Preciso com urgência ler Elena Ferrante. Que coragem em falar das contradições de uma amizade longeva, a partir do lugar da infância, atravessando tempos e mudanças, do ir e vir e permanecer, da legitimação dos sentimentos ambíguos. Há rivalidade nas amizades íntimas. Não tem nada a ver com cultura do patriarcado, do machismo, é do ser humano. A série, até aqui, transborda humanidade. Clichê: terminei há 2 dias e não consegui assimilar a despedida, dói a ausência, quero mais.
Há muito tempo eu não me sentia tão envolvida com uma produção. Foi tão real que me sinto parte das memórias. Tem vários motivos. Um deles porque é, em parte, o mesmo pano de fundo (as mesmas cores, os mesmos movimentos) da vida de meus ascendentes...e minha também, óbvio...apesar da distância física entre aquele pedaço da Itália e uma vila bem no interior do Brasil.
Para mim, esta é a melhor temporada porque o entrelaçamento do tempo não me deixou confusa. Fez total sentido. A linha do tempo, ou a falta dele, fez toda a diferença para a narrativa levantar reflexões profundas. Penso que é porque o foco é sobre as consequências que o crime desenha ao longo do tempo, no ir e vir das memórias, nas repetições dos ciclos, naqueles que se fecham definitivamente e naqueles que eternamente permanecerão abertos. Bom, ciclos não são lineares. O que me fez favoritar essa última temporada, também, foi a soberba interpretação de Marhershala Ali em qualquer tempo. E. Raros atores conseguem interpretar a passagem do tempo passando credibilidade gestualmente, nas expressões, verbalmente...
Nesta temporada o nome da série fez sentindo para mim. Verdadeiros detetives ou detetives de verdade. Não que os da primeira temporada não fossem. Mas. O enfoque aqui me pareceu maior, digamos assim, na trama de investigação (às vezes desnecessariamente frenéticas para este enredo especifico). Óbvio, sem deixar de lado a complexidade e contradições dos personagens protagonistas, que o claro objetivo da série é o entrelaçamento entre vida profissional e pessoal, numa profissão que tem que equilibrar os limites humanos confrontados com desumanidades cotidianas. Aqui o discurso existencialista, chato e clichê da primeira temporada, ganha forma...e força, resultando, para mim, na tão esperada conexão emocional que eu busco ao ver séries, filmes...ler livros....
3 -não tenho a menor dúvida que a série é excelente em todos os aspectos; exceto um; mesmo levando em consideração que o problema sou eu, ou estou eu, não consigo ver naturalidade na interpretação do Mathew Mc... ; não é a primeira vez que o vejo num papel mais denso e consigo ver o esforço que ele faz para ser levado a sério num papel desses, consigo ver o gestual, a fala treinados exaustivamente; é muito subjetivo, é muito a minha critica, quiçá implicância; isso comprometeu o meu envolvimento com o personagem que ele interpretou e obviamente com a série tb; em contrapartida me ganhou o personagem do Woody H...menos complexo em comparação, não mais fácil de interpretar, com que eu consegui me conectar; e olha q eu tenho essa capacidade (?) de alcançar a alma do mais 'desgraçado' dos personagens.
2 - o problema de ver uma produção consagrada, que só entra nesse status com o correr do tempo é que, para quem é um ávido consumidor de audiovisuais, viu a repetição da fórmula bem sucedida primeiro, o que faz com que o original perca um pouco o fator surpresa; é difícil enganar a mente fazendo-a acreditar que a ordem está invertida, que a primeira impressão veio depois.
1 - produções muito cultuados geram grandes expectativas; não só pelo receio de ser uma voz dissonante por 'n' motivos possíveis eu tenho mania de adiar para assistir até não ter outra opção; vou na contramão do que seria lógico; é ridículo, eu sei, mas livros e audiovisuais têm de me escolher, tem de ser um encontro entre o meu momento sintonizado com a obra; não foi o que aconteceu com essa série que exige introspecção, imersão; eu não sabia nada sobre a trama, fui no escuro, ou só (?) com a iluminação das 5 estrelas. Hoje, não deu muito certo, para mim.
