O "Por quê" de 'Vingadores: Era de Ultron' ser o melhor filme da série da Marvel para o cinema:
Bom, gostaria de abrir esses poucos versos sinalizando que não sou entusiasta de quadrinhos e tão pouco do universo Marvel (seja em live action ou animações). Sou entusiasta sim da sétima arte e por este motivo acompanho sua trajetória de adaptações para as telonas. Aviso também que o texto trará vários "spoilers" violentos, caso se incomode com isso, favor ler após ter assistido o filme.
Vamos lá, não vou revirar escritos nem trazer a tona o que passou, entretanto, é válido salientar duas produções da Marvel no ultimo ano que ganharam algum destaque e, diríamos, que 'competiram' pelo posto de melhor filme desse grande projeto, seriam esses 'Capitão América 2: O Soldado Invernal" e "Guardiões da Galaxia".
O primeiro filme colhe frutos ao adaptar um episódio da história do Capitão Steve Rogers a um formato investigativo (ao estilo James Bond) e retirá-lo do maniqueísmo básico que havia sido extravasado em todas as produções anteriores da marca. No entanto, fora esse significativo avanço, nos deparamos com um longa que exagera em clichês de gênero e formato e que oscila entre atos com erros e acertos.
Já o segundo filme através de um timing ideal de dosagem entre entretenimento, alivio cômico e ação parece encontrar uma formula perfeita para o gênero, orquestrada do primeiro até o último segundo por uma trilha sonora grandiosa. Tem suas maiores problemáticas ao se apresentar fiel ao projeto de origem, o primeiro filme de uma franquia blockbuster para um público jovem. O que não chega a ser um defeito, mas se apresenta como crítica pertinente, haja visto que sob uma película tudo pode ser feito (que o diga Tarantino ao matar brutalmente Adolf Hitler em um cinema contravertendo a história).
Buenas, vamos então para o novo longa de 'Os Vingadores' e a minha justificativa do porque ser tão qualificado quanto os demais já apresentados até hoje. Neste filme, aspectos de harmonia e timing de dosagem dos atos entre si, e do encadeamento de ações dentro dos próprios atos, me parece ter alcançado uma simetria ímpar. Conseguindo tranquilamente dar um passo a frente, ao entregar um filme com maior ação e interação, do que 'Guardiões das Galaxias'. Sinalizo neste trecho o primeiro grande acerto do roteiro ao dar o ponta-pé inicial do filme em meio a uma verdadeira pancadaria, com os vingadores já reunidos, sem perder tempo com sub-tramas para uni-los que só queimaria o tempo do público que já assistiu no mínimo mais duas produções galhofas só para 'estar preparado para este momento' (Thor 2 e Homem de Ferro 3).
Além desse aspecto que é acertado, uma abordagem mais realista e delicada é inserida em vários pontos de articulação do filme, novamente explorando aspectos que deram muito certo em 'Capitão América 2', como: a apresentação e engajamento do Gavião Negro dentro dos Vingadores (culminando com seu discurso de protagonista na reta final do filme para Vanda), na apresentação da trajetória da agente Natasha Romanoff e sua fundamental importância na relação do Hulk com o grupo (detalhe: não sei se este ponto tem fundamento no quadrinho e também realmente não interessa - ponto de pauta para outro debate que eu realmente já estou fadigado de estabelecer), a construção das motivações de Ultron baseadas em aspectos do caráter e atuação de cada um dos Vingadores (nos entregando o vilão mais interessante até o momento - sobretudo ao ponderarmos sua constante confusão de abordagem devida a mistura de crença/ciência/apreensão do cotidiano, ato que parece comum no dia-a-dia de hoje com o exponencial acúmulo de informações pela internet), a formação e surgimento do personagem O Visão a partir do já conhecido Jarbas - carismático ajudante virtual de Tony Stark, que deixa um pequeno ponto em aberto referente a "mística" por trás do Martelo portado por Thor, entre outros elementos que seguem essa lógica.
