Missão: Impossível – Efeito Fallout é um filme que evidencia a qualidade ascendente da franquia, ostentando grandes cenas de ação emocionantes e muito bem dirigidas. Servindo-se de uma conciliação precisa do clássico com o novo, e mantendo a essência primordial de seus antecessores, Efeito Fallout entrega um longa enérgico, tenso e empolgante, que se destaca entre outras obras do gênero e reitera a qualidade dos filmes de espionagem. São 2h30min que passam em um piscar de olhos e deixam uma sensação de satisfação em quem assistiu.
Fiquei impressionada com a nota dele aqui. O roteiro tinha um potencial bem maior, mas foi mal desenvolvido, admito. Mas a direção de arte e a trilha sonora se sustentam muito bem. Achei um filme contemplativo, bastante visual. Quem começa esperando um Mad Max com ação a la Tarantino, Planeta Terror, vai se decepcionar. Entretanto, por um outro olhar, pode se surpreender.
Isso é uma aberração visual, sinceramente. Death Note, o anime, é marcante por possuir questões referentes ao comportamento do homem e a justiça, além de ser uma obra densa e sombria. Outro pilar de sustentação dessa narrativa é o ótimo trabalho no desenvolvimento dos personagens.
Nessa adaptação (se é que posso chamar assim) houve uma total fuga das propostas e reflexões da obra original, um furo na criação de um clima mais pesado, além de contar com um péssimo desenvolvimento dos personagens, que perderam a identidade para clichês ocidentais. Inclusive, a ocidentalização e a proposta adolescente podiam ter dado frutos positivos no visual, mas só serviram pra somar coisas negativas a esse desastre.
E, ai, pra que aquelas luzes horrorosas no cabelo do Light?
No primeiro ato, o filme constrói o suspense e o mistério de uma forma densa e instigante, mas com a proximidade do meio para o final - mesmo com as mais de 2h - ele não dá o devido desfecho a todos os elementos que apresentou no desenvolvimento. Teve um final mal executado e um assassino que não convenceu. Além disso, os elementos fantásticos foram mal apresentados e mal explicados durante a narrativa, o que não justificou a presença dos mesmos dentro da trama e só contribuiu pra esse final quase impalatável.
De mais, a parte técnica e as atuações não deixam a desejar, elas colaboram para o clima de suspense e claustrofobia, mas não se fazem suficientes para sustentar os furos do roteiro.
Fiquei curiosa pra saber se no livro eles explicam melhor algumas coisas, como:
Como a irmã dela foi parar lá no momento de salvá-la? Por que a mãe delas era assim unicamente com a Amaia, e, principalmente, qual a relação dela com os assassinatos? Por que o tal Guardião tem uma caverna cheia de ossos humanos?
A linguagem abordada no filme pra retratar a depressão é de primeira. A sensibilidade em "Entre Abelhas" para invocar a reflexão a respeito da doença deixa o sentimento de angústia, solidão e incerteza do personagem nos invadirem, enquanto telespectadores, sem que percebamos a priori. Enalteço a cena em que ele atropela "alguma coisa" e fica desnorteado e a cena em que Bruno percebe a morte de sua mãe, quando já não a vê mais. Dois momentos em que "senti junto ao filme".
Uma surpresa ver a galera do Porta dos Fundos (principalmente o Porchat) em uma obra que balanceia tão bem a comédia e o drama e nos remete discussões relevantes a respeito de um assunto tão tenso, a depressão.
Um plot com sequência e fotografia impecáveis e um desfecho, na minha opinião, angustiante, mas incrível! Uma reflexão interessante a respeito de como superamos - ou não - as cicatrizes deixadas pelo passado.
A proposta é interessantíssima: expor a natureza humana em sua busca primordial pela sobrevivência. Além disso, traz reflexões bacanas do que diz respeito aos múltiplos conceitos de moral e princípio. Afinal, por que uma vida vale mais que outra? Infelizmente, vi inúmeros diálogos desperdiçados por manterem-se na superficialidade, personagens, alguns, mal trabalhados ou/e prejudicados pelas atuações rasas. Não pude deixar de notar as semelhanças de direção com The Vault.
O que explica, especialmente, o final vago, vaguíssimo de Circle. E essa pegada meio sci-fi cult meio random.