Não sei porque não alcançou fama no Brasil. Ou sei. Já tinha assistido a primeira como uma indicação fora da caixa. Gostei muito das 2 temporadas. É uma excelente proposta de pensar verdades e mentiras, não de forma simplista. A experiência ficou mais completa ao assistir as 2 temporadas (a primeira para relembrar) logo após ver o filme A Verdade, uma produção tb francesa, que, igualmente, se propõem a discutir o tema, num outro ambiente, num contexto de fama, oposto ao da série que foca no cotidiano de uma família "normal".
A série gira em torno de clichês e estereótipos. E por isso é adorável. Conheço-os desde a minha juventude (e lá se vão mais de 3 décadas) e, creio, continuam atuais. No folclore, nas lendas e nos mitos que se criam em torno de países, profissões, culturas e, porque não, pessoas e suas relações. A Paris na vitrine para turistas, e para quem a sonha, de longe, e para quem se decepciona e se encanta de perto, é exatamente a que foi retratada na série. Assim como os americanos, ignorantes sobre a Europa, e arrogantes em sua pretensa superioridade na língua e na forma de trabalhar. E, valorizar o trabalho, no imaginário mundial, sempre foi uma coisa de americanos, ao contrário da Europa que previlegia a qualidade de vida. Assim, como no imaginário brasileiro São Paulo trabalha enquanto Rio de Janeiro aproveita a vida para ficar num misero exemplo. Xenofobia. Com certeza. No meu tempo: bairrismo. Nada mudou. A série não é para ser levada a sério. É comédia. Brinca justamente com os clichês. E, se diverte, e, diverte quem assiste. Eu adorei e tendo a odiar comédias. Sou do tipo que só assiste filme arte. Europeu, de preferência. Marketing mudou, eu sei, é um vasto mundo com o progresso da tecnologia, mas sempre esteve associado ao glamour, á festas e eventos para promoção de marcas. E, que delicia ver uma pessoa tão segura numa elegância descabida em meros mortais. É o contraste com a elegância perfeita de Paris. Amei. Queria ser jovem (e esbelta) para usar. Queria tudo o que a série mostra (do superficial ao drama... piegas), inclusive, ser Emily...em Paris, of course.
Aprendi muito e isso já é motivo suficiente para favoritar a série. Muitas reflexões à parte sobre tantos aprendizados, o meu pensamento final (não sei se pertinente) foi de que a base (se preferirem, a essência) de todo o conteúdo humano em construções sociais, politicas, profissionais pode ser universal. A forma é que individualiza pessoas e os grupos ao qual pertencem, desde circulos familiares até o pais onde residem geográfica e culturalmente.
Excessos para manter o suspense, final previsível, ou eu ando vendo muita série policial. De resto, para mim, continua valendo a pena pelas paisagens e cultura nórdicas, tão diferentes.
Estou chorando tanto que não consigo escrever nada diferente do que já foi dito. Foi catártico. A angústia que eu vinha represando, como em um estado catatônico de incredulidade diante de injustiças tantas no Brasil e EUA, explodiu. Raiva, muita raiva, indignação, tristeza...vontade de mudar o mundo. Que p**a minissérie! Maratonei em 06/06/2020.
A cada novo titulo em português mal "traduzido" eu chego à conclusão que quem os dá não assistiu a produção ou não entendeu do que se trata. Seguindo a trilha deste titulo o espectador vai se sentir traído algumas vezes. O documentário trata da influência da mídia em julgamentos americanos de grande repercussão, visibilidade dada algumas vezes justamente por causa da cobertura apaixonada (leia-se sensacionalista) da mídia. Em síntese o documentário propõem análises da atuação da mídia tanto para condenar quanto para absolver, embora seja fácil extrair do conteúdo um papel condenável da mídia quando injusto, isto é, enquanto manipuladora de opinião.
Aprendi a gostar muito de séries nórdicas, não só pelas tramas, muito pela cultura tão diferente e outro tanto pelo foco na profundidade dos personagens, protagonistas pelo menos. Essa têm isso, mas na comparação, por algum motivo que não identifico, perde para outras que já vi. Não conseguiu me prender, a ponto de querer maratonar. Não sei se isso pode ser considerado defeito.
Li só elogios a época do lançamento. Foi para a lista. Era das séries que mais queria assistir. Aproveitei para ver só agora por conta da liberação para não assinantes na HBO Go. Expectativa superada. Não decepciona em (quase) nada. Sensacional! Como distopia choca mais do que outras tantas que já vi, por serem traçados futuros (logo ali) políticos, tecnológicos, sociais... perfeitamente plausíveis, a julgar pelo presente mundial, considerando, inclusive, a atual crise que atinge todo o planeta, que, obviamente, não existia quando da filmagem da série. Interessante também ver, apesar das mudanças, avanços e retrocessos, o de sempre e o dos ciclos, para o bem e para o mal, no que diz respeito em ser humano.
