Meu avô fumou a vida inteira. Eu tinha em torno de 10 anos quando minha mãe disse pra ele " - Se você um dia pretende ver seus netos se graduarem na faculdade, você deveria parar imediatamente". Lagrimas escorreram pelos seus olhos quando ele realizou verdadeiramente o que estava em jogo. Ele parou imediatamente. Três anos depois ele morreu de câncer no pulmão. Foi muito triste, e aquilo me destruiu. Minha mãe me disse " - Nunca fume. Por favor não faça a sua família passar pelo o que seu avô nos fez passar". Eu concordei. Tenho 20 anos, e nunca encostei em um cigarro. Mas preciso dizer, que sinto um certo arrependimento de nunca ter o feito, por que esse filme me deu câncer de qualquer jeito.
A nova roupagem (ou velha?) trazida a esse episódio me conquistou completamente. A essência do que nos conquistou na serie está lá, em toda a sua gloria, porém, devido a temática vitoriana, muitas sutilezas que tornam esse episódio tão único quanto poderia ser foram adicionadas, como por exemplo certas variações no linguajar e comportamento dos personagens e referencias a diversos dos melhores contos de Sir Arthur Conan Doyle, genialmente inseridas no mistério criado para o episódio. Toda a roupagem vitoriana é muito divertida e bem construída, com um plus do rearranjo da soundtrack original e a excelência da construção das cenas são um deleite para os olhos e ouvidos. Destaque para a cena na sala de visitas, onde Sherlock reconstroi visualmente em sua cabeça o caso descrito. Os diálogos (o que considero o maior triunfo de direção de toda a serie) são cada um melhor que o outro. Absolutamente todos os diálogos entre Sherlock e Moriarty são indescritívelmente bem construídos, veria um episódio inteiro só disso se fosse possível! Em linhas gerais, o mistério cumpre a proposta de te deixar intrigado e curioso, e tem uma conclusão bem inesperada (pra mim, pelo menos) e muito satisfatória, com uma mensagem bem clara e construída de um dos, se não o, tema mais frequente de debates acalorados por ai. No mais, as atuações de Cumberbatch, Freeman, Scott, Gatiss, Stubs e etc, o roteiro bem desenvolvido (até certo ponto), as excelentes piadas e o CONCEITO da mescla com a timeline original da serie são a cereja do bolo.
Porém, como filme/serie nenhum, esse episódio não escapa de alguns "pecados" (*Ding!*). Em minha opinião, o plot geral ficou meio confuso, e perdeu um pouco da graça e até importância depois que
é revelado que todo o mistério se passa no mind pallace do Sherlock
A troca rápida entre o período vitoriano e o presente trouxe uma certa desarmonia dentro da proposta nos minutos finais do episódio, com um amontoado de informações de variada importância tanto para a construção dos personagens, como informações para a sub-plot, sendo misturadas de uma forma meio labiríntica.
Recomendadíssimo pra quem ama esse personagem como eu, e quer algo surpreendente pra ver. Deixo como dica que, se possível, leia a maioria dos contos originais, para aproveitar o episódio (que tem uma historia feita para ele em especifico) em sua totalidade.
Já estava sentindo falta desse tipo de filme: Baixo orçamento, ideia (quase) totalmente original, capricho acima da média, e com uma pegada bem mais conceitual do que comercial.
A mecânica de causalidade devido a ações pouco pensadas ou premeditadas, levando a desfechos inesperados e até bizarros, desafiando a logica (que apesar de não parecer está lá), me lembra muito o excelente "Primer", na forma que foi gravado e algumas cenas em especifico, (semelhança que se deve principalmente ao orçamento de ambos os filmes). Apesar de Coherence não ter 1/1000 da complexidade de Primer, ele ainda sim, consegue prender a atenção de uma forma parecida, nos fazendo mergulhar no mistério a ponto de dar vontade de entrar na discussão e opinar sobre os eventos aos quais eles participam, que a principio parecem aleatórios, mas fazem parte de uma mecânica bem fixa dentro do plot, fator indispensável numa boa ficção cientifica. Achei a maioria dos diálogos bem construídos, gostei da sutileza ao qual os traços da personalidade de cada personagem são desenvolvidos durante esses diálogos, e obviamente, por suas ações perante ao quebra cabeça, e gostei de como o filme naturalmente mata as ideias mais obvias sobre o mistério, e o que deve ser feito
como quando Beth é indagada sobre o que fez com o remédio, descartando a ideia de tudo aquilo ser efeito de drogas, e como quando Mike tem a ideia de simplesmente erradicar as "copias" do grupo para se proteger, descartando a ideia de se proteger com força bruta.
Outro fator excelente é o final, ou melhor dito, a conclusão. A Em, já conformada que não poderia fazer tudo voltar ao normal, resolve abandonar a casa que estava e procurar uma a qual ela fosse ter um desfecho mais feliz possível. Achei simplesmente do caralho, como a personagem mais paciente, cautelosa e racional, teve uma atitude incalculavelmente fria e egoísta, tomada na hora certa, ciente que o fenômeno não duraria pra sempre. Com certeza uma bela conclusão, que se encaixou muito bem no ritmo do filme.
