A boa intenção está no Colin Farrel, na fotografia, filmagem, cenários e afins. Desde a invenção do streaming só assisto a séries com temporadas completas. Dei uma chance a exceção com essa. Me ferrei. Não sei se é a minha ausência de memória, mas assisti ao último episódio com a sensação de vazios. Já foi difícil fechar a série depois da virada completamente despropositada, para mim, óbvio. Não é minha praia.
Assisti por ser na Irlanda. Curiosidade sobre a cultura rural daquele país. Poderia render uma boa história não fossem os clichês já esgotados, plagiados de outras culturas. O desfecho é ainda pior.
Mais uma produção sobre versões de verdades, ou de mentiras. Assim é a vida, um eterno julgamento. Ao fim e ao cabo nós decidimos em que e quem acreditar. O risco é quando criamos a nossa versão para condenar, ou absolve, e isso depende de fatores que, não raro, vão além, ou aquém, dos fatos. Isso tudo porque não há hipótese para o não sei.
Eu continuo sem entender pessoas que reclamam de séries lentas, longas e/ou que demoram a engatar. Minha N. Sra do cinema controla meus impulsos. Esse tipo de série é arte, não é entretenimento. Aprecie com moderação, se envolva, observe os detalhes...está tão escancarado que é arte que no decorrer dos episódios são feitos paralelos com artes...pintura, fotografia, esculturas....arte do passado que ainda sobrevive (ou vive) em cada canto de cidades antigas da Itália. É uma série-galeria de arte. Absolutamente tudo numa película quer dizer alguma coisa. Só preste atenção. O enredo é importante, sim, mas os elementos que compõem uma história, fictícia ou real, vão muito além dos fatos, que para mim, sempre, numa boa história, serão o pano de fundo. O que nos prende são os detalhes. Os personagens dessa história, sem exceção, se mostram nas nuances. A Isabela Boscov bem disse que Andrew Scott por si só é um cinema. Mas nenhum dos outros atores fica atrás. A exceção talvez seja o (a) Freddie, excessivamente andrógino. Quiça era essa a intenção, e é só uma antipatia minha. A Isabela Boscov também mencionou, mas creio que mais em função do livro, da construção do Tom pela Patricia Highsmith, que nos pegamos torcendo por ele, mesmo cientes da sua imoralidade (ou amoralidade?). Tom é, inegavelmente, um sedutor, mas um olhar de fora, o meu, não conseguiu separar a sedução do mau-caratismo e acho que o Andrew Scott assim o construiu, na dubiedade, para não termos dúvidas de que ele é um bandido, psicopata como bem dizem muitos. Gostei imenso.
Muito ruim. Extremamente previsível. Vejo estas produções até o fim, por educação, para conhecer outras culturas e quando não quero ver nada que me impacte.
Alguém indicou essa série, como uma preciosidade escondida. Dei chance, embora no primeiro episódio quase abandonei, porque, pensei, já vi o suficiente de viagens no tempo, mesmo como alegoria. Seria possível um novo olhar? Talvez sim, talvez não. Cabe à percepção e emoção individual. Me vi, relembrando os intensos debates juvenis, cheios de certezas, sobre o destino. Fui moldando a minha percepção no avançar da minha história de vida. Tenho algumas convicções sobre, que podem, obviamente, mudar amanhã. Ou hoje, por conta do que assisti. Ou reforçá-las. No fim é sempre sobre escolhas (as nossas e as que respingam em nós vindas de outrem ou d'além, who knows?) e consequências. Concordo, é uma preciosidade, que eu desconhecia, até alguém, por sorte do acaso (who knows?), a encontrar e divulgar.
Um folhetim sem tirar nem por, mas em Paris. O lado glamouroso e luxuoso de Paris. Quase com certeza que por isso vende bem. Pelo marketing que, ironicamente (ou não), é o pano de fundo da trama superficial e, obviamente, clichê. Ainda gosto, como entretenimento (mais como descanso de vista), mas já comecei a perder a empolgação da mesma forma que deixei de ser noveleira.
Eu tenho uma curiosidade desde a primeira temporada: onde a Emily e a Mindy guardam tantas roupas, calçados, bolsas se elas moram num ap minúsculo que nem armário tem, só uma pequena arara? Isso está me incomodando, não paro de pensar sobre qdo assisto à série...rsrs não, sério. Elas são tipo a Jade Picon q só usa um look uma única vez. E depois. doam? Porque a Jade tem mansão, né? E ap em São Paulo com closet...
