O fato, acho eu, é que as pessoas gostam de assistir coisas que falem de dores existenciais e aquilo que se identificam. Sim, pode parecer chocante(e é), mas não deixa de ser uma parte de nós o fato de estarmos afinados nas dores de Donny e também em Marta. Em normalidade, não saímos por aí expurgando tudo como a antagonista, mas decerto, pensamos horrores, julgamos. Então, as atitudes extremistas de ambas as partes(sim, ela explode violência através do ódio) e ele reluta em atacar o inimigo até que o leve ao limite, então, vai ignorando ou se escondendo. Há sim um reflexo no espelho, ambos se reconhecem como menores, sem valor e a forma de atacar esses traumas e frustrações é de forma pessoal, diferente e, claro, bem errada. Episódios bem escritos, tensão minuto a minuto, um pouco de riso e muito de ansiedade, mas tudo muito palpável, mesmo que parecendo surreal pelos exageros, na verdade é real, possível e a escrita soube promover isso. Bebê Rena é dolorosamente adorável.
A série é ótima, boas atuações e eu só não dei 5 estrelas porque falta um desenvolvimento mais abrangente para a história ficar redondinha e satisfatória. Não precisa ser didático pra não infantilizar o roteiro, mas mistérios demais, sem pistas bem amarradas, podem gerar confusão e desestimular a gente. Mesmo que eu tenha deixado passar algo num ou noutro episódio, seria importante reiterar em outras passagens alguns dados importantes e que sejam cruciais para explicar a história, pois mesmo a história sendo simples, a gente quer montar quebra-cabeça sem faltar peças. A motivação do "vilão" é interessante, tendo em vista tanta gente em luta por poder e dinheiro e vaidades, lá vai o cara fazer tantas atrocidades por querer ser amado. Nada justifica, mas é interessante. Achei o final coerente com tudo apresentado, porque desde o início fixaram a ideia de imaturidade do Elias e de seus traumas, o que só poderia ser resolvido com algo clichê mesmo, um depoimento de si mesmo e um abraço de amor de mãe. Além disso, todos os detetives em arrependimento contribuíram e se sacrificaram para que houvesse uma chance de mudar o curso no final, inclusive o Dafae e seu corpo plantando a pista principal. Confesso que nunca entendo tudo, mas, em se tratando de uma série, já é legal refletir e se envolver com o mistério.
Fui assistir sabendo que era uma bomba. No primeiro ato do filme, estava mudando de ideia, apesar de algumas caricaturas de personagens como a mãe e a família do marido, a personagem central da Kely me parecia focada. Depois que entrou na jogada o Trevante eu disse: vai ter sexo selvagem e ele é lindo, mas aí é que tudo começou a ficar desafinado. O tom do filme mudou e o roteiro foi simplesmente ruim demais. Enfim, vale se quiser passar o tempo esperando algo sensual e um suspense por trás, mas não espere nenhum desenvolvimento decente, aliás, que ato final capenga do caramba.
Eu sou véia mesmo, em 85 me lembro de papai chamando todo mundo pra sala e ver numa TV pequenina os astros da música cantando We Are The World como se fosse O EVENTO. Eu era um pingo de gente, mas ficou marcado, e ele citando o nome de praticamente todo mundo. Enfim, assim cresci em meio a esse tipo de gente maravilhosa da música, adorando tudo isso. Então, agora vendo esse documentário, posso dizer que além de suas curiosidades e relatos emocionantes traz muito saudosismo pra mim. Lionel e Michael fizeram acontecer, seguraram as pontas da bagunça. Claro, não posso deixar passar que a partir de agora, sempre que eu estiver deslocada ou confusa, usarei a frase, tô mais perdida que Bob Dylan na gravação de We are the world.
Eu assistiria qualquer coisa feita pelo Paul Giamatti, um desses atores incrivelmente expressivos mesmo em papéis contidos, o que não é bem o caso aqui de Os Rejeitados. Neste filme muito bom, ele consegue a proeza de fazer comédia com alguns rompantes de fúria e o drama suave, sem choro doloroso, ou risos histéricos, transforma tudo num filme de Natal bem original. Gosto da forma como os diálogos são simples, mas eficazes ao mesmo tempo, sem nos tachar de bobos. Da'VIne também é ótima como Mary, que presença! E Dominic se mostra um jovem bom ator, muito embora seu personagem poderia ter se encaixado melhor na química geral, mas acho que era intenção do roteiro de acordo com a personalidade de seus personagens. Aliás, o trio de histórias e rejeições e dores tão diferentes me conquistou pra sempre. Ah, e quem se sente ou já se sentiu um dia a ovelha negra, vai ficar bem próximo do filme.
