Jordan Peele, Maya Rudolph, Nick Kroll, John Mullaney... Alguns dos nomes mais legais da comédia atual, escrita cáustica, inteligente, divertida, quase passa dos limites, mas tem momentos legítimos de aprendizado sexual. Queria ter tido uma série animada desta quando passava pela puberdade.
Terminei a segunda (e última até agora) temporada de "Filhos da Pátria" e... Nossa que jornada agridoce. Todos os paralelos óbvios dos ciclos que nosso país está fadado a repetir, satirizados a partir de uma família tradicional de classe média cuja matriarca (Fernanda Torres absolutamente brilhante) sonha com ascensão social a qualquer custo, e que flerta com a corrupção-nossa-de-cada-dia para atingir esse objetivo. Tudo isso enquanto o Brasil passa por mudanças definitivas, como a Independência de Portugal na 1ª temporada, e o início da ditadura na 2ª. Claro que os períodos históricos são apenas alegorias certeiras para o que acontecia no Brasil de 2017 e 2019, respectivamente. Mencionei Fernanda porque ela é um acontecimento, mas todo o elenco está fabuloso, Jéssica Ellen e Karine Teles roubam quaisquer cenas em que aparecem.
Uma equipe talentosíssima, Bruno Mazzeo escreve, Maurício Farias dirigindo... Perfeição! Série inteligente, necessária, faz rir, emociona, indigna... E dá um alívio saber que esse surto coletivo está acabando... 💟
Terminei a segunda (e última até agora) temporada de "Filhos da Pátria" e... Nossa que jornada agridoce. Todos os paralelos óbvios dos ciclos que nosso país está fadado a repetir, satirizados a partir de uma família tradicional de classe média cuja matriarca (Fernanda Torres absolutamente brilhante) sonha com ascensão social a qualquer custo, e que flerta com a corrupção-nossa-de-cada-dia para atingir esse objetivo. Tudo isso enquanto o Brasil passa por mudanças definitivas, como a Independência de Portugal na 1ª temporada, e o início da ditadura na 2ª. Claro que os períodos históricos são apenas alegorias certeiras para o que acontecia no Brasil de 2017 e 2019, respectivamente. Mencionei Fernanda porque ela é um acontecimento, mas todo o elenco está fabuloso, Jéssica Ellen rouba quaisquer cenas em que aparece.
Mesmo eu achando que esta segunda não está tão bem escrita quanto a primeira, ainda se faz necessária, faz rir, emociona, indigna... Mas dá um alívio saber que esse surto coletivo está acabando... 💟
Quase uma reintrodução da personagem, uma série de "origem", "WandaVision" brinca com convenções da TV estadunidense ao longo das décadas, prestando diversas homenagens a este universo, mudando os estilos da narrativa e passeando por diversos gêneros, lançando pistas e referências do MCU; desenvolve um roteiro sobre luto, que dialoga com o zeitgeist da pandemia no último ano; personagens ótimos, elenco afiado, boas reviravoltas, episódios curtinhos que só melhoram e um final que deixa aquele gostinho do que está por vir.
Sempre curti o nosso folclore, desde a infância - para meu eu criança, as criaturas eram fascinantes e assustadoras na mesma medida - e sempre me perguntei como seria uma produção séria sobre as lendas.
Os pontos altos aqui, pra mim, se resumem à sequência dos créditos de abertura, onírica numa linha meio "Dark"; o envolvimento do talentoso Carlos Saldanha, brasileiro responsável por alguns blockbusters como "A Era do Gelo" e "Rio"; e o apuro visual do cineasta, que se reflete nos efeitos visuais muito caprichados.
Gostei também de ver como os seres mágicos se adaptaram no cenário urbano; o elenco é carismático e cada um desempenha bem seu papel sem nenhum grande destaque, salvos Fábio Lago como Curupira, Wesley Guimarães, o Saci ou Isac (tá, eu gostei desse anagrama boboca rs) e Alessandra Negrini como Cuca, mas mesmo eles estão limitados a um roteiro engessado, que é um dos pontos fracos para mim.
A linguagem é bem televisiva, beirando o folhetinesco, lembrando mais uma boa novela das 21h, do que algo mais cinematográfico. Atribuo parte disso à escrita, que segue uma narrativa clássica demais, ingênua, dando informações mastigadas para o espectador, muitas barrigas e algumas motivações difíceis de engolir, como
chá de ayahuasca, a da menina possuída e tudo que se seguiu a isso, culminando na atuação de Fábio Lago, que deu um gostinho do que poderia ter sido;
mas me pareceu apática e sem muita personalidade a maior parte do tempo, além de ter feito escolhas que eu considero duvidosas, como o excesso de sequências diurnas em uma trama de mistério, que se beneficiaria mais de noturnas, afinal de contas nem todo mundo é o Ari Aster.
Mas tirando a também problemática falta de atores indígenas no elenco em uma história que bebe dessas raízes, a série traz uma questão de conscientização ambiental, que é sempre válido e não deixa de ser um esforço narrativo no campo da fantasia que não vemos com frequência em produções daqui (nossa South-American Gods?) e um passo muito positivo no que pode ser uma tendência.
