectualmente capazes.
Sem discutir posições políticas, minha impressão sobre o documentário é de algo relevante e atual, que respinga na América até hoje, e atrai vários debates - um pouco infantis - sobre direitos e liberdade de expressão. É necessário lembrar que, enquanto debatiam política na TV nos EUA, o Brasil passava por uma grande repressão e censura durante o regime militar. Desde lá não nos recuperamos totalmente. A televisão não é democrática - como aparentou ser no doc lá nas terras do Tio Sam - e os movimentos por direitos ainda se fazem muitos necessários. E que eu não seja considerada antibrasileira por não defender guerras!
Chelsea Peretti: One of the Greats
3.4 19Não sabia que ela era uma comediante, mas por esse show dá pra ver que a Gina é a Chelsea 100%. Gostei bastante, me impressionou. A forma como ela é sutil ao falar de discriminações é bem bacana. Acho que pecou só na edição mesmo. O texto dela é bom e ela é boa no palco.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraAdoro o Keanu e esse filme é bem a cara dele. Foi bem selecionado. Nada inovador, apenas ação. Mas sinceramente, se eu fosse tão foda quanto o John Wick e fizessem isso com meu cachorro, eu faria o mesmo.
Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisÓtima crítica. Mal produzido. Talentos desperdiçados e MUITA preguiça do Chris Evans.
A Travessia
3.6 613 Assista AgoraÉ bem angustiante. Te deixa apreensiva por não saber se ele vai conseguir ou não, se algo vai acontecer ou não. Eu não conhecia a história e achei uma bela biografia, apesar da narração ser desnecessária. O filme fala por si só. Fotografia magnífica.
Matrix
4.3 2,5K Assista AgoraInovou conceito de ficção científica. Um marco da época. 16 anos depois e ainda muito valorizado. A trilha sonora é ótima, as atuações e a direção, idem.