Eu poderia dizer que essa série é um perfeito Clickbait. Eu fui na intenção do elenco, depois o primeiro episódio despertou curiosidade pelo horror, pelo mistério e pelas personas, mas quando foi se passando a história, vemos que é um roteiro pífio, personagens mal desenvolvidas, caricatas, só consigo rir com a Misty, pq afinal, ela é engraçada. Como desenvolver simpatia ou empatia? Raso demais e enrolado pra parecer mais cult do que é. Duas estrelas, porque a trilha sonora é demais.
Com o passar dos anos eu fui ficando meio chateada com filmes baseados em tragédias reais, porque os americanos e até outras nacionalidades sempre retratam de forma exagerada, com dramalhões que não condizem com a realidade, mas sim com querer fazer o público chorar. Neste A Sociedade da Neve, a retratação desde a queda do avião até os diálogos e situações de dor e sobrevivência, tudo soou real. O impacto de parecer estar dentro do filme nos faz sentir o horror mesmo que por empatia e entristece, mas sem precisar forçar, é só ver e pensar sobre o que aconteceu. A direção é primorosa e paguei minha língua, porque acreditava que iria ver repetições de outras obras.
É um filme muito bom, um terror com roteiro cuidadoso até certo ponto, pra quem presta atenção e não só pra quem quer sentir medo ou levar susto se prendendo a situações sem nexo. Além disso, falou em Freira e rigidez eu já boto meu pezinho pra trás.
Eu fico pensando, se a gente não conhecesse a história, se esses 3 filmes se salvavam? Porque, ô negócio sofrível de todos os lados, principalmente da dramatização falsa. Neste último, só se salva a magnífica Barbara Colen que tira até leite de pedra.
Assassinos da Lua das Flores é um filmaço do Scorsese que me fez até esquecer de ir ao banheiro por 3 horas e 30 minutos, já que ainda fiquei refletindo na sala. Uma história pouco contada, mas que o Cinema precisava mostrar, principalmente vindo das mãos de alguém sensível, culto e sincero como Scorsese. Falar do excelente trabalho de DiCaprio e De Niro já é lugar comum, mas meu encanto vai para a expressiva Lily Gladstone, pois transformar alguém introspectiva, forte e vulnerável ao mesmo tempo e deveras cansada em alguém com carisma é difícil demais. A cada trama macabra do homem branco encoberta pela hipocrisia e cheia de desejos gananciosos, racistas, invejosos e sedentos de poder, minha indignação crescia, mas como era uma história baseada em fatos reais, já sabia que eu poderia ficar arruinada por mais 100 anos por todo povo Osage, por todo povo indígena do universo e nada adiantaria, pelo menos não em se fazer justiça. Resta apreciar a obra e agradecer ao mestre Scorsese que disse tanto fazendo cinema em todos os aspectos audiovisuais perfeitos.
Não foi fácil me acostumar com os extensos, vagarosos diálogos que envolvem as obras de Flanagan, mas sempre deixei claro que dependendo do contexto e desenvolvimento de uma boa trama, isso passa até despercebido, como por exemplo, em A Missa da meia noite, obra excelente e de diálogos que soavam como música. A Queda da Casa de Usher é um exemplo de ótima série, mas não considero os episódios tão bem costurados e a maioria dos diálogos são longos e cansativos, não são tão instigantes como em outros trabalhos. Além disso, a originalidade(aquilo que mais aprecio) deu prioridade a homenagem com vários elementos dos contos de Poe. Mas, por outro lado, as referências a todo universo do terror desse autor estão lá, em seus momentos mais tensos e inevitáveis, uma bela homenagem que pegará os fãs. É bonito, é assombroso, tem ótimas atuações e Flanagan, mesmo não sendo perfeito aqui, é sempre um trabalho a ser apreciado.
É, meus amigos, eu continuo convicta que seja lá qual for a história, ninguém conta melhor que Sr. Pedro Almodóvar. Por outro lado, sabemos que dava pra juntar as coisas de forma mais coerentes e interessantes né não? A trama foi mal costurada. A gente sabe também que as revelações não são o mais importante, mas como se dá o desfecho, sim. Há algo de apressado que nem novela nos 30 minutos finais que prejudicam nosso envolvimento. Mas, como disse inicialmente, é envolvente a forma como conta e narra a história. Além de Penélope e Milena serem lindas, carismáticas e ótimas atrizes.
Não dava nada por esta série e o encaixe comigo foi perfeito. Pensei que era só mais uma série de investigar desaparecimento de alguém e foi muito mais longe, porque a construção entre os personagens é natural, o drama é comedido, a ação(que é muito boa) não sobrepõe a história, cada episódio tem uma pista, um desenlace, uma curiosidade e repito, tudo soa natural(lugares, diálogos, pessoas, sentimentos) e isso é que me cativou. Atuações não são esplendorosas, mas cumprem no carisma, além disso, bonito e talentoso o Joaquin Furriel. Ah, ressalto o personagem detetive Doberti, a gente fica de olho nele desde a primeira aparição em diante e é cativante em cada cena, o ator Luis Luque é ótimo. Os argentinos são muito bons.