Ainda, de maneira mais macro, temos uma grande organização que vai no mesmo sentido do longa 'Guardiões da Galaxia' que, embora respeite uma estrutura simples para um público mais jovem e massivo, consegue articular de maneira satisfatória o material. Sabendo as horas de inserir e ausentar os alívios cômicos (não caindo no stand up mascarado de live action assim como os longas do Homem de Ferro!!), bem como, trabalhar aspectos intrínsecos a personalidade de cada vingador como elemento fluido para a construção da história. Por exemplo: a tomada de decisão do Thor baseada na sua crença - oriunda do encontro com a verdade ancestral - e mística já que vislumbra O Visão com a pedra da mente (ou novamente a parte em que o Visão porta o machado, carga de significado na ação, já apresentada anteriormente no primeiro ato como alivio cômico); na justaposição de opiniões que hora convergem, hora não, tornando plausível o encadeamento de cenas e por ultimo o constante embaralhar de elementos a fim de não entregar o filme ao clichê (cito aqui o mais empolgante e notório destes fatos, a construção em sub-texto desde a primeira cena da morte do Gavião Negro que ao ser salvo pelo Pietro ao invés de suscitar uma expressão de obviedade por parte do público optou por suscitar um elemento autêntico aos que se ativeram ao ponto - mesmo que visualmente a construção não tenha sido das mais dramáticas).
De aspectos negativos do longa eu destaco apenas a produtiva($$) mas desanimadora produção do filme, que insiste em entregar 98% de seu material antes da estréia, seja em trailers, em textos ou entrevistas do elenco. Ponto negativo também para alguns personagens sub-utilizados - ao menos para esse longa - (como por exemplo: o Barão Wolfgang von Strucker - mas poderia citar outros). E para a esmagadora parte do elenco que não consegue entregar muito mais do que já havia entregue até aqui (gostei apenas da tríade Mark Ruffalo, Jeremy Renner e Scarlett Johansson).
Resumo da ópera: um ótimo filme, entretenimento de primeira linha. Finalmente posso recomendar satisfeito um filme do universo Marvel.
Birdman tem tanto a entregar sobre os manejos das artes. Ele funciona sob proposta metalinguistica ou com seu fluido desenrolar que transborda conteúdo. As críticas presentes no longa são tão pesadas e francas que dificilmente não fira egos (o que pode lhe prejudicar em circuito, inclusive). Quem diria que depois de sua trilogia do suicídio (me refiro ao público) Iñarritu nos entregaria um exemplar tão legítimo do cinema (em seu sentido mais puro). Baita filme!!!!!!
PS: a direção de fotografia de Emmanuel Lubezki é algo que por si só vale lotar as salas de cinema, sem dúvidas seu trabalho merece atenção por si só dado ao planejamento e execução de um 'fake' plano sequência de quase duas horas. Repetindo o esplendor ja apresentado em Gravidade e Arvore da vida.
PS2: apresentação memorável de Michael Keaton, quem diria... Quem diria...
O filme tem uma abordagem bem plausível e realista à figura de um "herói de verdade", que se apoia na sociopatia ou no senso deturpado da justiça social. Por essa pegada o filme valeu a pena pra mim. Embora, sinalizar aqui que roteiro e direção são péssimos seja indispensável.
Acho bastante equivocada a postura 'comentarista' sobre a conjuntura de 2013. Pois o proprio movimento não mostrou-se coeso, com vista na autonomia, essas análises não dimensionam a pluralidade do ocorrido. Seria mais interessnate propor uma análise específica de blocos que compuseram e se revelaram dentro do ato (como aparentemente ocorreria neste documentário com o MPL no entanto perde-se esse caráter específico recaindo em uma homogeinização INEXISTENTE do movimento das ruas). Fica de saldo positivo os vídeos das ruas em 2013 que são um material muito rico para balizar o debate sobre inúmeros pautas evidenciadas naquele contexto, como: desmilitarização da PM, pranóia do transporte público urbano, crise de representatividade com os movimentos tradicionais políticos (partidos).
o filme oscila bastante. Parece que foi feito a mil mãos, mas o saldo final é positivo mesmo. A abordagem sob o ponto de vista do predador foi muito original (ao menos pra mim).