Amo um sotaque. Amo cada vez mais o talento britânico, especialmente o de Emma Thompson. Terminada em 07/05/2020
Pensei que a fama vinha do excesso de isolamento e não estava animada p ver doc sobre donos de felinos. Mas, fui, sem spoiler,e amei o resultado pq, antes de mais nada é um doc muito bem feito, bem costurado, q evolui no tempo e prende como qq série de ficção q tenha um excelente roteiro e direção perfeita. Não amei, evidentemente o conteúdo, q, para mim, classificar apenas como bizarro é muito simplista. A série vai muito além disso, mostra um mundo inimaginável p ganancias, vaidades, sede de poder, hipocrisias, abusos de toda a ordem...enfim, vilanias...de um mundo real inverossímil . As surpresas são muitas e chocantes, aviso. No mundo dos animais falantes. Fiquei perplexa! Finalizado em 08/04/2020
Assisti o primeiro episódio e uma parte do segundo da versão americana. Não é meu universo e queria ver como as pessoas estão se comportando nesse mundo que desconheço. Para comparar assisti hj ao primeiro episódio da versão brasileira. Nesta achei uma cópia mal feita, os personagens pecaram por uma péssima atuação. Na versão americana pareceram mais autênticos, mais engraçados, mais originais...até dá para acreditar que não tem manipulação. Já deu pra mim, as duas versões.
Assisti por curiosidade. Sem fazer parte das redes sociais, percebi um burburinho sobre a série e não gosto de não saber sobre o que se está a falar. Já fui fã de reality's por acreditar em experimentos com humanos não atores. Ou eram, experiências de comportamentos humanos, bem lá no incio do mundo. Aqui e ali até aparecem autenticidades dos participantes, mas programa de TV (ou streaming) são de alguma forma roteirizados e dirigidos para agradar (e desagradar na medida em que conflitos são imãs de audiência) os espectadores. E editados. Nesse caso, foi bem feito porque me pegou querendo maratonar. Achei a ideia bem interessante, bem desenvolvida até, mas, mais do que nunca, em tempos em que absolutamente toda a gente se propõem à exposição em redes sociais virtuais, só posta o seu melhor em frente às cameras, se exibe como gostaria de ser vista para uma platéia assumidamente (até que enfim) voyeur, não tomo o programa (show) como realidade (reality) .
E olha só, a pretensão de unir em casamento a partir da essência dos pares, só ter homens e mulheres atraentes no final e que só se uniram depois da conexão fisica, a mim, provou, que o amor não é tão cego assim.
No final foi uma boa série, levanta muitos questionamentos. O "the end",para mim, foi moralista e simplista, ainda mais se levarmos em conta as ambiguidades e complexidades das duas protagonistas mostradas ao longo das temporadas. Não há só dois caminhos possíveis, há tantos quantos as nossas nuances. Enfim, a redenção radical para fechar a história é quase sempre um recurso de ficções que querem garantir a audiência de um público que enxerga o mundo como uma guerra entre mocinhos e bandidos. Em certa medida a série é justamente sobre isso, a briga judicial para colocar corruptos poderosos na cadeia e recompensar inocentes prejudicados. Mas numa medida maior mostra que nem um dos lados é só mocinho ou só bandido, por isso o final me surpreendeu negativamente.