Ótimo filme de entretenimento, bom filme no geral. A premissa é bem batida, o roteiro também, mas as cenas de sobrevivência são instigantes e razoavelmente bem boladas. Muita coisa não só mentirosa(ganha o selo, quero um celular desses), as vezes até mal feita, forçadas pra cacete(oh, uma lata de sardinha, como não pensei nisso antes?), mas a gente compra, porque é um filme da era streaming e o negócio é o geralzão mesmo, sem pretensões de elogios técnicos. Os espanhóis colocam muito melodrama(tudo as vezes é novelizado), mas em compensação, tem alívio cômico certeiro, uma ação e um suspense bem construídos e envolventes e atuações convincentes. Gostei mesmo.
Essa série continua ruim desde a primeira temporada. Só a temporada 3 eu reclamei menos, porque o resto, pode jogar no lixo. Sai daí, Morgan. Tua vibe é de TWD e não de spin off falido.
A filosofia desse filhote de série é pra gente meio burra entender. Que desperdício não termos a qualidade excepcional das 5 primeiras temporadas de TWD. Esse spin off nunca engrenou.
Fui ver esse documentário com duas certezas, é coisa boa, porque é do Kleber o apaixonado por Recife, por Brasil e que iria me trazer memórias que não são necessariamente minhas, mas se assemelham muito as que tenho. Quando cheguei para morar no Rio haviam vários cinemas de rua e eu frequentava o Cine Palácio, Roxy, Cine Odeon, Estação Botafogo, Cine Joia, só restando hoje o Estação Botafogo que por óbvio, já está pedindo socorro pra não fechar(Vi este filme lá hoje). Ainda bem que nenhum destes virou igreja ainda, mas sei como isso é comum pelo país todo e como me aperta o peito. Aliás, chorei quando o projecionista falou sobre fechar o cinema com chave de lágrimas. Por outro lado, as livrarias seguem virando farmácias que ornam na iluminação da noite. Os centros morrem? Não, os centros sobrevivem no que há de mais cultural numa cidade, principalmente numa cidade grande e eu vou por isso, para povoar esse imenso retrato de uma cidade fantasma, de esquinas as vezes lotadas e as vezes vazia, eu vou em todos os centros, seja de Recife, seja do Rio, seja de Natal, eu gosto do espaço que guarda memórias, mesmo com cheiros não tão prazerosos, mesmo com degradações, se lá restar uma casinha antiga pra eu admirar, lá estarei eu. Documentário maravilhoso.
Faz duas semanas que terminei de ver Cangaço Novo e ainda não consegui colocar em palavras meus sentimentos. É um estrondo luminoso com as cores do sertão nordestino, desde o primeiro minuto até o último, nem nos momentos de drama ela deixa de explodir com tanta realidade emoldurada na ficção. Violência como arte, mas explicada historicamente, sociologicamente e contextualmente. A conjuntura técnica tá excelente, direção certeira, roteiro simples e genial ao mesmo tempo, atuações viscerais...oxente, aplausos a toda equipe de Cangaço Novo e que vale salientar, tem preponderância num elenco norte rio grandense.Alice, o quê que é isso?
O filme só não me pegou mais pela falta de empatia com os personagens. Sei que já justificaram por aí que não seria necessário, mas para mim não funciona muito se eu não me preocupar com os personagens ou se algum deles me irritar muito com coisas que acho pequenas e cansativas. O luto de fato é pessoal pra cada um, mas me cansa essa coisa de querer a qualquer custo comunicar com os entes mortos queridos vendendo até os entes vivos. Mas, o filme é muito bem dirigido, funciona nos sustos, no clima de medo, e realmente, assistir numa sala vazia(só tinha eu e mais uma pessoa na fileira de trás, afastada de mim) produz a ambientação perfeita a um bom filme de terror. Certa hora do filme, já estava ouvindo coisas imaginárias e olhei pra trás e não vi o rapaz no cinema. Gelei.🤣 É um terror que parece mais do mesmo, de roteiro simples, com algumas falhas, mas é diferenciado pela condução certeira dos irmãos Philippou, o terror psicológico, o terror gore, a subversão em colocar o paranormal como algo crível e natural para os personagens sem assustá-los de início, meio que uma metáfora sobre o processo de entrar nas drogas, onde as primeiras cheiradas podem parecer coisa tola, mas depois, o inferno tá posto. A trilha sonora é perfeita e a ótima atuação da Sophie Wilde completa minha meia satisfação.
Um dos melhores filmes de terror de todos os tempos sem ser necessariamente original. Utiliza-se de muitos clichês(talvez por isso a nota baixa e preconceituosa), mas faz valer cada segundo de angústia. De roteiro simples, mas produzido com capricho de quem sabe que o terror é mais que isso, é um estudo da mente humana e como funciona seus medos para saber aplicar no tempo, na hora e no local certo. É dirigido com presteza, Viagem Maldita não tem a medalha de ouro que mereceria no gênero terror.