O filme inicia de maneira muito adequada abordando a relação de expectativa (nem sempre positiva) de um jovem menino espanhol (Moncho) que está prestes a ingressar na escola, as mesmas eram conhecidas durante o período – primeira metade do século 20, anterior a Guerra Civil Espanhola – por possuir professores disciplinadores que utilizavam uma vasta gama de castigos para garantir a ordem dentro da sala de aula. Entretanto, a realidade que Moncho encontra no dia-a-dia com seu professor (Don Gregório) é bastante diferente, e o que se vê é uma relação de confiança que vai sendo construída cotidianamente. Neste sentido, o professor Don Gregório vai construindo através do exemplo, com suas atitudes, o cerne da sua pedagogia. Promovendo, e esse aspecto entra em grande evidencia ao longo de inúmeros trechos no decorrer do longa, uma educação interseccional, que transborda uma relação vertical, que extravasa as paredes da sala de aula – inúmeros pontos de formação durante os intervalos das aulas, saídas de campo e a relação de afeição que é construída fora do ambiente escolar chegando ao âmbito familiar. Todo esse arco celeste de relações e de transformações (neste aspecto foi muito bem empregado o termo mariposa ao título – correspondente a borboleta em espanhol) vai sendo desenrolado enquanto em um pano de fundo o cenário político se encaminha para o tensionamento ideológico rumo à guerra (tensão ideológica e ambiente de instabilidade que naturalmente invadem direta e indiretamente as relações pedagógicas ao longo do filme, dentro e fora da sala de aula). Como desfecho da trama, que é muito simbólica na reflexão sobre o papel da educação, a família do menino Moncho acaba silenciando-se frente ao regime fascista e condenando em praça pública os agentes subversivos, dentre eles Don Gregório. Neste desfecho podemos notar a relação de poder opressivo silenciando a relação de potencia pedagógica, fato que influi um tom bastante amargo e sofrido no final do longa.
Por onde começar a falar do meu contato com este filme??
Inicialmente gostaria de agradecer ao Jornalista e amigo Patrick Monteiro e ao Ator Eduardo Fioravante pelo convite e companhia para assistir ao filme.
Em segundo momento, preciso ressaltar a aura positiva que exalava na sessão de pré-estreia no Cine Odeon durante o CineClube LGBT. Foi minha primeira ida ao Odeon e eu fiquei encantado com o layout do espaço, sem dúvidas era uma experiência que faltava ao cartel enquanto gaúcho amante da sétima arte. Sentar ao lado da atriz Tess Amorim foi um brinde a parte, que mulher elegante, cheirosa e carismática!
Vamos ao longa: Vou me deter a falar sobre alguns detalhes com intuito de não entregar spoilers ou impressões particulares viciadas sobre o filme. Com certeza um dos pontos que vale ser destacado como passo acertado foi o tom de simplicidade e intimismo almejado a cada frame pelo diretor Daniel Ribeiro, que soube utilizar muito bem as pitadas de um humor sadio, realista e palpável sob uma perspectiva sensível e libertadora na medida em que os personagens agem como desbravadores de si.
A utilização da trilha sonora me agradou demais! Utilizada como ponto de construção e intersecção em inúmeros pontos e a apropriação do silêncio, inclusive em boa parte do climax, deixando em destaque a delicadeza do trabalho de câmera e a sensibilidade do ato que o visual é capaz de projetar.
@s personagens conseguem entregar um conjunto muito bom, havendo destaques aqui e ali. Eu grifaria a personagem Giovana que está tão presente em todos momentos, inclusive em momentos de ausência em cena.
Para concluir, fica aqui o meu selo de "filme recomendado" para essa linda produção, que consegue agradar a medida que é genial em sua simplicidade.
Trabalho de câmera fantástico sob uma lente quase documental que justifica o timing do filme. Poderia ter uma direção de arte um pouquinho melhor, mas questões relacionadas ao orçamento justificam amplamente esse ponto. Recomendo!
Realmente manteve o nível da primeira parte. Embora tenha sido uma das produções mais esteticamente e narrativamente digeríveis do diretor LVT, o filme pode ser identificado como uma obra genuína do autor. A sequência final resgata pontos de fricção que vão surgindo durante todo o desenrolar do roteiro e conclui com uma perspectiva amplamente transgressora sobre a construção social de gênero sob o arco celeste de inúmeros aspectos inerentes ao ser. Para quem acompanha minimamente a obra do diretor, o final é bastante previsível desde os primeiros minutos do volume 1, contudo, o diálogo que antecede o ultimo frame parece finalizar essa caricatura como uma autêntica assinatura em um trabalho de arte. Ponto que aproximou o filme ainda mais dos pontos altos da carreira de LVT.
o segundo ato é meio morno, mas o filme como um todo é belíssimo! Um dos poucos que entrou em disputa na temporada 2014 de premiações e que não comete excessos.