Uma coisa leva a outra e me lembrei de Atração Fatal, um sucesso da década de 80, que por acaso tinha Gleen Close como uma das protagonistas. À época, antes de lançarem o filme comercialmente, este foi exibido para um pequeno público para que fosse testada a sua aceitação. Os expectadores rejeitaram o final que teve que ser mudado para um moralista, com a morte brutal da outra (aquela desmanchadora de lares, a que seduz o homem casado e o obriga a trair a esposa perfeita). Sim, ela infernizou a vida do casal, ficou fora da casinha - talvez sempre estivesse (olha só o perigo da aventura com uma desconhecida) - ao se sentir rejeitada, mas merecia a pena capital desferida em legitima defesa da honra e da tradicional familia de bem. Ainda bem que os tempos são outros. Hoje punimos o mal maior com a solidão, não mais com a morte, porque, com certeza, só é feliz quem vive em grupo. (contém irônia)
Gostei bem mais do que a segunda temporada. Maratonei. A complexidade de Patty Hewes fica mais evidente...e de Ellen Parsons também, à medida que vai "amadurecendo" na profissão que escolheu. Os casos de todas as temporadas, para mim, são só panos de fundo, embora representativos da ganância, caracteristica mor de todos os bandidos retratados, apesar de suas evidentes complexidades. Gosto dos questionamentos sobre confiança e lealdade. Nessa temporada a balança pesou a mão nesses valores, e não nos seus opostos como na primeira e na segunda. Talvez por isso tenha me empolgado mais. Terminada em 24/02/2020
Não me empolguei com a segunda temporada. Vi devagar, no ritmo da trama, lenta ao meu ver. Acelerei só nos 3 últimos episódios que, creio, valeram por todos os demais ou porque estava ansiosa para saber o final depois de tanta enrolação. Merece uma boa nota pelo elenco, impecável. Terminada em 21/02/2020.
Gostei, o enredo é bom, mas não achei excepcional embora tenha me prendido a atenção, e nos últimos episódios a série me convenceu a maratonar. Acho q já assisti séries e filmes demais sobre advogados, lei e justiça. Mentira, nunca será demais, gosto imenso. Essa "estratégia" de contar histórias que vão e voltam no tempo já está me cansando um pouco. Virou o novo default. Preciso de mais para me impressionar a ponto de favoritar. As 4 estrelas são por causa da Gleen Close, de quem sou fã desde Atração Fatal e ela nunca me decepciona. Terminado em 14/02/2020.
A Amiga Genial (2ª Temporada)
4.6 42 Assista AgoraPreciso com urgência ler Elena Ferrante. Que coragem em falar das contradições de uma amizade longeva, a partir do lugar da infância, atravessando tempos e mudanças, do ir e vir e permanecer, da legitimação dos sentimentos ambíguos.
Há rivalidade nas amizades íntimas. Não tem nada a ver com cultura do patriarcado, do machismo, é do ser humano. A série, até aqui, transborda humanidade.
Clichê: terminei há 2 dias e não consegui assimilar a despedida, dói a ausência, quero mais.
A Amiga Genial (1ª Temporada)
4.5 80 Assista AgoraHá muito tempo eu não me sentia tão envolvida com uma produção. Foi tão real que me sinto parte das memórias. Tem vários motivos. Um deles porque é, em parte, o mesmo pano de fundo (as mesmas cores, os mesmos movimentos) da vida de meus ascendentes...e minha também, óbvio...apesar da distância física entre aquele pedaço da Itália e uma vila bem no interior do Brasil.
True Detective (3ª Temporada)
4.0 285Para mim, esta é a melhor temporada porque o entrelaçamento do tempo não me deixou confusa. Fez total sentido. A linha do tempo, ou a falta dele, fez toda a diferença para a narrativa levantar reflexões profundas. Penso que é porque o foco é sobre as consequências que o crime desenha ao longo do tempo, no ir e vir das memórias, nas repetições dos ciclos, naqueles que se fecham definitivamente e naqueles que eternamente permanecerão abertos. Bom, ciclos não são lineares. O que me fez favoritar essa última temporada, também, foi a soberba interpretação de Marhershala Ali em qualquer tempo. E. Raros atores conseguem interpretar a passagem do tempo passando credibilidade gestualmente, nas expressões, verbalmente...
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773Nesta temporada o nome da série fez sentindo para mim. Verdadeiros detetives ou detetives de verdade. Não que os da primeira temporada não fossem. Mas. O enfoque aqui me pareceu maior, digamos assim, na trama de investigação (às vezes desnecessariamente frenéticas para este enredo especifico). Óbvio, sem deixar de lado a complexidade e contradições dos personagens protagonistas, que o claro objetivo da série é o entrelaçamento entre vida profissional e pessoal, numa profissão que tem que equilibrar os limites humanos confrontados com desumanidades cotidianas. Aqui o discurso existencialista, chato e clichê da primeira temporada, ganha forma...e força, resultando, para mim, na tão esperada conexão emocional que eu busco ao ver séries, filmes...ler livros....
