Assisti há alguns meses e nem ia comentar,mas li muitos comentários negativos,então vou deixar minha análise positiva.Este filme só confirma minha atração por produções monótonas,talvez seja devido à intimidade pela qual somos apresentados aos personagens,pelo timing das falas (ou pelos dois atributos),a fotografia em particular,possui uma bela estética solar tanto na beira do lago quanto no bosque,o fato de estar localizado inteiramente naquele ambiente e não apresentar outra perspectiva dos protagonistas (como trabalho,estudo e relacionamento com familiares) torna mais interessante porque sempre o coloca como matriz de todos os eventos,o personagem coadjuvante que serve como um paralelo da relação de amor tem uma abordagem bem explorada e é responsável pelos melhores momentos dos diálogos,o caso criminal torna explícita a relação abusiva entre Franck e Michel.Por possuir muitos simbolismos não identificados na primeira experiência,pretendo assisti-lo novamente.
Em meio à pandemia do COVID-19,é impossível deixar esse filme passar despercebido,mesmo que outros tenham a mesma premissa,possivelmente nenhum deles seja tão semelhante à situação disseminada pelo coronavírus quanto essa (o grande elenco e o renomado diretor,também influenciam o retorno às paradas),possui muita destreza ao relacionar população,médicos,cientistas e imprensa,na ação e reação imediatas ao vírus mortal,mostrando pequenos detalhes,como quando uma pessoa infectada toca superfícies sólidas dentro do ônibus,sugerindo que mais pessoas foram contaminadas por esse gesto,minhas críticas negativas vão para algumas continuidades ingratas,que deixam muitas perguntas em aberto,e também para o segundo ato,que não empolga o suficiente.Muitos fatos mostrados coincidem com a realidade atual do mundo e isso chocou,o filme acabou,mas na "vida real" ainda estamos lutando contra a doença,é como se eu ainda estivesse vivenciando os fatos do filme.
Nota: Quando assisti,o Brasil estava no começo do contágio,durante a segunda semana de reclusão domiciliar.
Devido às cenas monótonas do primeiro ato,muitas pessoas podem esperar pouco,mas quando os diálogos dos nativos assumem consistência,mostra-nos uma produção rica em diversas críticas sociais apoiadas na desconstrução de várias interpretações errôneas,os diálogos em inglês quando entra em contato com os diálogos em português,a ignorância de forasteiros/vilões é ainda mais perceptível (por exemplo,na cena em que um deles se refere à língua falada no Brasil como brasileira),os últimos 20 minutos são de tirar o fôlego e atestam tudo o que foi dito e visto anteriormente,por isso a direção de Dornelles e Mendonça Filho foi tão fundamental,apenas os efeitos sonoros e algumas cenas desnecessariamente longas que me incomodaram,é um filme com múltiplas interpretações,mas sempre com a política como foco principal.
Há muito tempo não me entretia tanto com um filme a ponto de não perceber a passagem do tempo,o mistério em torno da casa de dança e a fotografia só me hipnotizaram,acompanhando a protagonista e sua amiga recente que tenta revelar o possível segredo acrescenta muita imprevisibilidade,tudo foi muito criativo até a revelação,eu esperava algo mais complexo,outro fato de que não gostei é do timing da trilha sonora,que às vezes é executada em momentos inadequados.
Quando li o título,já me atraiu na primeira oportunidade,porque pensei que era um drama no qual as relações interpessoais estão sempre sendo debatidas,os primeiros 30 minutos não são muito engenhosos,mas quando as intenções se tornam mais explícitas,melhora,o roteiro é ótimo e faz algumas frases marcantes baseadas em tensão política,o drama se destaca no final e pra mim,é o principal responsável por seu reconhecimento,o que é mostrado pode ser esclarecido como um ensino da vida,após o desfecho.
