Retomar o personagem e elementos de sua mitologia causou grande ansiedade nos entusiastas da série original. Acredito que o que não se esperava era que durasse apenas mais uma temporada e que terminasse como terminou (para alguns um fiasco, para outros uma redenção). O fato é que sobraram buracos na trama e o desfecho, neste caso, pareceu a melhor alternativa.
Reunindo fatos e personagens reais com ficção, a opção por uma narrativa de bom humor em ritmo constante de conspiração, sempre vai deixar os "de dentro da caixinha" reclamando. Seguiu a linha de "Clark" (Netflix) o que acho um caminho interessante. A forma com que construíram o personagem do Havelange é impressionante. Fiquei com algumas ressalvas no elenco e a opção pelo narrador, mas acredito que conseguiram um resultado bem legal.
Como não tiveram peito de dar um final para a série, aconteceu o esperado: tramas e comportamentos de personagens sem nexo, direção preguiçosa, furos e mais furos. Triste.
Particularmente aquém do que eu esperava, o que não quer dizer que seja ruim. Poderiam ter sido um pouco mais cuidadosos na escolha da atriz que faz a protagonista (ela não é ruim). O nome de Tim Burton sempre vai gerar bastante expectativa, elevando a ansiedade. A trama que mistura elementos freak "terrir" do universo Addams com mistério e investigação, consegue criar um bom passatempo.
Graham Hancock, jornalista, pesquisador e escritor apresenta esta série. Tem uma construção de narrativa enigmática e misteriosa que os entusiastas das "civilizações perdidas" adoram. Vale a pena para retomar em doc a exploração de sítios arqueológicos (sobretudo Göbekli Tepe - episódio 5 - que realmente balançou as estruturas do que se conhece sobre sítios megalíticos), fora do eixo das tradicionais tvs e programas do gênero.
Os norte americanos são bem competentes quando fazem este tipo de documentário. A história trágica de pessoas que se tornam celebridades e acabam passando dos limites, sobretudo quando carregam histórias de abuso e dor em suas trajetórias.
Feito para promover a imagem dos empresários e produtores do evento, basicamente parte da premissa da "luta" deles para realizar os eventos ao longo dos anos. Sendo uma produção da Globo, já aproveita para dar aquela demonizada básica no Brizola que NUNCA se rendeu aos desmandos da emissora. Menciona a palhaçada da diferenciação entre atrações nacionais e internacionais, mas bem por cima (o que não mudou, vide falas recentes da Anitta). Passa pela absoluta escrotidão da postura de alguns astros bem como do público e a "transição" do "projeto" para um caráter "social". Romanceadaço (pega desavisados), vale para algumas lembranças. Só.
Vamos lá... Mais uma vez: adaptações de HQs para as telas sempre tendem a perder. Não dá para ficar no puritanismo abestalhado e pilhar o saco alheio porque mudou isso ou aquilo. Sempre há alguma razão, seja ela por ordem artística, filosófica, poética, comercial, social, etc. Vi o absurdo de pessoas reclamando "que as lutas são fracas" (WTF?), que "a atriz que interpretou a Morte deveria ser branca" pois "eu me acostumei com ela assim na hq" (WTF?), que o Lúcifer tem que ser homem (WTF?), que o Sandman tem cara de vampiro Globeleza, que o universo dos SONHOS é muito "fake" (WTF?), que o c∆r∆leo a quatro e por aí vai. O que de fato me incomodou é não ter investido numa ambientação mais sombria. Mas não comprometeu proposta. No mais, caminhou bem. E é sempre muito bom contar com Stephen Fry, ainda que bem pouco. Quanto as bizarrices levantadas pelos chatos do infernal universo geek , concluo trocando o "WTF?" por "VSF!" sobretudo para as turmas do "não vi e não gostei" e "quero versão fidedigna ou não presta".
Me recordo de ter lido na época uma matéria que tinha o título "Cada geração tem o Woodstock que merece". Dado o tamanho do evento, é impressionante que a tragédia não tenha sido ainda maior. Eis o combo de tantas coisas erradas: ganância de empresários/produtores, irresponsabilidade de artistas e produção, ignorância e descontrole do público, etc. Aliás, que fique bem claro, Woodstock 69 não foi uma história perfeita e sim, também focava lucro. A diferença é que o contexto social era outro (flower power, anti-guerra, direitos civis). Mas também houve depredação e invasão, tudo bem claro no filme versão do diretor.
Gil comemora seu aniversário reunindo a família em um processo de memória norteado pela música. Este processo acontece em meio a demonstrações naturais e profundas de afeto, um pouco de conflito de ideias e gerações (quando há, dadas as aberturas existentes para a troca) e a construção de um show com a presença de todos os familiares. O aniversário é do Gil e os presenteados somos nós.
