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Últimas opiniões enviadas

  • André Coutinho

    Eu acho que é muito sintomático que tanta gente esteja adorando o medíocre "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" e, ao se referirem a "Os Banshees de Inisherin", repetem a infame frase: "MAS NADA ACONTECE!!!"

    Isso só me convence de como a era digital treina cada vez mais as pessoas a só se sentirem satisfeitas com movimentos e informações constantes. Tudo tem que ser maximalista, megalomaníaco, pseudo-importante, metalinguístico...

    Não há mais espaço pro sutil, pro singelo, pro contemplativo, nem mesmo pra narrativa clássica (vide tanta gente questionando o impacto de "Avatar: O Caminho da Água")... O público vai pro Cinema esperando grandes eventos até em filmes que nunca se propuseram a oferecer esse tipo de coisa. Por isso que, sempre que entro no Filmow e pesquiso a reação a filmes como esse ou "Tár", eu sempre posso ter certeza de uma coisa:

    Alguém vai falar que "NADA acontece!"

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  • André Coutinho

    "Speak No Evil" é um filme ridículo!

    Não por ter personagens burros tomando atitudes burras e sendo impotentes do início ao fim. Essa é a ideia que o filme TENTA vender pra elaborar sua crítica social (o título do filme entrega isso). É um filme ridículo por TENTAR vender essa ideia com situações pobres, cafajestes e artificiais a ponto de jamais conseguir convencer sobre a complacência do casal dinamarquês. É um filme ridículo por imitar essa estética simétrica e saturada digna de uma imitação barata de Ari Aster por absolutamente nenhum motivo apenas nessas tentativas fracassadas de gerar desconforto através do "diferente", do "inusitado".

    E nessa obviedade risível da direção de Christian Tafdrup, o elenco - mais especificamente Fedja van Huêt e Karina Smulders - acaba sendo sabotado. Os únicos que funcionam bem independentemente das escolhas do cineasta são os protagonistas vividos por Morten Burian e Sidsel Siem Koch, que fazem algo além do óbvio, que realmente criam personagens identificáveis, embora absurdamente falhos em sua cordialidade quase doentia. No geral, é o pior filme de 2022 junto com "Men" e ironicamente ambas as obras possuem praticamente os mesmos equívocos: se acham inteligentes demais na transmissão de uma certa mensagem ou no desenvolvimento de um certo conceito e, ao perceberem que estão sendo óbvios, apelam pro choque visual vazio e (de certa forma) gratuito pra fechar com uma impressão "mais forte". Se não fosse essa trapaça, assumo que esse filme fugiria da minha mente em pouco mais do que...

    Espera, do que eu estava falando mesmo?!?!

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  • André Coutinho

    ATENÇÃO, O TEXTO A SEGUIR PODE CONTER SPOILERS LEVES!!!

    Em 2017, o comediante Jordan Peele – da série de esquetes "Key & Peele" – deu seu primeiro grande passo como diretor de cinema e surpreendeu a todos. Não apenas porque "Corra!" era um terror social, mas também porque conquistou crítica e público, tornou-se instantaneamente popular (basta observar sua proliferação em memes pelas redes sociais) e ainda arrecadou Oscar de Melhor Roteiro Original e indicações a Direção e Filme, algo que poucas obras de terror conquistaram em 94 anos da premiação.

    Eu mesmo admito que adoro "Corra!" e que parte da minha empolgação para o lançamento desse novo filme de Peele vinha de sua poderosa estreia. Mas junto com a empolgação, vinha um bocado de incerteza gerada pela sua segunda obra "Nós", de 2019, que me frustrou bastante por ser desregulada em tom e ritmo, irritantemente expositiva e prejudicialmente pretensiosa e auto-indulgente. Restava a pergunta: para qual lado seu terceiro projeto seguiria?

    Bom, uma das lições que aprendi em anos de cinefilia é que a Arte não é binária e jamais deve ser encarada como tal. Então, logo ao sair da sala de cinema, refleti por um tempo e concluí que "Não! Não Olhe!" tinha alguns dos pontos positivos de "Corra!" e alguns dos pontos negativos de "Nós", mas que, acima de tudo, era um filme completamente diferente de ambos. Afinal, se o foco de suas duas produções anteriores era encenar uma crítica social incisiva a partir de absurdos costumeiros do cinema de horror (hipnose, troca de corpos, duplicatas, assassinos com armas brancas), aqui Peele se deixa levar pelas convenções de clássicos da ficção científica sem abandonar sua construção de atmosfera enigmática que também estava presente lá atrás. Ah claro, e sem abandonar sua carga de humor, bem mais complementar aqui do que invasiva como acontecia em sua obra anterior.

    Acompanhando os irmãos OJ e Em Haywood – que treinam cavalos para a produção de filmes ou comerciais – em tentativas ingratas para sustentar a velha fazenda de seu recém-falecido pai, "Não! Não Olhe!" logo começa a criar um suspense inquietante com algo que pode estar à espreita no isolado deserto da região de Agua Dulce, Califórnia. É nesse contexto que o diretor começa a instigar a curiosidade do público, seguindo a lógica de que precisamos saber tanto quanto os personagens, consequentemente aumentando a imersão, a impressão que estamos com eles desvendando aquele mistério e presenciando aquelas anomalias. Nesse aspecto, a condução de Peele parece pegar como inspiração o clássico "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", de Steven Spielberg, e "Sinais", de M. Night Shyamalan, no sentido de “cozinhar” sua expectativa ao máximo antes de revelar a verdadeira ameaça, enquanto usa a mesma abordagem de "Tubarão", também de Spielberg, no tratamento que dá ao “monstro”.

    Claro que, quando traço tais paralelos, meu objetivo é evidenciar as influências do cineasta, mas não entendam errado: "Não! Não Olhe!" tem sua boa parcela de originalidade e cria quase um universo próprio a partir de certa iconografia, como o parque temático de faroeste Jupiter’s Claim, os bonecões de posto coloridos, a van da Fry’s Electronics conduzida pelo alívio cômico Angel, o capacete retrofuturista do repórter sensacionalista do TMZ no terceiro ato, os cavalos dos Haywood e especialmente o design da criatura nos momentos finais... Todos esses elementos combinados dão a esse terceiro projeto de Peele uma cara própria e o diretor sempre foi bom nisso. Basta notar os macacões vermelhos e as tesouras douradas das duplicatas de "Nós", por exemplo.

    Eu só acho que, quando o roteiro quer explorar mais temas além do conflito direto de ficção científica, ele chega perto de ficar pretensioso. Há um “quê” de proteção aos animais, a tentativa de aplicar uma crítica meio "Black Mirror" à necessidade de filmar tudo que ocorre em detrimento da própria integridade física e à cultura do espetáculo... No filme, geralmente são elementos que não soam invasivos, mas o que me pega é justamente como o longa começa: com uma citação bíblica que concede holofote especialmente a essa cultura do espetáculo. E confesso que não consegui enxergar essa temática como mote central da obra. Além disso, acho invasiva a importância que dão para o passado do personagem Jupe, querendo conferir destaque a algo que – de novo – não me pareceu ser tão relevante no resto da projeção.

    Dito isso, gostei muito de "Não! Não Olhe!". Além das ótimas performances de Daniel Kaluuya e Keke Palmer, Peele faz desse projeto seu mais divertido e imersivo até aqui. E estou ansioso desde já para seu próximo trabalho!

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  • Nenhum recado para André Coutinho.

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