Confesso que essa futilidade exacerbada me encheu o saco em determinado momento... mas ok, é uma série que trata sobre um certo estilo de vida e sociedade que já acabou há muito tempo. Essas mulheres nem poderiam existir hoje em dia e a cena final maravilhosa deixa isso perfeitamente entendível. Naomi Watts e Tom Hollander estão perfeitos, mas sei lá, sinto que faltou algo. São muitas mulheres e só enxergamos elas, algumas, pouquíssimas vezes, pela ótica do Capote. Parece impossível de fato saber quem eram essas mulheres para além da pura manutenção infinita de status quo. Diane Lane rouba a cena quase sempre que pode.
Antônia é um filme importante pelo que retrata e por quem o filme retrata. Gosto do tom carlosreichenbacheriano que a Tata Amaral reveste a história das meninas, mas que torna seu realismo menos embrutecido por meio de uma musicalidade contagiante. Esse olhar feminino para uma história feminina e periférica tem uma sentido positivo que afasta o filme de um docudrama (as atuações várias vezes suscitam o improviso e funcionam bem nesse esquema) na medida em que a música da o tom do filme e do caminho das personagens. Antônia é um olhar único no cinema nacional para a cena do rap paulistano por uma perspectiva feminina, mais rara ainda, assim como a formação de um girl group que só funcionou nas tela. Parecia um sonho e deve ter sido assim pra elas. O sonho é desfeito com a morte de Cindy Mendes (quem melhor cantava rap entre as quatro) antes do quarenta anos de idade. É a queda triste na realidade que não deixa de nos lembrar que Antônia era um retrato da sociedade. Duro de acreditar que pouca coisa mudou, que o sonho muitas vezes não se concretiza.
Fredrich March e Kim Novak em atuações primorosas. Uma raridade em seu tempo por questionar o status quo do macho e desconstruir a suposta invencibilidade do masculinismo.
Amoral e muito delicado. Um filme que em seu tempo conseguiu ser mais audacioso do que Bob & Carol & Ted & Alice; aliás, escrito com tanta sinceridade e otimismo por essa alteridade que o amor livre possui, que permanece inovador cinquenta anos depois. Belíssima a restauração em 4K.
Postando aqui a minha crítica do letterboxd (onde o povo tá reclamando sem parar):
Um pouco surpreso com as críticas nesta página, as pessoas parecem que não sabem de onde estão falando, nem sobre quem estão falando ou mesmo do que estão falando e isso é gravíssimo. A quantidade de depoimentos de homens que incomodou tanto é um reflexo do meio musical do tempo da Elis até os dias de hoje. O melhor exemplo são as filmagens em 16mm, Elis e a filha do Tom são quase sempre as únicas mulheres naquele ambiente cheio de homens o tempo todo. Esse era o meio artístico em que a Elis trabalhava e isso não explica a musicalidade enorme dela, mas ajuda a dar uma dimensão de como foi difícil pra ela se afirmar num meio artístico frequentemente tão prejudicial para as mulheres. Não existe a possibilidade de que esse documentário fosse construído sem contextualizações sobre aquele momento específico da música brasileira ou sobre ambos os artistas protagonistas (falecidos) já que há um valor educacional forte em um documentário como esses que não deve ser subestimado; assim como também me pareceria sem sentido e até injusto limar entrevistas com os profissionais envolvidos na gravação do álbum, afinal eles também deram sua contribuição a essa obra artística coletiva - repito, coletiva, não se trata de um trabalho individual. O último ponto que acho que muita gente aqui não levou em conta é que provavelmente as filmagens feitas em 16mm não cobrem assim tanto tempo de tela a ponto de rechear três episódios como é o caso do documentário dos Beatles Get Back. Embora elas tenham sido realizadas com maior ou menor pretensão em sua finalidade (algumas vezes sem nenhuma, totalmente fora de foco), não ficou a aparência de que exista muito mais coisa fora o que foi mostrado em tela (e chega a ser repetido em alguns momentos). A edição foi certeira em construir uma narrativa que privilegia as histórias por detrás do álbum entrelaçando-as às imagens inéditas, que por si só não se submetem totalmente ao roteiro e pulsam vida própria, exprimindo toda a tensão e o choque do encontro de Elis e Tom, a criação musical e como tudo isso resultou num afeto profundo e recíproco entre esses dois grandes artistas que fica explícito ao final. No mais, tirei uma estrela só pelo comentário do André Midani na capa da gaita sobre a morte da Elis; o tipo de aforismo que de tão presunçoso acaba sendo desnecessário.
