O Documentário nos esclarece conceituações e indagações básicas da obra de Carl Gustav Jung, psicólogo suíço que iniciou seus estudos no início do século XX, sobretudo a colocação da individualidade, devemos abraçar a pessoa única que somos, com nossas neuroses, patologias e manias maquiadas, do honorário profissional de medicina junto à sua intelectualidade pragmática na área de saúde, ao humilde morador de rua, sujo e maltrapilho. Há um universo dentro de cada um deles.
Devemos seguir uma jornada de autoconhecimento, atrás de quem realmente somos. Freud nos colocou o inconsciente, que impulsos sexuais geram a força fundamental do comportamento humano.
Jung, entretanto, acreditava que o processo era mais complexo, que somos motivados por muitos outros fatores, como crenças religiosas, necessidade de aprovação e sede de poder. Se Freud disse que a sexualidade é a base de tudo, poderíamos concordar em partes, de fato é uma geratriz energética presente na vida das pessoas, porém não seria a única, como afirma Jung, em pronunciamento solene: "Freud deixou de abrir os olhos para outras realidades que não só deveriam, como devem ser analisadas."
“Existem bilhões de pessoas no planeta, e muitos tipos de personalidade diferentes. Algumas pessoas são introvertidas outras extrovertidas. Algumas se guiam pela lógica, outras pelos sentimentos. Em um mundo com tanta diversidade, como poderíamos lidar com aqueles que são diferentes? E como aprendemos a aceitar e entender quem nós somos? Quem sou eu? Como funciono?”
Jung, após romper com Freud viu na história da civilização um vasto leque para entender a humanidade e seus pormenores relacionados à psique. Se índios norte-americanos possuem rituais semelhantes a de tribos africanas sem nunca terem se encontrado, haveria então um ponto que os relaciona inconscientemente, contam uma versão muito similar da mesma história? Essas idéias comuns seriam passadas pela história, religião e pela cultura?
Surgiu lhe então que nosso inconsciente não era influenciado apenas por nossas experiências individuais, mas também pelo coletivo de todas as pessoas, como se existisse uma busca interna inconsciente, na maioria das vezes reprimida em cada indivíduo. Conceituou o conhecimento herdado de inconsciente coletivo. E este inconsciente coletivo leva pessoas do mundo agora a adotarem padrões de comportamento similares, sem nem mesmo perceberem.
Toda cultura possui um clássico, típico modelo de comportamento. Denominados arquétipos. Questões mitológicas, heróis e vilões se enquadram perfeitamente no que somos e pensamos.
No mundo atuamos inconscientemente com esses papéis arquetípicos, a mãe cuidadora, o bom filho, a pessoa de sucesso, mas existe uma pessoa complexa dentro de nós. Lutando para ser reconhecida. O verdadeiro Self, o verdadeiro eu.
Promover a individualidade tornou-se a base para o trabalho de Jung. Há vários tipos de pessoas cada uma com sua tipologia e suas diferentes formas de funcionar, e também que não há problema em ser diferente.
Há diferenças na cultura ariana, judaica e chinesa. Se todos conseguissem aceitar suas diferenças, haveria menos conflitos mundo.
Carl Gustav Jung que viveu o arquétipo de herói adiantado em seu tempo, hoje descansa vivaz em nosso inconsciente coletivo, colocado inclusive, por ele mesmo.
O criador, o fabricante, um curta com ampla margem de interpretações, o belo-horrível sendo explorado de forma magistral, toca no âmago das percepções que mesmo dentro de nossos julgamentos pueris pode haver uma beleza incomensurável, que foge de nossa realidade sensorial, podendo despertar uma emoção de culpa, preenchida abruptamente por compaixão mesclada com auto-despojo de nossa própria ignorância projetada na pobre criatura.
Somente depois de assistir pela segunda vez percebemos na expressão da criatura uma certa insegurança, como se vivesse aquilo pela primeira vez. Gradativamente ele cria gosto pela confecção, abre um sorriso sutil – analogamente à vida, entramos nela despreparados, mas aos poucos encontramos o significado, e percebemos que o final não é o mais importante, mas sim a caminhada; justamente, o que aprendemos e encontramos nela.
Depois de confeccionada, uma boneca, que aparentemente seria sua companheira, ele percebe que ela ainda está incompleta, não há vida, no desespero revisa seu caderno, o caderno da sabedoria, há uma fórmula; uma canção, explorada triunfalmente pelo autor, nada como uma canção para dar vida, assim como trechos de várias mitologias antigas: “De uma canção surgiu os seres, de uma canção houve-se a vida.”.
O final nos surpreende, com um sorriso complacente, nosso protagonista se despede após um caloroso abraço em sua criação. Há uma quebra de paradigmas, já que rompeu com o que todos esperavam, um amor romântico limitado, abrindo para o amor transcendente, o amor altruísta. Ele não criara uma companheira para suprir sua própria solidão, seria em origem, egoísmo. Mas inversamente, para algo muito maior, sua continuação, nossa continuação.