Eu amo cinema que foge a linha americanalhada, amo terror psicológico, mas não dá pra defender isso aqui não. Dei duas estrelas para o arco inicial, mas da metade para o fim, uma tortura. A lentidão sem propósito e a falta de empatia com o personagem masculino me deixou angustiada pra que acabasse. Explicações simplórias (Não aguento mais fantasmas q voltam pra falar do pecado dos seus vivos, superem!) e também não aguento os vivos que se martirizam por seus pecados só porque são assombrados por algum fantasma do passado. Quando é bem feito, a gente compra o clichê. Dica de terror bom dos iranianos, "Sob a Sombra", aí sim tem propósitos e apresenta a forma cultural própria de montar uma história.
Quem diria que um dia eu iria gostar de um filme que trabalhasse um roteiro pra Barbie? Eu que nunca tive essa boneca na infância, porque além de cara, acho que não era um sonho meu mesmo, pelo menos não tanto quanto ganhar uma Caloi( o consumo nos cerca) O filme não mira nas crianças, muito embora possa ser visto com prazer por todas as idades, aqui temos uma Barbie se humanizando, confusa, preocupada com transformações assustadoras e enfim, questionadora do seu papel naquele universo de brinquedo em que tudo parece tão PERFEITO, inclusive ela. Mas, não é bem assim. Margot Robbie tá uma Barbie no estereotipo afinadíssima, ela dá luz a esse protagonismo, com humor, leveza e drama também. Já Ryan empresta seu talento e comicidade ao Ken, o boneco que nem sabe Ken é, além de sua Barbie, mas que sempre que aparece, salta aos olhos brincando com o ridículo do tipo de homem que ele se apresenta. O musical tá muito bom, aliás, queria mais musicais, pois é uma forma de contar a história no tom do lúdico. O feminismo é abordado de forma simples, mas suficiente em se tratando de uma comédia que pegaria um público infanto-juvenil, as críticas sociais sobre a futilidade, o consumismo, a alienação, a padronização, o machismo etc, comportam o básico, mas igualmente suficiente. A entrada com referência a 2001 uma Odisseia no espaço me matou de rir e de felicidade. Ótimo filme.
Sensação de dubiedade. A gente vê um filme desses e encara o bem e o mal dos seres humanos, da ciência de Oppenheimer, da arte de Nolan e sem saber como julgar ao certo, ou melhor, com o cinismo de gostar de tudo aquilo que vemos em tela, da obra genial, grandiosa e saber que tem muita coisa muito errada, muito pesada, muito monstruosa envolvendo tanto a arte quanto a ciência, quanto os podres poderes. Cillian Murphy sempre me causou interesse, a atuação é expressiva e comedida ao mesmo tempo e ele se apossou aqui da alma complexa de Oppenheimer, foi brilhante. Aliás, em certo momento o personagem fala que há simplicidade no ser humano, mas sua amante belamente interpretada por Florence Pugh o contradiz e de fato, estou com ela, o ser humano é mais difícil que quebrar átomos. O filme é tecnicamente perfeito, bem dirigido, longo, mas não cansativo, pelo menos pra mim, imersivo, histórico, sem atrativos fáceis e por isso precisa de atenção para funcionar, o personagem central(sinto intensamente o que ele pensa e sente pela expressividade de Cillian, pela trilha sonora, pela edição de som e pelo roteiro). Só sei que ao final, o silêncio(meu e da maioria) explodiu mais que a bomba. Sim, sem palavras por querer ver o espetáculo e me sentir mal por saber que aquilo foi real, a destruição em massa foi real, o medo pós "experimento" continua sendo real. A cena em que Oppenheimer discursa a respeito do "sucesso" da bomba, vendo todo mundo ao seu redor rir e queimar ao mesmo tempo, vibrar e gemer de dor ao mesmo tempo, suas palavras de contentamento, mas seu corpo dizia outra coisa, enfim. Aplausos ao elenco todo, Downey Jr. tá excepcional, Emily Blunt, minha nossa, desvinculada do resto de seus personagens e todas as participações de estrelas em pontas pequenas, mas não menos brilhantes. Espetacular.
É o tipo de filme ruim que a gente até vê enquanto navega na internet, sabe? Enquanto esquenta um chá e não liga muito pra história fraquíssima e porque é mal executado e interpretado.
Bebê Rena
4.1 485 Assista AgoraO fato, acho eu, é que as pessoas gostam de assistir coisas que falem de dores existenciais e aquilo que se identificam. Sim, pode parecer chocante(e é), mas não deixa de ser uma parte de nós o fato de estarmos afinados nas dores de Donny e também em Marta. Em normalidade, não saímos por aí expurgando tudo como a antagonista, mas decerto, pensamos horrores, julgamos. Então, as atitudes extremistas de ambas as partes(sim, ela explode violência através do ódio) e ele reluta em atacar o inimigo até que o leve ao limite, então, vai ignorando ou se escondendo. Há sim um reflexo no espelho, ambos se reconhecem como menores, sem valor e a forma de atacar esses traumas e frustrações é de forma pessoal, diferente e, claro, bem errada. Episódios bem escritos, tensão minuto a minuto, um pouco de riso e muito de ansiedade, mas tudo muito palpável, mesmo que parecendo surreal pelos exageros, na verdade é real, possível e a escrita soube promover isso. Bebê Rena é dolorosamente adorável.