Intenso, hipnótico, sedutor... seriam as palavras chave do Rio do Desejo. É um filme sobre sentimentos fortes, sobre seres que ardem e clamam por afeto e proteção. E que ao serem reprimidos causam sofrimento e dor pra depois explodirem. É o anti Cidade Baixa do Sérgio Machado, verdadeiro maestro que conduz esse elenco afinadíssimo conforme a sua música, numa mise-en-scène primorosa que incorpora o cenário amazônico de maneira rara e perspicaz (observem o barulho dos animais... aliás, o sound design desse filme é soberbo, feito pra ser visto numa sala de cinema mesmo). Nenhuma imagem aqui está à deriva; é detalhe que abunda simbolismo, é construção de uma narrativa que vai terminar mal, nós já sabemos e eles sabem disso e não podem evitar. A tensão sexual sufocante que se estabelece desde o início é o prenúncio de algo que não se poderá evitar, a tragédia do final. Lindo.
Alfredo Sternheim entrega uma boa releitura do clássico filme alemão que projetou Marlene Dietrich ao estrelato, coadunando elementos do melodrama formal com crítica social e recorte de classe, notáveis na construção da personagem do professor - um típico brasileiro médio do milagre econômico. Mas o tom do filme é mais o de uma comédia de costumes, como o conflito do amor livre simbolizado em Laura versus o amor romântico do professor (que o roteiro despreza, mas também se interessa mais do que por Laura). Anjo Loiro é um filme que envelheceu de um jeito curioso; não necessariamente ruim, ainda que datado, com certeza. Mas seu final traz um realismo irônico bastante atual e debochado.
Caótico. Mira o drama psicológico de Spencer ou Jackie de Pablo Larraín, mas o roteiro aqui não sabe muito bem para qual direção seguir. Cauã e sua canastrice habitual dão conta do recado, mas os problemas aqui são de outra ordem que não é a interpretação dos atores. Um filme que se propõe ser uma reflexão sobre Pedro I no ano do bicentenário da independência do Brasil, mas se abstém de qualquer crítica ao lado autoritário desse governante, conivente com o projeto de nação escravagista e oligárquica, é no mínimo questionável. Não existe sequer menção ao motivo do imperador ter abdicado ao trono do Brasil. Laís ainda cede à agenda politicamente correta ao abordar o drama de pessoas escravizadas, mas sem se aprofundar verdadeiramente no assunto. No entanto, o filme também não é um retrato fiel da vida privada de Pedro, já que a autora insiste em boatos sem comprovação histórica (a agressão física à imperatriz). É um filme imaginado, como um sonho que mais se parece com um pesadelo. E assim a história do Brasil continua sendo miseravelmente mal aproveitada pela filmografia nacional.
É mais um preâmbulo da sexta temporada do que qualquer outra coisa... Tenta limpar a barra do Charles (o que é bem complicado), sem deixar de ser pró Diana (inevitável). No meio desse fogo cruzado, todos os outros personagens terminam naturalmente preteridos; embora o roteiro se esforce em dar sobrevida à Princesa Margaret e à própria Rainha. Resta saber qual será a direção escolhida pelos roteiristas para tratar da morte de Diana na próxima temporada, que será a primeira gravada depois da morte de Elizabeth II; mas alguns indícios nesta quinta já dão conta de que a abordagem desse assunto não irá agradar em nada a família real...
A mudança de roteiristas nitidamente atrapalhou o desempenho dessa segunda temporada problemática, que começa bem mas logo despenca. Alguns personagens perderam espaço enquanto outros cresceram, o que é natural; mas sem enriquecer a trama, assim como os personagens novos, que parecem deslocados. Lá pelo meio o tom dos episódios fica meio Trapalhões e a gente se pergunta o que que tá acontecendo? Bem aquém do esperado.
