Realmente, o texto é belíssimo e brinca desde o ínicio com o tema "tempo" com uma narrativa envolvente e diálogos poéticos. A luta contra o tempo, a escolha de não se perder no tempo e não perder a oportunidade que o tempo oferece. A corrida através do tempo; a busca, a motivação, a espera, a perda e a recompensa dada pelo tempo. E pra finalizar, Chico Buarque com "Porque Era Ela, Porque Era Eu"... direto pra lista de favoritos!!!
Um bom filme, bela fotografia, efeitos interressantes e um roteiro original. Acho que o filme só peca em alguns diálogos e algumas atuações que soaram teatrais demais.
Senti falta de uma profundidade maior na história da família, em mostrar os motivos que fizeram com que eles chegassem desunidos naquele momento, mas é um belo filme. Narra uma realidade inevitável das relações humanas familiares, dessas que muitas das vezes não há muito mais que elos de sangue e convivência, e que pela falta de afinidades geram decepções incuráveis ao longo do tempo. O tempo também é crucial na trama, reforçando a todo momento que algo tem que ser feito antes que nunca exista outra oportunidade de reconciliação. Alguns momentos cômicos, a trilha sonora que muitas vezes me lembrou a do "Brilho Eterno" e a bela atuação dos protagonistas criam uma atmosfera agradável de se ver, mesmo que na maior parte do tempo as questões abordadas sejam irremediáveis e angustiantes.
Apesar da fotografia e de uma boa introdução com a guerra como pano de fundo, o roteiro fica devendo e se torna óbvio demais. Ainda assim, vale pela maneira inusitada que o triângulo amoroso é contado,
da acrobata dividida entre a paixão violenta pelo palhaço feliz (a principal atração do circo), de quem ela obtêm o prazer sexual e se submete aos maus-tratos, e a segurança e sentimento benevolente do palhaço triste (inclusive não muito diferente do que tenho visto acontecer). hahha
A história em alguns momento chega a ser nonsense demais, mas pessoalmente me agradou mais do que esses filmes recheados de sentimentalismo e clichês sobre relacionamentos.
O universo psicológico nos filmes do Kaufman são sempre supreendentes. Com esse ele consegue mais uma vez ir a fundo na construção da estrutura singular do protagonista - de seus sentimentos, desejos, medos e inseguranças, e todo o processo doloroso de escolhas - conflitando diretamente com a diversidade e singularidade de outras pessoas. Essas complexas relações de interatividade e representação, criam um labirinto de profundos questionamentos, entre a lucidez e a loucura, verdade e ilusão, real e imaginário... contando também com a grande atuação de Philip Seymour Hoffman e a proeza de outros detalhes, fazem esse filme ainda mais sensacional.
O filme é excepcional. A cronologia e os diálogos inteligentes criam uma atmosfera comovente de metáforas e paradoxos sobre a dificuldade de adaptação do ser humano ao longo da vida e dos tempos. Confesso que por conta dessa atmosfera fiquei um pouco desapontado com o final, mas da mesma maneira o desfecho me supreendeu e superou todas as expectativas. Kaufman é realmente genial...
Apesar de algumas boas cenas, o enredo não envolve. Chega a uma certo momento que a ideia se perde e o filme começa a dar algumas voltas, sem conseguir adquirir a profundidade na metáfora igualmente em "21 gramas" e "A Insustentável Leveza do Ser", que seguem a mesma proposta de reflexão sobre o peso do fardo que são as emoções humanas. O filme é agradável de assistir, mas fica devendo pela pretensão do que ele quer atingir.
A Máquina
4.0 234Realmente, o texto é belíssimo e brinca desde o ínicio com o tema "tempo" com uma narrativa envolvente e diálogos poéticos. A luta contra o tempo, a escolha de não se perder no tempo e não perder a oportunidade que o tempo oferece. A corrida através do tempo; a busca, a motivação, a espera, a perda e a recompensa dada pelo tempo. E pra finalizar, Chico Buarque com "Porque Era Ela, Porque Era Eu"... direto pra lista de favoritos!!!
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraUm bom filme, bela fotografia, efeitos interressantes e um roteiro original. Acho que o filme só peca em alguns diálogos e algumas atuações que soaram teatrais demais.
A Família Savage
3.6 117Senti falta de uma profundidade maior na história da família, em mostrar os motivos que fizeram com que eles chegassem desunidos naquele momento, mas é um belo filme. Narra uma realidade inevitável das relações humanas familiares, dessas que muitas das vezes não há muito mais que elos de sangue e convivência, e que pela falta de afinidades geram decepções incuráveis ao longo do tempo. O tempo também é crucial na trama, reforçando a todo momento que algo tem que ser feito antes que nunca exista outra oportunidade de reconciliação. Alguns momentos cômicos, a trilha sonora que muitas vezes me lembrou a do "Brilho Eterno" e a bela atuação dos protagonistas criam uma atmosfera agradável de se ver, mesmo que na maior parte do tempo as questões abordadas sejam irremediáveis e angustiantes.
Balada do Amor e do Ódio
3.7 302Apesar da fotografia e de uma boa introdução com a guerra como pano de fundo, o roteiro fica devendo e se torna óbvio demais. Ainda assim, vale pela maneira inusitada que o triângulo amoroso é contado,
da acrobata dividida entre a paixão violenta pelo palhaço feliz (a principal atração do circo), de quem ela obtêm o prazer sexual e se submete aos maus-tratos, e a segurança e sentimento benevolente do palhaço triste (inclusive não muito diferente do que tenho visto acontecer). hahha
Sinédoque, Nova York
4.0 477O universo psicológico nos filmes do Kaufman são sempre supreendentes. Com esse ele consegue mais uma vez ir a fundo na construção da estrutura singular do protagonista - de seus sentimentos, desejos, medos e inseguranças, e todo o processo doloroso de escolhas - conflitando diretamente com a diversidade e singularidade de outras pessoas. Essas complexas relações de interatividade e representação, criam um labirinto de profundos questionamentos, entre a lucidez e a loucura, verdade e ilusão, real e imaginário... contando também com a grande atuação de Philip Seymour Hoffman e a proeza de outros detalhes, fazem esse filme ainda mais sensacional.
Adaptação.
3.9 707 Assista AgoraO filme é excepcional. A cronologia e os diálogos inteligentes criam uma atmosfera comovente de metáforas e paradoxos sobre a dificuldade de adaptação do ser humano ao longo da vida e dos tempos. Confesso que por conta dessa atmosfera fiquei um pouco desapontado com o final, mas da mesma maneira o desfecho me supreendeu e superou todas as expectativas. Kaufman é realmente genial...
Almas à Venda
3.4 240Apesar de algumas boas cenas, o enredo não envolve. Chega a uma certo momento que a ideia se perde e o filme começa a dar algumas voltas, sem conseguir adquirir a profundidade na metáfora igualmente em "21 gramas" e "A Insustentável Leveza do Ser", que seguem a mesma proposta de reflexão sobre o peso do fardo que são as emoções humanas. O filme é agradável de assistir, mas fica devendo pela pretensão do que ele quer atingir.