Não dou 5 estrelas para o filme, por que ele comete alguns erros, e tem pontos aos quais certamente trariam uma experiencia melhor. Um deles,é a velocidade a qual o grupo inteiro se acostuma com a ideia de uma múltipla realidade onde vários deles existem ao mesmo tempo. Achei isso pouco natural, meio mal desenvolvido dentro do filme. Outro deles, é o fato de o roteiro ir "mastigando" o mistério, tirando um pouco do serviço do expectador de analisar os fatos e formar teorias baseado nas evidencias. Logico, entendo que nem todo mundo gosta disso, mas tenho a opinião que o mistério como um todo ia ser mais completo e interessante se alguns diálogos do filme não entregassem tantas partes que "facilmente" podiam ser deduzidas pela logica dos eventos, na ordem que o filme os apresenta
como quando, na hora de fazer a caixa com as numerações do dado e o objeto aleatório do grupo, a Em faz o favor de declarar em voz alta e bem explicado que os números originais não batem, e que aquela versão dela e do Mike não são daquela casa (um dos inúmeros exemplos)
coisa que podia ser demonstrada com mais sutileza, entregando pistas e organizando o roteiro pra que tal linha de pensamento fosse seguida. Posso entender a necessidade disso, mas gostaria que fosse diferente. Por fim, ainda acho ruim algumas cenas e linhas de diálogos, que simplesmente foram encaixadas nos momentos mais imbecis, bem no meio de tudo o que estava acontecendo de misterioso
como quando o Kevin e a Laurie discutem sobre a Em não apoiar ele na viajem random, ou quando a Lee fala sobre como o Mike é um marido ruim ( essa Lee também, COM CERTEZA a personagem mais inútil do filme)
Recomendo, principalmente pra quem gosta de um filme onde a ideia é mais importante que o visual, coisa que esta ficando rara em sci-fi.
A ideia do filme não é nada diferente do que já não foi explorado no cinema, mas, quem sabe, nenhum filme explorou tão bem essa ideia de uma ambição forte e quase destrutiva em prol de um objetivo final. Isso é devido a excelente construção dos personagens chave, onde vc sente empatia pelo personagem principal a ponto de ficar tão nervoso ou ansioso quanto ele no decorrer do filme, de um forma natural, sem apelativos emocionais ou coisa do tipo, feito repetido também pelo J.K Simmons, o qual consegue passar os traços da personalidade do personagem, sem forçar situações imbecis, ou fazer um personagem mau sem motivo algum. Excelente casting, trilha sonora obviamente boa, personagens bem construídos, roteiro bem escrito, ritmo e duração na medida, e principalmente, uma direção de arte, fotografia e ângulos de câmera excelentes, pois parte desse nervosismo e ansiedade que sentimos, se dá aos ambientes com "pouca" luz, e mais claustrofóbicos, com closes na bateria e no personagem, ofegante, e desesperado.
De defeitos, acho que o que me incomodou um pouco foi o final abrupto, (mas deveras bem encaixado), e alguns sub-plots desnecessários, como a garota a qual ele sai, e a família que não acredita no potencial dele. Entendo que esses eventos são necessários pra dar mais contexto pro desenvolvimento do personagem, mas acho que podiam, no minimo ser mais originais, ou mais interessantes do que foram.
Recomendo, pois esta entre um dos melhores filmes que foram lançados por um bom tempo, e com certeza é sempre bom uma dose de motivação para as dificuldades da vida.
Assisti o filme baseado nos elogios que ouvi sobre, e pode ser que alguns foram exagerados, mas é um bom filme.
Excelente direção, casting bem escolhido na sua maioria, com destaque para o Jake Gyllenhaal que ficou perfeito no papel. Trilha sonora sutil, mas envolvente, diálogos interessantes, roteiro bom e plot convincente. O que mais chama a atenção no filme é a critica ao jornalismo sensacionalista, o qual viaja qualquer distancia e ultrapassa quaisquer limites em prol de uma boa historia. A quase sociopatia do personagem principal, que faz com que ele por vezes ultrapasse a linha entre espectador e participante nos crimes os quais cobre, e o paralelo com a editora chefe de TV, que vende esse produto sem nenhuma barreira moral, formam uma critica bem construída, e convincente do ponto chave da trama. O personagem principal que nos faz horas sentir curiosidade, adrenalina, repulsão e ódio (ponto para o Jake que torna isso convincente) representa exatamente o que ignoramos quando consumimos esse jornalismo que nos passa desgraças e coisas ruins como entretenimento, e não como simples informação.
De defeitos, pessoalmente, o que mais incomodou foram os primeiros 40 minutos do filme, que no caso serviram pra desenvolver o personagem principal, mas de uma forma muito pobre. Uma boa parte desses 40 minutos são de peculiaridades bem desnecessárias sobre o personagem principal, e outra parte contem diálogos que não levam a lugar nenhum. O plot só se desenvolve mesmo depois que o Lou contrata o seu funcionário, personagem esse que também nos envolve em diálogos imbecis e situações irritantes.
Recomendo, principalmente pelo personagem do Gyllenhaal, e por fugir das centenas de blockbusters vazios ultimamente.