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista Agora3 -não tenho a menor dúvida que a série é excelente em todos os aspectos; exceto um; mesmo levando em consideração que o problema sou eu, ou estou eu, não consigo ver naturalidade na interpretação do Mathew Mc... ; não é a primeira vez que o vejo num papel mais denso e consigo ver o esforço que ele faz para ser levado a sério num papel desses, consigo ver o gestual, a fala treinados exaustivamente; é muito subjetivo, é muito a minha critica, quiçá implicância; isso comprometeu o meu envolvimento com o personagem que ele interpretou e obviamente com a série tb; em contrapartida me ganhou o personagem do Woody H...menos complexo em comparação, não mais fácil de interpretar, com que eu consegui me conectar; e olha q eu tenho essa capacidade (?) de alcançar a alma do mais 'desgraçado' dos personagens.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista Agora2 - o problema de ver uma produção consagrada, que só entra nesse status com o correr do tempo é que, para quem é um ávido consumidor de audiovisuais, viu a repetição da fórmula bem sucedida primeiro, o que faz com que o original perca um pouco o fator surpresa; é difícil enganar a mente fazendo-a acreditar que a ordem está invertida, que a primeira impressão veio depois.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista Agora1 - produções muito cultuados geram grandes expectativas; não só pelo receio de ser uma voz dissonante por 'n' motivos possíveis eu tenho mania de adiar para assistir até não ter outra opção; vou na contramão do que seria lógico; é ridículo, eu sei, mas livros e audiovisuais têm de me escolher, tem de ser um encontro entre o meu momento sintonizado com a obra; não foi o que aconteceu com essa série que exige introspecção, imersão; eu não sabia nada sobre a trama, fui no escuro, ou só (?) com a iluminação das 5 estrelas.
Hoje, não deu muito certo, para mim.
Mytho (2ª Temporada)
3.6 10 Assista AgoraNão sei porque não alcançou fama no Brasil. Ou sei. Já tinha assistido a primeira como uma indicação fora da caixa. Gostei muito das 2 temporadas. É uma excelente proposta de pensar verdades e mentiras, não de forma simplista. A experiência ficou mais completa ao assistir as 2 temporadas (a primeira para relembrar) logo após ver o filme A Verdade, uma produção tb francesa, que, igualmente, se propõem a discutir o tema, num outro ambiente, num contexto de fama, oposto ao da série que foca no cotidiano de uma família "normal".
Emily em Paris (1ª Temporada)
3.6 391 Assista AgoraA série gira em torno de clichês e estereótipos. E por isso é adorável. Conheço-os desde a minha juventude (e lá se vão mais de 3 décadas) e, creio, continuam atuais. No folclore, nas lendas e nos mitos que se criam em torno de países, profissões, culturas e, porque não, pessoas e suas relações. A Paris na vitrine para turistas, e para quem a sonha, de longe, e para quem se decepciona e se encanta de perto, é exatamente a que foi retratada na série. Assim como os americanos, ignorantes sobre a Europa, e arrogantes em sua pretensa superioridade na língua e na forma de trabalhar. E, valorizar o trabalho, no imaginário mundial, sempre foi uma coisa de americanos, ao contrário da Europa que previlegia a qualidade de vida. Assim, como no imaginário brasileiro São Paulo trabalha enquanto Rio de Janeiro aproveita a vida para ficar num misero exemplo. Xenofobia. Com certeza. No meu tempo: bairrismo. Nada mudou. A série não é para ser levada a sério. É comédia. Brinca justamente com os clichês. E, se diverte, e, diverte quem assiste. Eu adorei e tendo a odiar comédias. Sou do tipo que só assiste filme arte. Europeu, de preferência.
Marketing mudou, eu sei, é um vasto mundo com o progresso da tecnologia, mas sempre esteve associado ao glamour, á festas e eventos para promoção de marcas. E, que delicia ver uma pessoa tão segura numa elegância descabida em meros mortais. É o contraste com a elegância perfeita de Paris. Amei. Queria ser jovem (e esbelta) para usar. Queria tudo o que a série mostra (do superficial ao drama... piegas), inclusive, ser Emily...em Paris, of course.
Borgen (3ª Temporada)
4.3 12 Assista AgoraAprendi muito e isso já é motivo suficiente para favoritar a série.
Muitas reflexões à parte sobre tantos aprendizados, o meu pensamento final (não sei se pertinente) foi de que a base (se preferirem, a essência) de todo o conteúdo humano em construções sociais, politicas, profissionais pode ser universal. A forma é que individualiza pessoas e os grupos ao qual pertencem, desde circulos familiares até o pais onde residem geográfica e culturalmente.