Eu esperava uma qualidade melhor no enredo,muitas cenas poderiam ter uma extensão mais curta,principalmente no exaustivo segundo ato,porém,os diálogos que expressam o lado mais humano dos personagens (típico do diretor),permitindo uma aproximação com aqueles que assistem,são perfeitos,mesmo com poucos diálogos duradouros (quase 10 minutos seguidos sem uma palavra dita no início),e a cinematografia com um vermelho quente sempre destacada suavizam os fatores que eu não gostei,cena final com um pensamento sobre protagonista me fez dar mais 0,5 estrela.
Tive minha primeira experiência com os trabalhos de Almodóvar graças a "Volver",fiquei impressionado com o timing em sua direção,o que de certa forma agrega proximidade com os personagens e a estória,nos dois filmes,as cenas são impostas por mulheres fortes,responsáveis por 90% do período da exibição,além dessas comparações,em "Julieta",a personagem-título aborda profundamente um retorno ao passado através da memória que ela tem da filha,esse relacionamento misterioso me deixou curioso sobre o clímax e eu realmente gostei de como foi realizado,apenas o roteiro que deixa algo a desejar.
Certamente,seu sucesso se deve ao roteiro que opõe os homens atraídos pela personalidade ou pela beleza de uma mulher com um caso de assassinato,todos envolvidos em um jogo em que ninguém se alia a ninguém,e até o inspetor fica fascinado e tem atração instantânea por uma pessoa que ele nunca viu,é muito bem encenada e a melhor característica: esconde todos os detalhes da possível morte,mas o desenvolvimento não me agradou completamente,além de um personagem específico não ter sido explorado adequadamente,classificaria com 3,5 estrelas,mas eu não esperava a grandiosidade da conclusão (uma das melhores da década).
À primeira vista,quando vi o pôster há alguns meses,o filme não me interessou,não estava na minha lista de quero ver ou coisa parecida,mas surgiu a oportunidade e decidi assisti-lo,no take inicial as metáforas já eram visíveis,que só aumentou com o curso da exposição por meio de diálogos filosóficos,no entanto,a maioria não tem conexão entre si,às vezes as falas de um personagem são aleatórias e não correspondem às do outro personagem,se tivesse menos tempo a duração provavelmente não me incomodaria,com quase duas horas se tornando exaustivo,os pontos positivos ficam por conta do simbolismo realizado sobre o mercado econômico/monetário,por algumas cenas do terceiro ato e pela performance de Pattison.
A ironia fica no fato de Eric estar disposto a passar por todas as situações apenas para cortar o cabelo,que já estava muito bem alinhado e cortado,algo que talvez seja mais um simbolismo.
O primeiro ato me lembrou muito "Operação França",não apenas pela presença de Roy Scheider em mais um filme policial dos anos 70,mas também pelo desenvolvimento que contém poucas falas e muitas atitudes cautelosas,por isso não foi difícil para me envolver pela trama,é agradável acompanhar o protagonista que sai de sua zona de conforto e enfrenta inimigos com esperteza,ainda mais quando ele usou suas habilidades de corredor de maratona (isso foi pura adrenalina),Laurence Olivier é convincente como um vilão cruel e algumas reviravoltas na trama ajudam a demonstrar a seriedade da organização criminosa.
Em cada filme, a franquia melhora (só decai com "O Reino da Caveira de Cristal"),o flashback no início já sugere que a ação é mais explorada e produz cenas úteis,gostei quando apresentou os nazistas como vilões,por não serem antagonistas apenas na ficção,adquire uma característica verdadeira,outro ponto positivo é o roteiro constante nos momentos cômicos,nas cenas em que o objetivo é destacado e também nos confrontos entre o bem e o mal,a direção detalhada de Spielberg é maravilhosa.
Paciência é o que você precisa ter para assistir a segunda parceria entre Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling.Em várias oportunidades,parecia compilação de episódios de uma série de TV,é muito desconectado e não parece ter um objetivo consistente,mesmo com 90 minutos de duração se torna cansativo,os simbolismos usados pelo diretor em "Demônio de Neon" e "Drive",aqui não se envolvem,2,5 estrelas exclusivamente para a direção de fotografia,para a trilha sonora e para algumas cenas em que o silêncio absoluto foi provocador e perturbador.
