Um afiado ode aos anos 60…um épico Era uma vez em…Nova York!
7 temporadas douradas sobre mudança, recomeço, solidão, autoconhecimento e reconhecimento social. Sobre coragem, cautela, aprendizado. Sobre o trabalho se tornar um lugar de fuga, um refúgio que o ser humano pode montar para se distanciar de si mesmo, de sua essência, de sua família, de sua realidade. Sobre a percepção de que existe mais, muito mais do que este trabalho.
E Peggy e Don descobrem isso a duras penas. Pois quando o trabalho não corresponde mais às expectativas da vida, quando não preenche os pesados vazios da existência, a crise e a dor vêm.
No caso específico de Don, a cena com o homem que fala da metáfora da geladeira é, talvez, a catarse da superação do vazio e da bagunça do anti-herói. Don Draper talvez tenha visto Dick Whitman naquele pobre homem que revelou sua aparente insignificância perante o mundo. Talvez tenha visto nele uma antítese de Don, afinal o que mais Don teve em 10 anos foi a atenção do mundo. E talvez Don tenha visto no pobre homem o próprio Don, na parte sobre não se conseguir conectar com as outras pessoas e não conseguir entender o amor. Talvez, uma superação que ocorre no momento em que Don entra em contato real com os outros: o abraço e a cena final simbolizam isso, o sentimento de empatia, praticamente ausente desde que Dick havia virado Don.
Dick que vira Don. É inevitável não lembrar outra metamorfose na TV: a de Walter White em Heisenberg. Até pelo próprio caminho final que os protagonistas percorrem. Walter White sai do Oeste e foge pro Leste e, numa epifania, volta para o Oeste. Don segue a mesma direção, mas em sentido contrário. Sai do Leste, tenta refúgio no Oeste, e, em outra epifania, retorna ao Leste. Talvez haja mais coisas entre Dick Whitman e Walter White do que possamos ver num primeiro momento. Talvez Walt Whitman seja a união dos dois? Não lembramos "When I Heard the Learn'd Astronomer" - poema declamado em Br Ba:
“Quando, sentado, ouvia o astrônomo muito aplaudido, na sala de conferências, Senti-me logo inexplicavelmente cansado e enfermo, Até que me levantei e saí, parecendo sem rumo No ar úmido e místico da noite, e repetidas vezes Olhei em perfeito silêncio para as estrelas.”
- quando Don, no episódio 12, cansado de ouvir as análises entediantes do diretor da McCann, olha para o céu e resolve partir para a sua jornada de queda e recomeço no Oeste?
E o que acontece nessa temporada?! A ruptura entre eles!... (algo que podíamos esperar, pelo constante comportamento negligente do Don para com sua brilhante redatora). E, do jeito como foi construído, isso não só ficou verossímil como também bastante instigante, como o são todos os clímax de Mad Men. Aquela cena final do ep. 11 dialoga muito bem com o ep. 13 da 3a temporada, quando Don insiste que Peggy vá trabalhar com ele na nova agência. A atuação de Jon Hamm é fantástica: sentimos a sensação de derrota quando Don percebe que a saída de Peggy é irreversível.
A metáfora de Adão e Eva originando a dor e o desejo que existem no mundo (ou nos mundos) foi a cereja do bolo. Como o mundo foi criado!
“O homem é uma criatura estranha. Todas as suas ações são motivadas pelo desejo, seu caráter é forjado pela dor. A dor é seu navio, o desejo é a sua bússola”. Ora, o ser humano é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer!
Por isso o Paraíso na verdade é a escuridão eterna, daí temos o niilismo de Adam contra a luz (“Que haja luz”), contra a origem do sofrimento daqueles 2 mundos presos em um nó: sem desejo, sem dor.
Daí o “Brain Damage” (“you look the door, there is someone in my head, but it’s not me”... que cena aquela da porta e do porão) e o “Eclipse” (“matter of fact, it’s all dark”) que a série nos passa. Daí o título da série: Dark! A história se fecha.
Se nos filmes a gente fala de 2001, Solaris e Matrix como clássicos, nas séries coloco Dark nessa categoria.
Falaram “falta conteúdo. Sinto que Dark não me passou quase nada”, “série caótica, confusa pra c*, extensa por demais e com encheções de linguiça” etc etc... Mas se mesmo Kubrick e Tarkovsky apanham dos sábios cinéfilos do Filmow, Dark sofrer essas críticas já era esperado.
O conteúdo da série: altas reflexões sobre física, filosofia, religião, fatalismo, destino, autodeterminação, bem e mal, e é claro, tempo: o deus universal do nosso cosmos. Logo, não é uma série fácil, você não pode ter preguiça pra assistir, se não vai falar que há “encheção de linguiça”.
