O filme varia a linha do tempo em seu enredo, os diálogos são limitados, mas mesmo assim toda a idéia e a história dos personagens fica clara. Faltou, talvez, um protagonista melhor, com uma atuação menos inconsistente, mas todas suas angustias e motivações ficam ali claras. O design de som é incrível, bem desconfortante, as vezes podendo até dar uma cara de filme de terror às mais simples das cenas. Sem qualquer duvida, era o propósito. Alia isso com uma edição muito interessante - com algumas sobreposições de imagens, cortes rápidos, de planos muito eficientes e alguns bem bonitos - e temos um filme com uma boa técnica e estética.
Sabe quando você tá escrevendo uma redação muito boa, mas dai você vê que tem limite de linhas e termina a história de qualquer jeito, com pressa? É tipo isso. Acho que se o filme tivesse uns 20 minutos a mais, elaborando melhor o desfecho, teria sido ótimo. Mas o final é realmente corriqueiro, vai tudo acontecendo de forma atropelada, um desfecho mal desenvolvido. Tecnicamente o filme é apenas correto. Tem umas metaforas se utilizando das roupas, objetos dos personagens, um pouco da fotografia, mas é tudo meio entregue de bandeja, não é sutil. Não é um filme ruim, mas tinha potencial para ser bem melhor.
Tem jeito que daqui a uns 10 anos vai estar passando na Sessão da Tarde. Nenhuma motivação dos personagens é crível. É tudo apático, sem propósito. Um monte de atuação ruim dentro de um enredo fraco. Tecnicamente um filme que apenas cumpre seu papel, mas dentro de uma línguagem simples.
Mais uma vez Bergman nos abala escancarando a natureza irregular do ser humano, que não sustenta a ilusão de plenitude e segurança do casamento. Aposto que todo mundo que viu esta mini série acabará repensando seus desejos, refletindo se vale a pena botar em jogo a nossa liberdade e nossos genuinos e espontâneos sentimentos, por um reconhecimento social. Gosto de ressaltar também como o Bergman tem o dom de fazer analogias e descrever tão belamente os nossos mais melancólicos sentimentos, como numa das cenas em que uma senhora descreve como se tornou insossa sua vida, e que importunamente acabei me identificando:
"Algo peculiar está acontecendo. Meus sentidos, visão, audição, tato... Estão começando a falhar. Essa mesa por exemplo. Posso vê-la, toca-la. Mas a sensação é morta e seca. É assim com tudo. Música, cheiros, rostos, vozes. Tudo parece insignificante, cinzento e indigno.
"Aqui tudo é diferente. Talvez não apenas ventres sejam abertos a força aqui. Nunca vou esquecer esse momento. Nunca vou estar tão perto da vida novamente. Pelo menos foi-se por minhas mãos, pelo meu ventre. Mas escoou como água" (Essa frase é dita no inicio, não é spoiler, não se preocupe).
Esse é o Bergman que me fez me apaixonar pelo cinema europeu, que me o fez se tornar minha maior inspiração. Um filme cruel sobre o maior momento da vida, o inicio dela. Toda vez que assisto um filme do Bergman sinto que estou tendo uma aula sobre a vida.
Em 1928 Dreyer construiu um filme com uma beleza que até os dias de hoje, em toda a história do cinema, nada se viu igual. Poucas vezes um filme me levou a mão a boca para conter o êxtase que a beleza desse filme passa.
Uma narrativa lucida para um tema peculiar, que é um diferencial, mas que ao mesmo tempo torna a amizade dos protagonistas muito apática, que aliada ao desfecho previsível, não causa a comoção esperada. Tecnicamente o filme também não encanta.
O cotidiano monotono do conformado protagonista, num convincente ambiente de periferia norte americano que serve de quadro para a genial metáfora das ovelhas. Tecnicamente, tem fotografia orgânica, uma das mais belas que já vi num filme americano, que é acompanhada pela trilha sonora de alto nível inserida nos momentos certos. Tudo para complementar a surpreendente atuação de um elenco iniciante, que demonstra como o diretor foi eficiente em conduzi-los. Uma obra prima
Adoro o uso de cores nesse filme. Naquele periodo que Jack volta isso fica bem evidente. Ennis está em casa, uma casa de cores fracas, pasteis, assim como a roupa de sua esposa. Aparece Jack numa caminhonete vermelha forte e eles vão para a floresta. Depois quando Ennis volta, ele aparece com um colete que por fora é bege, uma cor fraca e pacata, com um forro interno laranja vibrante, representando como Ennis é por fora e como é por dentro.
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Discreto
2.4 4O filme varia a linha do tempo em seu enredo, os diálogos são limitados, mas mesmo assim toda a idéia e a história dos personagens fica clara.
Faltou, talvez, um protagonista melhor, com uma atuação menos inconsistente, mas todas suas angustias e motivações ficam ali claras.