A introdução me enganou muito bem,o discurso na igreja seguido de uma bela imagem dos corredores na praia sob um maravilhoso (e famoso,eu conhecia antes de ver o filme de sua origem) instrumental ao fundo,raras cenas me empolgaram,e os outras confusas que só valem a pena para a cinematografia,não me importo com filmes longos,mas nesse caso foi uma das principais razões do meu desconto,outro ponto negativo é o roteiro que comprometeu meu entendimento,afinal,a construção de um filme vai muito além de qualquer sinopse.Além da trilha sonora e da direção de arte,o espírito esportivo demonstrado também é responsável pelas 3,5 estrelas.
Certamente,a maioria das pessoas assistiu à presença de Donna Summer e também por ter ganho o Oscar de Melhor Canção Original,mas independentemente dessas duas atrações,o que realmente chamou minha atenção foi a atmosfera da música disco,é impossível não me conquistar,aquela trilha sonora,as luzes psicodélicas sob a pista de dança e as roupas são uma combinação de tudo o que eu mais amo nos anos 70.Algumas estórias paralelas são fracas,muitos personagens não me causaram simpatia (Marv e Nicole são os melhores) e o roteiro não é muito atraente,por outro lado,vemos representação em grupos étnicos e orientações sexuais,se não usasse uma discoteca em 90% da exibição,provavelmente avaliaria com menos estrelas.
Isso não é só um filme,é um espetáculo,confesso que esperava mais números musicais com Sally como dançarina/cantora,mas as alternâncias entre crítica social e as músicas coreografadas no Kit Kat Klub conseguem suprir isso,plano de fundo usando a Alemanha nazista em ascensão acrescenta mais credibilidade às diversas abordagens controversas.Tenho certeza de que os mais variados elogios já foram dados a Liza Minelli,mas não posso deixar de dar crédito a sua atuação devido à espontaneidade exibida na adorável protagonista,eu amo suas risadas,sobre personagens os coadjuvantes,cada um tem seu respectivo dilema e o faz com maestria,a direção de Bob Fosse tem detalhes que tornam tudo mais emblemático (como a cena final).Não à toa é um clássico tanto no cinema (ganhou 8 Oscars) quanto no teatro (venceu 8 Tonys).
Depois de algumas horas,ainda estou surpreso com vários pontos técnicos que não saem da minha cabeça,dentre todos,é inevitável não começar pelo recurso de plano-sequência,nunca tinha visto ser executado de maneira tão íntima,me senti próximo aos protagonistas que passam por armadilhas,trincheiras e casas destruídas,cada ângulo com uma câmera bem posicionada cria momentos indescritíveis,a intensidade dos diálogos em uma simples conversa entre amigos ou em apelo dramático é outro tópico positivo,a direção de fotografia valorizando lugares diferentes durante dois períodos do dia são excelentes,especialmente quando acompanhados pela trilha sonora de Thomas Newman,é um filme muito metódico visual e tecnicamente,que qualquer defeito possível se torna irrelevante.Quanto ao Oscar,acredito (e espero) que seja "Dunkirk" deste ano, arrebatando categorias técnicas,em relação ao Melhor Filme,é o meu favorito junto com "Era uma Vez...em Hollywood".
Naquela abertura imponente,eu já estava esperando uma grande obra,tanto em termos técnicos quanto na performance do elenco,e o melhor é que não estava enganado,a abordagem glamourizada das rivalidades das gangues através de coreografias e músicas ricas,seja em entretenimento ou em críticas sociais,são incríveis (fiquei arrepiado durante a exibição de "America"),cada personagem tem sua importância no devido tempo,mesmo no menor período possível,e isso é brilhantemente dirigido,sobre o casal principal,os dois causam compaixão,mas eu destaco Maria interpretada por Natalie Wood,em todas as cenas é difícil não se encantar com ela,seus olhares dedicados sob Tony,sua voz doce e seu inegável amor alcançam o pico na cena final que comove facilmente,enfim,é um filme único que,por mim,não deveria ter uma nova versão.