O filme Tatuagem é sensacional. Um trabalho muito bem pensado em sua cronologia narrativa e um trabalho de câmera muito bom. A temática do corpo é apresentada de uma maneira muito corajosa, projetando as cenas de conotação afetiva e sexual de maneira muito realista e simples, e alçando-nos nas cenas das apresentações de teatro para a plateia de um espetáculo. O cinema brasileiro está muito bem, assiste 'Crô' e 'De pernas Pro Ar' quem quer...
O filme é bem fraco. Julianne Moore foi a unica atriz/ator que desenvolveu seu papel no máximo de forma razoável. Os demais personagens e atuações são bizarros. Os novos elementos (como a pesquisa no google 'o que fazer com a telecinese' e o buscar leite na geladeira com os poderes...) ao meu ver constituem uma falha considerável e não agregam em nada ao filme (nem ao camarote - rs). Assistam pra matar a curiosidade mas o filme é realmente insuficiente.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraO "Por quê" de 'Vingadores: Era de Ultron' ser o melhor filme da série da Marvel para o cinema:
Bom, gostaria de abrir esses poucos versos sinalizando que não sou entusiasta de quadrinhos e tão pouco do universo Marvel (seja em live action ou animações). Sou entusiasta sim da sétima arte e por este motivo acompanho sua trajetória de adaptações para as telonas. Aviso também que o texto trará vários "spoilers" violentos, caso se incomode com isso, favor ler após ter assistido o filme.
Vamos lá, não vou revirar escritos nem trazer a tona o que passou, entretanto, é válido salientar duas produções da Marvel no ultimo ano que ganharam algum destaque e, diríamos, que 'competiram' pelo posto de melhor filme desse grande projeto, seriam esses 'Capitão América 2: O Soldado Invernal" e "Guardiões da Galaxia".
O primeiro filme colhe frutos ao adaptar um episódio da história do Capitão Steve Rogers a um formato investigativo (ao estilo James Bond) e retirá-lo do maniqueísmo básico que havia sido extravasado em todas as produções anteriores da marca. No entanto, fora esse significativo avanço, nos deparamos com um longa que exagera em clichês de gênero e formato e que oscila entre atos com erros e acertos.
Já o segundo filme através de um timing ideal de dosagem entre entretenimento, alivio cômico e ação parece encontrar uma formula perfeita para o gênero, orquestrada do primeiro até o último segundo por uma trilha sonora grandiosa. Tem suas maiores problemáticas ao se apresentar fiel ao projeto de origem, o primeiro filme de uma franquia blockbuster para um público jovem. O que não chega a ser um defeito, mas se apresenta como crítica pertinente, haja visto que sob uma película tudo pode ser feito (que o diga Tarantino ao matar brutalmente Adolf Hitler em um cinema contravertendo a história).
Buenas, vamos então para o novo longa de 'Os Vingadores' e a minha justificativa do porque ser tão qualificado quanto os demais já apresentados até hoje. Neste filme, aspectos de harmonia e timing de dosagem dos atos entre si, e do encadeamento de ações dentro dos próprios atos, me parece ter alcançado uma simetria ímpar. Conseguindo tranquilamente dar um passo a frente, ao entregar um filme com maior ação e interação, do que 'Guardiões das Galaxias'. Sinalizo neste trecho o primeiro grande acerto do roteiro ao dar o ponta-pé inicial do filme em meio a uma verdadeira pancadaria, com os vingadores já reunidos, sem perder tempo com sub-tramas para uni-los que só queimaria o tempo do público que já assistiu no mínimo mais duas produções galhofas só para 'estar preparado para este momento' (Thor 2 e Homem de Ferro 3).