Deadwind (2ª Temporada)
3.7 23 Assista AgoraExcessos para manter o suspense, final previsível, ou eu ando vendo muita série policial. De resto, para mim, continua valendo a pena pelas paisagens e cultura nórdicas, tão diferentes.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraEstou chorando tanto que não consigo escrever nada diferente do que já foi dito. Foi catártico. A angústia que eu vinha represando, como em um estado catatônico de incredulidade diante de injustiças tantas no Brasil e EUA, explodiu. Raiva, muita raiva, indignação, tristeza...vontade de mudar o mundo. Que p**a minissérie!
Maratonei em 06/06/2020.
Condenados pela Mídia (1ª Temporada)
3.7 18A cada novo titulo em português mal "traduzido" eu chego à conclusão que quem os dá não assistiu a produção ou não entendeu do que se trata. Seguindo a trilha deste titulo o espectador vai se sentir traído algumas vezes. O documentário trata da influência da mídia em julgamentos americanos de grande repercussão, visibilidade dada algumas vezes justamente por causa da cobertura apaixonada (leia-se sensacionalista) da mídia. Em síntese o documentário propõem análises da atuação da mídia tanto para condenar quanto para absolver, embora seja fácil extrair do conteúdo um papel condenável da mídia quando injusto, isto é, enquanto manipuladora de opinião.
Bordertown (1ª Temporada)
3.8 47Aprendi a gostar muito de séries nórdicas, não só pelas tramas, muito pela cultura tão diferente e outro tanto pelo foco na profundidade dos personagens, protagonistas pelo menos. Essa têm isso, mas na comparação, por algum motivo que não identifico, perde para outras que já vi. Não conseguiu me prender, a ponto de querer maratonar. Não sei se isso pode ser considerado defeito.
Years and Years
4.5 270Li só elogios a época do lançamento. Foi para a lista. Era das séries que mais queria assistir. Aproveitei para ver só agora por conta da liberação para não assinantes na HBO Go. Expectativa superada. Não decepciona em (quase) nada. Sensacional! Como distopia choca mais do que outras tantas que já vi, por serem traçados futuros (logo ali) políticos, tecnológicos, sociais... perfeitamente plausíveis, a julgar pelo presente mundial, considerando, inclusive, a atual crise que atinge todo o planeta, que, obviamente, não existia quando da filmagem da série. Interessante também ver, apesar das mudanças, avanços e retrocessos, o de sempre e o dos ciclos, para o bem e para o mal, no que diz respeito em ser humano.
Amo um sotaque. Amo cada vez mais o talento britânico, especialmente o de Emma Thompson.
Terminada em 07/05/2020
A Máfia dos Tigres (1ª Temporada)
4.0 219Pensei que a fama vinha do excesso de isolamento e não estava animada p ver doc sobre donos de felinos. Mas, fui, sem spoiler,e amei o resultado pq, antes de mais nada é um doc muito bem feito, bem costurado, q evolui no tempo e prende como qq série de ficção q tenha um excelente roteiro e direção perfeita. Não amei, evidentemente o conteúdo, q, para mim, classificar apenas como bizarro é muito simplista. A série vai muito além disso, mostra um mundo inimaginável p ganancias, vaidades, sede de poder, hipocrisias, abusos de toda a ordem...enfim, vilanias...de um mundo real inverossímil . As surpresas são muitas e chocantes, aviso. No mundo dos animais falantes. Fiquei perplexa!
Finalizado em 08/04/2020
The Circle Brasil (1ª Temporada)
3.5 246 Assista AgoraAssisti o primeiro episódio e uma parte do segundo da versão americana. Não é meu universo e queria ver como as pessoas estão se comportando nesse mundo que desconheço. Para comparar assisti hj ao primeiro episódio da versão brasileira. Nesta achei uma cópia mal feita, os personagens pecaram por uma péssima atuação. Na versão americana pareceram mais autênticos, mais engraçados, mais originais...até dá para acreditar que não tem manipulação. Já deu pra mim, as duas versões.
