Em 1998 Gal Costa gravou um dos seus discos mais interessantes dos anos 90, "Aquele Frevo Axé", onde investia em arranjos onde apareciam várias programações e samplers, uma das grandes tendências musicais da década, presente nos trabalhos de quase todos os grandes nomes da MPB surgidos nessa década, como Adriana Calcanhotto, Lenine, Zeca Baleiro, Otto ou Max de Castro. Influencia de Celso Fonseca, produtor do disco, que antenava Gal Costa com o novo momento da MPB, como ela sempre fez em toda sua carreira. O CD e o DVD saiu ainda com a turnê do disco "Acústico" rodando, que apesar de ser um show bonito, na verdade não trazia nada de novo para a história da cantora. Finda a temporada do "Acústico" Gal começou a preparar o show do novo CD. Porém, quando finalmente estreou o novo show da cantora, ele se chamava "Gal Costa Canta Tom Jobim" e nem de leve fazia referência ao novo CD, que ficou relegado a um injusto segundo plano na discografia da cantora. Diz-se que o que motivou essa mudança na direção do trabalho de Gal foi a falta de interesse da gravadora em divulgar um trabalho "difícil" como "Aquele Frevo Axé", que a gravadora preferia um disco mais comercial. Daí a proposta de um show para ser gravado ao vivo cantando somente o repertório de Tom Jobim. Gal, que já havia tentado fazer um disco ao lado de Tom quando ele era vivo (que esbarrou também na intransigência das gravadoras) não pensou duas vezes e aceitou a proposta. Com um cenário e iluminações simples, Gal apresentava 25 clássicos de Tom, em arranjos a cargo de Cristóvão Bastos, que a acompanhou ao piano. O CD e o DVD duplo foi gravado contendo a íntegra do show, mas curiosamente a crítica, que havia exaltado o show, acho o disco apenas regular.