Este é um exemplo claro de desenvolvimento mal-desenvolvido,as cenas na casa da avó de Nick são melhores que o relacionamento do casal,a personagem e o jardim de sua casa transmitem uma sensação de harmonia em breves momentos e falas,enquanto o casal principal não parecia consistente em suas atitudes,eles me cativaram em raras ocasiões.Além da aparição de Cathleen Nesbitt,recebe 3,5 estrelas por cenas no transatlântico que têm muitas juras de um amor temeroso e uma comunicação interessante entre Grant e Kerr.
Vou começar declarando meu fascínio pela cinematografia,é tão absoluta que se torna impossível não observar seu capricho em um cenário distópico,por causa desse recurso,é capaz de identificar um contraste exótico com o ambiente de guerra,o roteiro é outro aspecto magnetizador,me senti parte do filme quando ocorre a conversa entre os intermediários da missão e o protagonista,durante a odisseia para chegar ao destino final apresenta um conteúdo soberano em relação à rotina dos soldados,a impetuosidade em suas personalidades é algo distinto,atenção prestada ao coronel Kurtz é tão elaborado que ele parece ter mais tempo em cena por causa de sua importância.O desfecho é inesquecível,aliado a todos os aspectos mencionados aqui,ainda tem a presença de uma trilha sonora incrível como pano de fundo em um ato icônico,digno de todo elogio.
Visualmente falando,eu diria que é o filme mais rico em detalhes dentre os dirigidos por Tarantino,é incrível os menores caprichos que podem ser vistos dos outdoors de neon a figurinos hippies,os personagens imediatamente me conquistaram com suas peculiaridades e espontaneidade,a fotografia vintage e solar é divina,a trilha sonora não é uma das melhores do diretor,mas é satisfatória o suficiente,algumas falas tornam uma cena específica mais especial do que já é,a odisseia nos bastidores de Hollywood de Booth e Dalton é tão abrangente que poderia durar ainda mais,o desfecho é maravilhoso ao som de um instrumental aconchegante,aliado por um sentimento de empatia pela situação,a releitura alternativa sobre o assassinato de Sharon Tate é muito inteligente.Até agora,é o meu filme favorito deste ano e para ser franco,é muito difícil ser superado.
Ainda sem entender porquê mataram o melhor personagem logo na introdução (que dura mais que o necessário,com vários exageros),a duração é uma das principais razões para a classificação baixa,torna-se desinteressante no meio de várias inconsistências e citações desnecessárias da cultura pop.Apesar de ter um elenco familiar,o filme não é suficiente para agregar competência,por algumas cenas específicas,pelo vilão e graças ao enredo chamativo,dou 2.0 estrelas.
Eu AMO acompanhar os assassinatos sendo desvendados,seja na literatura ou no cinema,por isso,me agradar não foi uma missão complicada,usar o Mediterrâneo europeu como pano de fundo se torna uma experiência ainda melhor,Sandler e Aniston,que geralmente atuam em comédias genéricas,estão muito bem como casal,sem piadas forçadas e apelos sexuais,seus alívios cômicos são perspicazes,as referências aos romances de Agatha Christie são outro bom retoque,o iate se assemelha à limitação imposta aos passageiros do Expresso do Oriente,mas o filme não é todo definido no transporte,ajudou a expandir na proporção da investigação,não posso afirmar que a continuação do iate seria melhor ou pior,mas não foi nada mau.A ótima alusão na cena final talvez sugira uma sequência.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraAssisti há alguns meses e nem ia comentar,mas li muitos comentários negativos,então vou deixar minha análise positiva.Este filme só confirma minha atração por produções monótonas,talvez seja devido à intimidade pela qual somos apresentados aos personagens,pelo timing das falas (ou pelos dois atributos),a fotografia em particular,possui uma bela estética solar tanto na beira do lago quanto no bosque,o fato de estar localizado inteiramente naquele ambiente e não apresentar outra perspectiva dos protagonistas (como trabalho,estudo e relacionamento com familiares) torna mais interessante porque sempre o coloca como matriz de todos os eventos,o personagem coadjuvante que serve como um paralelo da relação de amor tem uma abordagem bem explorada e é responsável pelos melhores momentos dos diálogos,o caso criminal torna explícita a relação abusiva entre Franck e Michel.Por possuir muitos simbolismos não identificados na primeira experiência,pretendo assisti-lo novamente.