Este modelo de produção de documentários a partir de fitas contendo horas a fio de áudios, é uma eficiente forma muito interessante de trazer a tona a mente de personagens como Gacy e outros serial killers que marcaram a história dos EUA. Particularmente, achei o do Ted Bundy mais bem elaborado.
Infelizmente é outra série Netflix bem mais ou menos. Começa até prendendo o interesse. Depois vai pegando inúmeras situações para construir uma trama chatinha com desfechos igualmente chatos. E há quem tenha achado a atuação da Toni Collette algo "Óoooohhh!", 'salvando a série. Menos. Ela não ajudou a personagem que também não a ajudou.
Temporada excepcional, tanto na variação das animações quanto na exploração de algumas temáticas, transitando pelo mundo da tecnologia com humor, aventura, filosofia existencial, metafísica e porrada. O.episodio "3 robôs" é antológico e muito atual.
Os fundamentalistas sempre vão espernear com o afastamento da adaptação da "hq clássica", mesmo depois de tudo que já foi feito e readaptado para o cinema e streaming em forma de série, com o padrão Marvel/Disney. Mas não dá para se pautar neles. Obviamente que as adaptações vão obedecer, dentre tantas outras coisas, o mercado (público). A Marvel é da Disney e não dá para esperar que ela não interfira nas sagas dos personagens clássicos, mantendo toda sua naturalidade de origem. É um indústria de entretenimento de massa e, sendo assim, tem fórmulas de formatação. Não dá para brigar com isso. Aceita que dói menos. Ponto. Dito isso, a série recupera o teor das produções de aventura que envolvem expedições arqueológicas e fantásticas, trazendo o sempre fascinante universo da mitologia egípcia. E, apesar do texto anterior, não vejo um resultado ruim. A realização é na média e mantém a tensão/atenção, desde que não vista pelo filtro nerd-puritano-extremista que já dá o play com negação.
Interessante documentário sobre alguns dos principais eventos da história recente do México, cujos processos (dadas as devidas proporções) lembram muito o Brasil. E isso não é mero acaso, pois se trata de uma marca da América Latina pós-colonial, com estruturas de poder compostas por aristocracia e elite burguesa, com sua concepção de exploração sem limites e eliminação de focos de esperança. Muito bom rever o Subcomandante Insurgente Marcos e a memória da luta armada empreendida pelos nativos do Chiapas a fim de garantir a própria sobrevivência e história.
Não configura uma "passada de pano" direta para o eterno "Menino Ney", mas escolhe bem o que vai contar, ainda que aborde questões do ponto de vista negativo. De fato, o tal do "caos" do título está mais para "kaôs", uma vez que a mensagem final é que ele sempre se reinventa. O interessante é deixar claro que o futebol em muitos momentos cede para a celebridade.
David Linch cumpre a promessa feita por Laura Palmer ao agente Dale Cooper e retoma a série após 25 anos. O que apresenta, longe da estrutura, do peso, da densidade e da neblina das duas temporadas dos anos 90, é numa narrativa que oscila entre a o ritmo lento e a fragmentação total (ambientação em quimeras psicodélicas), mantendo na trama elementos fundamentais como a ausência de respostas, os personagens freaks, enlouquecidos, melancólicos e "banais", além do clima de suspense/mistério. Investe também no elemento de humor para cadenciar a trama. Ao meu ver, mais do que querer resolver a qualquer pendencia no passado, está produção presta uma homenagem a si mesma, assim como homenageia os fãs e o próprio Linch.
Dexter: Sangue Novo
3.7 396Retomar o personagem e elementos de sua mitologia causou grande ansiedade nos entusiastas da série original. Acredito que o que não se esperava era que durasse apenas mais uma temporada e que terminasse como terminou (para alguns um fiasco, para outros uma redenção). O fato é que sobraram buracos na trama e o desfecho, neste caso, pareceu a melhor alternativa.
Unabomber - Suas Próprias Palavras
3.7 11 Assista AgoraGosto do tema, que acompanhei nos anos 90 pelos jornais e tv. Junto com a série Manhunt Unabomber, da um bom panorama da história.
O Cerco de Waco
3.4 23 Assista AgoraUm exemplo prático do que pode causar o fanatismo/fundamentalismo dentro de uma sociedade.
Jogo da Corrupção (1ª Temporada)
3.4 7Reunindo fatos e personagens reais com ficção, a opção por uma narrativa de bom humor em ritmo constante de conspiração, sempre vai deixar os "de dentro da caixinha" reclamando. Seguiu a linha de "Clark" (Netflix) o que acho um caminho interessante. A forma com que construíram o personagem do Havelange é impressionante. Fiquei com algumas ressalvas no elenco e a opção pelo narrador, mas acredito que conseguiram um resultado bem legal.