Casamento às Cegas (1ª Temporada)
3.3 213 Assista AgoraAssisti por curiosidade. Sem fazer parte das redes sociais, percebi um burburinho sobre a série e não gosto de não saber sobre o que se está a falar. Já fui fã de reality's por acreditar em experimentos com humanos não atores. Ou eram, experiências de comportamentos humanos, bem lá no incio do mundo. Aqui e ali até aparecem autenticidades dos participantes, mas programa de TV (ou streaming) são de alguma forma roteirizados e dirigidos para agradar (e desagradar na medida em que conflitos são imãs de audiência) os espectadores. E editados. Nesse caso, foi bem feito porque me pegou querendo maratonar. Achei a ideia bem interessante, bem desenvolvida até, mas, mais do que nunca, em tempos em que absolutamente toda a gente se propõem à exposição em redes sociais virtuais, só posta o seu melhor em frente às cameras, se exibe como gostaria de ser vista para uma platéia assumidamente (até que enfim) voyeur, não tomo o programa (show) como realidade (reality) .
E olha só, a pretensão de unir em casamento a partir da essência dos pares, só ter homens e mulheres atraentes no final e que só se uniram depois da conexão fisica, a mim, provou, que o amor não é tão cego assim.
Damages (5ª temporada)
4.4 54No final foi uma boa série, levanta muitos questionamentos. O "the end",para mim, foi moralista e simplista, ainda mais se levarmos em conta as ambiguidades e complexidades das duas protagonistas mostradas ao longo das temporadas. Não há só dois caminhos possíveis, há tantos quantos as nossas nuances. Enfim, a redenção radical para fechar a história é quase sempre um recurso de ficções que querem garantir a audiência de um público que enxerga o mundo como uma guerra entre mocinhos e bandidos. Em certa medida a série é justamente sobre isso, a briga judicial para colocar corruptos poderosos na cadeia e recompensar inocentes prejudicados. Mas numa medida maior mostra que nem um dos lados é só mocinho ou só bandido, por isso o final me surpreendeu negativamente.
Uma coisa leva a outra e me lembrei de Atração Fatal, um sucesso da década de 80, que por acaso tinha Gleen Close como uma das protagonistas. À época, antes de lançarem o filme comercialmente, este foi exibido para um pequeno público para que fosse testada a sua aceitação. Os expectadores rejeitaram o final que teve que ser mudado para um moralista, com a morte brutal da outra (aquela desmanchadora de lares, a que seduz o homem casado e o obriga a trair a esposa perfeita). Sim, ela infernizou a vida do casal, ficou fora da casinha - talvez sempre estivesse (olha só o perigo da aventura com uma desconhecida) - ao se sentir rejeitada, mas merecia a pena capital desferida em legitima defesa da honra e da tradicional familia de bem. Ainda bem que os tempos são outros. Hoje punimos o mal maior com a solidão, não mais com a morte, porque, com certeza, só é feliz quem vive em grupo. (contém irônia)
Antes que eu me vá, Gleen Close Diva!
Damages (3ª Temporada)
4.3 30Gostei bem mais do que a segunda temporada. Maratonei. A complexidade de Patty Hewes fica mais evidente...e de Ellen Parsons também, à medida que vai "amadurecendo" na profissão que escolheu. Os casos de todas as temporadas, para mim, são só panos de fundo, embora representativos da ganância, caracteristica mor de todos os bandidos retratados, apesar de suas evidentes complexidades. Gosto dos questionamentos sobre confiança e lealdade. Nessa temporada a balança pesou a mão nesses valores, e não nos seus opostos como na primeira e na segunda. Talvez por isso tenha me empolgado mais.
Terminada em 24/02/2020
Damages (2ª Temporada)
4.3 29Não me empolguei com a segunda temporada. Vi devagar, no ritmo da trama, lenta ao meu ver. Acelerei só nos 3 últimos episódios que, creio, valeram por todos os demais ou porque estava ansiosa para saber o final depois de tanta enrolação. Merece uma boa nota pelo elenco, impecável.
Terminada em 21/02/2020.
Damages (1ª Temporada)
4.5 61Gostei, o enredo é bom, mas não achei excepcional embora tenha me prendido a atenção, e nos últimos episódios a série me convenceu a maratonar. Acho q já assisti séries e filmes demais sobre advogados, lei e justiça. Mentira, nunca será demais, gosto imenso. Essa "estratégia" de contar histórias que vão e voltam no tempo já está me cansando um pouco. Virou o novo default. Preciso de mais para me impressionar a ponto de favoritar. As 4 estrelas são por causa da Gleen Close, de quem sou fã desde Atração Fatal e ela nunca me decepciona.
Terminado em 14/02/2020.