Corpos
3.7 92 Assista AgoraA série é ótima, boas atuações e eu só não dei 5 estrelas porque falta um desenvolvimento mais abrangente para a história ficar redondinha e satisfatória. Não precisa ser didático pra não infantilizar o roteiro, mas mistérios demais, sem pistas bem amarradas, podem gerar confusão e desestimular a gente. Mesmo que eu tenha deixado passar algo num ou noutro episódio, seria importante reiterar em outras passagens alguns dados importantes e que sejam cruciais para explicar a história, pois mesmo a história sendo simples, a gente quer montar quebra-cabeça sem faltar peças. A motivação do "vilão" é interessante, tendo em vista tanta gente em luta por poder e dinheiro e vaidades, lá vai o cara fazer tantas atrocidades por querer ser amado. Nada justifica, mas é interessante. Achei o final coerente com tudo apresentado, porque desde o início fixaram a ideia de imaturidade do Elias e de seus traumas, o que só poderia ser resolvido com algo clichê mesmo, um depoimento de si mesmo e um abraço de amor de mãe. Além disso, todos os detetives em arrependimento contribuíram e se sacrificaram para que houvesse uma chance de mudar o curso no final, inclusive o Dafae e seu corpo plantando a pista principal. Confesso que nunca entendo tudo, mas, em se tratando de uma série, já é legal refletir e se envolver com o mistério.
Mea Culpa
2.1 52 Assista AgoraFui assistir sabendo que era uma bomba. No primeiro ato do filme, estava mudando de ideia, apesar de algumas caricaturas de personagens como a mãe e a família do marido, a personagem central da Kely me parecia focada. Depois que entrou na jogada o Trevante eu disse: vai ter sexo selvagem e ele é lindo, mas aí é que tudo começou a ficar desafinado. O tom do filme mudou e o roteiro foi simplesmente ruim demais. Enfim, vale se quiser passar o tempo esperando algo sensual e um suspense por trás, mas não espere nenhum desenvolvimento decente, aliás, que ato final capenga do caramba.
A Noite que Mudou o Pop
4.2 158 Assista AgoraEu sou véia mesmo, em 85 me lembro de papai chamando todo mundo pra sala e ver numa TV pequenina os astros da música cantando We Are The World como se fosse O EVENTO. Eu era um pingo de gente, mas ficou marcado, e ele citando o nome de praticamente todo mundo. Enfim, assim cresci em meio a esse tipo de gente maravilhosa da música, adorando tudo isso. Então, agora vendo esse documentário, posso dizer que além de suas curiosidades e relatos emocionantes traz muito saudosismo pra mim. Lionel e Michael fizeram acontecer, seguraram as pontas da bagunça. Claro, não posso deixar passar que a partir de agora, sempre que eu estiver deslocada ou confusa, usarei a frase, tô mais perdida que Bob Dylan na gravação de We are the world.
Os Rejeitados
4.0 319 Assista AgoraEu assistiria qualquer coisa feita pelo Paul Giamatti, um desses atores incrivelmente expressivos mesmo em papéis contidos, o que não é bem o caso aqui de Os Rejeitados. Neste filme muito bom, ele consegue a proeza de fazer comédia com alguns rompantes de fúria e o drama suave, sem choro doloroso, ou risos histéricos, transforma tudo num filme de Natal bem original. Gosto da forma como os diálogos são simples, mas eficazes ao mesmo tempo, sem nos tachar de bobos. Da'VIne também é ótima como Mary, que presença! E Dominic se mostra um jovem bom ator, muito embora seu personagem poderia ter se encaixado melhor na química geral, mas acho que era intenção do roteiro de acordo com a personalidade de seus personagens. Aliás, o trio de histórias e rejeições e dores tão diferentes me conquistou pra sempre. Ah, e quem se sente ou já se sentiu um dia a ovelha negra, vai ficar bem próximo do filme.
Yellowjackets (1ª Temporada)
3.8 211 Assista AgoraEu poderia dizer que essa série é um perfeito Clickbait. Eu fui na intenção do elenco, depois o primeiro episódio despertou curiosidade pelo horror, pelo mistério e pelas personas, mas quando foi se passando a história, vemos que é um roteiro pífio, personagens mal desenvolvidas, caricatas, só consigo rir com a Misty, pq afinal, ela é engraçada. Como desenvolver simpatia ou empatia? Raso demais e enrolado pra parecer mais cult do que é. Duas estrelas, porque a trilha sonora é demais.