Não adianta: eu sempre vou querer assistir aos shows do Ryan Murphy, independente do quão 'nhé' 🙄 tenha sido a experiência anterior, na esperança de que algo de bom saia dali, porque quando mr. Murphy acerta, ele me faz um viadinho muito feliz.
Tenho um pouco de preguiça de Finn Wittrock fazendo mais um psycho em série do Murphy, mas é o que tem pra hoje.🙄
Criada por Ken Kesey no livro "Um Estranho no Ninho", a personagem deu o Oscar de melhor atriz a Louise Fletcher na adaptação cinematográfica de 1975 por Milos Forman. Assisti ao filme há cerca de um ano, e o visual lá é 'desbotado', dessaturado, enquanto aqui é meio 'flamboyant'. Curto um preciosismo estético, porém a saturação nas cores dos figurinos, objetos de cena e fotografia, acabam me distraindo da história, mais do que me ajudando a imergir.
Além da Ratched de Sarah Paulson (que eu adoro) não lembrar muito a versão "cânon" da personagem...🤨 Não quero ficar comparando ambas as produções, mas como todo o marketing da Netflix se apoiou nessa associação, achei pertinente trazer.
Adorei o jeito 'bossy' e manipulador dela, deliciosa e implacável.💅🏻 A cena de 'sexo' com o vizinho misterioso do motel foi deveras bizarra. Gostei de como todas as diferentes peças (personagens)♟ vão se movendo pra servir ao plano de Mildred.
O elenco competente, com estrelas menos celebradas atualmente como Cynthia Nixon, Sharon Stone, Judy Davis, Rosanna Arquette, Vincent D'Onofrio e a galeria de personagens excêntricos é uma das assinaturas do showrunner e me deixou intrigado. A trilha sonora que evoca Hitchcock, lembra mais a novela "A Próxima Vítima" pelo tom folhetinesco, mas isso é suco de Ryan Murphy: fica ali entre o classy e o kitsch.
Big Mouth (1ª Temporada)
4.0 234 Assista AgoraJordan Peele, Maya Rudolph, Nick Kroll, John Mullaney... Alguns dos nomes mais legais da comédia atual, escrita cáustica, inteligente, divertida, quase passa dos limites, mas tem momentos legítimos de aprendizado sexual. Queria ter tido uma série animada desta quando passava pela puberdade.
Filhos da Pátria (1ª Temporada)
4.2 16Terminei a segunda (e última até agora) temporada de "Filhos da Pátria" e... Nossa que jornada agridoce.
Todos os paralelos óbvios dos ciclos que nosso país está fadado a repetir, satirizados a partir de uma família tradicional de classe média cuja matriarca (Fernanda Torres absolutamente brilhante) sonha com ascensão social a qualquer custo, e que flerta com a corrupção-nossa-de-cada-dia para atingir esse objetivo.
Tudo isso enquanto o Brasil passa por mudanças definitivas, como a Independência de Portugal na 1ª temporada, e o início da ditadura na 2ª. Claro que os períodos históricos são apenas alegorias certeiras para o que acontecia no Brasil de 2017 e 2019, respectivamente.
Mencionei Fernanda porque ela é um acontecimento, mas todo o elenco está fabuloso, Jéssica Ellen e Karine Teles roubam quaisquer cenas em que aparecem.
Uma equipe talentosíssima, Bruno Mazzeo escreve, Maurício Farias dirigindo... Perfeição! Série inteligente, necessária, faz rir, emociona, indigna... E dá um alívio saber que esse surto coletivo está acabando... 💟
Filhos da Pátria (2ª Temporada)
4.4 7Terminei a segunda (e última até agora) temporada de "Filhos da Pátria" e... Nossa que jornada agridoce.
Todos os paralelos óbvios dos ciclos que nosso país está fadado a repetir, satirizados a partir de uma família tradicional de classe média cuja matriarca (Fernanda Torres absolutamente brilhante) sonha com ascensão social a qualquer custo, e que flerta com a corrupção-nossa-de-cada-dia para atingir esse objetivo.
Tudo isso enquanto o Brasil passa por mudanças definitivas, como a Independência de Portugal na 1ª temporada, e o início da ditadura na 2ª. Claro que os períodos históricos são apenas alegorias certeiras para o que acontecia no Brasil de 2017 e 2019, respectivamente.
Mencionei Fernanda porque ela é um acontecimento, mas todo o elenco está fabuloso, Jéssica Ellen rouba quaisquer cenas em que aparece.
Mesmo eu achando que esta segunda não está tão bem escrita quanto a primeira, ainda se faz necessária, faz rir, emociona, indigna... Mas dá um alívio saber que esse surto coletivo está acabando... 💟
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraQuase uma reintrodução da personagem, uma série de "origem", "WandaVision" brinca com convenções da TV estadunidense ao longo das décadas, prestando diversas homenagens a este universo, mudando os estilos da narrativa e passeando por diversos gêneros, lançando pistas e referências do MCU; desenvolve um roteiro sobre luto, que dialoga com o zeitgeist da pandemia no último ano; personagens ótimos, elenco afiado, boas reviravoltas, episódios curtinhos que só melhoram e um final que deixa aquele gostinho do que está por vir.
