Primeiramente, direção e atuações impecáveis. O cast pega pesado com Jodie Foster, Kate Winslet, John C Reilly e Christoph Waltz, (o eterno Hans Landa), sobre o comando de Roman Polanski, que não deixa o ritmo do filme cair mesmo num filme ambientado somente num apartamento. Dois casais discutindo sobre a briga de seus filhos passam de um simples e polido entendimento entre as partes até chegarem a um tipo de briga-terapia agressiva e autêntica, onde questões básicas sobre qualquer casal, como a verdadeira imagem do parceiro, a submissão de uma das partes, o julgamento de relacionamentos alheios em comparação ao próprio vem a tona de maneira sutil e devastadora (acreditem!). O quanto fingirmos ser educados, e muitas vezes inautênticos, para o convívio em civilidade (ou domesticação) somente para passarmos por casal perfeito, ou parceiro perfeito, de opiniões sempre sucintas e bem equilibradas, e juntando ao julgamento do próximo que é inerente ao ser humano, nos leva a situações como essa mostrada no filme, onde a tensão acumulada explode em brigas onde as opiniões, por mais verdadeiras que sejam são jogadas na cara do parceiro de maneira inesquecível e de difícil absorção, já que diferente da crítica alheia, o auto julgamento não é tão natural ao ser humano. A curiosidade mórbida de vermos brigas alheias (eu sei que você gosta), junto à dinâmica realística do filme, o torna muito prazeroso e angustiante, juntando toda a tensão e humor, claro, visto pelo outro lado, que toda briga de casal tem. Roupa suja se lava em casa, lógico, mas o ser humano curioso por natureza inventou as maquinas de lavar com o vidro, para observarmos por passatempo a roupa se lavar, e usar como pretexto a desculpa que é pra ver se está sendo bem lavada.
É incrível como Daren Aaronofsky não se atem a um só tipo de abordagem cinematográfica. Dessa vez em The Fountain o cineasta nos oferece uma viagem através das encarnações de um homem sempre buscando a salvação de sua amada. Passando por três eras distintas, o filme transcende questões como vida, morte, criação, amor... O drama intenso que já é marca do diretor, parece meio monótono na primeira parte, mas começa a tomar um corpo mais denso conforme as histórias se encaixam, e acabam num dos melhores finais que eu particularmente vi, e o que seria o mais “chato” dos filmes do diretor, consegue uma guinada surpreendente e acaba virando um dos melhores. A montagem do filme é excelente tanto quanto as imagens produzidas. O filme em si é excelente tanto quanto os outros produzidos por ele, e tão diferentes quanto todos os outros também são. 4.5
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Deus da Carnificina
3.8 1,4KPrimeiramente, direção e atuações impecáveis. O cast pega pesado com Jodie Foster, Kate Winslet, John C Reilly e Christoph Waltz, (o eterno Hans Landa), sobre o comando de Roman Polanski, que não deixa o ritmo do filme cair mesmo num filme ambientado somente num apartamento. Dois casais discutindo sobre a briga de seus filhos passam de um simples e polido entendimento entre as partes até chegarem a um tipo de briga-terapia agressiva e autêntica, onde questões básicas sobre qualquer casal, como a verdadeira imagem do parceiro, a submissão de uma das partes, o julgamento de relacionamentos alheios em comparação ao próprio vem a tona de maneira sutil e devastadora (acreditem!).
O quanto fingirmos ser educados, e muitas vezes inautênticos, para o convívio em civilidade (ou domesticação) somente para passarmos por casal perfeito, ou parceiro perfeito, de opiniões sempre sucintas e bem equilibradas, e juntando ao julgamento do próximo que é inerente ao ser humano, nos leva a situações como essa mostrada no filme, onde a tensão acumulada explode em brigas onde as opiniões, por mais verdadeiras que sejam são jogadas na cara do parceiro de maneira inesquecível e de difícil absorção, já que diferente da crítica alheia, o auto julgamento não é tão natural ao ser humano.
A curiosidade mórbida de vermos brigas alheias (eu sei que você gosta), junto à dinâmica realística do filme, o torna muito prazeroso e angustiante, juntando toda a tensão e humor, claro, visto pelo outro lado, que toda briga de casal tem. Roupa suja se lava em casa, lógico, mas o ser humano curioso por natureza inventou as maquinas de lavar com o vidro, para observarmos por passatempo a roupa se lavar, e usar como pretexto a desculpa que é pra ver se está sendo bem lavada.
Fonte da Vida
3.7 778 Assista AgoraÉ incrível como Daren Aaronofsky não se atem a um só tipo de abordagem cinematográfica. Dessa vez em The Fountain o cineasta nos oferece uma viagem através das encarnações de um homem sempre buscando a salvação de sua amada. Passando por três eras distintas, o filme transcende questões como vida, morte, criação, amor...
O drama intenso que já é marca do diretor, parece meio monótono na primeira parte, mas começa a tomar um corpo mais denso conforme as histórias se encaixam, e acabam num dos melhores finais que eu particularmente vi, e o que seria o mais “chato” dos filmes do diretor, consegue uma guinada surpreendente e acaba virando um dos melhores. A montagem do filme é excelente tanto quanto as imagens produzidas. O filme em si é excelente tanto quanto os outros produzidos por ele, e tão diferentes quanto todos os outros também são. 4.5