A Sociedade da Neve
4.2 717 Assista AgoraCom o passar dos anos eu fui ficando meio chateada com filmes baseados em tragédias reais, porque os americanos e até outras nacionalidades sempre retratam de forma exagerada, com dramalhões que não condizem com a realidade, mas sim com querer fazer o público chorar. Neste A Sociedade da Neve, a retratação desde a queda do avião até os diálogos e situações de dor e sobrevivência, tudo soou real. O impacto de parecer estar dentro do filme nos faz sentir o horror mesmo que por empatia e entristece, mas sem precisar forçar, é só ver e pensar sobre o que aconteceu. A direção é primorosa e paguei minha língua, porque acreditava que iria ver repetições de outras obras.
Irmã Morte
3.1 124 Assista AgoraÉ um filme muito bom, um terror com roteiro cuidadoso até certo ponto, pra quem presta atenção e não só pra quem quer sentir medo ou levar susto se prendendo a situações sem nexo. Além disso, falou em Freira e rigidez eu já boto meu pezinho pra trás.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraEu fico pensando, se a gente não conhecesse a história, se esses 3 filmes se salvavam? Porque, ô negócio sofrível de todos os lados, principalmente da dramatização falsa. Neste último, só se salva a magnífica Barbara Colen que tira até leite de pedra.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 609 Assista AgoraAssassinos da Lua das Flores é um filmaço do Scorsese que me fez até esquecer de ir ao banheiro por 3 horas e 30 minutos, já que ainda fiquei refletindo na sala. Uma história pouco contada, mas que o Cinema precisava mostrar, principalmente vindo das mãos de alguém sensível, culto e sincero como Scorsese. Falar do excelente trabalho de DiCaprio e De Niro já é lugar comum, mas meu encanto vai para a expressiva Lily Gladstone, pois transformar alguém introspectiva, forte e vulnerável ao mesmo tempo e deveras cansada em alguém com carisma é difícil demais. A cada trama macabra do homem branco encoberta pela hipocrisia e cheia de desejos gananciosos, racistas, invejosos e sedentos de poder, minha indignação crescia, mas como era uma história baseada em fatos reais, já sabia que eu poderia ficar arruinada por mais 100 anos por todo povo Osage, por todo povo indígena do universo e nada adiantaria, pelo menos não em se fazer justiça. Resta apreciar a obra e agradecer ao mestre Scorsese que disse tanto fazendo cinema em todos os aspectos audiovisuais perfeitos.
A Queda da Casa de Usher
4.0 287 Assista AgoraNão foi fácil me acostumar com os extensos, vagarosos diálogos que envolvem as obras de Flanagan, mas sempre deixei claro que dependendo do contexto e desenvolvimento de uma boa trama, isso passa até despercebido, como por exemplo, em A Missa da meia noite, obra excelente e de diálogos que soavam como música. A Queda da Casa de Usher é um exemplo de ótima série, mas não considero os episódios tão bem costurados e a maioria dos diálogos são longos e cansativos, não são tão instigantes como em outros trabalhos. Além disso, a originalidade(aquilo que mais aprecio) deu prioridade a homenagem com vários elementos dos contos de Poe. Mas, por outro lado, as referências a todo universo do terror desse autor estão lá, em seus momentos mais tensos e inevitáveis, uma bela homenagem que pegará os fãs. É bonito, é assombroso, tem ótimas atuações e Flanagan, mesmo não sendo perfeito aqui, é sempre um trabalho a ser apreciado.
Mães Paralelas
3.7 411É, meus amigos, eu continuo convicta que seja lá qual for a história, ninguém conta melhor que Sr. Pedro Almodóvar. Por outro lado, sabemos que dava pra juntar as coisas de forma mais coerentes e interessantes né não? A trama foi mal costurada. A gente sabe também que as revelações não são o mais importante, mas como se dá o desfecho, sim. Há algo de apressado que nem novela nos 30 minutos finais que prejudicam nosso envolvimento. Mas, como disse inicialmente, é envolvente a forma como conta e narra a história. Além de Penélope e Milena serem lindas, carismáticas e ótimas atrizes.
O Jardim de Bronze (1ª Temporada)
4.0 41 Assista AgoraNão dava nada por esta série e o encaixe comigo foi perfeito. Pensei que era só mais uma série de investigar desaparecimento de alguém e foi muito mais longe, porque a construção entre os personagens é natural, o drama é comedido, a ação(que é muito boa) não sobrepõe a história, cada episódio tem uma pista, um desenlace, uma curiosidade e repito, tudo soa natural(lugares, diálogos, pessoas, sentimentos) e isso é que me cativou. Atuações não são esplendorosas, mas cumprem no carisma, além disso, bonito e talentoso o Joaquin Furriel. Ah, ressalto o personagem detetive Doberti, a gente fica de olho nele desde a primeira aparição em diante e é cativante em cada cena, o ator Luis Luque é ótimo. Os argentinos são muito bons.