Mais um da serie "agente profissional aposentado que volta a ativa por motivo pessoal, e resolve o problema a qualquer custo". Clichê, obviamente, como uma infinidade de coisas no filme, mas ainda sim, satisfatório.
Bem dirigido, parte do casting excelente (Liam Neeson na melhor forma), lutas, perseguições e tiroteios de "qualidade", todos meio frenéticos e com ótimas coreografias, trilha sonora muito boa e cativante na maior parte do tempo, história (até que) convincente, e roteiro bem aceitável. Destaque pro lado investigativo do filme, que é bem logico por parte do personagem principal, e torna a caça plausível.
De defeitos, os principais são: Sub-plots imbecis (como o divorcio, a cantora, e o Kevin Spacey genérico que fica tentando capturar o Liam Neeson durante o filme), e a outra parte do casting. Essa é provavelmente a menina de 17 anos mais estereotipada e over-actor que já vi, Famke Janssen "meh..." como sempre, e o resto todos na linha do aceitável.
Não sou fã do gênero, mas recomendo, pois é um ótimo filme de ação para descontrair de roteiros complexos e filosofias profundas.
O que me fez assistir esse filme foi o simples fato de ser o Keanu Reeves. Sou fã do cara e por vezes acho ele bem underrated, quase sempre longe dos holofotes,mas quase sempre com bons papéis. Acabei ficando surpreso com a qualidade do filme.
Muito bem dirigido, excelente casting (acompanhado de excelentes atuações), diálogos longe de entediantes, cenas de ação muito bem coreografadas (destaque pra esse ponto, onde, na maioria dos filmes, durante tiroteios e lutas, a câmera fica balançando e saindo de foco, coisa que odeio, e que não vi no filme. Outro fator, é que durante a maioria das cenas, se vê que é o Keanu Reeves mesmo e não um dublê.), fotografia e direção de arte excelentes, onde todos os cenários do filme tem um ar soturno e misterioso, e comprido na medida certa. Historia clichê mas boa, roteiro convincente e personagens interessantes.
[Alguns spoilers mínimos] De defeitos, devo notar que, apesar do ritmo do filme passar por cima dessas coisas, ainda sim se devia um capricho especial. O filme é um poço de clichês (Assassino de aluguel aposentado que é forçado a voltar a ativa por um motivo pessoal, vilão russo chefe de império com filho cusão e sem limites, femme fatale semi-antagonista, velho companheiro que morre para ajudar o principal, numero enorme de capangas do vilão russo que não servem pra nada e por ai vai...). Outro ponto é o fator da empatia com o personagem principal, onde o filme não te dá tempo pra se importar com o Beagle, com a mulher ou com o Mustang. Vc gosta do personagem só quando vê suas habilidades em combate, e por ele ter a clássica roupagem do profissional silencioso. Um melhor desenvolvimento seria um ponto forte, mas talvez não necessário.
Recomendo, principalmente para quem não curte filmes do gênero (pois alivia o peso dos clichês), pois é um excelente filme, puramente com o proposito do entertain descompromissado de complexidade.
Um bom filme, com um plot (até que) convincente, cenas de ação bem feitas (a perseguição de carro foi excelente), e boas atuações. Uma ponto fortíssimo do filme, na minha opinião, é o fato de o filme ter um protagonista homem e uma mulher, e os dois não se relacionarem amorosamente (pelo menos não claramente). Acho isso um ponto forte porque prova que esse tipo de relação não é obrigatória pra que a historia funcione direito. Se mais filmes explorassem essa ideia, veríamos duplas com dinâmicas diferentes, até mais interessantes do que o clássico "casal em perigo".
Pra mim, o filme só peca um pouco no roteiro. Além de ele ir pra frente somente por um numero infindável de Deus-Ex Machinas, algumas cenas ele entrega a historia,
como na própria cena da perseguição, ele não dirige daquele jeito só por ser o Liam Neeson não é? Ou também na cena a qual ele invade o laboratório de pesquisa do Prof. Bressler, e os 2 "Martin Harris" ditam a exata mesma coisa, e tem os documentos "duplicados"
Pode ser que eu, na sorte tenha sacado a ideia, mas o filme só continua desses pontos por que o roteiro pede mesmo. Apesar de tudo, recomendo, é um filme que presa pelo entretenimento casual, mais do que qualquer coisa.
Esse filme, junto com Lord of War, Leaving Las Vegas, Joe, e mais alguns, mostram como o Nicolas Cage é um puta desperdício de ator. O cara é bom, carismático, expressivo e convincente, o que acaba com ele é os fiascos de filme e fiascos de papel que ele seleciona pra cumprir.
Sobre o filme em si. Achei a mensagem poderosa, mas mal conduzida. O plot vai e volta no mesmo ponto diversas vezes ao longo do filme, principalmente na questão da relação dele com a mulher, e a dificuldade dele de aceitar que acabou. Os melhores momentos são os monólogos dele, em que, ele reconhece de forma crua o que sua vida se tornou, e também gosto de como filme trata dele se sentindo uma sombra perto do renomado e admirado pai, e como ele amadurece por tentativa e erro. O ponto mais forte do filme, na minha opinião, é o final, ele foi uma quebra de expectativa, e uma lição, a qual todo mundo passa e não percebe. Ele compreende que o mundo é injusto, e resolve tirar o melhor proveito que pode da vida que segue, mesmo ela não sendo o ideal que ele tinha imposto.