Não me lembro de uma produção com tamanha sincronia entre natureza, arte, diálogos, sentidos, sentimentos, acontecimentos e trilha sonora. Um espetáculo! A beleza do cenário paradisíaco, deslumbrante e opulento não distrai a atenção do que evidencia: a miséria humana. Contraponto perfeito. A beleza que jamais deveríamos prescindir, como bem disse um sádico. Uma fina ironia. Miséria que insiste, persiste e embaça o olhar permanente do julgamento, pelo menos foi assim comigo, já que o início partiu do fim, desconfiava de todo mundo, de cada gesto, expressão, fala, atitude. Não é (só) sobre o suspense em torno de um corpo vindo assustadoramente à superfície sem identidade, é um olhar humano. Prescrutei toda a série com a eterna desconfiança pelo que sou e como do meu eu miserável vejo o outro. Creio não ser a única. Assim seguimos julgando, condenando e absolvendo, independentemente de justiça. Duas certeza: a beleza que permanece, apesar de nós, e nossas misérias, apesar da beleza, sendo esta devidamente afogada no derradeiro fim.
Na emoção: me ferrei mais uma vez ao assistir uma série sem saber nada a respeito; no primeiro episódio, apesar da primeira cena e do título português, imaginei estar retornando a um gênero que abandonei há 3 séculos: love story açucarada; ok, pensei, já que estava procurando alienação; bom, o engano foi tamanho, que me vejo há 2 dias em estado de prostração, encharcada de lágrimas, mergulhada nas profundezas das reflexões sobre a finitude como nunca antes (talvez meu momento); é tão mais triste pela beleza, sensibilidade e leveza de como é apresentada na série; no fim não é sobre a morte, mas sobre uma vida plena, não sem conflitos, dor e sofrimentos, e que sofrimento, que finda plena do amor que deu e recebeu; talvez o maior sentido da existência, pincipalmente quando se vê nos outros e não nas suas cercanias; e, não, não há pieguice, mesmo que o primeiro episódio seja o clichê dos contos de fada. O que me arrebatou, ainda mais, é o fato de ele ser italiano, de eu reconhecer todas aquelas tradições, sabores, o idioma, de ter sentindo tanta saudade desse passado tão bem vivido, mesmo nunca tendo pisado na Itália. E, sim, eu já sonhei com um príncipe italiano. PS: e a coincidência de assistir na véspera e dia de finados com chuva, frio...tô no chão, embaixo das cobertas claro.
PS: Descobri que vi todos filmes do diretor, exceto 1. Gostei de todos. Deve vir daí a sensação de dejá vu. A complexidade vem dos inúmeros detalhes, mas não é confuso, já que absolutamente tudo se entrelaça para justificar, julgar, condenar, absolver, gostar e odiar. São contextos. Nenhum dos personagens principais, aqueles que conduzem a narrativa sobre si em cada episódio, é inocente, mas todos têm uma história para se justificar. A condenação ou absolvição vem do olhar do outro, às vezes, também, da autoconsciência.
Mirei num suspense para diversão, acertei num suspense com muitas camadas de drama...espanhol. Não sei porque os dramas espanhóis me jogam num fundo de poço até aqui de melancolia. Achei o primeiro episódio dentro da minha expectativa. Nada muito complexo, enredo meio manjado...então fui quebrando a cara episódio a episódio assistidos quase todos de uma vez, madrugada adentro. A minisssérie tem esses dom, de te fisgar. Realmente, achei acima da média, com toda a sua complexidade, embora tenha um quê de dejá vu (espanhol). No fim, vou precisar de férias de série. Fiquei exausta.