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraEm meio à pandemia do COVID-19,é impossível deixar esse filme passar despercebido,mesmo que outros tenham a mesma premissa,possivelmente nenhum deles seja tão semelhante à situação disseminada pelo coronavírus quanto essa (o grande elenco e o renomado diretor,também influenciam o retorno às paradas),possui muita destreza ao relacionar população,médicos,cientistas e imprensa,na ação e reação imediatas ao vírus mortal,mostrando pequenos detalhes,como quando uma pessoa infectada toca superfícies sólidas dentro do ônibus,sugerindo que mais pessoas foram contaminadas por esse gesto,minhas críticas negativas vão para algumas continuidades ingratas,que deixam muitas perguntas em aberto,e também para o segundo ato,que não empolga o suficiente.Muitos fatos mostrados coincidem com a realidade atual do mundo e isso chocou,o filme acabou,mas na "vida real" ainda estamos lutando contra a doença,é como se eu ainda estivesse vivenciando os fatos do filme.
Nota: Quando assisti,o Brasil estava no começo do contágio,durante a segunda semana de reclusão domiciliar.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraDevido às cenas monótonas do primeiro ato,muitas pessoas podem esperar pouco,mas quando os diálogos dos nativos assumem consistência,mostra-nos uma produção rica em diversas críticas sociais apoiadas na desconstrução de várias interpretações errôneas,os diálogos em inglês quando entra em contato com os diálogos em português,a ignorância de forasteiros/vilões é ainda mais perceptível (por exemplo,na cena em que um deles se refere à língua falada no Brasil como brasileira),os últimos 20 minutos são de tirar o fôlego e atestam tudo o que foi dito e visto anteriormente,por isso a direção de Dornelles e Mendonça Filho foi tão fundamental,apenas os efeitos sonoros e algumas cenas desnecessariamente longas que me incomodaram,é um filme com múltiplas interpretações,mas sempre com a política como foco principal.
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraHá muito tempo não me entretia tanto com um filme a ponto de não perceber a passagem do tempo,o mistério em torno da casa de dança e a fotografia só me hipnotizaram,acompanhando a protagonista e sua amiga recente que tenta revelar o possível segredo acrescenta muita imprevisibilidade,tudo foi muito criativo até a revelação,eu esperava algo mais complexo,outro fato de que não gostei é do timing da trilha sonora,que às vezes é executada em momentos inadequados.
A Vida dos Outros
4.3 645Quando li o título,já me atraiu na primeira oportunidade,porque pensei que era um drama no qual as relações interpessoais estão sempre sendo debatidas,os primeiros 30 minutos não são muito engenhosos,mas quando as intenções se tornam mais explícitas,melhora,o roteiro é ótimo e faz algumas frases marcantes baseadas em tensão política,o drama se destaca no final e pra mim,é o principal responsável por seu reconhecimento,o que é mostrado pode ser esclarecido como um ensino da vida,após o desfecho.
Gritos e Sussurros
4.3 472Eu esperava uma qualidade melhor no enredo,muitas cenas poderiam ter uma extensão mais curta,principalmente no exaustivo segundo ato,porém,os diálogos que expressam o lado mais humano dos personagens (típico do diretor),permitindo uma aproximação com aqueles que assistem,são perfeitos,mesmo com poucos diálogos duradouros (quase 10 minutos seguidos sem uma palavra dita no início),e a cinematografia com um vermelho quente sempre destacada suavizam os fatores que eu não gostei,cena final com um pensamento sobre protagonista me fez dar mais 0,5 estrela.