Bem dirigido, boas atuações (destaque pra Nicolas Cage e Michael Caine), uma boa trilha sonora (que cria uma atmosfera quase depressiva, mas que enaltece os pontos chave da historia), e com duração na medida. De contra ponto, roteiro mal feito, cenas mal aproveitadas com diálogos imbecis, e sub-plots entediantes, como a falta de interesse da filha dele nas coisas, ou o "problema" de drogas do filho, aos quais são tão mal desenvolvidos, que se tornam quase irrelevantes no final tanto da historia, como na mensagem que o filme tenta passar.
Um boa ideia de sci-fi, quase totalmente mal aproveitada. O filme de fato tem suas qualidades, como boas atuações (Ralph Fiennes me deixou surpreso), trilha sonora que encaixa muito bem no contexto do filme, a critica racial nas entrelinhas, e um conceito bem fresco (pra não dizer original) de sci-fi no cinema da época, misturando um tipico thriller (quase) policial, com o fator da ficção cientifica. Mas, o filme tropeça feio na execução. Roteiro arrastado, diálogos imbecis, ritmo fragmentado, e a construção do mistério é porcamente dividida, sendo que os primeiros 50 min de filme não servem pra absolutamente nada a não ser demonstrar o funcionamento da maquina, o que é um exagero sem tamanho. A ideia da comercialização de memorias foi tão mal aproveitada, que fiquei frustrado ao longo do filme por o plot forçar isso a ser um simples recurso de roteiro, e não um ponto chave da trama usado criativamente. O final é outra coisa que me deixou frustrado, além de preguiçoso, é covarde, pois, na minha opinião, com o "vilão" estando por cima em 90% do filme, manipulado o raciocínio dos personagens, e construindo um mistério, acho preguiça de mais tudo se ajeitar com uma ou duas lutas, um clichê que deveria ficar longe de um filme desses.
O filme acerta em tudo, menos na proposta principal. Já virou um clássico, depois de Saving Private Ryan, Band of Brothers e The Pacific, vim nos comentários e dizer que o tema "2ª Guerra já esta saturado". Isso não deixa de ser verdade, mas esse filme propôs um diferencial: Tratar, profundamente, os horrores da guerra e o psicológico de seus participantes. Pelo menos era isso que os trailers propunham. E é aqui que explico a primeira linha. O filme é muito bem dirigido, as cenas de batalha são excelentes, o enredo é bom, tem ótimos diálogos, a fotografia e a direção de arte mantem o padrão alto das obras que citei anteriormente, o filme dura na medida certa e com um bom ritmo, e tem ótimas atuações, com destaque para os personagens chave do Brad Pitt e do Logan Lerman (até o Shia LaBeouf e o Jon Bernthal, 2 atores que pessoalmente não gosto, cumpriram bem o papel). Tem tudo isso, menos a profundidade no que seria o tema principal (eu acho). Vc até tem uma empatia pelo personagem principal, e entende o conflito que ele passa ao enfrentar os desafios. Mas isso some muito rapidamente, some tão rapidamente para o telespectador, como para o próprio personagem principal. O filme tem pontos chave para essa nuance
como a cena em que o capitão força o Norman a atirar no alemão rendido, e a cena do jantar.
Mas fora esses momentos específicos, o filme volta a ser um (bom) filme de guerra comum. Destaque para as excelentes cenas de batalhas, e destaque negativo para o final (mais especificamente a conclusão), que apesar de ser uma empolgante batalha, cuspiu na realidade que o filme tentou passar o tempo inteiro. Recomendo assistir, pois se quer ver um filme de guerra, esse é o melhor que vai ver por um bom tempo.
A premissa do filme é de fato, absurda, mas até que entrega bem o entretenimento que ela propõe. Tem boas (nada além disso) cenas de ação, e a atuação do Travolta e do Nicolas Cage (esse principalmente), que horas oscilam entre genial e patético, divertem mais que qualquer coisa no filme. Um bom filme, mas só recomendo se realmente tiver garimpando um material para "entertainment", por que ele não oferece um roteiro foda, nem cenas inesquecíveis, e tem melhores filmes na mesma linha.
Excelente direção, ótimo plot, enredo convincente, trilha sonora sutil, e ótimas atuações. Um ótimo filme do Sr. Fincher. Mas também não é livre de defeitos. Há vários pormenores, mas o que mais me incomodou foi a extensão do filme, pois acho que uma historia de suspense, nesse formato que o filme apresentou, funcionaria melhor se fosse mais dinâmico. Tem algumas cenas do filme que simplesmente não acrescentam nada nem ao mistério, e nem no desenvolver da trama, o que deixou as 2h e 30min de filme levemente "tediosas" em alguns momentos. Nada que estrague o resultado final, mas é algo a se considerar.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraMeu avô fumou a vida inteira. Eu tinha em torno de 10 anos quando minha mãe disse pra ele " - Se você um dia pretende ver seus netos se graduarem na faculdade, você deveria parar imediatamente". Lagrimas escorreram pelos seus olhos quando ele realizou verdadeiramente o que estava em jogo. Ele parou imediatamente. Três anos depois ele morreu de câncer no pulmão. Foi muito triste, e aquilo me destruiu. Minha mãe me disse " - Nunca fume. Por favor não faça a sua família passar pelo o que seu avô nos fez passar". Eu concordei. Tenho 20 anos, e nunca encostei em um cigarro. Mas preciso dizer, que sinto um certo arrependimento de nunca ter o feito, por que esse filme me deu câncer de qualquer jeito.