O design de som é incrível, bem desconfortante, as vezes podendo até dar uma cara de filme de terror às mais simples das cenas. Sem qualquer duvida, era o propósito.
Alia isso com uma edição muito interessante - com algumas sobreposições de imagens, cortes rápidos, de planos muito eficientes e alguns bem bonitos - e temos um filme com uma boa técnica e estética.
Baseado em Fatos Reais
3.1 189 Assista AgoraSabe quando você tá escrevendo uma redação muito boa, mas dai você vê que tem limite de linhas e termina a história de qualquer jeito, com pressa? É tipo isso.
Acho que se o filme tivesse uns 20 minutos a mais, elaborando melhor o desfecho, teria sido ótimo. Mas o final é realmente corriqueiro, vai tudo acontecendo de forma atropelada, um desfecho mal desenvolvido. Tecnicamente o filme é apenas correto. Tem umas metaforas se utilizando das roupas, objetos dos personagens, um pouco da fotografia, mas é tudo meio entregue de bandeja, não é sutil.
Não é um filme ruim, mas tinha potencial para ser bem melhor.
Bom Comportamento
3.8 392Tem jeito que daqui a uns 10 anos vai estar passando na Sessão da Tarde. Nenhuma motivação dos personagens é crível. É tudo apático, sem propósito. Um monte de atuação ruim dentro de um enredo fraco. Tecnicamente um filme que apenas cumpre seu papel, mas dentro de uma línguagem simples.
Satyricon de Fellini
3.8 145 Assista AgoraOs 30 minutos pareciam promissores, depois... Como disse um outro usuário, as vezes parece que Fellini não sabe distinguir delírios de simbologias.
Cenas de um Casamento
4.4 232Mais uma vez Bergman nos abala escancarando a natureza irregular do ser humano, que não sustenta a ilusão de plenitude e segurança do casamento. Aposto que todo mundo que viu esta mini série acabará repensando seus desejos, refletindo se vale a pena botar em jogo a nossa liberdade e nossos genuinos e espontâneos sentimentos, por um reconhecimento social.
Gosto de ressaltar também como o Bergman tem o dom de fazer analogias e descrever tão belamente os nossos mais melancólicos sentimentos, como numa das cenas em que uma senhora descreve como se tornou insossa sua vida, e que importunamente acabei me identificando:
"Algo peculiar está acontecendo. Meus sentidos, visão, audição, tato... Estão começando a falhar. Essa mesa por exemplo. Posso vê-la, toca-la. Mas a sensação é morta e seca. É assim com tudo. Música, cheiros, rostos, vozes. Tudo parece insignificante, cinzento e indigno.
No Limiar Da Vida
4.1 42 Assista Agora"Aqui tudo é diferente. Talvez não apenas ventres sejam abertos a força aqui. Nunca vou esquecer esse momento. Nunca vou estar tão perto da vida novamente. Pelo menos foi-se por minhas mãos, pelo meu ventre. Mas escoou como água" (Essa frase é dita no inicio, não é spoiler, não se preocupe).
Esse é o Bergman que me fez me apaixonar pelo cinema europeu, que me o fez se tornar minha maior inspiração. Um filme cruel sobre o maior momento da vida, o inicio dela. Toda vez que assisto um filme do Bergman sinto que estou tendo uma aula sobre a vida.
A Paixão de Joana d'Arc
4.5 229 Assista AgoraEm 1928 Dreyer construiu um filme com uma beleza que até os dias de hoje, em toda a história do cinema, nada se viu igual. Poucas vezes um filme me levou a mão a boca para conter o êxtase que a beleza desse filme passa.
Viver a Vida
4.2 391Só a cena de Nana e o senhor conversando na cafeteria vale uma estrela a mais.
Adeus, Meninos
4.2 256 Assista AgoraUma narrativa lucida para um tema peculiar, que é um diferencial, mas que ao mesmo tempo torna a amizade dos protagonistas muito apática, que aliada ao desfecho previsível, não causa a comoção esperada. Tecnicamente o filme também não encanta.
O Matador de Ovelhas
3.8 26O cotidiano monotono do conformado protagonista, num convincente ambiente de periferia norte americano que serve de quadro para a genial metáfora das ovelhas. Tecnicamente, tem fotografia orgânica, uma das mais belas que já vi num filme americano, que é acompanhada pela trilha sonora de alto nível inserida nos momentos certos. Tudo para complementar a surpreendente atuação de um elenco iniciante, que demonstra como o diretor foi eficiente em conduzi-los. Uma obra prima
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraAdoro o uso de cores nesse filme. Naquele periodo que Jack volta isso fica bem evidente. Ennis está em casa, uma casa de cores fracas, pasteis, assim como a roupa de sua esposa. Aparece Jack numa caminhonete vermelha forte e eles vão para a floresta. Depois quando Ennis volta, ele aparece com um colete que por fora é bege, uma cor fraca e pacata, com um forro interno laranja vibrante, representando como Ennis é por fora e como é por dentro.