Maravilhoso o tom abstrato da série, próprio das tradições alemãs ❤. Pontos principais muito bem enredados e encaixados. Incrível como as 3 temporadas precisam ser vistas como um bloco só e como elas se complementam.
Um dos pontos altos da temporada com certeza foi o episódio do aniversário da Peggy, a briga dela com o Don e a dor que ele sofre com a morte de Anna Draper, a única pessoa que realmente o conhecia. Depois disso, Don tenta organizar mais sua vida e seus objetivos, e escrever o diário foi uma ótima oportunidade para ele melhor conhecer a si mesmo. E nós também acabamos entendendo melhor esse homem ambíguo das 3 temporadas anteriores. O relacionamento de Don com Megan não foi muito desenvolvido, mas às vezes as coisas realmente são súbitas. Cabe ao público entender as sutilezas, como quase tudo em Mad Men.
E Faye Miller é incrível!! Ah, a Betty, ainda não desisti dela. Temos mais 3 temporadas pra ela deixar de ser fútil e arrogante, e evoluir um pouco.
Um coração forte e valente. Um espírito amigo. Anne é o afago na nossa alma. Um carinho quente e afetuoso direto no coração. Expressão do idealismo e do otimismo em sua forma mais poética. Aurora do sensível. Turbilhão da emoção pura, espontânea, em vibrante e constante transformação. Sonhadora que nos traz sempre uma magia emocionante.
Ela nos faz crianças novamente, voltamos a ter os medos e ânsias da juventude. Todos que amam Anne já estiveram em seu lugar, seja quando crianças, seja quando adultos. Cada momento feliz, uma esquentada no nosso coração. Para cada aflição, um aperto,
Da menina que ficava sozinha por ser tão expressiva, da menina que sofria censura e humilhação, para a brilhante mulher amada por tantas pessoas, confirmando Jane Eyre: "Se todo o mundo odiasse você e a considerasse perversa, mas se sua consciência a aprovasse e a absolvesse da culpa, você não estaria sem amigos..."
Todo episódio é um abraço. Todo choro seu é o nosso, toda alegria sua é nossa. Suas imaginações enfeitiçam qualquer um, qualquer uma. "Anne" tem só 4 letras, assim como "amor": afinal, você nem sempre precisa expressar grandes ideias com grandes palavras...
Anne tem os sentimentos à flor da pele. Não sou nada perto dela. Fui criado para reprimir tudo. Mas ela possui uma gama extraordinária de emoções. A vida tem tantas cores quando vista por meio de seus olhos. Colorirá meu mundo para sempre. ;)
"Não é o que o mundo tem para você, mas o que você traz ao mundo."
É mesmo impossível deixar de falar da ambientação dessa série, que coisa primorosa essa reconstrução da NY do fim do século XIX. Muito déjà vu com outras produções, pra quem gosta da temática e da época, é uma delícia!
De fato o final não foi tão incrível, mas penso que a série não foi de forma alguma arrastada. Suspenses e mistérios bem desenhados não são resolvidos de uma hora pra outra.
Já a homenagem ao Connor faz parte da burocracia e da necessidade de se passar determinada imagem pela polícia. É verossímil, ainda que detestemos o personagem.
Mad Men tem um fino equilíbrio no roteiro que lembra Br Ba. E uma contextualização histórica e política de fundo que lembra Downton Abbey. Mas, para além de comparações, consegue ser uma série única, com uma fotografia que enche os olhos e uma trilha sonora apaixonante. Esta temporada lança subtramas que, embora num primeiro momento possam parecer triviais/desimportantes, são retomadas, explicadas e desenvolvidas com muita qualidade. Dá pra entender porque, já na 2a Temporada, Mad Men é um clássico do gênero.
Elisabeth Moss e Jon Hamm fazem atuações magníficas, só por eles já vale a pena.
E é claro, a riqueza da trama caminha junto com a apresentação (explícita ou implícita) do quadro político-social da transformadora década de 60, em que diversos temas crucias para se entender aquela época (e a atualidade) são retratados (sexismo, racismo, consumismo, vida líquida, políticas de empresas, Guerra Fria, homofobia) de forma bastante refinada, levando-nos a grandes reflexões.
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Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraUm afiado ode aos anos 60…um épico Era uma vez em…Nova York!
7 temporadas douradas sobre mudança, recomeço, solidão, autoconhecimento e reconhecimento social.
Sobre coragem, cautela, aprendizado.
Sobre o trabalho se tornar um lugar de fuga, um refúgio que o ser humano pode montar para se distanciar de si mesmo, de sua essência, de sua família, de sua realidade.
Sobre a percepção de que existe mais, muito mais do que este trabalho.
E Peggy e Don descobrem isso a duras penas. Pois quando o trabalho não corresponde mais às expectativas da vida, quando não preenche os pesados vazios da existência, a crise e a dor vêm.