Sherlock: A Abominável Noiva
4.4 190 Assista AgoraMagnífico!
A nova roupagem (ou velha?) trazida a esse episódio me conquistou completamente. A essência do que nos conquistou na serie está lá, em toda a sua gloria, porém, devido a temática vitoriana, muitas sutilezas que tornam esse episódio tão único quanto poderia ser foram adicionadas, como por exemplo certas variações no linguajar e comportamento dos personagens e referencias a diversos dos melhores contos de Sir Arthur Conan Doyle, genialmente inseridas no mistério criado para o episódio. Toda a roupagem vitoriana é muito divertida e bem construída, com um plus do rearranjo da soundtrack original e a excelência da construção das cenas são um deleite para os olhos e ouvidos. Destaque para a cena na sala de visitas, onde Sherlock reconstroi visualmente em sua cabeça o caso descrito. Os diálogos (o que considero o maior triunfo de direção de toda a serie) são cada um melhor que o outro. Absolutamente todos os diálogos entre Sherlock e Moriarty são indescritívelmente bem construídos, veria um episódio inteiro só disso se fosse possível! Em linhas gerais, o mistério cumpre a proposta de te deixar intrigado e curioso, e tem uma conclusão bem inesperada (pra mim, pelo menos) e muito satisfatória, com uma mensagem bem clara e construída de um dos, se não o, tema mais frequente de debates acalorados por ai. No mais, as atuações de Cumberbatch, Freeman, Scott, Gatiss, Stubs e etc, o roteiro bem desenvolvido (até certo ponto), as excelentes piadas e o CONCEITO da mescla com a timeline original da serie são a cereja do bolo.
Porém, como filme/serie nenhum, esse episódio não escapa de alguns "pecados" (*Ding!*). Em minha opinião, o plot geral ficou meio confuso, e perdeu um pouco da graça e até importância depois que
é revelado que todo o mistério se passa no mind pallace do Sherlock
A troca rápida entre o período vitoriano e o presente trouxe uma certa desarmonia dentro da proposta nos minutos finais do episódio, com um amontoado de informações de variada importância tanto para a construção dos personagens, como informações para a sub-plot, sendo misturadas de uma forma meio labiríntica.
Recomendadíssimo pra quem ama esse personagem como eu, e quer algo surpreendente pra ver. Deixo como dica que, se possível, leia a maioria dos contos originais, para aproveitar o episódio (que tem uma historia feita para ele em especifico) em sua totalidade.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraJá estava sentindo falta desse tipo de filme: Baixo orçamento, ideia (quase) totalmente original, capricho acima da média, e com uma pegada bem mais conceitual do que comercial.
A mecânica de causalidade devido a ações pouco pensadas ou premeditadas, levando a desfechos inesperados e até bizarros, desafiando a logica (que apesar de não parecer está lá), me lembra muito o excelente "Primer", na forma que foi gravado e algumas cenas em especifico, (semelhança que se deve principalmente ao orçamento de ambos os filmes). Apesar de Coherence não ter 1/1000 da complexidade de Primer, ele ainda sim, consegue prender a atenção de uma forma parecida, nos fazendo mergulhar no mistério a ponto de dar vontade de entrar na discussão e opinar sobre os eventos aos quais eles participam, que a principio parecem aleatórios, mas fazem parte de uma mecânica bem fixa dentro do plot, fator indispensável numa boa ficção cientifica. Achei a maioria dos diálogos bem construídos, gostei da sutileza ao qual os traços da personalidade de cada personagem são desenvolvidos durante esses diálogos, e obviamente, por suas ações perante ao quebra cabeça, e gostei de como o filme naturalmente mata as ideias mais obvias sobre o mistério, e o que deve ser feito
como quando Beth é indagada sobre o que fez com o remédio, descartando a ideia de tudo aquilo ser efeito de drogas, e como quando Mike tem a ideia de simplesmente erradicar as "copias" do grupo para se proteger, descartando a ideia de se proteger com força bruta.
Outro fator excelente é o final, ou melhor dito, a conclusão. A Em, já conformada que não poderia fazer tudo voltar ao normal, resolve abandonar a casa que estava e procurar uma a qual ela fosse ter um desfecho mais feliz possível. Achei simplesmente do caralho, como a personagem mais paciente, cautelosa e racional, teve uma atitude incalculavelmente fria e egoísta, tomada na hora certa, ciente que o fenômeno não duraria pra sempre. Com certeza uma bela conclusão, que se encaixou muito bem no ritmo do filme.