Fear the Walking Dead (7ª Temporada)
2.7 56 Assista AgoraComo não tiveram peito de dar um final para a série, aconteceu o esperado: tramas e comportamentos de personagens sem nexo, direção preguiçosa, furos e mais furos. Triste.
Wandinha (1ª Temporada)
4.0 684 Assista AgoraParticularmente aquém do que eu esperava, o que não quer dizer que seja ruim. Poderiam ter sido um pouco mais cuidadosos na escolha da atriz que faz a protagonista (ela não é ruim). O nome de Tim Burton sempre vai gerar bastante expectativa, elevando a ansiedade. A trama que mistura elementos freak "terrir" do universo Addams com mistério e investigação, consegue criar um bom passatempo.
Revelações Pré-históricas (1ª Temporada)
3.3 17 Assista AgoraGraham Hancock, jornalista, pesquisador e escritor apresenta esta série. Tem uma construção de narrativa enigmática e misteriosa que os entusiastas das "civilizações perdidas" adoram. Vale a pena para retomar em doc a exploração de sítios arqueológicos (sobretudo Göbekli Tepe - episódio 5 - que realmente balançou as estruturas do que se conhece sobre sítios megalíticos), fora do eixo das tradicionais tvs e programas do gênero.
#prehistoria #arqueoasteonomia #sitiosarqueologicos #sitiosmegaliticos #história #ciência
Sally: Fisiculturismo e Assassinato
3.5 30 Assista AgoraOs norte americanos são bem competentes quando fazem este tipo de documentário. A história trágica de pessoas que se tornam celebridades e acabam passando dos limites, sobretudo quando carregam histórias de abuso e dor em suas trajetórias.
Rock in Rio - A História
3.5 14Feito para promover a imagem dos empresários e produtores do evento, basicamente parte da premissa da "luta" deles para realizar os eventos ao longo dos anos. Sendo uma produção da Globo, já aproveita para dar aquela demonizada básica no Brizola que NUNCA se rendeu aos desmandos da emissora. Menciona a palhaçada da diferenciação entre atrações nacionais e internacionais, mas bem por cima (o que não mudou, vide falas recentes da Anitta). Passa pela absoluta escrotidão da postura de alguns astros bem como do público e a "transição" do "projeto" para um caráter "social". Romanceadaço (pega desavisados), vale para algumas lembranças. Só.
Sandman (1ª Temporada)
4.1 589 Assista AgoraVamos lá...
Mais uma vez: adaptações de HQs para as telas sempre tendem a perder. Não dá para ficar no puritanismo abestalhado e pilhar o saco alheio porque mudou isso ou aquilo. Sempre há alguma razão, seja ela por ordem artística, filosófica, poética, comercial, social, etc.
Vi o absurdo de pessoas reclamando "que as lutas são fracas" (WTF?), que "a atriz que interpretou a Morte deveria ser branca" pois "eu me acostumei com ela assim na hq" (WTF?), que o Lúcifer tem que ser homem (WTF?), que o Sandman tem cara de vampiro Globeleza, que o universo dos SONHOS é muito "fake" (WTF?), que o c∆r∆leo a quatro e por aí vai.
O que de fato me incomodou é não ter investido numa ambientação mais sombria. Mas não comprometeu proposta. No mais, caminhou bem. E é sempre muito bom contar com Stephen Fry, ainda que bem pouco.
Quanto as bizarrices levantadas pelos chatos do infernal universo geek , concluo trocando o "WTF?" por "VSF!" sobretudo para as turmas do "não vi e não gostei" e "quero versão fidedigna ou não presta".
Grandes Fracassos: Woodstock 99
3.8 113Me recordo de ter lido na época uma matéria que tinha o título "Cada geração tem o Woodstock que merece".
Dado o tamanho do evento, é impressionante que a tragédia não tenha sido ainda maior. Eis o combo de tantas coisas erradas: ganância de empresários/produtores, irresponsabilidade de artistas e produção, ignorância e descontrole do público, etc.
Aliás, que fique bem claro, Woodstock 69 não foi uma história perfeita e sim, também focava lucro. A diferença é que o contexto social era outro (flower power, anti-guerra, direitos civis). Mas também houve depredação e invasão, tudo bem claro no filme versão do diretor.
Em Casa com os Gil (1ª Temporada)
4.5 26 Assista AgoraGil comemora seu aniversário reunindo a família em um processo de memória norteado pela música. Este processo acontece em meio a demonstrações naturais e profundas de afeto, um pouco de conflito de ideias e gerações (quando há, dadas as aberturas existentes para a troca) e a construção de um show com a presença de todos os familiares.