Além desse aspecto que é acertado, uma abordagem mais realista e delicada é inserida em vários pontos de articulação do filme, novamente explorando aspectos que deram muito certo em 'Capitão América 2', como: a apresentação e engajamento do Gavião Negro dentro dos Vingadores (culminando com seu discurso de protagonista na reta final do filme para Vanda), na apresentação da trajetória da agente Natasha Romanoff e sua fundamental importância na relação do Hulk com o grupo (detalhe: não sei se este ponto tem fundamento no quadrinho e também realmente não interessa - ponto de pauta para outro debate que eu realmente já estou fadigado de estabelecer), a construção das motivações de Ultron baseadas em aspectos do caráter e atuação de cada um dos Vingadores (nos entregando o vilão mais interessante até o momento - sobretudo ao ponderarmos sua constante confusão de abordagem devida a mistura de crença/ciência/apreensão do cotidiano, ato que parece comum no dia-a-dia de hoje com o exponencial acúmulo de informações pela internet), a formação e surgimento do personagem O Visão a partir do já conhecido Jarbas - carismático ajudante virtual de Tony Stark, que deixa um pequeno ponto em aberto referente a "mística" por trás do Martelo portado por Thor, entre outros elementos que seguem essa lógica.
Ainda, de maneira mais macro, temos uma grande organização que vai no mesmo sentido do longa 'Guardiões da Galaxia' que, embora respeite uma estrutura simples para um público mais jovem e massivo, consegue articular de maneira satisfatória o material. Sabendo as horas de inserir e ausentar os alívios cômicos (não caindo no stand up mascarado de live action assim como os longas do Homem de Ferro!!), bem como, trabalhar aspectos intrínsecos a personalidade de cada vingador como elemento fluido para a construção da história. Por exemplo: a tomada de decisão do Thor baseada na sua crença - oriunda do encontro com a verdade ancestral - e mística já que vislumbra O Visão com a pedra da mente (ou novamente a parte em que o Visão porta o machado, carga de significado na ação, já apresentada anteriormente no primeiro ato como alivio cômico); na justaposição de opiniões que hora convergem, hora não, tornando plausível o encadeamento de cenas e por ultimo o constante embaralhar de elementos a fim de não entregar o filme ao clichê (cito aqui o mais empolgante e notório destes fatos, a construção em sub-texto desde a primeira cena da morte do Gavião Negro que ao ser salvo pelo Pietro ao invés de suscitar uma expressão de obviedade por parte do público optou por suscitar um elemento autêntico aos que se ativeram ao ponto - mesmo que visualmente a construção não tenha sido das mais dramáticas).
De aspectos negativos do longa eu destaco apenas a produtiva($$) mas desanimadora produção do filme, que insiste em entregar 98% de seu material antes da estréia, seja em trailers, em textos ou entrevistas do elenco. Ponto negativo também para alguns personagens sub-utilizados - ao menos para esse longa - (como por exemplo: o Barão Wolfgang von Strucker - mas poderia citar outros). E para a esmagadora parte do elenco que não consegue entregar muito mais do que já havia entregue até aqui (gostei apenas da tríade Mark Ruffalo, Jeremy Renner e Scarlett Johansson).
Resumo da ópera: um ótimo filme, entretenimento de primeira linha. Finalmente posso recomendar satisfeito um filme do universo Marvel.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraEddie Redmayne (que já apareceu bem em 'Os Miseráveis') rouba o filme pra si. Sensacional!!
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman tem tanto a entregar sobre os manejos das artes. Ele funciona sob proposta metalinguistica ou com seu fluido desenrolar que transborda conteúdo. As críticas presentes no longa são tão pesadas e francas que dificilmente não fira egos (o que pode lhe prejudicar em circuito, inclusive). Quem diria que depois de sua trilogia do suicídio (me refiro ao público) Iñarritu nos entregaria um exemplar tão legítimo do cinema (em seu sentido mais puro). Baita filme!!!!!!
PS: a direção de fotografia de Emmanuel Lubezki é algo que por si só vale lotar as salas de cinema, sem dúvidas seu trabalho merece atenção por si só dado ao planejamento e execução de um 'fake' plano sequência de quase duas horas. Repetindo o esplendor ja apresentado em Gravidade e Arvore da vida.
PS2: apresentação memorável de Michael Keaton, quem diria... Quem diria...
Super
3.4 603O filme tem uma abordagem bem plausível e realista à figura de um "herói de verdade", que se apoia na sociopatia ou no senso deturpado da justiça social. Por essa pegada o filme valeu a pena pra mim. Embora, sinalizar aqui que roteiro e direção são péssimos seja indispensável.