É um problema de gênero que esse filme não tenha sido visto, não tenha circulado mais, não tenha sido apreciado; é um preconceito de gênero que cineastas mulheres (ainda) têm que lidar. Linda estreia de Anna Karina na direção, num grande esforço certamente, também como roteirista e produtora. Anna Karina é uma atriz que desde o início se especializou em personagens tragicômicas e em Vivre Ensemble ela parece amadurecer tremendamente essas personagens numa maturidade balzaquiana e um pouco tola, ainda que humanista e sadia, obviamente atenta ao espírito do seu tempo - as cenas em Nova York... Anna soube aprender com os grandes cineastas com quem trabalhou, vários; mas ela é, antes de tudo, muito nouvelle vague e isso fica evidente em como enquadra os seus planos, na montagem, no roteiro. É um filme com personalidade, sim, a de Anna Karina. Ótima atuação de Michel Lancelot.
Nem parece que fazem trinta anos que lançaram esse inusitado thriller erótico que se distingue pela crítica social ao abuso policial, por meio do repulsivo personagem interpretado pelo ótimo Ray Liotta.
Feud: Capote vs. The Swans (2ª Temporada)
3.6 10 Assista AgoraConfesso que essa futilidade exacerbada me encheu o saco em determinado momento... mas ok, é uma série que trata sobre um certo estilo de vida e sociedade que já acabou há muito tempo. Essas mulheres nem poderiam existir hoje em dia e a cena final maravilhosa deixa isso perfeitamente entendível. Naomi Watts e Tom Hollander estão perfeitos, mas sei lá, sinto que faltou algo. São muitas mulheres e só enxergamos elas, algumas, pouquíssimas vezes, pela ótica do Capote. Parece impossível de fato saber quem eram essas mulheres para além da pura manutenção infinita de status quo. Diane Lane rouba a cena quase sempre que pode.
Rio Babilônia
2.9 70Continua atual e relevante o épico carioca de Neville. Um filme que envelheceu muito bem, o que fala bastante sobre o nosso tempo também
Antônia: O Filme
2.7 54Antônia é um filme importante pelo que retrata e por quem o filme retrata. Gosto do tom carlosreichenbacheriano que a Tata Amaral reveste a história das meninas, mas que torna seu realismo menos embrutecido por meio de uma musicalidade contagiante. Esse olhar feminino para uma história feminina e periférica tem uma sentido positivo que afasta o filme de um docudrama (as atuações várias vezes suscitam o improviso e funcionam bem nesse esquema) na medida em que a música da o tom do filme e do caminho das personagens. Antônia é um olhar único no cinema nacional para a cena do rap paulistano por uma perspectiva feminina, mais rara ainda, assim como a formação de um girl group que só funcionou nas tela. Parecia um sonho e deve ter sido assim pra elas. O sonho é desfeito com a morte de Cindy Mendes (quem melhor cantava rap entre as quatro) antes do quarenta anos de idade. É a queda triste na realidade que não deixa de nos lembrar que Antônia era um retrato da sociedade. Duro de acreditar que pouca coisa mudou, que o sonho muitas vezes não se concretiza.
Crepúsculo de uma Paixão
3.6 2Fredrich March e Kim Novak em atuações primorosas. Uma raridade em seu tempo por questionar o status quo do macho e desconstruir a suposta invencibilidade do masculinismo.
The Crown (6ª Temporada)
4.1 71 Assista AgoraA série terminar com esse tom funesto e justamente depois do casamento de Charles e Camila foi de uma ironia realmente perspicaz...rs
Os Homens que Eu Tive
3.4 13Amoral e muito delicado. Um filme que em seu tempo conseguiu ser mais audacioso do que Bob & Carol & Ted & Alice; aliás, escrito com tanta sinceridade e otimismo por essa alteridade que o amor livre possui, que permanece inovador cinquenta anos depois. Belíssima a restauração em 4K.