O aniversário é do Gil e os presenteados somos nós.
Morador Indesejado (1ª Temporada)
3.8 72Jamison se torna sério candidato a top list vilões bizarros da vida real.
Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino
3.7 84Este modelo de produção de documentários a partir de fitas contendo horas a fio de áudios, é uma eficiente forma muito interessante de trazer a tona a mente de personagens como Gacy e outros serial killers que marcaram a história dos EUA. Particularmente, achei o do Ted Bundy mais bem elaborado.
Ninguém Pode Saber
3.0 100 Assista AgoraInfelizmente é outra série Netflix bem mais ou menos. Começa até prendendo o interesse. Depois vai pegando inúmeras situações para construir uma trama chatinha com desfechos igualmente chatos. E há quem tenha achado a atuação da Toni Collette algo "Óoooohhh!", 'salvando a série. Menos. Ela não ajudou a personagem que também não a ajudou.
Amor, Morte e Robôs (Volume 3)
4.1 344 Assista AgoraTemporada excepcional, tanto na variação das animações quanto na exploração de algumas temáticas, transitando pelo mundo da tecnologia com humor, aventura, filosofia existencial, metafísica e porrada. O.episodio "3 robôs" é antológico e muito atual.
Boneca Russa (2ª Temporada)
3.5 95Passa longe da primeira temporada. Passa. Sensação que uma boa ideia não foi devidamente executada.
Quase Feliz (2ª Temporada)
3.8 2 Assista AgoraNão é tão boa quanto a primeira mas mantém maravilhosamente a representatividade da faixa etária do protagonista.
Cavaleiro da Lua
3.5 421 Assista AgoraOs fundamentalistas sempre vão espernear com o afastamento da adaptação da "hq clássica", mesmo depois de tudo que já foi feito e readaptado para o cinema e streaming em forma de série, com o padrão Marvel/Disney. Mas não dá para se pautar neles. Obviamente que as adaptações vão obedecer, dentre tantas outras coisas, o mercado (público). A Marvel é da Disney e não dá para esperar que ela não interfira nas sagas dos personagens clássicos, mantendo toda sua naturalidade de origem. É um indústria de entretenimento de massa e, sendo assim, tem fórmulas de formatação. Não dá para brigar com isso. Aceita que dói menos. Ponto.
Dito isso, a série recupera o teor das produções de aventura que envolvem expedições arqueológicas e fantásticas, trazendo o sempre fascinante universo da mitologia egípcia. E, apesar do texto anterior, não vejo um resultado ruim. A realização é na média e mantém a tensão/atenção, desde que não vista pelo filtro nerd-puritano-extremista que já dá o play com negação.
1994 (1ª Temporada)
4.0 7 Assista AgoraInteressante documentário sobre alguns dos principais eventos da história recente do México, cujos processos (dadas as devidas proporções) lembram muito o Brasil. E isso não é mero acaso, pois se trata de uma marca da América Latina pós-colonial, com estruturas de poder compostas por aristocracia e elite burguesa, com sua concepção de exploração sem limites e eliminação de focos de esperança. Muito bom rever o Subcomandante Insurgente Marcos e a memória da luta armada empreendida pelos nativos do Chiapas a fim de garantir a própria sobrevivência e história.
Upload (2ª Temporada)
3.4 57 Assista AgoraLeva adiante a piração trazida na 1a temporada, indo um pouco além mas ficando um pouco aquém no resultado. Mesmo assim uma série legal.
All Of Us Are Dead (1ª Temporada)
3.7 288 Assista AgoraBoring.
Neymar: O Caos Perfeito
3.2 69Não configura uma "passada de pano" direta para o eterno "Menino Ney", mas escolhe bem o que vai contar, ainda que aborde questões do ponto de vista negativo. De fato, o tal do "caos" do título está mais para "kaôs", uma vez que a mensagem final é que ele sempre se reinventa. O interessante é deixar claro que o futebol em muitos momentos cede para a celebridade.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 622 Assista AgoraDavid Linch cumpre a promessa feita por Laura Palmer ao agente Dale Cooper e retoma a série após 25 anos. O que apresenta, longe da estrutura, do peso, da densidade e da neblina das duas temporadas dos anos 90, é numa narrativa que oscila entre a o ritmo lento e a fragmentação total (ambientação em quimeras psicodélicas), mantendo na trama elementos fundamentais como a ausência de respostas, os personagens freaks, enlouquecidos, melancólicos e "banais", além do clima de suspense/mistério. Investe também no elemento de humor para cadenciar a trama.
Ao meu ver, mais do que querer resolver a qualquer pendencia no passado, está produção presta uma homenagem a si mesma, assim como homenageia os fãs e o próprio Linch.