Ao pesquisar sobre essa série descobri os doramas sul-coreanos. Pelo que entendi há uma linguagem própria desse gênero, assim como nas telenovelas brasileiras. Ou isso, ou a cultura sul-coreana nos apresenta uma encenação muito diferente da nossa cultura ocidental. Já aí, ponto pra série. É encantador descobrir mundos cotidianos tão diversos do nosso. Aos incautos a série vai ser percebida como um entretenimento, por força da leveza e das muitas cenas bem humoradas, algumas cômicas e com um enredo simples, apesar do ineditismo de uma protagonista autista não estereotipada como uma deficiente. É também. Mas vai além por tocar num tema absolutamente necessário em qualquer cultura: discriminação. São muitos os pontos levantados, mas para mim chocou saber que Coréia do Sul indicação no ambiente de trabalho, uma prática corriqueira aqui no Brasil, inclusive bonificada, é proibida visto que nepotismo. Entendo o ponto, porque sim, não há uma equidade no processo de seleção, pior, esses processos deixam de ser inclusivos (discriminação) e sim, não raro, o(a) contratado(a) recebe uma boa camada de proteção/privilégio (mais discriminação).
Acrescento: a única obviedade da série é a entrega/talento/brilhantismo de muitos atores, com destaque, óbvio, para Colin Firth, Juliette Binoche e Toni Collette.
Uma série em que sintonizei na frequência dos protagonistas, principalmente. Amo (me entrego intensamente à) produções que fogem das dicotomias simplistas. Mesmo assim há seres penetráveis, outros repulsivos, mesmo que compreensivamente complexos. Deve ser a tal subjetividade de que fala a personagem de Binoche. Há muitas falas impactantes, mas quando ela diz que não há objetividade, tudo passa por vieses subjetivos, que justiça é sobre o lado que vence na disputa de versões/narrativas eu tive uma epifania. Não, não são as palavras exatas dela. Eu guardei o que a minha mente ouviu e associou ao que eu vi/vejo, vivi/vivo. Para mim a série é sobre isso, sobre dúvidas, interpretações que se pretendem verdades sob uma ótica absolutamente individual. Eu acho maravilhoso quando uma narrativa respeita o caráter subjetivo da existência, não impõem certezas, só reflexões. Saí mais melancólica dessa experiência. Que bom! É o único caminho que conheço para pensar o humano/desumano. Ah! Finalmente eu aprendi que mistério é aquele lugar inacessível que todos temos.
Superior à primeira. Assumiu a sua identidade. Não me remeteu a outras séries, embora o clichê do anti-herói traumatizado preso às misérias humanas. Um script psicológico que não falha. Assim é o clichê.
Assisto filmes/séries mais por indicação do que por escolha aleatória, sempre com o cuidado de não criar expectativa porque acredito em avaliações absolutamente pessoais. Demorei anos para assistir Os Sopranos porque era muito famoso. Eu queria zerar as expectativas. Não conseguiu me prender. Um dos motivos é que parecia inspirado nas séries que provavelmente se inspiraram nela. Uma cópia reversa. E aí que Ray Donovan também não me pegou porque quase tudo me remetia a Os Sopranos.
Nós temos direito a uma segunda chance? A memória é seletiva a fim de nos proteger. Ou é um boicote ao que machuca. Todos passamos por "amnésias". Mas está tudo lá, no que chamamos de subconsciente. Ou seria no inconsciente? Ambos, claro. É terrível lidar com as lembranças que vem à tona do que fizemos e nos arrependemos, erros que cometemos, especialmente quando pretendemos uma mudança ou temos a chance de mudar radicalmente de vida. Conseguimos nos perdoar? Ou o pior é ter que lidar com o julgamento, a condenação eterna do outro que, diferente do discurso de autoajuda, não perdoa. Para fugir dos dedos apontados, talvez mudar (também) de lugar sem a opção de ser sincero.
Raras são as pessoas que levam em consideração o contexto e não veem apenas os fatos nus, crus e rotulados e praticam o verdadeiro perdão, a verdadeira empatia.
Helen em certo momento diz algo como: não importa o que te levou a fazer (a entrar naquele mundo criminoso), o que você fez é inaceitável. Isso, mesmo ela vendo que a essência dele que aparece com o apagar do passado, é de uma pessoa boa. Isso, mesmo ela sendo uma pessoa claramente do bem. Justa? Sob que aspecto?
E qual é o contexto de Helen? Antes de mais nada, um politicamente correto que nem sempre é justo. Há uma visão equivocada de que a justiça é um valor intrínseco ao politicamente correto levado ao pé da letra. Entendemos que é uma via defensável para quem Helen é ou se tornou devido ao...seu contexto.
