Início dos anos 90. Para evitar o serviço militar, o jovem russo Geroi (Artur Smolyaninov) entra em um hospital psiquiátrico, mas a implementação deste plano lhe traz um preço demasiado alto sob a forma de um tratamento intensivo compulsório. Geroi percebe que o hospital é possivelmente pior do que o exército, é difícil dizer se os médicos são menos loucos do que seus pacientes, particularmente a chefe de gabinete Elizabeta (Anna Mikhalkova), e sua única esperança de manter a sanidade mental reside na sua crescente amizade com a enfermeira Nina (Oksana Akinshina).
O conflito do protagonista com o seu próprio ego e com o mundo é acompanhado por uma explosão ensurdecedora de colagens musicais e imagens agressivas. Uma mistura de memórias e alucinações, e forte dose de violência.
Como o próprio título sugere, o filme é autobiográfico, executado como uma recriação ficcional da adolescência e juventude do diretor. Um filme cuja forma e conteúdo diferem muito entre si: enquanto a história é fortemente realista, os meios para a sua narrativa estão longe disso.