Weslley Dodds

Foram necessários quase 3 anos para a segunda temporada de Mestres do Universo sair.

E o que posso dizer a cerca disso é: Caramba, que saudade!

Poucas coisas lançadas em serviços de streaming me empolgam tanto ao ponto de assistir tudo de uma vez - a famosa maratona. E, apesar de achar essa sequência inferior ao que vimos antes, ainda assim, tenho (quase) só elogios.

O que me fez achar essa temporada inferior à sua antecessora foi a ausência de desenvolvimento de personagens. Quero dizer, para além do Esqueleto, que aqui ganha uma surpreendente história de origem, nenhum outro habitante de Eternia teve a mesma sorte. Ou seja, de fato foi uma temporada focada mais na boa e velha trocação de soco.

O que não seria demérito caso não tivesse ocorrido no lançamento da temporada anterior, uma chuva de críticas justamente à respeito disso. Some-se à isso o fato de que Teela (praticamente a protagonista da temporada anterior), dessa vez ser relegada à só mais uma aliada superpoderosa de Adam, que podemos começar a questionar o quanto essas mudanças não foram imposições de uma turba de "fãs".

Verdade seja dita, a curta duração dessas temporadas talvez seja o principal calcanhar de Aquiles dessa série. Pois, ao mesmo tempo que agiliza a narrativa, impede que a trama e seus personagens sejam bem desenvolvidos. Uma pena o que acontece ao Hordak (que foi tão bem adaptado em She-Ra e as Princesas do Poder - aliás, tão moscando em não trazê-la logo, ein?) e sua invasão multiversal.

De qualquer forma, He-Man continua sendo pura diversão! Com uma boa animação (que até me fez comparar com a atual falta de qualidade dos desenhos mais recentes da DC), lutas bem coreografas (pois essa também sofreu uma redução na qualidade) e um senso de autoimportância equilibrado, Kevin Smith (mais uma vez) resgata as qualidades e características que fizeram de He-Man uma série popular.

Um fruto mais do que interessante do legado de Conan e seu idealizador Robert E. Howard. Inclusive, até de forma subversiva. O final, com aquela chacoalhada no status quo, que o diga. Impressionante como a literatura pulp continua influente até hoje!

Espero que a próxima aventura de He-Man e Cia. não demore tanto pra dar as caras novamente.

PS. 1: Que personagem desnecessária essa Andra. Branco não consegue escrever personagens negros mesmo, né?! Impressionante!

PS. 2: Notem como o subtítulo "Revolution" muda de episódio pra episódio e de como ele possui duplo sentido mais ao fim.

Minha história com esse filme foi singular. Comecei-o a ver em 2020 (ano de seu lançamento), mas fui forçado a interromper pela pessoa com quem estava assistindo. Creio que ela estivesse com sono e/ou desconfortável com o andamento da narrativa. Só sei que nessas, só voltei a vê-lo agora, em 2022! E, pasmem, em mais duas parcelas! Hoje (12 de agosto), finalmente, o terminei! E posso dizer que gostei (como em todas as vezes em que assisti cada uma de suas partes). Mas ele, curiosamente, me deixa com sono e, ao mesmo tempo, demasiadamente ansioso. Nem quero pensar muito em seus porquês (ao menos por ora). Deixemos para a revisão que certamente (?) virá. Quem sabe em mais alguns anos?

Nossa... o filme só foi cadastrado agora? Mal sinal...