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você
3.9 28 Assista AgoraPostando aqui a minha crítica do letterboxd (onde o povo tá reclamando sem parar):
Um pouco surpreso com as críticas nesta página, as pessoas parecem que não sabem de onde estão falando, nem sobre quem estão falando ou mesmo do que estão falando e isso é gravíssimo. A quantidade de depoimentos de homens que incomodou tanto é um reflexo do meio musical do tempo da Elis até os dias de hoje. O melhor exemplo são as filmagens em 16mm, Elis e a filha do Tom são quase sempre as únicas mulheres naquele ambiente cheio de homens o tempo todo. Esse era o meio artístico em que a Elis trabalhava e isso não explica a musicalidade enorme dela, mas ajuda a dar uma dimensão de como foi difícil pra ela se afirmar num meio artístico frequentemente tão prejudicial para as mulheres. Não existe a possibilidade de que esse documentário fosse construído sem contextualizações sobre aquele momento específico da música brasileira ou sobre ambos os artistas protagonistas (falecidos) já que há um valor educacional forte em um documentário como esses que não deve ser subestimado; assim como também me pareceria sem sentido e até injusto limar entrevistas com os profissionais envolvidos na gravação do álbum, afinal eles também deram sua contribuição a essa obra artística coletiva - repito, coletiva, não se trata de um trabalho individual. O último ponto que acho que muita gente aqui não levou em conta é que provavelmente as filmagens feitas em 16mm não cobrem assim tanto tempo de tela a ponto de rechear três episódios como é o caso do documentário dos Beatles Get Back. Embora elas tenham sido realizadas com maior ou menor pretensão em sua finalidade (algumas vezes sem nenhuma, totalmente fora de foco), não ficou a aparência de que exista muito mais coisa fora o que foi mostrado em tela (e chega a ser repetido em alguns momentos). A edição foi certeira em construir uma narrativa que privilegia as histórias por detrás do álbum entrelaçando-as às imagens inéditas, que por si só não se submetem totalmente ao roteiro e pulsam vida própria, exprimindo toda a tensão e o choque do encontro de Elis e Tom, a criação musical e como tudo isso resultou num afeto profundo e recíproco entre esses dois grandes artistas que fica explícito ao final. No mais, tirei uma estrela só pelo comentário do André Midani na capa da gaita sobre a morte da Elis; o tipo de aforismo que de tão presunçoso acaba sendo desnecessário.
Esculturas da Vida
3.3 17 Assista Agoracomédia das sutilezas
Um belo monstro
3.2 4Um exercício apurado em cafonice
Pearl
3.9 999Por uma novela da Globo onde Mia Goth seja a neta malvada da Maria Gladys
O Rio do Desejo
3.4 45Intenso, hipnótico, sedutor... seriam as palavras chave do Rio do Desejo.
É um filme sobre sentimentos fortes, sobre seres que ardem e clamam por afeto e proteção. E que ao serem reprimidos causam sofrimento e dor pra depois explodirem. É o anti Cidade Baixa do Sérgio Machado, verdadeiro maestro que conduz esse elenco afinadíssimo conforme a sua música, numa mise-en-scène primorosa que incorpora o cenário amazônico de maneira rara e perspicaz (observem o barulho dos animais... aliás, o sound design desse filme é soberbo, feito pra ser visto numa sala de cinema mesmo). Nenhuma imagem aqui está à deriva; é detalhe que abunda simbolismo, é construção de uma narrativa que vai terminar mal, nós já sabemos e eles sabem disso e não podem evitar. A tensão sexual sufocante que se estabelece desde o início é o prenúncio de algo que não se poderá evitar, a tragédia do final. Lindo.
Anjo Loiro
3.5 8Alfredo Sternheim entrega uma boa releitura do clássico filme alemão que projetou Marlene Dietrich ao estrelato, coadunando elementos do melodrama formal com crítica social e recorte de classe, notáveis na construção da personagem do professor - um típico brasileiro médio do milagre econômico. Mas o tom do filme é mais o de uma comédia de costumes, como o conflito do amor livre simbolizado em Laura versus o amor romântico do professor (que o roteiro despreza, mas também se interessa mais do que por Laura). Anjo Loiro é um filme que envelheceu de um jeito curioso; não necessariamente ruim, ainda que datado, com certeza. Mas seu final traz um realismo irônico bastante atual e debochado.