E no ciclo da vida, como magia, a ampulheta do destino novamente dá início a mais uma era, mais uma geração, mais uma estação. Uma das máximas do amor seria a continuidade, se continuarmos o trabalho, o esforço de outras pessoas, carregaremos uma fagulha de milhares de existires, uma esperança maior que nós. O trabalho dos justos jamais será em vão, jamais será tempo perdido.
O curta se inicia numa batalha, uma espécie de guerra em um futuro distópico. Nos rememora analogamente os sentimentos que propiciam conflitos; dogmatismo, fanatismo e egoísmo, claramente representados pela simbologia da seita detentora da anja – que esconde tamanha dádiva de outrem – os dois soldados sortudos tiveram contato direto com ela, impressionados tentaram logo revitalizá-la.
Porém, foram impedidos pelo governo, não obstante após incessante pesquisa descobriram a sede que a esconde, invadiram disfarçados sorrateiramente e fugiram em desespero. Perseguidos acabam por cair duma enorme altura, há um corte, talvez eles realmente tenham morrido, fica uma opção para o telespectador. A cena anterior repassa e um novo futuro se inicia, promissor – nota que são dois soldados, para não ser criada uma atmosfera romântica ingênua, logo representam o amor fraternal, amor ao próximo.
Ainda ao início, observamos a arquitetura da torre da seita, um cilindro cercado de olhos para mostrar que tudo é visto, com a seguinte inscrição: "God Is Watching You" (Deus está vendo), nos esclarece que existem forças que nos observam, que vêem nossos atos, o que seria essa força fica para interpretação de cada um; Deus, espíritos, consciências universais, ou nossa própria consciência. Cada atitude que tomamos negativa ou positiva será julgada pelos outros ou por nós mesmos, ninguém está isento.
Ao final, libertam a anja, numa cena épica e emocionante. Somos inundados inconscientemente, embora a humanidade seja caótica, e a ambição pelo poder nos cause sofrimentos, ainda há esperança. Um sentimento maior, o amor fraternal, o altruísmo, etc. Existem inúmeras chaves para libertação do ser humano, podemos escolher o assassino que vive dentro de nós, ou o anjo, o qual, também vive por cá.
Carl Jung e a Jornada para o Autodescobrimento
3.6 3O MICRO QUE SE FUNDE AO MACRO
O Documentário nos esclarece conceituações e indagações básicas da obra de Carl Gustav Jung, psicólogo suíço que iniciou seus estudos no início do século XX, sobretudo a colocação da individualidade, devemos abraçar a pessoa única que somos, com nossas neuroses, patologias e manias maquiadas, do honorário profissional de medicina junto à sua intelectualidade pragmática na área de saúde, ao humilde morador de rua, sujo e maltrapilho. Há um universo dentro de cada um deles.
Devemos seguir uma jornada de autoconhecimento, atrás de quem realmente somos. Freud nos colocou o inconsciente, que impulsos sexuais geram a força fundamental do comportamento humano.
Jung, entretanto, acreditava que o processo era mais complexo, que somos motivados por muitos outros fatores, como crenças religiosas, necessidade de aprovação e sede de poder. Se Freud disse que a sexualidade é a base de tudo, poderíamos concordar em partes, de fato é uma geratriz energética presente na vida das pessoas, porém não seria a única, como afirma Jung, em pronunciamento solene: "Freud deixou de abrir os olhos para outras realidades que não só deveriam, como devem ser analisadas."
“Existem bilhões de pessoas no planeta, e muitos tipos de personalidade diferentes. Algumas pessoas são introvertidas outras extrovertidas. Algumas se guiam pela lógica, outras pelos sentimentos. Em um mundo com tanta diversidade, como poderíamos lidar com aqueles que são diferentes? E como aprendemos a aceitar e entender quem nós somos? Quem sou eu? Como funciono?”
Jung, após romper com Freud viu na história da civilização um vasto leque para entender a humanidade e seus pormenores relacionados à psique. Se índios norte-americanos possuem rituais semelhantes a de tribos africanas sem nunca terem se encontrado, haveria então um ponto que os relaciona inconscientemente, contam uma versão muito similar da mesma história? Essas idéias comuns seriam passadas pela história, religião e pela cultura?
Surgiu lhe então que nosso inconsciente não era influenciado apenas por nossas experiências individuais, mas também pelo coletivo de todas as pessoas, como se existisse uma busca interna inconsciente, na maioria das vezes reprimida em cada indivíduo. Conceituou o conhecimento herdado de inconsciente coletivo. E este inconsciente coletivo leva pessoas do mundo agora a adotarem padrões de comportamento similares, sem nem mesmo perceberem.