Julieta
3.8 529 Assista AgoraTive minha primeira experiência com os trabalhos de Almodóvar graças a "Volver",fiquei impressionado com o timing em sua direção,o que de certa forma agrega proximidade com os personagens e a estória,nos dois filmes,as cenas são impostas por mulheres fortes,responsáveis por 90% do período da exibição,além dessas comparações,em "Julieta",a personagem-título aborda profundamente um retorno ao passado através da memória que ela tem da filha,esse relacionamento misterioso me deixou curioso sobre o clímax e eu realmente gostei de como foi realizado,apenas o roteiro que deixa algo a desejar.
Laura
4.1 132 Assista AgoraCertamente,seu sucesso se deve ao roteiro que opõe os homens atraídos pela personalidade ou pela beleza de uma mulher com um caso de assassinato,todos envolvidos em um jogo em que ninguém se alia a ninguém,e até o inspetor fica fascinado e tem atração instantânea por uma pessoa que ele nunca viu,é muito bem encenada e a melhor característica: esconde todos os detalhes da possível morte,mas o desenvolvimento não me agradou completamente,além de um personagem específico não ter sido explorado adequadamente,classificaria com 3,5 estrelas,mas eu não esperava a grandiosidade da conclusão (uma das melhores da década).
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraÀ primeira vista,quando vi o pôster há alguns meses,o filme não me interessou,não estava na minha lista de quero ver ou coisa parecida,mas surgiu a oportunidade e decidi assisti-lo,no take inicial as metáforas já eram visíveis,que só aumentou com o curso da exposição por meio de diálogos filosóficos,no entanto,a maioria não tem conexão entre si,às vezes as falas de um personagem são aleatórias e não correspondem às do outro personagem,se tivesse menos tempo a duração provavelmente não me incomodaria,com quase duas horas se tornando exaustivo,os pontos positivos ficam por conta do simbolismo realizado sobre o mercado econômico/monetário,por algumas cenas do terceiro ato e pela performance de Pattison.
A ironia fica no fato de Eric estar disposto a passar por todas as situações apenas para cortar o cabelo,que já estava muito bem alinhado e cortado,algo que talvez seja mais um simbolismo.
Maratona da Morte
3.8 107 Assista AgoraO primeiro ato me lembrou muito "Operação França",não apenas pela presença de Roy Scheider em mais um filme policial dos anos 70,mas também pelo desenvolvimento que contém poucas falas e muitas atitudes cautelosas,por isso não foi difícil para me envolver pela trama,é agradável acompanhar o protagonista que sai de sua zona de conforto e enfrenta inimigos com esperteza,ainda mais quando ele usou suas habilidades de corredor de maratona (isso foi pura adrenalina),Laurence Olivier é convincente como um vilão cruel e algumas reviravoltas na trama ajudam a demonstrar a seriedade da organização criminosa.
Indiana Jones e a Última Cruzada
4.0 486 Assista AgoraEm cada filme, a franquia melhora (só decai com "O Reino da Caveira de Cristal"),o flashback no início já sugere que a ação é mais explorada e produz cenas úteis,gostei quando apresentou os nazistas como vilões,por não serem antagonistas apenas na ficção,adquire uma característica verdadeira,outro ponto positivo é o roteiro constante nos momentos cômicos,nas cenas em que o objetivo é destacado e também nos confrontos entre o bem e o mal,a direção detalhada de Spielberg é maravilhosa.
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraPaciência é o que você precisa ter para assistir a segunda parceria entre Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling.Em várias oportunidades,parecia compilação de episódios de uma série de TV,é muito desconectado e não parece ter um objetivo consistente,mesmo com 90 minutos de duração se torna cansativo,os simbolismos usados pelo diretor em "Demônio de Neon" e "Drive",aqui não se envolvem,2,5 estrelas exclusivamente para a direção de fotografia,para a trilha sonora e para algumas cenas em que o silêncio absoluto foi provocador e perturbador.