No caso específico de Don, a cena com o homem que fala da metáfora da geladeira é, talvez, a catarse da superação do vazio e da bagunça do anti-herói. Don Draper talvez tenha visto Dick Whitman naquele pobre homem que revelou sua aparente insignificância perante o mundo. Talvez tenha visto nele uma antítese de Don, afinal o que mais Don teve em 10 anos foi a atenção do mundo. E talvez Don tenha visto no pobre homem o próprio Don, na parte sobre não se conseguir conectar com as outras pessoas e não conseguir entender o amor.
Talvez, uma superação que ocorre no momento em que Don entra em contato real com os outros: o abraço e a cena final simbolizam isso, o sentimento de empatia, praticamente ausente desde que Dick havia virado Don.
Dick que vira Don. É inevitável não lembrar outra metamorfose na TV: a de Walter White em Heisenberg. Até pelo próprio caminho final que os protagonistas percorrem. Walter White sai do Oeste e foge pro Leste e, numa epifania, volta para o Oeste. Don segue a mesma direção, mas em sentido contrário. Sai do Leste, tenta refúgio no Oeste, e, em outra epifania, retorna ao Leste. Talvez haja mais coisas entre Dick Whitman e Walter White do que possamos ver num primeiro momento. Talvez Walt Whitman seja a união dos dois? Não lembramos "When I Heard the Learn'd Astronomer" - poema declamado em Br Ba:
“Quando, sentado, ouvia o astrônomo muito aplaudido, na sala de conferências,
Senti-me logo inexplicavelmente cansado e enfermo,
Até que me levantei e saí, parecendo sem rumo
No ar úmido e místico da noite, e repetidas vezes
Olhei em perfeito silêncio para as estrelas.”
- quando Don, no episódio 12, cansado de ouvir as análises entediantes do diretor da McCann, olha para o céu e resolve partir para a sua jornada de queda e recomeço no Oeste?
Mad Men (5ª Temporada)
4.6 206 Assista AgoraCusta acreditar como uma série pode retratar tão bem assim o cotidiano de trabalho, as dificuldades e os desafios das pessoas
Na temporada anterior, falei como havia sido interessante vermos finalmente um maior contato da Peggy com Don...
E o que acontece nessa temporada?! A ruptura entre eles!... (algo que podíamos esperar, pelo constante comportamento negligente do Don para com sua brilhante redatora). E, do jeito como foi construído, isso não só ficou verossímil como também bastante instigante, como o são todos os clímax de Mad Men. Aquela cena final do ep. 11 dialoga muito bem com o ep. 13 da 3a temporada, quando Don insiste que Peggy vá trabalhar com ele na nova agência. A atuação de Jon Hamm é fantástica: sentimos a sensação de derrota quando Don percebe que a saída de Peggy é irreversível.
E, tal qual Don faria, Peggy recomeçou....
You Only Live Twice, afinal....
(a cena final da temporada podia ser muito bem um clip da canção da Nancy Sinatra)
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KEu não podia pedir algo melhor pra uma série do gênero.
A metáfora de Adão e Eva originando a dor e o desejo que existem no mundo (ou nos mundos) foi a cereja do bolo. Como o mundo foi criado!
“O homem é uma criatura estranha. Todas as suas ações são motivadas pelo desejo, seu caráter é forjado pela dor. A dor é seu navio, o desejo é a sua bússola”. Ora, o ser humano é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer!
Por isso o Paraíso na verdade é a escuridão eterna, daí temos o niilismo de Adam contra a luz (“Que haja luz”), contra a origem do sofrimento daqueles 2 mundos presos em um nó: sem desejo, sem dor.
Daí o “Brain Damage” (“you look the door, there is someone in my head, but it’s not me”... que cena aquela da porta e do porão) e o “Eclipse” (“matter of fact, it’s all dark”) que a série nos passa. Daí o título da série: Dark! A história se fecha.
Vou sentir saudades de “um mundo sem Winden”….
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KSe nos filmes a gente fala de 2001, Solaris e Matrix como clássicos, nas séries coloco Dark nessa categoria.
Falaram “falta conteúdo. Sinto que Dark não me passou quase nada”, “série caótica, confusa pra c*, extensa por demais e com encheções de linguiça” etc etc...
Mas se mesmo Kubrick e Tarkovsky apanham dos sábios cinéfilos do Filmow, Dark sofrer essas críticas já era esperado.
O conteúdo da série: altas reflexões sobre física, filosofia, religião, fatalismo, destino, autodeterminação, bem e mal, e é claro, tempo: o deus universal do nosso cosmos. Logo, não é uma série fácil, você não pode ter preguiça pra assistir, se não vai falar que há “encheção de linguiça”.