Destinos à Deriva
3.2 287 Assista AgoraÓtimo filme de entretenimento, bom filme no geral. A premissa é bem batida, o roteiro também, mas as cenas de sobrevivência são instigantes e razoavelmente bem boladas. Muita coisa não só mentirosa(ganha o selo, quero um celular desses), as vezes até mal feita, forçadas pra cacete(oh, uma lata de sardinha, como não pensei nisso antes?), mas a gente compra, porque é um filme da era streaming e o negócio é o geralzão mesmo, sem pretensões de elogios técnicos. Os espanhóis colocam muito melodrama(tudo as vezes é novelizado), mas em compensação, tem alívio cômico certeiro, uma ação e um suspense bem construídos e envolventes e atuações convincentes. Gostei mesmo.
Fear the Walking Dead (6ª Temporada)
3.5 81Essa série continua ruim desde a primeira temporada. Só a temporada 3 eu reclamei menos, porque o resto, pode jogar no lixo. Sai daí, Morgan. Tua vibe é de TWD e não de spin off falido.
Fear the Walking Dead (7ª Temporada)
2.7 55 Assista AgoraA filosofia desse filhote de série é pra gente meio burra entender. Que desperdício não termos a qualidade excepcional das 5 primeiras temporadas de TWD. Esse spin off nunca engrenou.
Retratos Fantasmas
4.2 229 Assista AgoraFui ver esse documentário com duas certezas, é coisa boa, porque é do Kleber o apaixonado por Recife, por Brasil e que iria me trazer memórias que não são necessariamente minhas, mas se assemelham muito as que tenho. Quando cheguei para morar no Rio haviam vários cinemas de rua e eu frequentava o Cine Palácio, Roxy, Cine Odeon, Estação Botafogo, Cine Joia, só restando hoje o Estação Botafogo que por óbvio, já está pedindo socorro pra não fechar(Vi este filme lá hoje). Ainda bem que nenhum destes virou igreja ainda, mas sei como isso é comum pelo país todo e como me aperta o peito. Aliás, chorei quando o projecionista falou sobre fechar o cinema com chave de lágrimas. Por outro lado, as livrarias seguem virando farmácias que ornam na iluminação da noite. Os centros morrem? Não, os centros sobrevivem no que há de mais cultural numa cidade, principalmente numa cidade grande e eu vou por isso, para povoar esse imenso retrato de uma cidade fantasma, de esquinas as vezes lotadas e as vezes vazia, eu vou em todos os centros, seja de Recife, seja do Rio, seja de Natal, eu gosto do espaço que guarda memórias, mesmo com cheiros não tão prazerosos, mesmo com degradações, se lá restar uma casinha antiga pra eu admirar, lá estarei eu. Documentário maravilhoso.
Cangaço Novo (1ª Temporada)
4.4 207 Assista AgoraFaz duas semanas que terminei de ver Cangaço Novo e ainda não consegui colocar em palavras meus sentimentos. É um estrondo luminoso com as cores do sertão nordestino, desde o primeiro minuto até o último, nem nos momentos de drama ela deixa de explodir com tanta realidade emoldurada na ficção. Violência como arte, mas explicada historicamente, sociologicamente e contextualmente. A conjuntura técnica tá excelente, direção certeira, roteiro simples e genial ao mesmo tempo, atuações viscerais...oxente, aplausos a toda equipe de Cangaço Novo e que vale salientar, tem preponderância num elenco norte rio grandense.Alice, o quê que é isso?
Fale Comigo
3.6 965 Assista AgoraO filme só não me pegou mais pela falta de empatia com os personagens. Sei que já justificaram por aí que não seria necessário, mas para mim não funciona muito se eu não me preocupar com os personagens ou se algum deles me irritar muito com coisas que acho pequenas e cansativas. O luto de fato é pessoal pra cada um, mas me cansa essa coisa de querer a qualquer custo comunicar com os entes mortos queridos vendendo até os entes vivos. Mas, o filme é muito bem dirigido, funciona nos sustos, no clima de medo, e realmente, assistir numa sala vazia(só tinha eu e mais uma pessoa na fileira de trás, afastada de mim) produz a ambientação perfeita a um bom filme de terror. Certa hora do filme, já estava ouvindo coisas imaginárias e olhei pra trás e não vi o rapaz no cinema. Gelei.🤣 É um terror que parece mais do mesmo, de roteiro simples, com algumas falhas, mas é diferenciado pela condução certeira dos irmãos Philippou, o terror psicológico, o terror gore, a subversão em colocar o paranormal como algo crível e natural para os personagens sem assustá-los de início, meio que uma metáfora sobre o processo de entrar nas drogas, onde as primeiras cheiradas podem parecer coisa tola, mas depois, o inferno tá posto. A trilha sonora é perfeita e a ótima atuação da Sophie Wilde completa minha meia satisfação.