Carruagens de Fogo
3.5 160A introdução me enganou muito bem,o discurso na igreja seguido de uma bela imagem dos corredores na praia sob um maravilhoso (e famoso,eu conhecia antes de ver o filme de sua origem) instrumental ao fundo,raras cenas me empolgaram,e os outras confusas que só valem a pena para a cinematografia,não me importo com filmes longos,mas nesse caso foi uma das principais razões do meu desconto,outro ponto negativo é o roteiro que comprometeu meu entendimento,afinal,a construção de um filme vai muito além de qualquer sinopse.Além da trilha sonora e da direção de arte,o espírito esportivo demonstrado também é responsável pelas 3,5 estrelas.
Até que Enfim é Sexta-Feira
3.3 21 Assista AgoraCertamente,a maioria das pessoas assistiu à presença de Donna Summer e também por ter ganho o Oscar de Melhor Canção Original,mas independentemente dessas duas atrações,o que realmente chamou minha atenção foi a atmosfera da música disco,é impossível não me conquistar,aquela trilha sonora,as luzes psicodélicas sob a pista de dança e as roupas são uma combinação de tudo o que eu mais amo nos anos 70.Algumas estórias paralelas são fracas,muitos personagens não me causaram simpatia (Marv e Nicole são os melhores) e o roteiro não é muito atraente,por outro lado,vemos representação em grupos étnicos e orientações sexuais,se não usasse uma discoteca em 90% da exibição,provavelmente avaliaria com menos estrelas.
Cabaret
4.2 253Isso não é só um filme,é um espetáculo,confesso que esperava mais números musicais com Sally como dançarina/cantora,mas as alternâncias entre crítica social e as músicas coreografadas no Kit Kat Klub conseguem suprir isso,plano de fundo usando a Alemanha
nazista em ascensão acrescenta mais credibilidade às diversas abordagens controversas.Tenho certeza de que os mais variados elogios já foram dados a Liza Minelli,mas não posso deixar de dar crédito a sua atuação devido à espontaneidade exibida na adorável protagonista,eu amo suas risadas,sobre personagens os coadjuvantes,cada um tem seu respectivo dilema e o faz com maestria,a direção de Bob Fosse tem detalhes que tornam tudo mais emblemático (como a cena final).Não à toa é um clássico tanto no cinema (ganhou 8 Oscars) quanto no teatro (venceu 8 Tonys).
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista AgoraElenco maravilhoso (só Timothée Chalamet que destoa),o Oscar que aguarde,vai ficar pau a pau com A Mulher na Janela.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraDepois de algumas horas,ainda estou surpreso com vários pontos técnicos que não saem da minha cabeça,dentre todos,é inevitável não começar pelo recurso de plano-sequência,nunca tinha visto ser executado de maneira tão íntima,me senti próximo aos protagonistas que passam por armadilhas,trincheiras e casas destruídas,cada ângulo com uma câmera bem posicionada cria momentos indescritíveis,a intensidade dos diálogos em uma simples conversa entre amigos ou em apelo dramático é outro tópico positivo,a direção de fotografia valorizando lugares diferentes durante dois períodos do dia são excelentes,especialmente quando acompanhados pela trilha sonora de Thomas Newman,é um filme muito metódico visual e tecnicamente,que qualquer defeito possível se torna irrelevante.Quanto ao Oscar,acredito (e espero) que seja "Dunkirk" deste ano, arrebatando categorias técnicas,em relação ao Melhor Filme,é o meu favorito junto com "Era uma Vez...em Hollywood".
Amor, Sublime Amor
3.8 372 Assista AgoraNaquela abertura imponente,eu já estava esperando uma grande obra,tanto em termos técnicos quanto na performance do elenco,e o melhor é que não estava enganado,a abordagem glamourizada das rivalidades das gangues através de coreografias e músicas ricas,seja em entretenimento ou em críticas sociais,são incríveis (fiquei arrepiado durante a exibição de "America"),cada personagem tem sua importância no devido tempo,mesmo no menor período possível,e isso é brilhantemente dirigido,sobre o casal principal,os dois causam compaixão,mas eu destaco Maria interpretada por Natalie Wood,em todas as cenas é difícil não se encantar com ela,seus olhares dedicados sob Tony,sua voz doce e seu inegável amor alcançam o pico na cena final que comove facilmente,enfim,é um filme único que,por mim,não deveria ter uma nova versão.