Toda cultura possui um clássico, típico modelo de comportamento. Denominados arquétipos. Questões mitológicas, heróis e vilões se enquadram perfeitamente no que somos e pensamos.
No mundo atuamos inconscientemente com esses papéis arquetípicos, a mãe cuidadora, o bom filho, a pessoa de sucesso, mas existe uma pessoa complexa dentro de nós. Lutando para ser reconhecida. O verdadeiro Self, o verdadeiro eu.
Promover a individualidade tornou-se a base para o trabalho de Jung. Há vários tipos de pessoas cada uma com sua tipologia e suas diferentes formas de funcionar, e também que não há problema em ser diferente.
Há diferenças na cultura ariana, judaica e chinesa. Se todos conseguissem aceitar suas diferenças, haveria menos conflitos mundo.
Carl Gustav Jung que viveu o arquétipo de herói adiantado em seu tempo, hoje descansa vivaz em nosso inconsciente coletivo, colocado inclusive, por ele mesmo.
The Maker
4.5 269RECICLAGEM
O criador, o fabricante, um curta com ampla margem de interpretações, o belo-horrível sendo explorado de forma magistral, toca no âmago das percepções que mesmo dentro de nossos julgamentos pueris pode haver uma beleza incomensurável, que foge de nossa realidade sensorial, podendo despertar uma emoção de culpa, preenchida abruptamente por compaixão mesclada com auto-despojo de nossa própria ignorância projetada na pobre criatura.
Somente depois de assistir pela segunda vez percebemos na expressão da criatura uma certa insegurança, como se vivesse aquilo pela primeira vez. Gradativamente ele cria gosto pela confecção, abre um sorriso sutil – analogamente à vida, entramos nela despreparados, mas aos poucos encontramos o significado, e percebemos que o final não é o mais importante, mas sim a caminhada; justamente, o que aprendemos e encontramos nela.
Depois de confeccionada, uma boneca, que aparentemente seria sua companheira, ele percebe que ela ainda está incompleta, não há vida, no desespero revisa seu caderno, o caderno da sabedoria, há uma fórmula; uma canção, explorada triunfalmente pelo autor, nada como uma canção para dar vida, assim como trechos de várias mitologias antigas: “De uma canção surgiu os seres, de uma canção houve-se a vida.”.
O final nos surpreende, com um sorriso complacente, nosso protagonista se despede após um caloroso abraço em sua criação. Há uma quebra de paradigmas, já que rompeu com o que todos esperavam, um amor romântico limitado, abrindo para o amor transcendente, o amor altruísta. Ele não criara uma companheira para suprir sua própria solidão, seria em origem, egoísmo. Mas inversamente, para algo muito maior, sua continuação, nossa continuação.
E no ciclo da vida, como magia, a ampulheta do destino novamente dá início a mais uma era, mais uma geração, mais uma estação. Uma das máximas do amor seria a continuidade, se continuarmos o trabalho, o esforço de outras pessoas, carregaremos uma fagulha de milhares de existires, uma esperança maior que nós. O trabalho dos justos jamais será em vão, jamais será tempo perdido.
Chage & Aska: On Your Mark
4.1 51ANJOS EXISTEM
O curta se inicia numa batalha, uma espécie de guerra em um futuro distópico. Nos rememora analogamente os sentimentos que propiciam conflitos; dogmatismo, fanatismo e egoísmo, claramente representados pela simbologia da seita detentora da anja – que esconde tamanha dádiva de outrem – os dois soldados sortudos tiveram contato direto com ela, impressionados tentaram logo revitalizá-la.
Porém, foram impedidos pelo governo, não obstante após incessante pesquisa descobriram a sede que a esconde, invadiram disfarçados sorrateiramente e fugiram em desespero. Perseguidos acabam por cair duma enorme altura, há um corte, talvez eles realmente tenham morrido, fica uma opção para o telespectador. A cena anterior repassa e um novo futuro se inicia, promissor – nota que são dois soldados, para não ser criada uma atmosfera romântica ingênua, logo representam o amor fraternal, amor ao próximo.
Ainda ao início, observamos a arquitetura da torre da seita, um cilindro cercado de olhos para mostrar que tudo é visto, com a seguinte inscrição: "God Is Watching You" (Deus está vendo), nos esclarece que existem forças que nos observam, que vêem nossos atos, o que seria essa força fica para interpretação de cada um; Deus, espíritos, consciências universais, ou nossa própria consciência. Cada atitude que tomamos negativa ou positiva será julgada pelos outros ou por nós mesmos, ninguém está isento.
Ao final, libertam a anja, numa cena épica e emocionante. Somos inundados inconscientemente, embora a humanidade seja caótica, e a ambição pelo poder nos cause sofrimentos, ainda há esperança. Um sentimento maior, o amor fraternal, o altruísmo, etc. Existem inúmeras chaves para libertação do ser humano, podemos escolher o assassino que vive dentro de nós, ou o anjo, o qual, também vive por cá.