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Leila Diniz

Nomes Alternativos: Leila Roque Diniz

102Número de Fãs

Nascimento: 25 de Março de 1945 (27 years)

Falecimento: 14 de Junho de 1972

Niterói, Rio de Janeiro - Brasil

Leila Roque Diniz, foi uma atriz brasileira. Por sua carreira, sua história e seu legado, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.
Leila nutria profundo respeito pelos sentimentos dos outros e por suas próprias convicções, cultivando habilidade ímpar e prazer em ter contato com gente. Professora, atriz, garota à frente de seu tempo, vedete, Rainha da Banda de Ipanema, Musa do Pasquim, revolucionária, Grávida do Ano, e muito mais… Títulos e rótulos que, certamente, não findam as várias facetas da menina-mulher que, segundo Carlos Drummond de Andrade, “sem discurso nem requerimento soltou as mulheres de 20 anos presas no tronco de uma especial escravidão”. Em meio aos anos ferrenhos da ditadura, no seio de uma sociedade conservadora e repleta de preconceitos, Leila Diniz ensinou a todos “a arte de ser sem esconder o ser”, novamente nas palavras do poeta.
Carreira Artística
Em 1962, então com 17 anos, Leila conheceu o cineasta Domingos de Oliveira, e moraram juntos até 1965. Nessa época, trabalhou como modelo de propaganda e depois atuou em peças de teatro infantil como “Em Busca do Tesouro”.
Em 1963, trabalhou como corista em um show de Carlos Machado. Trabalhou também nos filmes “O Mundo Alegre de Helô” e “Jogo Perigoso”. Em 1964, atuou no teatro em “O Preço de Um Homem”, com Cacilda Becker.
Em 1965, já separada de Domingos de Oliveira, casou-se com o cineasta Ruy Guerra, época em que começou sua carreira na TV e atuou em diversas novelas.
Em 1966 estrelou no filme “Todas as Mulheres do Mundo”, dirigido por Domingos de Oliveira, que fez um grande sucesso de público e crítica.
Leila recebeu o Prêmio Air France de Melhor Atriz de 1967. Na época, dizia que “O sucesso assusta, mas também abre o apetite”.
Em seguida atuou nas novelas, “A Rainha Louca” (1967), “O Direito dos Filhos” (1968) e nos filmes, “O Homem Nu” (1967), “Fome de Amor” (1968) e “Edu Coração de Ouro” (1969), “O Donzelo (1971), “Amor, Carnaval e Sonhos (1972), entre outros.
Formou-se em magistério e foi ser professora do jardim de infância em Ipanema. Aos dezessete anos, conheceu seu primeiro marido, o cineasta Domingos de Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na TV Globo, atuando em telenovelas. Mais tarde, casou-se com o cineasta moçambicano Ruy Guerra, com quem teve uma filha, Janaína. Participou, ao todo, de quatorze filmes, doze telenovelas e várias peças teatrais.
Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni, na praia, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: Transo de manhã, de tarde e de noite. Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970 e pelas feministas pois consideravam que ela estava a serviço dos homens.
Leila falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao jornal O Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo.
O exemplar mais vendido do jornal foi justamente esse no qual foi publicada a entrevista da atriz fluminense. E foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pela polícia e Política Social, Leila se esconde em Petrópolis no sítio do colega de trabalho Flávio Cavalcanti, tornando-se em seguida jurada do programa do apresentador, no momento em que é acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Alegando razões morais, a TV Globo do Rio de Janeiro não renova o contrato de atriz. De acordo com a emissora, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas.
Meses depois, Leila reabilita o teatro de revista, e começa uma curta e bem sucedida carreira de vedete. Estrelando a peça tropicalista Tem banana na banda, improvisando a partir dos textos escritos por Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebe de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes. No carnaval de 1971, é eleita Rainha da Banda de Ipanema por Albino Pinheiro e seus companheiros.
Morreu num acidente aéreo, voo 471 da Japan Airlines, no dia 14 de junho de 1972, aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem à Austrália.
Após o falecimento de Leila, sua filha Janaina foi criada pelo cantor Chico Buarque e sua então esposa, a atriz Marieta Severo.

Filhas: Janaína Diniz Guerra
Cônjuge: Ruy Guerra (de 1965 a 1971), Domingos Oliveira (de 1962 a 1965)
Irmãos: Lígia Diniz, Eli Roque Diniz, Regina Roque Diniz, Elio Roque Diniz

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