Julgo, por fim, que, pela pouca experiência do diretor - e pelo provável baixo orçamento - não posso cobrar muito da obra. Mas, à julgar pela proposta inicial de Circle, não pude evitar o desapontamento.
Inquietação é o sentimento que esse filme me despertou. Aparenta ser um filme seco, simples. Mas - como fica claro com a cena final - é um filme de profundidade sutil, com takes que ligam a história em uma teia de informações implícitas, que buscam instigar quem assiste. De fragmentos do livro do Saramago - que inspirou o filme - é possível encontrar - não, necessariamente, explicações, mas - certo alívio a inquietação:
“Tanto é o que precisamos de lançar culpas a algo distante quando o que nos faltou foi a coragem de encarar o que estava na nossa frente.”
“...pensava que o pior de todos os muros é uma porta de que nunca se tem a chave, e ele não sabia onde a encontrar, nem sabia sequer se tal chave existia.”
Jake não possui um sósia, clone (ou do que quer que queiram chamar), mas sim um fragmento da sua personalidade do qual quer se livrar (meio Fight Club). Esse seu Eu infiel, incapaz de manter-se unicamente com uma mulher (como é citado pela mãe dele). As aranhas (que aparecem explicitamente ou de forma metafórica em alguns momentos do filme) são uma metáfora as coisas que o prendem, como a mãe (representada pela Aranha gigante na cena em que Jake conversa com ela) e a própria mulher grávida dele. Sim, ele foi ator, mas, desde a gravidez da esposa, trabalhava como professor de história. O final do filme representa Jake desistindo da infidelidade, soltando um "fuck'all". Mas, logo em seguida, volta atrás ao pegar a chave do bordel(?) na manhã seguinte. E, então, chega-se ao discurso que ele dá na primeira cena do filme "Controle ... -é tudo uma questão de controle. Toda ditadura tem uma obsessão. -É Isso! A Roma Antiga dava para as pessoas pão e circo. Entretinham o povo com diversão. As outras ditaduras usam outras estratégias para controlar ideias. Como fazem isso? -Rebaixam a educação! -Eles limitam a cultura, informações, censuram qualquer meio de expressão individual. É importante lembrar que esse é um padrão que sempre se repete na história."
Gostei de como trata com realidade - e um pouco de humor - o cotidiano da classe média de Recife e de como aborda a questão dos muros em uma perspectiva metafórica às diferenças socioeconômicas. Uma obra meio maçante, com ótima proposta, mas com excecução mediana. Não indico como entretenimento, sim como reflexão.
Acho importante mostrar a realidade desse tipo de trabalho, e, inclusive, respeito as escolhas individuais das pessoas. O corpo é delas, elas fazem o que quiserem com ele. Em contrapartida, senti falta de uma problematização maior a respeito dos abusos praticados, físicos e psicológicos, contra as garotas (que não são raros). Aquele Facial Abuse, por exemplo, é uma coisa inumana e horrível. E, na minha opinião, a industria pornô tem muitas vertentes, mas infelizmente ainda é muito usada como meio de reafirmar essa objetificação, sexualização e submissão do corpo feminino na nossa sociedade machista.
"Casa Grande" traz boas reflexões sobre os privilégios e injustiças sociais, expondo esse muro invisível entre classes no Brasil. Além disso, aborda muito bem os dramas cotidianos da juventude representados pela figura do Jean, jovem na descoberta da sexualidade, cheio de paixões, expectativas e incertezas. Belo filme.
Típico caso de: livro bom, filme ruim. Não conseguiu reproduzir os acontecimentos e sentimentos da trilogia. E, sinto muito, não vejo um pingo de emoção/tensão no casal protagonista. Bem frio.
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Missão: Impossível - Efeito Fallout
3.9 788Missão: Impossível – Efeito Fallout é um filme que evidencia a qualidade ascendente da franquia, ostentando grandes cenas de ação emocionantes e muito bem dirigidas. Servindo-se de uma conciliação precisa do clássico com o novo, e mantendo a essência primordial de seus antecessores, Efeito Fallout entrega um longa enérgico, tenso e empolgante, que se destaca entre outras obras do gênero e reitera a qualidade dos filmes de espionagem. São 2h30min que passam em um piscar de olhos e deixam uma sensação de satisfação em quem assistiu.