Helen tem a chance de mudar, vejam só, com a ajuda de uma pessoa que tem um passado condenável e a quem ela estendeu a mão pelo que ela viu nele, desconhecendo o que ele fez ou era.
No apagar das luzes Helen compreendeu e deu a Elliot a felicidade de ter uma pessoa que o aceitou. Uma só pessoa basta.
Que raiva que dá, no fim, não saber a verdade. Então você respira fundo, reflete e entende que é uma série sobre a dúvida e o quanto ela é torturante. Nos tribunais e na vida, mesmo com todas as evidências, muitas vezes não tem como dar um veredito e sobram versões da verdade ou da mentira. Julgamentos são construções de verdades com base no que cada um quer acreditar conforme o que viu ou vê, ou mesmo baseados em fatos incontestáveis. No final, eu não tive certeza, embora a minha tendência seja condenar. Acho que a dúvida sempre leva antes à condenação do que à absolvição. Pior é a eterna desconfiança. Como conviver, apesar do amor?
Não há nem o que comentar sobre o conteúdo. Nojo desse verme. Não dei 5 estrelas porque achei desnecessário levar algumas vitimas aos locais do assédio/estupro. Achei meio sensacionalista para um documentário tão bem construído e gatilho pesado para aquelas mulheres.
Vou passar muito tempo sem assistir uma produção com o Paul Rudd. Só de olhar para ele sinto muito ódio. Nunca tive essa raiva visceral de um personagem. Transferência inevitável. Sobre a história, algumas obviedades:
1 - dos perigos de uma pessoa em estado de vulnerabilidade encontrar o terapeuta errado (vale para os profissionais e, creio, ser pior p os pseudo...) 2 - da dificuldade de se perceber isso 3 - da necessidade de se conhecer a ética terapêutica 4 - da importância do terapeuta fazer terapia 5 - dos perigos de certezas terapêuticas genéricas, sem o devido foco no individuo 6 - do perigo de se usar técnicas terapêuticas, no consultório ou na vida, para fins de manipulação (há os inconscientes, mas há os conscientes) 7 - da dificuldade do abusado sair de uma relação tóxica 8 - dos perigos da idealização, idolatria....dos salvadores
Até o último episódio não estava muito claro, p mim, qual era o ponto central da série. Fui entendendo que, até acontecer uma epifania coletiva, tudo parece mesmo dúbio. Nos perdemos entre mentiras e verdades individuais e coletivas, que nem sempre, andam juntas. E sempre haverá o que escapa das causas de movimentos, legítimos sim, mas generalistas. Uma observação extra: o que parece universal e mais profundo que as camadas seculares da cultura misógina, machista, sexista, é a disputa de egos, principalmente em ambientes de trabalho, qualquer trabalho.
Eu sou daquelas que só assiste audiovisual para tirar mensagem, pensar o mundo, o humano, blá, blá, blá... Esta série é um oásis. É muito divertida e gostosa, uma ilusão de felicidade que cabe à perfeição na "cidade luz". É como a sonhamos. Queria ter um emprego como da Emily (os perrengues são chiques), ter amigos, colegas, conhecidos e clientes como os dela (menos a chata da Camille nessa involução da personagem) segurar o look como ela segura, sem se importar com os julgamentos. Um estilo oposto a sua persona certinha. Não acho que seja falsidade, mas penso que seria um desperdício ver essa série para fazer qq análise psicológica, filosófica, etc. Me remete aos contos de fadas modernos dos anos 80/90 que eram, como se diz hj, só p aquecer o coração.
Sugar (1ª Temporada)
3.5 13A boa intenção está no Colin Farrel, na fotografia, filmagem, cenários e afins. Desde a invenção do streaming só assisto a séries com temporadas completas. Dei uma chance a exceção com essa. Me ferrei. Não sei se é a minha ausência de memória, mas assisti ao último episódio com a sensação de vazios. Já foi difícil fechar a série depois da virada completamente despropositada, para mim, óbvio. Não é minha praia.
Bodkin (1ª Temporada)
2.9 11Assisti por ser na Irlanda. Curiosidade sobre a cultura rural daquele país. Poderia render uma boa história não fossem os clichês já esgotados, plagiados de outras culturas. O desfecho é ainda pior.