Não dou 5 estrelas para o filme, por que ele comete alguns erros, e tem pontos aos quais certamente trariam uma experiencia melhor. Um deles,é a velocidade a qual o grupo inteiro se acostuma com a ideia de uma múltipla realidade onde vários deles existem ao mesmo tempo. Achei isso pouco natural, meio mal desenvolvido dentro do filme. Outro deles, é o fato de o roteiro ir "mastigando" o mistério, tirando um pouco do serviço do expectador de analisar os fatos e formar teorias baseado nas evidencias. Logico, entendo que nem todo mundo gosta disso, mas tenho a opinião que o mistério como um todo ia ser mais completo e interessante se alguns diálogos do filme não entregassem tantas partes que "facilmente" podiam ser deduzidas pela logica dos eventos, na ordem que o filme os apresenta
como quando, na hora de fazer a caixa com as numerações do dado e o objeto aleatório do grupo, a Em faz o favor de declarar em voz alta e bem explicado que os números originais não batem, e que aquela versão dela e do Mike não são daquela casa (um dos inúmeros exemplos)
coisa que podia ser demonstrada com mais sutileza, entregando pistas e organizando o roteiro pra que tal linha de pensamento fosse seguida. Posso entender a necessidade disso, mas gostaria que fosse diferente. Por fim, ainda acho ruim algumas cenas e linhas de diálogos, que simplesmente foram encaixadas nos momentos mais imbecis, bem no meio de tudo o que estava acontecendo de misterioso
como quando o Kevin e a Laurie discutem sobre a Em não apoiar ele na viajem random, ou quando a Lee fala sobre como o Mike é um marido ruim ( essa Lee também, COM CERTEZA a personagem mais inútil do filme)
Recomendo, principalmente pra quem gosta de um filme onde a ideia é mais importante que o visual, coisa que esta ficando rara em sci-fi.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraA ideia do filme não é nada diferente do que já não foi explorado no cinema, mas, quem sabe, nenhum filme explorou tão bem essa ideia de uma ambição forte e quase destrutiva em prol de um objetivo final. Isso é devido a excelente construção dos personagens chave, onde vc sente empatia pelo personagem principal a ponto de ficar tão nervoso ou ansioso quanto ele no decorrer do filme, de um forma natural, sem apelativos emocionais ou coisa do tipo, feito repetido também pelo J.K Simmons, o qual consegue passar os traços da personalidade do personagem, sem forçar situações imbecis, ou fazer um personagem mau sem motivo algum. Excelente casting, trilha sonora obviamente boa, personagens bem construídos, roteiro bem escrito, ritmo e duração na medida, e principalmente, uma direção de arte, fotografia e ângulos de câmera excelentes, pois parte desse nervosismo e ansiedade que sentimos, se dá aos ambientes com "pouca" luz, e mais claustrofóbicos, com closes na bateria e no personagem, ofegante, e desesperado.
De defeitos, acho que o que me incomodou um pouco foi o final abrupto, (mas deveras bem encaixado), e alguns sub-plots desnecessários, como a garota a qual ele sai, e a família que não acredita no potencial dele. Entendo que esses eventos são necessários pra dar mais contexto pro desenvolvimento do personagem, mas acho que podiam, no minimo ser mais originais, ou mais interessantes do que foram.
Recomendo, pois esta entre um dos melhores filmes que foram lançados por um bom tempo, e com certeza é sempre bom uma dose de motivação para as dificuldades da vida.
Prova Final
3.2 404 Assista AgoraSó vim aqui por causa do Zangado.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraAssisti o filme baseado nos elogios que ouvi sobre, e pode ser que alguns foram exagerados, mas é um bom filme.
Excelente direção, casting bem escolhido na sua maioria, com destaque para o Jake Gyllenhaal que ficou perfeito no papel. Trilha sonora sutil, mas envolvente, diálogos interessantes, roteiro bom e plot convincente. O que mais chama a atenção no filme é a critica ao jornalismo sensacionalista, o qual viaja qualquer distancia e ultrapassa quaisquer limites em prol de uma boa historia. A quase sociopatia do personagem principal, que faz com que ele por vezes ultrapasse a linha entre espectador e participante nos crimes os quais cobre, e o paralelo com a editora chefe de TV, que vende esse produto sem nenhuma barreira moral, formam uma critica bem construída, e convincente do ponto chave da trama. O personagem principal que nos faz horas sentir curiosidade, adrenalina, repulsão e ódio (ponto para o Jake que torna isso convincente) representa exatamente o que ignoramos quando consumimos esse jornalismo que nos passa desgraças e coisas ruins como entretenimento, e não como simples informação.
De defeitos, pessoalmente, o que mais incomodou foram os primeiros 40 minutos do filme, que no caso serviram pra desenvolver o personagem principal, mas de uma forma muito pobre. Uma boa parte desses 40 minutos são de peculiaridades bem desnecessárias sobre o personagem principal, e outra parte contem diálogos que não levam a lugar nenhum. O plot só se desenvolve mesmo depois que o Lou contrata o seu funcionário, personagem esse que também nos envolve em diálogos imbecis e situações irritantes.