Viagem Maldita
3.3 763Um dos melhores filmes de terror de todos os tempos sem ser necessariamente original. Utiliza-se de muitos clichês(talvez por isso a nota baixa e preconceituosa), mas faz valer cada segundo de angústia. De roteiro simples, mas produzido com capricho de quem sabe que o terror é mais que isso, é um estudo da mente humana e como funciona seus medos para saber aplicar no tempo, na hora e no local certo. É dirigido com presteza, Viagem Maldita não tem a medalha de ouro que mereceria no gênero terror.
The Night
2.8 41 Assista AgoraEu amo cinema que foge a linha americanalhada, amo terror psicológico, mas não dá pra defender isso aqui não. Dei duas estrelas para o arco inicial, mas da metade para o fim, uma tortura. A lentidão sem propósito e a falta de empatia com o personagem masculino me deixou angustiada pra que acabasse. Explicações simplórias (Não aguento mais fantasmas q voltam pra falar do pecado dos seus vivos, superem!) e também não aguento os vivos que se martirizam por seus pecados só porque são assombrados por algum fantasma do passado. Quando é bem feito, a gente compra o clichê. Dica de terror bom dos iranianos, "Sob a Sombra", aí sim tem propósitos e apresenta a forma cultural própria de montar uma história.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraQuem diria que um dia eu iria gostar de um filme que trabalhasse um roteiro pra Barbie? Eu que nunca tive essa boneca na infância, porque além de cara, acho que não era um sonho meu mesmo, pelo menos não tanto quanto ganhar uma Caloi( o consumo nos cerca) O filme não mira nas crianças, muito embora possa ser visto com prazer por todas as idades, aqui temos uma Barbie se humanizando, confusa, preocupada com transformações assustadoras e enfim, questionadora do seu papel naquele universo de brinquedo em que tudo parece tão PERFEITO, inclusive ela. Mas, não é bem assim. Margot Robbie tá uma Barbie no estereotipo afinadíssima, ela dá luz a esse protagonismo, com humor, leveza e drama também. Já Ryan empresta seu talento e comicidade ao Ken, o boneco que nem sabe Ken é, além de sua Barbie, mas que sempre que aparece, salta aos olhos brincando com o ridículo do tipo de homem que ele se apresenta. O musical tá muito bom, aliás, queria mais musicais, pois é uma forma de contar a história no tom do lúdico. O feminismo é abordado de forma simples, mas suficiente em se tratando de uma comédia que pegaria um público infanto-juvenil, as críticas sociais sobre a futilidade, o consumismo, a alienação, a padronização, o machismo etc, comportam o básico, mas igualmente suficiente. A entrada com referência a 2001 uma Odisseia no espaço me matou de rir e de felicidade. Ótimo filme.
Oppenheimer
4.0 1,1KSensação de dubiedade. A gente vê um filme desses e encara o bem e o mal dos seres humanos, da ciência de Oppenheimer, da arte de Nolan e sem saber como julgar ao certo, ou melhor, com o cinismo de gostar de tudo aquilo que vemos em tela, da obra genial, grandiosa e saber que tem muita coisa muito errada, muito pesada, muito monstruosa envolvendo tanto a arte quanto a ciência, quanto os podres poderes. Cillian Murphy sempre me causou interesse, a atuação é expressiva e comedida ao mesmo tempo e ele se apossou aqui da alma complexa de Oppenheimer, foi brilhante. Aliás, em certo momento o personagem fala que há simplicidade no ser humano, mas sua amante belamente interpretada por Florence Pugh o contradiz e de fato, estou com ela, o ser humano é mais difícil que quebrar átomos. O filme é tecnicamente perfeito, bem dirigido, longo, mas não cansativo, pelo menos pra mim, imersivo, histórico, sem atrativos fáceis e por isso precisa de atenção para funcionar, o personagem central(sinto intensamente o que ele pensa e sente pela expressividade de Cillian, pela trilha sonora, pela edição de som e pelo roteiro). Só sei que ao final, o silêncio(meu e da maioria) explodiu mais que a bomba. Sim, sem palavras por querer ver o espetáculo e me sentir mal por saber que aquilo foi real, a destruição em massa foi real, o medo pós "experimento" continua sendo real. A cena em que Oppenheimer discursa a respeito do "sucesso" da bomba, vendo todo mundo ao seu redor rir e queimar ao mesmo tempo, vibrar e gemer de dor ao mesmo tempo, suas palavras de contentamento, mas seu corpo dizia outra coisa, enfim. Aplausos ao elenco todo, Downey Jr. tá excepcional, Emily Blunt, minha nossa, desvinculada do resto de seus personagens e todas as participações de estrelas em pontas pequenas, mas não menos brilhantes. Espetacular.
A Mansão
2.5 101É o tipo de filme ruim que a gente até vê enquanto navega na internet, sabe? Enquanto esquenta um chá e não liga muito pra história fraquíssima e porque é mal executado e interpretado.