Tarde Demais para Esquecer
4.1 152 Assista AgoraEste é um exemplo claro de desenvolvimento mal-desenvolvido,as cenas na casa da avó de Nick são melhores que o relacionamento do casal,a personagem e o jardim de sua casa transmitem uma sensação de harmonia em breves momentos e falas,enquanto o casal principal não parecia consistente em suas atitudes,eles me cativaram em raras ocasiões.Além da aparição de Cathleen Nesbitt,recebe 3,5 estrelas por cenas no transatlântico que têm muitas juras de um amor temeroso e uma comunicação interessante entre Grant e Kerr.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraVou começar declarando meu fascínio pela cinematografia,é tão absoluta que se torna impossível não observar seu capricho em um cenário distópico,por causa desse recurso,é capaz de identificar um contraste exótico com o ambiente de guerra,o roteiro é outro
aspecto magnetizador,me senti parte do filme quando ocorre a conversa entre os intermediários da missão e o protagonista,durante a odisseia para chegar ao destino final apresenta um conteúdo soberano em relação à rotina dos soldados,a impetuosidade em suas personalidades é algo distinto,atenção prestada ao coronel Kurtz é tão elaborado que ele parece ter mais tempo em cena por causa de sua importância.O desfecho é inesquecível,aliado a todos os aspectos mencionados aqui,ainda tem a presença de uma trilha sonora incrível como pano de fundo em um ato icônico,digno de todo elogio.
O personagem principal com a cabeça submersa naquele final sombrio,trasmite algo indescritível
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraA cena do filho lendo a descrição feita pela Nicole sobre o marido,é uma das melhores cenas do cinema desse ano.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraVisualmente falando,eu diria que é o filme mais rico em detalhes dentre os dirigidos por Tarantino,é incrível os menores caprichos que podem ser vistos dos outdoors de neon a figurinos hippies,os personagens imediatamente me conquistaram com suas peculiaridades e espontaneidade,a fotografia vintage e solar é divina,a trilha sonora não é uma das melhores do diretor,mas é satisfatória o suficiente,algumas falas tornam uma cena específica mais especial do que já é,a odisseia nos bastidores de Hollywood de Booth e Dalton é tão abrangente que poderia durar ainda mais,o desfecho é maravilhoso ao som de um instrumental aconchegante,aliado por um sentimento de empatia pela situação,a releitura alternativa sobre o assassinato de Sharon Tate é muito inteligente.Até agora,é o meu filme favorito deste ano e para ser franco,é muito difícil ser superado.
Esquadrão 6
3.0 431 Assista AgoraAinda sem entender porquê mataram o melhor personagem logo na introdução (que dura mais que o necessário,com vários exageros),a duração é uma das principais razões para a classificação baixa,torna-se desinteressante no meio de várias inconsistências e citações desnecessárias da cultura pop.Apesar de ter um elenco familiar,o filme não é suficiente para agregar competência,por algumas cenas específicas,pelo vilão e graças ao enredo chamativo,dou 2.0 estrelas.
Mistério no Mediterrâneo
3.0 619 Assista AgoraEu AMO acompanhar os assassinatos sendo desvendados,seja na literatura ou no cinema,por isso,me agradar não foi uma missão complicada,usar o Mediterrâneo europeu como pano de fundo se torna uma experiência ainda melhor,Sandler e Aniston,que geralmente atuam em comédias genéricas,estão muito bem como casal,sem piadas forçadas e apelos sexuais,seus alívios cômicos são perspicazes,as referências aos romances de Agatha Christie são outro bom retoque,o iate se assemelha à limitação imposta aos passageiros do Expresso do Oriente,mas o filme não é todo definido no transporte,ajudou a expandir na proporção da investigação,não posso afirmar que a continuação do iate seria melhor ou pior,mas não foi nada mau.A ótima alusão na cena final talvez sugira uma sequência.