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Walter Wanger

Nomes Alternativos: Walter Feuchtwanger

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Nascimento: 11 de Julho de 1894 (74 years)

Falecimento: 18 de Novembro de 1968

San Francisco, California - Estados Unidos da América

Walter Wanger, nascido Walter Feuchtwanger, (São Francisco, Califórnia, 11 de julho de 1894 — Nova Iorque, 18 de novembro de 1968) foi um produtor cinematográfico norte-americano.

Descendente de judeus alemães e formado pela Faculdade de Dartmouth, Walter Wanger foi um dos produtores de seu tempo mais letrados e de maior consciência social.

Depois de produzir uma peça na Broadway, em 1917, Wanger alistou-se no Exército dos Estados Unidos e serviu na Primeira Guerra Mundial. Terminado o conflito, fez parte do estado maior do Presidente Woodrow Wilson na Conferência de Paz de Paris (1919). Em seguida, deu baixa, retornou brevemente ao teatro e, por fim, juntou-se à Paramount Pictures, em 1921, como assistente de Jesse L. Lasky.

Executivo na Paramount com poderes para contratar e despedir roteiristas,[1] Wanger tornou-se o chefe de produção do estúdio na Costa Leste em 1923, posição que manteve até 1931. Desentendimentos com Lasky levaram-no a deixar o estúdio e transferir-se brevemente para a Columbia Pictures, onde produziu, entre outros, o sucesso The Bitter Tea of General Yen (1933). Após entrar em conflito com o manda-chuva Harry Cohn, assinou com a MGM, também em 1933, como produtor de uma unidade.

Entretanto, Wanger começou a desagradar Louis B. Mayer logo em sua primeira produção para o estúdio, Gabriel over the White House (1933). Filme político com viés esquerdista, sobre um presidente corrupto, Mayer o viu como um insulto a americanos como seu amigo Herbert Hoover. Além disso, de suas cinco primeiras produções, apenas uma foi sucesso de bilheteria -- Queen Christina, com Greta Garbo. O pior, porém, aconteceu quando Mayer o acusou de facilitar o namoro entre sua amante, a atriz Jean Howard, e um agente, amigo de Wanger. Wanger, então, deixou a MGM e criou a Walter Wanger Productions, uma companhia independente.

Com produções que iam desde empreendimentos ambiciosos até rotineiros filmes B, Wanger assinou contratos com vários grandes estúdios de Hollywood. O primeiro sucesso como produtor independente veio com The Trail of the Lonesome Pine, o primeiro filme em Technicolor da Paramount, para quem produziu catorze películas em dois anos.

Em 1938, obteve três êxitos sucessivos em seu contrato de longa duração com a United Artists: Algiers, Trade Winds e Stagecoach. Contudo, diversos fracassos entre 1939 e 1940, inclusive Foreign Correspondent, dirigido por Alfred Hitchcock, acabaram por afastá-lo do estúdio, depois de uma batalha judicial pela liberação de seu contrato.

Para a Universal Pictures, emplacou Eagle Squadron (1942) e, com Arabian Nights (1942, o primeiro do estúdio em Technicolor), deu início a uma vitoriosa série de aventuras exóticas, românticas, coloridas, com Jon Hall e Maria Montez.

Em 1945, criou a Diana Productions, com sua esposa Joan Bennett e o diretor Fritz Lang. O primeiro rebento desta nova produtora, feito em coprodução com a Universal, foi o bem sucedido Scarlet Street (1945), "o mais notável thriller dos tempos de guerra", segundo Thomas Schatz.[3] Entretanto, três anos depois, Wanger conheceu um grande fracasso, com Joan of Arc, distribuído pela RKO Pictures, considerado longo e tedioso pelo público. Apesar disso, o filme lhe deu um Oscar Honorário, que ele recusou por entender que a produção merecia ao menos ter sido indicada na categoria de Melhor Filme.

Wanger adentrou a década de 1950 tomado por dificuldades financeiras. Assinou, então, um contrato com a pequena Allied Artists, que resultou na produção de seis modestos filmes B, entre ele o elogiado Riot in Cell Block 11 (1954), um filme "de prisão" com críticas sociais, e Invasion of the Body Snatchers (1956), que se tornou um clássico do cinema de ficção científica. Ambos foram dirigidos por Don Siegel.

Em 1958, ele deu um novo e controverso sucesso à United Artists com I Want to Live!, filme baseado em fatos reais, sobre uma mulher executada na câmara de gás e que, além do mais, trazia uma mensagem contra a pena de morte. Na ocasião, tanto o Departamento de Polícia de Los Angeles quanto pessoas do meio cinematográfico tentaram fazer com que desistisse do projeto . O filme rendeu mais de três milhões de dólares nas bilheterias.

O épico Cleopatra (1963) foi seu derradeiro projeto. Com um elenco estelar e um custo total de sessenta milhões de dólares -- a produção mais cara do cinema até aquela data --, o filme foi um fracasso colossal, que quase levou à bancarrota a 20th Century-Fox e encerrou sua carreira.

Passou os últimos anos criticando a elite hollywoodiana. Àquela altura, devido a seu caráter rebelde, já ganhara a inimizade de todos os chefes de estúdio. Seu liberalismo também lhe causara problemas durante o Macartismo. Ainda assim, foi eleito duas vezes presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, tendo sido responsável direto pela criação de duas categorias do Oscar: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Documentário.

Walter Wanger casou-se com a atriz Justine Johnstone em 1919 e dela se divorciou em 1938. Quando trabalhava para a Paramount Pictures, na década de 1930, conheceu Joan Bennett, cuja carreira foi em frente quando ele a colocou em Trade Winds. Os dois contraíram matrimônio em 1940 e tiveram dois filhos. Em 1951, durante uma crise de ciúmes, o irritadiço Wanger feriu a tiros o agente de Joan, Jennings Lang. Ele passou quatro meses na cadeia, mas o casal continuou junto até o divórcio em 1965.

Wanger faleceu em 18 de novembro de 1968, na cidade de Nova Iorque, vítima de ataque cardíaco. Contava setenta e quatro anos de idade.

Neto / Neta: Felix Werner, Amanda Anderson
Filhas: Stephanie Guest, Adrienne Fox, Shelley Antonia Wanger
Cônjuge: Joan Bennett (de 1940 a 1965), Justine Johnstone (de 1919 a 1938)

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