Junho - O Mês que Abalou o Brasil
3.9 67 Assista AgoraAcho bastante equivocada a postura 'comentarista' sobre a conjuntura de 2013. Pois o proprio movimento não mostrou-se coeso, com vista na autonomia, essas análises não dimensionam a pluralidade do ocorrido. Seria mais interessnate propor uma análise específica de blocos que compuseram e se revelaram dentro do ato (como aparentemente ocorreria neste documentário com o MPL no entanto perde-se esse caráter específico recaindo em uma homogeinização INEXISTENTE do movimento das ruas). Fica de saldo positivo os vídeos das ruas em 2013 que são um material muito rico para balizar o debate sobre inúmeros pautas evidenciadas naquele contexto, como: desmilitarização da PM, pranóia do transporte público urbano, crise de representatividade com os movimentos tradicionais políticos (partidos).
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista Agorao filme oscila bastante. Parece que foi feito a mil mãos, mas o saldo final é positivo mesmo. A abordagem sob o ponto de vista do predador foi muito original (ao menos pra mim).
Febre do Rato
4.0 657"Ofereço fogo para o incêndio d'aqueles que nos contrariam"
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KUma verdadeira obra de arte. Todos detalhes minuciosamente pensados e uma fotografia simplesmente espetacular!!!!
Dragonball Evolution
1.2 1,6K Assista AgoraA maior ofensa americana ao Japão desde as bombas atômicas.
Sharknado
2.0 832 Assista Agoraesse filme é bizarramente tosco. Cérebro derretido em poucos minutos hahah
A Menina do Lado
2.6 51que filme doentio. Que ponto o diretor Alberto Salvá queria chegar??
Por um Punhado de Dólares
4.2 421 Assista AgoraSe juntarem todos os heróis, anti-heróis e vilões do século XXI não forma 1\4 da personalidade BadAss do Homem sem Nome. Que personagem!!!
A Língua das Mariposas
4.2 216 Assista AgoraO filme inicia de maneira muito adequada abordando a relação de expectativa (nem sempre positiva) de um jovem menino espanhol (Moncho) que está prestes a ingressar na escola, as mesmas eram conhecidas durante o período – primeira metade do século 20, anterior a Guerra Civil Espanhola – por possuir professores disciplinadores que utilizavam uma vasta gama de castigos para garantir a ordem dentro da sala de aula. Entretanto, a realidade que Moncho encontra no dia-a-dia com seu professor (Don Gregório) é bastante diferente, e o que se vê é uma relação de confiança que vai sendo construída cotidianamente. Neste sentido, o professor Don Gregório vai construindo através do exemplo, com suas atitudes, o cerne da sua pedagogia. Promovendo, e esse aspecto entra em grande evidencia ao longo de inúmeros trechos no decorrer do longa, uma educação interseccional, que transborda uma relação vertical, que extravasa as paredes da sala de aula – inúmeros pontos de formação durante os intervalos das aulas, saídas de campo e a relação de afeição que é construída fora do ambiente escolar chegando ao âmbito familiar.
Todo esse arco celeste de relações e de transformações (neste aspecto foi muito bem empregado o termo mariposa ao título – correspondente a borboleta em espanhol) vai sendo desenrolado enquanto em um pano de fundo o cenário político se encaminha para o tensionamento ideológico rumo à guerra (tensão ideológica e ambiente de instabilidade que naturalmente invadem direta e indiretamente as relações pedagógicas ao longo do filme, dentro e fora da sala de aula). Como desfecho da trama, que é muito simbólica na reflexão sobre o papel da educação, a família do menino Moncho acaba silenciando-se frente ao regime fascista e condenando em praça pública os agentes subversivos, dentre eles Don Gregório. Neste desfecho podemos notar a relação de poder opressivo silenciando a relação de potencia pedagógica, fato que influi um tom bastante amargo e sofrido no final do longa.
Mary e Max: Uma Amizade Diferente
4.5 2,4Kque filme instigante!
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista AgoraIntenso, provocante e encorpado. Assistam!
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraPor onde começar a falar do meu contato com este filme??
Inicialmente gostaria de agradecer ao Jornalista e amigo Patrick Monteiro e ao Ator Eduardo Fioravante pelo convite e companhia para assistir ao filme.