O Caso Asunta
3.2 27 Assista AgoraMais uma produção sobre versões de verdades, ou de mentiras. Assim é a vida, um eterno julgamento. Ao fim e ao cabo nós decidimos em que e quem acreditar. O risco é quando criamos a nossa versão para condenar, ou absolve, e isso depende de fatores que, não raro, vão além, ou aquém, dos fatos. Isso tudo porque não há hipótese para o não sei.
Ripley
4.2 83 Assista AgoraEu continuo sem entender pessoas que reclamam de séries lentas, longas e/ou que demoram a engatar. Minha N. Sra do cinema controla meus impulsos. Esse tipo de série é arte, não é entretenimento. Aprecie com moderação, se envolva, observe os detalhes...está tão escancarado que é arte que no decorrer dos episódios são feitos paralelos com artes...pintura, fotografia, esculturas....arte do passado que ainda sobrevive (ou vive) em cada canto de cidades antigas da Itália. É uma série-galeria de arte. Absolutamente tudo numa película quer dizer alguma coisa. Só preste atenção. O enredo é importante, sim, mas os elementos que compõem uma história, fictícia ou real, vão muito além dos fatos, que para mim, sempre, numa boa história, serão o pano de fundo. O que nos prende são os detalhes. Os personagens dessa história, sem exceção, se mostram nas nuances. A Isabela Boscov bem disse que Andrew Scott por si só é um cinema. Mas nenhum dos outros atores fica atrás. A exceção talvez seja o (a) Freddie, excessivamente andrógino. Quiça era essa a intenção, e é só uma antipatia minha. A Isabela Boscov também mencionou, mas creio que mais em função do livro, da construção do Tom pela Patricia Highsmith, que nos pegamos torcendo por ele, mesmo cientes da sua imoralidade (ou amoralidade?). Tom é, inegavelmente, um sedutor, mas um olhar de fora, o meu, não conseguiu separar a sedução do mau-caratismo e acho que o Andrew Scott assim o construiu, na dubiedade, para não termos dúvidas de que ele é um bandido, psicopata como bem dizem muitos. Gostei imenso.
Uma Mãe Perfeita (1ª Temporada)
2.9 27 Assista AgoraMuito ruim. Extremamente previsível. Vejo estas produções até o fim, por educação, para conhecer outras culturas e quando não quero ver nada que me impacte.
22.11.63
4.2 273 Assista AgoraAlguém indicou essa série, como uma preciosidade escondida. Dei chance, embora no primeiro episódio quase abandonei, porque, pensei, já vi o suficiente de viagens no tempo, mesmo como alegoria. Seria possível um novo olhar? Talvez sim, talvez não. Cabe à percepção e emoção individual. Me vi, relembrando os intensos debates juvenis, cheios de certezas, sobre o destino. Fui moldando a minha percepção no avançar da minha história de vida. Tenho algumas convicções sobre, que podem, obviamente, mudar amanhã. Ou hoje, por conta do que assisti. Ou reforçá-las. No fim é sempre sobre escolhas (as nossas e as que respingam em nós vindas de outrem ou d'além, who knows?) e consequências. Concordo, é uma preciosidade, que eu desconhecia, até alguém, por sorte do acaso (who knows?), a encontrar e divulgar.
Emily em Paris (3ª Temporada)
3.4 118 Assista AgoraUm folhetim sem tirar nem por, mas em Paris. O lado glamouroso e luxuoso de Paris. Quase com certeza que por isso vende bem. Pelo marketing que, ironicamente (ou não), é o pano de fundo da trama superficial e, obviamente, clichê. Ainda gosto, como entretenimento (mais como descanso de vista), mas já comecei a perder a empolgação da mesma forma que deixei de ser noveleira.
Emily em Paris (3ª Temporada)
3.4 118 Assista AgoraEu tenho uma curiosidade desde a primeira temporada: onde a Emily e a Mindy guardam tantas roupas, calçados, bolsas se elas moram num ap minúsculo que nem armário tem, só uma pequena arara? Isso está me incomodando, não paro de pensar sobre qdo assisto à série...rsrs não, sério. Elas são tipo a Jade Picon q só usa um look uma única vez. E depois. doam? Porque a Jade tem mansão, né? E ap em São Paulo com closet...