Recomendo, principalmente pelo personagem do Gyllenhaal, e por fugir das centenas de blockbusters vazios ultimamente.
Busca Implacável
4.0 1,3K Assista AgoraMais um da serie "agente profissional aposentado que volta a ativa por motivo pessoal, e resolve o problema a qualquer custo". Clichê, obviamente, como uma infinidade de coisas no filme, mas ainda sim, satisfatório.
Bem dirigido, parte do casting excelente (Liam Neeson na melhor forma), lutas, perseguições e tiroteios de "qualidade", todos meio frenéticos e com ótimas coreografias, trilha sonora muito boa e cativante na maior parte do tempo, história (até que) convincente, e roteiro bem aceitável. Destaque pro lado investigativo do filme, que é bem logico por parte do personagem principal, e torna a caça plausível.
De defeitos, os principais são: Sub-plots imbecis (como o divorcio, a cantora, e o Kevin Spacey genérico que fica tentando capturar o Liam Neeson durante o filme), e a outra parte do casting. Essa é provavelmente a menina de 17 anos mais estereotipada e over-actor que já vi, Famke Janssen "meh..." como sempre, e o resto todos na linha do aceitável.
Não sou fã do gênero, mas recomendo, pois é um ótimo filme de ação para descontrair de roteiros complexos e filosofias profundas.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraO que me fez assistir esse filme foi o simples fato de ser o Keanu Reeves. Sou fã do cara e por vezes acho ele bem underrated, quase sempre longe dos holofotes,mas quase sempre com bons papéis. Acabei ficando surpreso com a qualidade do filme.
Muito bem dirigido, excelente casting (acompanhado de excelentes atuações), diálogos longe de entediantes, cenas de ação muito bem coreografadas (destaque pra esse ponto, onde, na maioria dos filmes, durante tiroteios e lutas, a câmera fica balançando e saindo de foco, coisa que odeio, e que não vi no filme. Outro fator, é que durante a maioria das cenas, se vê que é o Keanu Reeves mesmo e não um dublê.), fotografia e direção de arte excelentes, onde todos os cenários do filme tem um ar soturno e misterioso, e comprido na medida certa. Historia clichê mas boa, roteiro convincente e personagens interessantes.
[Alguns spoilers mínimos]
De defeitos, devo notar que, apesar do ritmo do filme passar por cima dessas coisas, ainda sim se devia um capricho especial. O filme é um poço de clichês (Assassino de aluguel aposentado que é forçado a voltar a ativa por um motivo pessoal, vilão russo chefe de império com filho cusão e sem limites, femme fatale semi-antagonista, velho companheiro que morre para ajudar o principal, numero enorme de capangas do vilão russo que não servem pra nada e por ai vai...). Outro ponto é o fator da empatia com o personagem principal, onde o filme não te dá tempo pra se importar com o Beagle, com a mulher ou com o Mustang. Vc gosta do personagem só quando vê suas habilidades em combate, e por ele ter a clássica roupagem do profissional silencioso. Um melhor desenvolvimento seria um ponto forte, mas talvez não necessário.
Recomendo, principalmente para quem não curte filmes do gênero (pois alivia o peso dos clichês), pois é um excelente filme, puramente com o proposito do entertain descompromissado de complexidade.
Desconhecido
3.6 1,0K Assista AgoraUm bom filme, com um plot (até que) convincente, cenas de ação bem feitas (a perseguição de carro foi excelente), e boas atuações. Uma ponto fortíssimo do filme, na minha opinião, é o fato de o filme ter um protagonista homem e uma mulher, e os dois não se relacionarem amorosamente (pelo menos não claramente). Acho isso um ponto forte porque prova que esse tipo de relação não é obrigatória pra que a historia funcione direito. Se mais filmes explorassem essa ideia, veríamos duplas com dinâmicas diferentes, até mais interessantes do que o clássico "casal em perigo".
Pra mim, o filme só peca um pouco no roteiro. Além de ele ir pra frente somente por um numero infindável de Deus-Ex Machinas, algumas cenas ele entrega a historia,
como na própria cena da perseguição, ele não dirige daquele jeito só por ser o Liam Neeson não é? Ou também na cena a qual ele invade o laboratório de pesquisa do Prof. Bressler, e os 2 "Martin Harris" ditam a exata mesma coisa, e tem os documentos "duplicados"
Pode ser que eu, na sorte tenha sacado a ideia, mas o filme só continua desses pontos por que o roteiro pede mesmo. Apesar de tudo, recomendo, é um filme que presa pelo entretenimento casual, mais do que qualquer coisa.
O Sol de Cada Manhã
3.2 220 Assista AgoraEsse filme, junto com Lord of War, Leaving Las Vegas, Joe, e mais alguns, mostram como o Nicolas Cage é um puta desperdício de ator. O cara é bom, carismático, expressivo e convincente, o que acaba com ele é os fiascos de filme e fiascos de papel que ele seleciona pra cumprir.