Não tem do que reclamar.~(˘▾˘~)
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751Sempre curti o nosso folclore, desde a infância - para meu eu criança, as criaturas eram fascinantes e assustadoras na mesma medida - e sempre me perguntei como seria uma produção séria sobre as lendas.
Os pontos altos aqui, pra mim, se resumem à sequência dos créditos de abertura, onírica numa linha meio "Dark"; o envolvimento do talentoso Carlos Saldanha, brasileiro responsável por alguns blockbusters como "A Era do Gelo" e "Rio"; e o apuro visual do cineasta, que se reflete nos efeitos visuais muito caprichados.
Gostei também de ver como os seres mágicos se adaptaram no cenário urbano; o elenco é carismático e cada um desempenha bem seu papel sem nenhum grande destaque, salvos Fábio Lago como Curupira, Wesley Guimarães, o Saci ou Isac (tá, eu gostei desse anagrama boboca rs) e Alessandra Negrini como Cuca, mas mesmo eles estão limitados a um roteiro engessado, que é um dos pontos fracos para mim.
A linguagem é bem televisiva, beirando o folhetinesco, lembrando mais uma boa novela das 21h, do que algo mais cinematográfico. Atribuo parte disso à escrita, que segue uma narrativa clássica demais, ingênua, dando informações mastigadas para o espectador, muitas barrigas e algumas motivações difíceis de engolir, como
o dono da construtora que vai pessoalmente à cena de um crime libertar um mal ancestral, algo bem caricato e improvável.
Não tenho muito o que falar da direção, a série tem sim algumas sequências empolgantes e bem filmadas, como a do
chá de ayahuasca, a da menina possuída e tudo que se seguiu a isso, culminando na atuação de Fábio Lago, que deu um gostinho do que poderia ter sido;
Mas tirando a também problemática falta de atores indígenas no elenco em uma história que bebe dessas raízes, a série traz uma questão de conscientização ambiental, que é sempre válido e não deixa de ser um esforço narrativo no campo da fantasia que não vemos com frequência em produções daqui (nossa South-American Gods?) e um passo muito positivo no que pode ser uma tendência.
Ratched (1ª Temporada)
3.8 393 Assista AgoraNão adianta: eu sempre vou querer assistir aos shows do Ryan Murphy, independente do quão 'nhé' 🙄 tenha sido a experiência anterior, na esperança de que algo de bom saia dali, porque quando mr. Murphy acerta, ele me faz um viadinho muito feliz.
Tenho um pouco de preguiça de Finn Wittrock fazendo mais um psycho em série do Murphy, mas é o que tem pra hoje.🙄
Criada por Ken Kesey no livro "Um Estranho no Ninho", a personagem deu o Oscar de melhor atriz a Louise Fletcher na adaptação cinematográfica de 1975 por Milos Forman. Assisti ao filme há cerca de um ano, e o visual lá é 'desbotado', dessaturado, enquanto aqui é meio 'flamboyant'. Curto um preciosismo estético, porém a saturação nas cores dos figurinos, objetos de cena e fotografia, acabam me distraindo da história, mais do que me ajudando a imergir.
Além da Ratched de Sarah Paulson (que eu adoro) não lembrar muito a versão "cânon" da personagem...🤨 Não quero ficar comparando ambas as produções, mas como todo o marketing da Netflix se apoiou nessa associação, achei pertinente trazer.
Adorei o jeito 'bossy' e manipulador dela, deliciosa e implacável.💅🏻 A cena de 'sexo' com o vizinho misterioso do motel foi deveras bizarra. Gostei de como todas as diferentes peças (personagens)♟ vão se movendo pra servir ao plano de Mildred.
O elenco competente, com estrelas menos celebradas atualmente como Cynthia Nixon, Sharon Stone, Judy Davis, Rosanna Arquette, Vincent D'Onofrio e a galeria de personagens excêntricos é uma das assinaturas do showrunner e me deixou intrigado. A trilha sonora que evoca Hitchcock, lembra mais a novela "A Próxima Vítima" pelo tom folhetinesco, mas isso é suco de Ryan Murphy: fica ali entre o classy e o kitsch.
Os Fantasmas se Divertem (1ª Temporada)
4.0 44Ótimo cartoon. Anárquico, nonsense, cheio de humor negro. Adorava na infância.
Sailor Moon (1ª Temporada)
4.2 113 Assista AgoraTinha muito med desse desenho, mas não conseguia não assistir.
Sakura Card Captors (1ª Temporada)
4.4 266Porra, muito emocionante Tudo era tão terno e inocente nessa época. Fascinante.
Pokémon (1ª Temporada: Liga Índigo)
4.3 269 Assista AgoraFoi a melhor, sem dúvida. Infância mode: on.