The White Lotus (2ª Temporada)
4.2 345 Assista AgoraNão me lembro de uma produção com tamanha sincronia entre natureza, arte, diálogos, sentidos, sentimentos, acontecimentos e trilha sonora. Um espetáculo!
A beleza do cenário paradisíaco, deslumbrante e opulento não distrai a atenção do que evidencia: a miséria humana. Contraponto perfeito. A beleza que jamais deveríamos prescindir, como bem disse um sádico. Uma fina ironia. Miséria que insiste, persiste e embaça o olhar permanente do julgamento, pelo menos foi assim comigo, já que o início partiu do fim, desconfiava de todo mundo, de cada gesto, expressão, fala, atitude. Não é (só) sobre o suspense em torno de um corpo vindo assustadoramente à superfície sem identidade, é um olhar humano. Prescrutei toda a série com a eterna desconfiança pelo que sou e como do meu eu miserável vejo o outro. Creio não ser a única. Assim seguimos julgando, condenando e absolvendo, independentemente de justiça. Duas certeza: a beleza que permanece, apesar de nós, e nossas misérias, apesar da beleza, sendo esta devidamente afogada no derradeiro fim.
Recomeço (1ª Temporada)
4.1 76 Assista AgoraNa emoção: me ferrei mais uma vez ao assistir uma série sem saber nada a respeito; no primeiro episódio, apesar da primeira cena e do título português, imaginei estar retornando a um gênero que abandonei há 3 séculos: love story açucarada; ok, pensei, já que estava procurando alienação; bom, o engano foi tamanho, que me vejo há 2 dias em estado de prostração, encharcada de lágrimas, mergulhada nas profundezas das reflexões sobre a finitude como nunca antes (talvez meu momento); é tão mais triste pela beleza, sensibilidade e leveza de como é apresentada na série; no fim não é sobre a morte, mas sobre uma vida plena, não sem conflitos, dor e sofrimentos, e que sofrimento, que finda plena do amor que deu e recebeu; talvez o maior sentido da existência, pincipalmente quando se vê nos outros e não nas suas cercanias; e, não, não há pieguice, mesmo que o primeiro episódio seja o clichê dos contos de fada.
O que me arrebatou, ainda mais, é o fato de ele ser italiano, de eu reconhecer todas aquelas tradições, sabores, o idioma, de ter sentindo tanta saudade desse passado tão bem vivido, mesmo nunca tendo pisado na Itália. E, sim, eu já sonhei com um príncipe italiano.
PS: e a coincidência de assistir na véspera e dia de finados com chuva, frio...tô no chão, embaixo das cobertas claro.
O Inocente
4.0 305 Assista AgoraPS: Descobri que vi todos filmes do diretor, exceto 1. Gostei de todos. Deve vir daí a sensação de dejá vu.
A complexidade vem dos inúmeros detalhes, mas não é confuso, já que absolutamente tudo se entrelaça para justificar, julgar, condenar, absolver, gostar e odiar. São contextos.
Nenhum dos personagens principais, aqueles que conduzem a narrativa sobre si em cada episódio, é inocente, mas todos têm uma história para se justificar. A condenação ou absolvição vem do olhar do outro, às vezes, também, da autoconsciência.
O Inocente
4.0 305 Assista AgoraMirei num suspense para diversão, acertei num suspense com muitas camadas de drama...espanhol. Não sei porque os dramas espanhóis me jogam num fundo de poço até aqui de melancolia. Achei o primeiro episódio dentro da minha expectativa. Nada muito complexo, enredo meio manjado...então fui quebrando a cara episódio a episódio assistidos quase todos de uma vez, madrugada adentro. A minisssérie tem esses dom, de te fisgar. Realmente, achei acima da média, com toda a sua complexidade, embora tenha um quê de dejá vu (espanhol). No fim, vou precisar de férias de série. Fiquei exausta.
Entrapped
3.3 16 Assista AgoraA primeira temporada, até agora, é insuperável. Foi a única que me fisgou bonito.