Sobre o filme em si. Achei a mensagem poderosa, mas mal conduzida. O plot vai e volta no mesmo ponto diversas vezes ao longo do filme, principalmente na questão da relação dele com a mulher, e a dificuldade dele de aceitar que acabou. Os melhores momentos são os monólogos dele, em que, ele reconhece de forma crua o que sua vida se tornou, e também gosto de como filme trata dele se sentindo uma sombra perto do renomado e admirado pai, e como ele amadurece por tentativa e erro. O ponto mais forte do filme, na minha opinião, é o final, ele foi uma quebra de expectativa, e uma lição, a qual todo mundo passa e não percebe. Ele compreende que o mundo é injusto, e resolve tirar o melhor proveito que pode da vida que segue, mesmo ela não sendo o ideal que ele tinha imposto.
Bem dirigido, boas atuações (destaque pra Nicolas Cage e Michael Caine), uma boa trilha sonora (que cria uma atmosfera quase depressiva, mas que enaltece os pontos chave da historia), e com duração na medida. De contra ponto, roteiro mal feito, cenas mal aproveitadas com diálogos imbecis, e sub-plots entediantes, como a falta de interesse da filha dele nas coisas, ou o "problema" de drogas do filho, aos quais são tão mal desenvolvidos, que se tornam quase irrelevantes no final tanto da historia, como na mensagem que o filme tenta passar.
Estranhos Prazeres
3.6 134 Assista AgoraUm boa ideia de sci-fi, quase totalmente mal aproveitada.
O filme de fato tem suas qualidades, como boas atuações (Ralph Fiennes me deixou surpreso), trilha sonora que encaixa muito bem no contexto do filme, a critica racial nas entrelinhas, e um conceito bem fresco (pra não dizer original) de sci-fi no cinema da época, misturando um tipico thriller (quase) policial, com o fator da ficção cientifica.
Mas, o filme tropeça feio na execução. Roteiro arrastado, diálogos imbecis, ritmo fragmentado, e a construção do mistério é porcamente dividida, sendo que os primeiros 50 min de filme não servem pra absolutamente nada a não ser demonstrar o funcionamento da maquina, o que é um exagero sem tamanho. A ideia da comercialização de memorias foi tão mal aproveitada, que fiquei frustrado ao longo do filme por o plot forçar isso a ser um simples recurso de roteiro, e não um ponto chave da trama usado criativamente. O final é outra coisa que me deixou frustrado, além de preguiçoso, é covarde, pois, na minha opinião, com o "vilão" estando por cima em 90% do filme, manipulado o raciocínio dos personagens, e construindo um mistério, acho preguiça de mais tudo se ajeitar com uma ou duas lutas, um clichê que deveria ficar longe de um filme desses.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraO filme acerta em tudo, menos na proposta principal.
Já virou um clássico, depois de Saving Private Ryan, Band of Brothers e The Pacific, vim nos comentários e dizer que o tema "2ª Guerra já esta saturado". Isso não deixa de ser verdade, mas esse filme propôs um diferencial: Tratar, profundamente, os horrores da guerra e o psicológico de seus participantes. Pelo menos era isso que os trailers propunham. E é aqui que explico a primeira linha. O filme é muito bem dirigido, as cenas de batalha são excelentes, o enredo é bom, tem ótimos diálogos, a fotografia e a direção de arte mantem o padrão alto das obras que citei anteriormente, o filme dura na medida certa e com um bom ritmo, e tem ótimas atuações, com destaque para os personagens chave do Brad Pitt e do Logan Lerman (até o Shia LaBeouf e o Jon Bernthal, 2 atores que pessoalmente não gosto, cumpriram bem o papel).
Tem tudo isso, menos a profundidade no que seria o tema principal (eu acho). Vc até tem uma empatia pelo personagem principal, e entende o conflito que ele passa ao enfrentar os desafios. Mas isso some muito rapidamente, some tão rapidamente para o telespectador, como para o próprio personagem principal. O filme tem pontos chave para essa nuance
como a cena em que o capitão força o Norman a atirar no alemão rendido, e a cena do jantar.
Recomendo assistir, pois se quer ver um filme de guerra, esse é o melhor que vai ver por um bom tempo.
A Outra Face
3.7 700 Assista AgoraA premissa do filme é de fato, absurda, mas até que entrega bem o entretenimento que ela propõe. Tem boas (nada além disso) cenas de ação, e a atuação do Travolta e do Nicolas Cage (esse principalmente), que horas oscilam entre genial e patético, divertem mais que qualquer coisa no filme. Um bom filme, mas só recomendo se realmente tiver garimpando um material para "entertainment", por que ele não oferece um roteiro foda, nem cenas inesquecíveis, e tem melhores filmes na mesma linha.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraExcelente direção, ótimo plot, enredo convincente, trilha sonora sutil, e ótimas atuações. Um ótimo filme do Sr. Fincher. Mas também não é livre de defeitos. Há vários pormenores, mas o que mais me incomodou foi a extensão do filme, pois acho que uma historia de suspense, nesse formato que o filme apresentou, funcionaria melhor se fosse mais dinâmico. Tem algumas cenas do filme que simplesmente não acrescentam nada nem ao mistério, e nem no desenvolver da trama, o que deixou as 2h e 30min de filme levemente "tediosas" em alguns momentos. Nada que estrague o resultado final, mas é algo a se considerar.