Em segundo momento, preciso ressaltar a aura positiva que exalava na sessão de pré-estreia no Cine Odeon durante o CineClube LGBT. Foi minha primeira ida ao Odeon e eu fiquei encantado com o layout do espaço, sem dúvidas era uma experiência que faltava ao cartel enquanto gaúcho amante da sétima arte. Sentar ao lado da atriz Tess Amorim foi um brinde a parte, que mulher elegante, cheirosa e carismática!
Vamos ao longa: Vou me deter a falar sobre alguns detalhes com intuito de não entregar spoilers ou impressões particulares viciadas sobre o filme. Com certeza um dos pontos que vale ser destacado como passo acertado foi o tom de simplicidade e intimismo almejado a cada frame pelo diretor Daniel Ribeiro, que soube utilizar muito bem as pitadas de um humor sadio, realista e palpável sob uma perspectiva sensível e libertadora na medida em que os personagens agem como desbravadores de si.
A utilização da trilha sonora me agradou demais! Utilizada como ponto de construção e intersecção em inúmeros pontos e a apropriação do silêncio, inclusive em boa parte do climax, deixando em destaque a delicadeza do trabalho de câmera e a sensibilidade do ato que o visual é capaz de projetar.
@s personagens conseguem entregar um conjunto muito bom, havendo destaques aqui e ali. Eu grifaria a personagem Giovana que está tão presente em todos momentos, inclusive em momentos de ausência em cena.
Para concluir, fica aqui o meu selo de "filme recomendado" para essa linda produção, que consegue agradar a medida que é genial em sua simplicidade.
Tem Gringo no Morro
3.5 4A produção mais reforça o esteriótipo sob uma justificativa de discussão do que aprofunda pontos importantes.
Paranoid Park
3.6 324Trabalho de câmera fantástico sob uma lente quase documental que justifica o timing do filme. Poderia ter uma direção de arte um pouquinho melhor, mas questões relacionadas ao orçamento justificam amplamente esse ponto. Recomendo!
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraRealmente manteve o nível da primeira parte. Embora tenha sido uma das produções mais esteticamente e narrativamente digeríveis do diretor LVT, o filme pode ser identificado como uma obra genuína do autor. A sequência final resgata pontos de fricção que vão surgindo durante todo o desenrolar do roteiro e conclui com uma perspectiva amplamente transgressora sobre a construção social de gênero sob o arco celeste de inúmeros aspectos inerentes ao ser. Para quem acompanha minimamente a obra do diretor, o final é bastante previsível desde os primeiros minutos do volume 1, contudo, o diálogo que antecede o ultimo frame parece finalizar essa caricatura como uma autêntica assinatura em um trabalho de arte. Ponto que aproximou o filme ainda mais dos pontos altos da carreira de LVT.
Philomena
4.0 925 Assista Agorao segundo ato é meio morno, mas o filme como um todo é belíssimo! Um dos poucos que entrou em disputa na temporada 2014 de premiações e que não comete excessos.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista Agora"Nunca é novidade e nunca fica velha, essa é a música Folk."
Um ótimo ensaio musicado sobre o insucesso, mais uma bela produção dos irmãos Coen. Assistam, recomendo bastante!!
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraDepois de assistir fiquei tentando entender o porque Cristian bale e Bradley Cooper foram indicados ao Golden Globe awards....
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraO filme Tatuagem é sensacional. Um trabalho muito bem pensado em sua cronologia narrativa e um trabalho de câmera muito bom. A temática do corpo é apresentada de uma maneira muito corajosa, projetando as cenas de conotação afetiva e sexual de maneira muito realista e simples, e alçando-nos nas cenas das apresentações de teatro para a plateia de um espetáculo. O cinema brasileiro está muito bem, assiste 'Crô' e 'De pernas Pro Ar' quem quer...
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraO filme é bem fraco. Julianne Moore foi a unica atriz/ator que desenvolveu seu papel no máximo de forma razoável. Os demais personagens e atuações são bizarros. Os novos elementos (como a pesquisa no google 'o que fazer com a telecinese' e o buscar leite na geladeira com os poderes...) ao meu ver constituem uma falha considerável e não agregam em nada ao filme (nem ao camarote - rs). Assistam pra matar a curiosidade mas o filme é realmente insuficiente.