Mais: https://roteironerd.com/veredito-de-missao-impossivel-efeito-fallout/
Amores Canibais
2.4 393 Assista AgoraFiquei impressionada com a nota dele aqui.
O roteiro tinha um potencial bem maior, mas foi mal desenvolvido, admito. Mas a direção de arte e a trilha sonora se sustentam muito bem. Achei um filme contemplativo, bastante visual. Quem começa esperando um Mad Max com ação a la Tarantino, Planeta Terror, vai se decepcionar. Entretanto, por um outro olhar, pode se surpreender.
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraIsso é uma aberração visual, sinceramente.
Death Note, o anime, é marcante por possuir questões referentes ao comportamento do homem e a justiça, além de ser uma obra densa e sombria. Outro pilar de sustentação dessa narrativa é o ótimo trabalho no desenvolvimento dos personagens.
Nessa adaptação (se é que posso chamar assim) houve uma total fuga das propostas e reflexões da obra original, um furo na criação de um clima mais pesado, além de contar com um péssimo desenvolvimento dos personagens, que perderam a identidade para clichês ocidentais. Inclusive, a ocidentalização e a proposta adolescente podiam ter dado frutos positivos no visual, mas só serviram pra somar coisas negativas a esse desastre.
E, ai, pra que aquelas luzes horrorosas no cabelo do Light?
O Guardião Invisível
3.3 228 Assista AgoraNo primeiro ato, o filme constrói o suspense e o mistério de uma forma densa e instigante, mas com a proximidade do meio para o final - mesmo com as mais de 2h - ele não dá o devido desfecho a todos os elementos que apresentou no desenvolvimento. Teve um final mal executado e um assassino que não convenceu. Além disso, os elementos fantásticos foram mal apresentados e mal explicados durante a narrativa, o que não justificou a presença dos mesmos dentro da trama e só contribuiu pra esse final quase impalatável.
De mais, a parte técnica e as atuações não deixam a desejar, elas colaboram para o clima de suspense e claustrofobia, mas não se fazem suficientes para sustentar os furos do roteiro.
Fiquei curiosa pra saber se no livro eles explicam melhor algumas coisas, como:
Como a irmã dela foi parar lá no momento de salvá-la? Por que a mãe delas era assim unicamente com a Amaia, e, principalmente, qual a relação dela com os assassinatos? Por que o tal Guardião tem uma caverna cheia de ossos humanos?
Entre Abelhas
3.4 832A linguagem abordada no filme pra retratar a depressão é de primeira. A sensibilidade em "Entre Abelhas" para invocar a reflexão a respeito da doença deixa o sentimento de angústia, solidão e incerteza do personagem nos invadirem, enquanto telespectadores, sem que percebamos a priori.
Enalteço a cena em que ele atropela "alguma coisa" e fica desnorteado e a cena em que Bruno percebe a morte de sua mãe, quando já não a vê mais. Dois momentos em que "senti junto ao filme".
Uma surpresa ver a galera do Porta dos Fundos (principalmente o Porchat) em uma obra que balanceia tão bem a comédia e o drama e nos remete discussões relevantes a respeito de um assunto tão tenso, a depressão.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraUm plot com sequência e fotografia impecáveis e um desfecho, na minha opinião, angustiante, mas incrível! Uma reflexão interessante a respeito de como superamos - ou não - as cicatrizes deixadas pelo passado.
E queria deixar um elogio especial para a sacada da máquina de escrever com defeito na letra A e o TEMO que virou TEAMO.
Circle
3.0 681 Assista AgoraA proposta é interessantíssima: expor a natureza humana em sua busca primordial pela sobrevivência. Além disso, traz reflexões bacanas do que diz respeito aos múltiplos conceitos de moral e princípio. Afinal, por que uma vida vale mais que outra?
Infelizmente, vi inúmeros diálogos desperdiçados por manterem-se na superficialidade, personagens, alguns, mal trabalhados ou/e prejudicados pelas atuações rasas.
Não pude deixar de notar as semelhanças de direção com The Vault.
O que explica, especialmente, o final vago, vaguíssimo de Circle. E essa pegada meio sci-fi cult meio random.
Julgo, por fim, que, pela pouca experiência do diretor - e pelo provável baixo orçamento - não posso cobrar muito da obra. Mas, à julgar pela proposta inicial de Circle, não pude evitar o desapontamento.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista Agora"O caos é uma ordem ainda indecifrável".