Uma Advogada Extraordinária (1ª Temporada)
4.5 131 Assista AgoraAo pesquisar sobre essa série descobri os doramas sul-coreanos. Pelo que entendi há uma linguagem própria desse gênero, assim como nas telenovelas brasileiras. Ou isso, ou a cultura sul-coreana nos apresenta uma encenação muito diferente da nossa cultura ocidental. Já aí, ponto pra série. É encantador descobrir mundos cotidianos tão diversos do nosso. Aos incautos a série vai ser percebida como um entretenimento, por força da leveza e das muitas cenas bem humoradas, algumas cômicas e com um enredo simples, apesar do ineditismo de uma protagonista autista não estereotipada como uma deficiente. É também. Mas vai além por tocar num tema absolutamente necessário em qualquer cultura: discriminação. São muitos os pontos levantados, mas para mim chocou saber que Coréia do Sul indicação no ambiente de trabalho, uma prática corriqueira aqui no Brasil, inclusive bonificada, é proibida visto que nepotismo. Entendo o ponto, porque sim, não há uma equidade no processo de seleção, pior, esses processos deixam de ser inclusivos (discriminação) e sim, não raro, o(a) contratado(a) recebe uma boa camada de proteção/privilégio (mais discriminação).
A Escada
3.8 87Acrescento: a única obviedade da série é a entrega/talento/brilhantismo de muitos atores, com destaque, óbvio, para Colin Firth, Juliette Binoche e Toni Collette.
A Escada
3.8 87Uma série em que sintonizei na frequência dos protagonistas, principalmente. Amo (me entrego intensamente à) produções que fogem das dicotomias simplistas. Mesmo assim há seres penetráveis, outros repulsivos, mesmo que compreensivamente complexos. Deve ser a tal subjetividade de que fala a personagem de Binoche. Há muitas falas impactantes, mas quando ela diz que não há objetividade, tudo passa por vieses subjetivos, que justiça é sobre o lado que vence na disputa de versões/narrativas eu tive uma epifania. Não, não são as palavras exatas dela. Eu guardei o que a minha mente ouviu e associou ao que eu vi/vejo, vivi/vivo.
Para mim a série é sobre isso, sobre dúvidas, interpretações que se pretendem verdades sob uma ótica absolutamente individual.
Eu acho maravilhoso quando uma narrativa respeita o caráter subjetivo da existência, não impõem certezas, só reflexões.
Saí mais melancólica dessa experiência. Que bom! É o único caminho que conheço para pensar o humano/desumano.
Ah! Finalmente eu aprendi que mistério é aquele lugar inacessível que todos temos.
Ray Donovan (2ª Temporada)
4.3 51Superior à primeira. Assumiu a sua identidade. Não me remeteu a outras séries, embora o clichê do anti-herói traumatizado preso às misérias humanas. Um script psicológico que não falha. Assim é o clichê.
Ray Donovan (1ª Temporada)
4.2 94 Assista AgoraAssisto filmes/séries mais por indicação do que por escolha aleatória, sempre com o cuidado de não criar expectativa porque acredito em avaliações absolutamente pessoais. Demorei anos para assistir Os Sopranos porque era muito famoso. Eu queria zerar as expectativas. Não conseguiu me prender. Um dos motivos é que parecia inspirado nas séries que provavelmente se inspiraram nela. Uma cópia reversa. E aí que Ray Donovan também não me pegou porque quase tudo me remetia a Os Sopranos.
The Tourist (1ª Temporada)
3.3 25Nós temos direito a uma segunda chance? A memória é seletiva a fim de nos proteger. Ou é um boicote ao que machuca. Todos passamos por "amnésias". Mas está tudo lá, no que chamamos de subconsciente. Ou seria no inconsciente? Ambos, claro. É terrível lidar com as lembranças que vem à tona do que fizemos e nos arrependemos, erros que cometemos, especialmente quando pretendemos uma mudança ou temos a chance de mudar radicalmente de vida. Conseguimos nos perdoar? Ou o pior é ter que lidar com o julgamento, a condenação eterna do outro que, diferente do discurso de autoajuda, não perdoa. Para fugir dos dedos apontados, talvez mudar (também) de lugar sem a opção de ser sincero.
Raras são as pessoas que levam em consideração o contexto e não veem apenas os fatos nus, crus e rotulados e praticam o verdadeiro perdão, a verdadeira empatia.
Helen em certo momento diz algo como: não importa o que te levou a fazer (a entrar naquele mundo criminoso), o que você fez é inaceitável. Isso, mesmo ela vendo que a essência dele que aparece com o apagar do passado, é de uma pessoa boa. Isso, mesmo ela sendo uma pessoa claramente do bem. Justa? Sob que aspecto?