Maravilhoso o tom abstrato da série, próprio das tradições alemãs ❤. Pontos principais muito bem enredados e encaixados. Incrível como as 3 temporadas precisam ser vistas como um bloco só e como elas se complementam.
Mad Men (4ª Temporada)
4.6 173 Assista AgoraNessa temporada, vemos finalmente um maior contato profissional e pessoal da Peggy redatora com o Don. Essa dupla é ótima.
Um dos pontos altos da temporada com certeza foi o episódio do aniversário da Peggy, a briga dela com o Don e a dor que ele sofre com a morte de Anna Draper, a única pessoa que realmente o conhecia.
Depois disso, Don tenta organizar mais sua vida e seus objetivos, e escrever o diário foi uma ótima oportunidade para ele melhor conhecer a si mesmo. E nós também acabamos entendendo melhor esse homem ambíguo das 3 temporadas anteriores.
O relacionamento de Don com Megan não foi muito desenvolvido, mas às vezes as coisas realmente são súbitas. Cabe ao público entender as sutilezas, como quase tudo em Mad Men.
E Faye Miller é incrível!!
Ah, a Betty, ainda não desisti dela. Temos mais 3 temporadas pra ela deixar de ser fútil e arrogante, e evoluir um pouco.
Anne com um E (3ª Temporada)
4.6 571 Assista AgoraQuem é Anne com um "E"?
Um coração forte e valente. Um espírito amigo. Anne é o afago na nossa alma. Um carinho quente e afetuoso direto no coração. Expressão do idealismo e do otimismo em sua forma mais poética. Aurora do sensível. Turbilhão da emoção pura, espontânea, em vibrante e constante transformação. Sonhadora que nos traz sempre uma magia emocionante.
Ela nos faz crianças novamente, voltamos a ter os medos e ânsias da juventude. Todos que amam Anne já estiveram em seu lugar, seja quando crianças, seja quando adultos. Cada momento feliz, uma esquentada no nosso coração. Para cada aflição, um aperto,
Da menina que ficava sozinha por ser tão expressiva, da menina que sofria censura e humilhação, para a brilhante mulher amada por tantas pessoas, confirmando Jane Eyre: "Se todo o mundo odiasse você e a considerasse perversa, mas se sua consciência a aprovasse e a absolvesse da culpa, você não estaria sem amigos..."
Todo episódio é um abraço. Todo choro seu é o nosso, toda alegria sua é nossa. Suas imaginações enfeitiçam qualquer um, qualquer uma. "Anne" tem só 4 letras, assim como "amor": afinal, você nem sempre precisa expressar grandes ideias com grandes palavras...
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista AgoraNo fim (e em todos os episódios) estamos encharcados pela genialidade, a veemência, a indignação de Anne Shirley-Cuthbert
Anne com um E (2ª Temporada)
4.6 443 Assista AgoraAnne tem os sentimentos à flor da pele. Não sou nada perto dela. Fui criado para reprimir tudo. Mas ela possui uma gama extraordinária de emoções. A vida tem tantas cores quando vista por meio de seus olhos. Colorirá meu mundo para sempre. ;)
"Não é o que o mundo tem para você, mas o que você traz ao mundo."
O Alienista (1ª Temporada)
4.0 281 Assista AgoraÉ mesmo impossível deixar de falar da ambientação dessa série, que coisa primorosa essa reconstrução da NY do fim do século XIX.
Muito déjà vu com outras produções, pra quem gosta da temática e da época, é uma delícia!
De fato o final não foi tão incrível, mas penso que a série não foi de forma alguma arrastada. Suspenses e mistérios bem desenhados não são resolvidos de uma hora pra outra.
Já a homenagem ao Connor faz parte da burocracia e da necessidade de se passar determinada imagem pela polícia. É verossímil, ainda que detestemos o personagem.
Mad Men (2ª Temporada)
4.4 113 Assista AgoraMad Men tem um fino equilíbrio no roteiro que lembra Br Ba. E uma contextualização histórica e política de fundo que lembra Downton Abbey. Mas, para além de comparações, consegue ser uma série única, com uma fotografia que enche os olhos e uma trilha sonora apaixonante. Esta temporada lança subtramas que, embora num primeiro momento possam parecer triviais/desimportantes, são retomadas, explicadas e desenvolvidas com muita qualidade. Dá pra entender porque, já na 2a Temporada, Mad Men é um clássico do gênero.
Elisabeth Moss e Jon Hamm fazem atuações magníficas, só por eles já vale a pena.
E é claro, a riqueza da trama caminha junto com a apresentação (explícita ou implícita) do quadro político-social da transformadora década de 60, em que diversos temas crucias para se entender aquela época (e a atualidade) são retratados (sexismo, racismo, consumismo, vida líquida, políticas de empresas, Guerra Fria, homofobia) de forma bastante refinada, levando-nos a grandes reflexões.