Inquietação é o sentimento que esse filme me despertou.
Aparenta ser um filme seco, simples. Mas - como fica claro com a cena final - é um filme de profundidade sutil, com takes que ligam a história em uma teia de informações implícitas, que buscam instigar quem assiste.
De fragmentos do livro do Saramago - que inspirou o filme - é possível encontrar - não, necessariamente, explicações, mas - certo alívio a inquietação:
“Tanto é o que precisamos de lançar culpas a algo distante quando o que nos faltou foi a coragem de encarar o que estava na nossa frente.”
“...pensava que o pior de todos os muros é uma porta de que nunca se tem a chave, e ele não sabia onde a encontrar, nem sabia sequer se tal chave existia.”
Pra quem busca respostas:
Jake não possui um sósia, clone (ou do que quer que queiram chamar), mas sim um fragmento da sua personalidade do qual quer se livrar (meio Fight Club). Esse seu Eu infiel, incapaz de manter-se unicamente com uma mulher (como é citado pela mãe dele). As aranhas (que aparecem explicitamente ou de forma metafórica em alguns momentos do filme) são uma metáfora as coisas que o prendem, como a mãe (representada pela Aranha gigante na cena em que Jake conversa com ela) e a própria mulher grávida dele. Sim, ele foi ator, mas, desde a gravidez da esposa, trabalhava como professor de história. O final do filme representa Jake desistindo da infidelidade, soltando um "fuck'all". Mas, logo em seguida, volta atrás ao pegar a chave do bordel(?) na manhã seguinte.
E, então, chega-se ao discurso que ele dá na primeira cena do filme "Controle ... -é tudo uma questão de controle. Toda ditadura tem uma obsessão. -É Isso! A Roma Antiga dava para as pessoas pão e circo. Entretinham o povo com diversão. As outras ditaduras usam outras estratégias para controlar ideias. Como fazem isso? -Rebaixam a educação! -Eles limitam a cultura, informações, censuram qualquer meio de expressão individual. É importante lembrar que esse é um padrão que sempre se repete na história."
Amarelo Manga
3.8 542 Assista Agora"O pudor é a forma mais inteligente de perversão"
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraGostei de como trata com realidade - e um pouco de humor - o cotidiano da classe média de Recife e de como aborda a questão dos muros em uma perspectiva metafórica às diferenças socioeconômicas.
Uma obra meio maçante, com ótima proposta, mas com excecução mediana. Não indico como entretenimento, sim como reflexão.
Hot Girls Wanted
3.3 196 Assista AgoraAcho importante mostrar a realidade desse tipo de trabalho, e, inclusive, respeito as escolhas individuais das pessoas. O corpo é delas, elas fazem o que quiserem com ele. Em contrapartida, senti falta de uma problematização maior a respeito dos abusos praticados, físicos e psicológicos, contra as garotas (que não são raros). Aquele Facial Abuse, por exemplo, é uma coisa inumana e horrível.
E, na minha opinião, a industria pornô tem muitas vertentes, mas infelizmente ainda é muito usada como meio de reafirmar essa objetificação, sexualização e submissão do corpo feminino na nossa sociedade machista.
Los Hermanos - Esse é só o começo do fim …
3.7 76Ótima experiência. Não é qualquer documentário musical que faz uma sala de cinema inteira cantar.
Casa Grande
3.5 576 Assista Agora"Casa Grande" traz boas reflexões sobre os privilégios e injustiças sociais, expondo esse muro invisível entre classes no Brasil. Além disso, aborda muito bem os dramas cotidianos da juventude representados pela figura do Jean, jovem na descoberta da sexualidade, cheio de paixões, expectativas e incertezas.
Belo filme.
Uma Estranha Amizade
3.7 88Filme incrivelmente amável. Simples e envolvente.
E a Dree Hemingway nessa fotografia ficou uma coisa sem palavras - e sem estruturas.
A Série Divergente: Insurgente
3.3 1,1K Assista AgoraTípico caso de: livro bom, filme ruim. Não conseguiu reproduzir os acontecimentos e sentimentos da trilogia. E, sinto muito, não vejo um pingo de emoção/tensão no casal protagonista. Bem frio.