A pretensão de inserir temas para crítica social se dilui nós clichês de sobra, e no tema desgastadísismo. Não fica nem no terror e nem no "terrir". Quanto ao RJ estar infestado de zumbis, isso é fato. Eles se agrupam vestindo amarelo e desejando morte.
Partir das situações imaginárias da obra de um artista plástico, já era um lance interessante. Mas para alem disso, a série acertou em cheio nos roteiros que perpassam pensamentos de situações imaginárias que são comuns a tanta gente, inseridas em contextos existenciais profundos sobre a existência e sua finalidade. Para de deixar levar e sentir.
Produção com cara de trash anos 80 (zumbis ingleses amaldiçoados com olhos de lâmpadas vermelhas), em uma trama que envolve desde a exploração de questões políticas da Índia (culpabilização da pobreza usando a eterna justificativa da guerrilha/terrorismo a ser combatida) até a critica da violência colonial inglesa (essa "maldição infindável'). Passa tempo ok.
Com episódios curtos e temáticas comuns e sensíveis a cada um de nós (afetivas, culturais, sociais, políticas, etc) é uma excelente série argentina. PS: que atriz apaixonante a Natalie Pérez!
Questões existenciais profundas são discutidas em um universo psicodélico, usando referências da ficção científica, filosofia, religião, artes e fundamentalmente experiências de vida. O resultado é uma experiência surpreendente... Claro, para quem abre a mente. Em tempo: Profundamente reflexivo e poético, o episódio 8, último da primeira temporada é uma das mais espetaculares realizações da história da animação.
A esquizofrenia política norte-americana migra para o sistema judiciário de pesos e medidas distorcidos, os traumas das tragédias originadas pelos atos de terrorismo que sofreu. O resultado é a total inadmissibilidade de revisão dos próprios excessos. A justiça policial judiciária mundial está constituída sob uma indústria de criminalização.
Está série é a prova de que não há fronteiras entre a realidade e a ficção, quando a trama envolve questões policiais. Prova também como o sistema policial judiciário (não só nos EUA mas no mundo) é vulnerável e usado como máquina de criminalização, tendo como fundo padrões preconceituosos (etnia, classe social, gênero, etc). Para juristas é uma aula de investigação processual.
Na tentativa de fazer outra temporada, muita coisa saiu do rumo. A atmosfera onírica predominante perdeu espaço, personagens foram modificados (Sabino) e esvaziados (James), a trama perdeu força. Mesmo com tudo isso, a conclusão poderia ficar ok. Mas cancelaram.
Mantém o padrão da primeira temporada, com discussões sobre o sentido de viver, existir e ser feliz. Os personagens seguem bem estruturados (vale destacar o bizarro analista) e para a próxima temporada (se houver) a história pede novos caminhos.
Não se trata de um drama de uma pessoa deprimida, apenas. É a narração de um tortuoso caminho de volta para a "normalidade", tendo que passar pelos padrões culturais de solidariedade, permeados com muita ironia e o mais comum do humor inglês.
Quando uma série abre muitos precedentes na trama, já dá para perceber que vai se perder e não vai resolver todas as coisas. Aí, você vê que a produção envolve profissionais que trabalharam em "Lost" e compreende que "compreender" não é exatamente o mais importante. Como grande parte das séries com este perfil, tem repetições excessivas e poderia ter facilmente de 2 a 3 episódios a menos. Por tratar de sonhos, tema que particularmente me interessa muito, vou ver a 2a temporada. Caso contrário não daria sequência.
A ideia de fazer um perturbadaço Freud ser um Sherlock Holmes (enquanto formula a psicanálise) e de Arthur Schinitzler (bom vivante que abandonou a medicina para ser escritor) em alguns momentos seu Dr Watson, parecia interessante, mas no próprio desenrolar da trama é abandonada. No contexto da Europa no início do século XX, carregando em seu enredo as sementes maléficas dos ultranacionalismos pulsantes; a elite se deleitando com as mesas de comunicação espiritual; o resgate do xamãnismo/paganismo da Hungria como uma gloriosa raiz religiosa para ajudar (amaldiçoando) o declínio do Império Austro-Húngaro (sob forte influência da Alemanha) segue de vento em popa. É muito conteúdo para ser administrado dentro de uma atmosfera pesadíssima de narrativa que envolve transe hipnótico, transe espiritual, intrigas e suspense. Ao contrário de tudo que li sobre, não acho que seja ruim. Mas não é uma série para pessoa preguiçosa, pois é necessário ir atrás dos contextos, quando não os conhecem. Para quem esperava uma biografia do Freud, o tombo foi grande. Para quem consegue ver personagens históricos além das cascas que eles tem, um deleite.
