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Sérgio Ricardo

Nomes Alternativos: João Lutfi

26Número de Fãs

Nascimento: 18 de Junho de 1932 (88 years)

Falecimento: 23 de Julho de 2020

Marília, São Paulo - Brasil

Sérgio Ricardo, nome artístico de João Lutfi, foi um músico brasileiro, compositor e cantor, tendo trabalhado também como ator e diretor de cinema. Participou de diversos movimentos culturais como Bossa Nova, Cinema Novo, Canção de Protesto, e Festivais de Música Brasileira.
A qualidade e a relevância de suas composições são inegáveis. Mas, ironicamente, nenhuma de suas canções contribuiu tanto para sua fama do que o chilique que o fez quebrar o violão e atirar pedaços à plateia durante a apresentação de “Beto Bom de Bola” no 3º Festival da Record, em 1967. Na ocasião, Sérgio Ricardo, cujo nome de batismo é João Lutfi, reagiu com irritação a uma vaia que o impedia de cantar. “Vocês ganharam! Vocês ganharam!”, disse finalmente ao microfone, antes de quebrar o instrumento, jogá-lo à plateia e se retirar. Mas Sérgio Ricardo, fui muito, muito mais que isso.
Por exemplo, a cadência harmônica e o sentido social da obra-prima “Zelão” (“Todo o morro entendeu / quando Zelão chorou…”) é fora de série, e a pertinência política de “Deus e o Diabo na Terra do Sol“, trilha sonora do filme de Glauber Rocha, que tanto (re)significava naquele período pós-1964 (“Se entrega, Corisco / eu não me entrego, não / não me entrego a tenente / não me entrego a capitão / eu me entrego só na morte / de parabelo na mão”). Mesmo assim, o episódio foi um ponto fora da curva na história dos festivais, menos pela vaia do que pela reação violenta do cantor e compositor. Muito tempo depois, ele registraria sua versão da história e outras memórias musicais no livro “Quem quebrou meu violão“, de 1991.
Ator de novela, pianista e compositor de bossa nova na primeira fase, Ricardo migrou para as canções engajadas e trocou o piano pelo violão ao se aproximar do Centro Popular de Cultura da UNE. Já à vontade com as temáticas de interesse social, não apenas assumiu a música do filme de Glauber como, também cineasta, rodou o filme Esse Mundo é Meu, cuja estreia, em 1º de abril de 1964, coincidiu com o golpe militar, condenando a fita ao fracasso. Na canção que dava nome ao filme, vaticinou o que aconteceria nos porões da ditadura: “Fui escravo no reino e sou / escravo no mundo em que estou / mas acorrentado ninguém pode / amar”. Outra canção de protesto digna de nota foi “Calabouço“, feita em homenagem ao estudante Edson Luís de Lima Souto, morto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, em 1968, em cujo refrão Sérgio Ricardo repetia em contra voz a expressão “cala-boca, moço / cala-boca, moço”.

Cônjuge: Irene Cristina Gurgel (desde 1988), Ana Lúcia de Castro (de 1964 a 1980), Luely Figeiró
Filhos: João Lutfi, Marina de Castro Lutfi, Adriana de Castro Lutfi
Irmão: Dib Lutfi

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