E qual é o contexto de Helen? Antes de mais nada, um politicamente correto que nem sempre é justo. Há uma visão equivocada de que a justiça é um valor intrínseco ao politicamente correto levado ao pé da letra. Entendemos que é uma via defensável para quem Helen é ou se tornou devido ao...seu contexto.
Helen tem a chance de mudar, vejam só, com a ajuda de uma pessoa que tem um passado condenável e a quem ela estendeu a mão pelo que ela viu nele, desconhecendo o que ele fez ou era.
No apagar das luzes Helen compreendeu e deu a Elliot a felicidade de ter uma pessoa que o aceitou. Uma só pessoa basta.
Em Defesa de Jacob
4.0 229 Assista AgoraQue raiva que dá, no fim, não saber a verdade. Então você respira fundo, reflete e entende que é uma série sobre a dúvida e o quanto ela é torturante. Nos tribunais e na vida, mesmo com todas as evidências, muitas vezes não tem como dar um veredito e sobram versões da verdade ou da mentira. Julgamentos são construções de verdades com base no que cada um quer acreditar conforme o que viu ou vê, ou mesmo baseados em fatos incontestáveis. No final, eu não tive certeza, embora a minha tendência seja condenar. Acho que a dúvida sempre leva antes à condenação do que à absolvição. Pior é a eterna desconfiança. Como conviver, apesar do amor?
Em Nome de Deus
4.3 115Não há nem o que comentar sobre o conteúdo. Nojo desse verme.
Não dei 5 estrelas porque achei desnecessário levar algumas vitimas aos locais do assédio/estupro. Achei meio sensacionalista para um documentário tão bem construído e gatilho pesado para aquelas mulheres.
O Psiquiatra ao Lado (1ª Temporada)
4.0 23Vou passar muito tempo sem assistir uma produção com o Paul Rudd. Só de olhar para ele sinto muito ódio. Nunca tive essa raiva visceral de um personagem. Transferência inevitável.
Sobre a história, algumas obviedades:
1 - dos perigos de uma pessoa em estado de vulnerabilidade encontrar o terapeuta errado (vale para os profissionais e, creio, ser pior p os pseudo...)
2 - da dificuldade de se perceber isso
3 - da necessidade de se conhecer a ética terapêutica
4 - da importância do terapeuta fazer terapia
5 - dos perigos de certezas terapêuticas genéricas, sem o devido foco no individuo
6 - do perigo de se usar técnicas terapêuticas, no consultório ou na vida, para fins de manipulação (há os inconscientes, mas há os conscientes)
7 - da dificuldade do abusado sair de uma relação tóxica
8 - dos perigos da idealização, idolatria....dos salvadores
The Morning Show (1ª Temporada)
4.4 209Até o último episódio não estava muito claro, p mim, qual era o ponto central da série. Fui entendendo que, até acontecer uma epifania coletiva, tudo parece mesmo dúbio. Nos perdemos entre mentiras e verdades individuais e coletivas, que nem sempre, andam juntas. E sempre haverá o que escapa das causas de movimentos, legítimos sim, mas generalistas. Uma observação extra: o que parece universal e mais profundo que as camadas seculares da cultura misógina, machista, sexista, é a disputa de egos, principalmente em ambientes de trabalho, qualquer trabalho.
Emily em Paris (2ª Temporada)
3.4 170 Assista AgoraEu sou daquelas que só assiste audiovisual para tirar mensagem, pensar o mundo, o humano, blá, blá, blá...
Esta série é um oásis. É muito divertida e gostosa, uma ilusão de felicidade que cabe à perfeição na "cidade luz". É como a sonhamos. Queria ter um emprego como da Emily (os perrengues são chiques), ter amigos, colegas, conhecidos e clientes como os dela (menos a chata da Camille nessa involução da personagem) segurar o look como ela segura, sem se importar com os julgamentos. Um estilo oposto a sua persona certinha. Não acho que seja falsidade, mas penso que seria um desperdício ver essa série para fazer qq análise psicológica, filosófica, etc. Me remete aos contos de fadas modernos dos anos 80/90 que eram, como se diz hj, só p aquecer o coração.