Se perderam totalmente na repetição da fórmula. Não tem mais o que espremer da história, que fica correndo atrás do próprio rabo. Virou novelinha "Everybody Hates Polo".
Para quem não conhece nada de mitologia e religião, difícil. Para quem conhece a obra em que se baseou, pode ser boa se pensar que a série tenta atualizar o livro. Se consegue ou não, é outro ponto. Psicodélica, reflexiva, irônica e arrastada.
A série trabalha inúmeras questões que precisam ser bem observadas, desde padrões psicológicos pessoais a padrões socio-culturais. Concentrar o fundamentalismo religioso do islã e do neopentecostalismo norte-americano em um mesmo personagem no meio de conflitos geopolíticos clássicos, em si, já é bem ousado. Vamos ver o desenrolar.
Muito inferior a primeira temporada. Erros grosseiros no corte das ações para dar dinâmica nós episódios, exagero na quantidade de situações e tramas paralelas que abre (dava para dimensionar em outra temporada) e necessidade de correr com os fatos, deixa uma sensação de que a série não deve ter vida longa. Uma pena.
The Sinner (2ª Temporada)
3.6 352Bill Pullman está excelente nesta série. Esta temporada manteve o nível da 1a.
Reality Z (1ª Temporada)
3.0 214 Assista AgoraA pretensão de inserir temas para crítica social se dilui nós clichês de sobra, e no tema desgastadísismo. Não fica nem no terror e nem no "terrir".
Quanto ao RJ estar infestado de zumbis, isso é fato. Eles se agrupam vestindo amarelo e desejando morte.
Contos do Loop (1ª Temporada)
4.3 218 Assista AgoraPartir das situações imaginárias da obra de um artista plástico, já era um lance interessante. Mas para alem disso, a série acertou em cheio nos roteiros que perpassam pensamentos de situações imaginárias que são comuns a tanta gente, inseridas em contextos existenciais profundos sobre a existência e sua finalidade.
Para de deixar levar e sentir.
Control Z (1ª Temporada)
3.3 197 Assista AgoraConsiderando as produções do gênero, muito fraca. Faltou cuidado ao lidar com questões relacionadas ao bullying e afins. PS: Trilha sonora excelente!
Betaal (1ª Temporada)
2.6 30Produção com cara de trash anos 80 (zumbis ingleses amaldiçoados com olhos de lâmpadas vermelhas), em uma trama que envolve desde a exploração de questões políticas da Índia (culpabilização da pobreza usando a eterna justificativa da guerrilha/terrorismo a ser combatida) até a critica da violência colonial inglesa (essa "maldição infindável'). Passa tempo ok.
Bordertown (1ª Temporada)
3.8 47Interessante produção, sustentada bem pela grande performance do ator que faz o protagonista.
Quase Feliz (1ª Temporada)
4.1 11Com episódios curtos e temáticas comuns e sensíveis a cada um de nós (afetivas, culturais, sociais, políticas, etc) é uma excelente série argentina. PS: que atriz apaixonante a Natalie Pérez!
The Midnight Gospel (1ª Temporada)
4.5 455 Assista AgoraQuestões existenciais profundas são discutidas em um universo psicodélico, usando referências da ficção científica, filosofia, religião, artes e fundamentalmente experiências de vida. O resultado é uma experiência surpreendente... Claro, para quem abre a mente.
Em tempo: Profundamente reflexivo e poético, o episódio 8, último da primeira temporada é uma das mais espetaculares realizações da história da animação.
Making a Murderer (2ª Temporada)
4.1 71A esquizofrenia política norte-americana migra
para o sistema judiciário de pesos e medidas distorcidos, os traumas das tragédias originadas pelos atos de terrorismo que sofreu. O resultado é a total inadmissibilidade de revisão dos próprios excessos. A justiça policial judiciária mundial está constituída sob uma indústria de criminalização.
Making a Murderer (1ª Temporada)
4.4 282 Assista AgoraEstá série é a prova de que não há fronteiras entre a realidade e a ficção, quando a trama envolve questões policiais. Prova também como o sistema policial judiciário (não só nos EUA mas no mundo) é vulnerável e usado como máquina de criminalização, tendo como fundo padrões preconceituosos (etnia, classe social, gênero, etc). Para juristas é uma aula de investigação processual.
Falling Water (2ª Temporada)
3.4 5Na tentativa de fazer outra temporada, muita coisa saiu do rumo. A atmosfera onírica predominante perdeu espaço, personagens foram modificados (Sabino) e esvaziados (James), a trama perdeu força.