A Viagem de Pedro
3.2 24 Assista AgoraCaótico. Mira o drama psicológico de Spencer ou Jackie de Pablo Larraín, mas o roteiro aqui não sabe muito bem para qual direção seguir. Cauã e sua canastrice habitual dão conta do recado, mas os problemas aqui são de outra ordem que não é a interpretação dos atores. Um filme que se propõe ser uma reflexão sobre Pedro I no ano do bicentenário da independência do Brasil, mas se abstém de qualquer crítica ao lado autoritário desse governante, conivente com o projeto de nação escravagista e oligárquica, é no mínimo questionável. Não existe sequer menção ao motivo do imperador ter abdicado ao trono do Brasil. Laís ainda cede à agenda politicamente correta ao abordar o drama de pessoas escravizadas, mas sem se aprofundar verdadeiramente no assunto. No entanto, o filme também não é um retrato fiel da vida privada de Pedro, já que a autora insiste em boatos sem comprovação histórica (a agressão física à imperatriz). É um filme imaginado, como um sonho que mais se parece com um pesadelo. E assim a história do Brasil continua sendo miseravelmente mal aproveitada pela filmografia nacional.
Triângulo da Tristeza
3.6 731 Assista AgoraParece uma cópia esquisita de Titanic.
Copacabana
3.7 35Medíocre... Me pergunto como Carmen pôde colocar o próprio dinheiro numa produção desse nível, que só serviu para rebaixá-la como artista.
The Crown (5ª Temporada)
3.8 98 Assista AgoraÉ mais um preâmbulo da sexta temporada do que qualquer outra coisa... Tenta limpar a barra do Charles (o que é bem complicado), sem deixar de ser pró Diana (inevitável). No meio desse fogo cruzado, todos os outros personagens terminam naturalmente preteridos; embora o roteiro se esforce em dar sobrevida à Princesa Margaret e à própria Rainha. Resta saber qual será a direção escolhida pelos roteiristas para tratar da morte de Diana na próxima temporada, que será a primeira gravada depois da morte de Elizabeth II; mas alguns indícios nesta quinta já dão conta de que a abordagem desse assunto não irá agradar em nada a família real...
Pico da Neblina (2ª Temporada)
4.0 15 Assista AgoraA mudança de roteiristas nitidamente atrapalhou o desempenho dessa segunda temporada problemática, que começa bem mas logo despenca. Alguns personagens perderam espaço enquanto outros cresceram, o que é natural; mas sem enriquecer a trama, assim como os personagens novos, que parecem deslocados. Lá pelo meio o tom dos episódios fica meio Trapalhões e a gente se pergunta o que que tá acontecendo? Bem aquém do esperado.
Vivre Ensemble
3.9 2É um problema de gênero que esse filme não tenha sido visto, não tenha circulado mais, não tenha sido apreciado; é um preconceito de gênero que cineastas mulheres (ainda) têm que lidar. Linda estreia de Anna Karina na direção, num grande esforço certamente, também como roteirista e produtora. Anna Karina é uma atriz que desde o início se especializou em personagens tragicômicas e em Vivre Ensemble ela parece amadurecer tremendamente essas personagens numa maturidade balzaquiana e um pouco tola, ainda que humanista e sadia, obviamente atenta ao espírito do seu tempo - as cenas em Nova York... Anna soube aprender com os grandes cineastas com quem trabalhou, vários; mas ela é, antes de tudo, muito nouvelle vague e isso fica evidente em como enquadra os seus planos, na montagem, no roteiro. É um filme com personalidade, sim, a de Anna Karina. Ótima atuação de Michel Lancelot.
O Colecionador
4.1 113Incel
Eu Te Verei no Inferno, Querida
3.0 1Cafonice intrínseca
Obsessão Fatal
3.3 57Nem parece que fazem trinta anos que lançaram esse inusitado thriller erótico que se distingue pela crítica social ao abuso policial, por meio do repulsivo personagem interpretado pelo ótimo Ray Liotta.
Vivendo na Corda Bamba
3.9 10Como envelheceu bem esse filme!
Diários de Andy Warhol
4.0 19Masterclass
Inventando Anna
3.4 173 Assista AgoraFree Anna Delvey