Mesmo com tudo isso, a conclusão poderia ficar ok. Mas cancelaram.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (2ª Temporada)
4.2 94Mantém o padrão da primeira temporada, com discussões sobre o sentido de viver, existir e ser feliz. Os personagens seguem bem estruturados (vale destacar o bizarro analista) e para a próxima temporada (se houver) a história pede novos caminhos.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (1ª Temporada)
4.2 183 Assista AgoraNão se trata de um drama de uma pessoa deprimida, apenas. É a narração de um tortuoso caminho de volta para a "normalidade", tendo que passar pelos padrões culturais de solidariedade, permeados com muita ironia e o mais comum do humor inglês.
Falling Water (1ª Temporada)
3.2 8Quando uma série abre muitos precedentes na trama, já dá para perceber que vai se perder e não vai resolver todas as coisas. Aí, você vê que a produção envolve profissionais que trabalharam em "Lost" e compreende que "compreender" não é exatamente o mais importante. Como grande parte das séries com este perfil, tem repetições excessivas e poderia ter facilmente de 2 a 3 episódios a menos. Por tratar de sonhos, tema que particularmente me interessa muito, vou ver a 2a temporada. Caso contrário não daria sequência.
Freud (1ª Temporada)
3.0 186 Assista AgoraA ideia de fazer um perturbadaço Freud ser um Sherlock Holmes (enquanto formula a psicanálise) e de Arthur Schinitzler (bom vivante que abandonou a medicina para ser escritor) em alguns momentos seu Dr Watson, parecia interessante, mas no próprio desenrolar da trama é abandonada. No contexto da Europa no início do século XX, carregando em seu enredo as sementes maléficas dos ultranacionalismos pulsantes; a elite se deleitando com as mesas de comunicação espiritual; o resgate do xamãnismo/paganismo da Hungria como uma gloriosa raiz religiosa para ajudar (amaldiçoando) o declínio do Império Austro-Húngaro (sob forte influência da Alemanha) segue de vento em popa. É muito conteúdo para ser administrado dentro de uma atmosfera pesadíssima de narrativa que envolve transe hipnótico, transe espiritual, intrigas e suspense. Ao contrário de tudo que li sobre, não acho que seja ruim. Mas não é uma série para pessoa preguiçosa, pois é necessário ir atrás dos contextos, quando não os conhecem.
Para quem esperava uma biografia do Freud, o tombo foi grande. Para quem consegue ver personagens históricos além das cascas que eles tem, um deleite.
I Am Not Okay With This (1ª Temporada)
3.7 352 Assista AgoraSérie Freak chapadinha, cheia de referências e com trilha sonora sensacional. Vejamos se dá um gás na 2a temporada.
Elite (3ª Temporada)
3.8 300Se perderam totalmente na repetição da fórmula. Não tem mais o que espremer da história, que fica correndo atrás do próprio rabo. Virou novelinha "Everybody Hates Polo".
Deuses Americanos (2ª Temporada)
3.4 185 Assista AgoraPara quem não conhece nada de mitologia e religião, difícil.
Para quem conhece a obra em que se baseou, pode ser boa se pensar que a série tenta atualizar o livro. Se consegue ou não, é outro ponto.
Psicodélica, reflexiva, irônica e arrastada.
Preacher (2ª Temporada)
4.0 99 Assista AgoraSe perderam absolutamente na relação Jesse e Tulip, de forma desnecessária.
Preacher (3ª Temporada)
4.0 69 Assista AgoraApós a chata 2a temporada que quase estragou tudo, esta terceira volta com toda anarquia Freak que caracteriza a história e personagens.
Ares (1ª Temporada)
3.1 65 Assista AgoraCaminha na banalidade para dar um desfecho "lacrador" de conteúdo. Dificilmente há de continuar.
Messiah (1ª Temporada)
3.8 165 Assista AgoraA série trabalha inúmeras questões que precisam ser bem observadas, desde padrões psicológicos pessoais a padrões socio-culturais. Concentrar o fundamentalismo religioso do islã e do neopentecostalismo norte-americano em um mesmo personagem no meio de conflitos geopolíticos clássicos, em si, já é bem ousado. Vamos ver o desenrolar.
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraMuito inferior a primeira temporada. Erros grosseiros no corte das ações para dar dinâmica nós episódios, exagero na quantidade de situações e tramas paralelas que abre (dava para dimensionar em outra temporada) e necessidade de correr com os fatos, deixa uma sensação de que a série não deve ter vida longa. Uma pena.
Você (2ª Temporada)
3.5 611 Assista AgoraAchei bem inferior em relação a 1a temporada, um pouco mais sombria e mais próxima de um "romantismo literário" que exercia bastante atração.