Eis que Woody Allen nos surpreende ao lançar mão, de um recurso de luz e cores que ambienta a atmosfera psicológica das personagens. A película alterna tons solares alaranjados e luminosos para os momentos de encantamento e paixão na costa de Coney Island, assim como, tons azuis e esmaecidos para as cenas de descontentamento e frustração. Assistimos no desenrolar da trama a essa constante alternância dos momentos de felicidade e decadência em cenas brilhantemente escritas. O texto, os enquandramentos a luz e as cores... compõem um verdadeiro deslumbre. De fato, um belíssimo filme, um tanto triste... Que na história de Ginny, nos mostra que o oscilar da vida como oscilar de uma roda gigante, pode ser um tanto lento e que estar por cima, pode ser um forte e idealizado desejo, que ocorre poucas vezes, de maneira fugaz... Terrível não? mas um tanto cru e real... RECOMENDADÍSSIMO...
Talvez esse seja o roteiro que aborda a Loucura de maneira mais relativista dentre os longas do gênero. A ideia de entregar uma reviravolta pouco depois do começo do filme me pareceu um acerto. Isso instaura uma certa tensão na atmosfera da trama. O texto me pareceu o ponto alto do filme, muito bem escrito especialmente para um tema tão estigmatizado. O fim do filme me pareceu em alguma medida previsível, ainda que não por completo de certa forma muito foi mostrado indiretamente, o que me apresentou ao mistério final. Imagino que elementos mais ambíguos e portanto menos propositivos, elevariam a experiência com o longa.
Este belíssimo filme é um tratado sobre a solidão. Na economia do filme assistimos a duas formas de solidão. Em uma forma clássica Judi Dench encarna a faceta densa e caraterística. Vive sozinha entregue a si-mesma como uma professora distante, severa e pouco acessível. A forma moderna é encarnada por Cate Blanchet uma mulher que tenta encontrar prazer e significado em uma vida na qual marido, família e filhos não são suficientes. É do encontro entre a solidão como constituinte (Dench) e a solidão como potência (Blanchet) que se desenrolam os memoráveis acontecimentos desta trama. As atuações de Cate e Judi são metáforas da trajetória trágica que pode ocorrer na busca em banir a sensação de sentir-se só. Recomendadíssimo!!!
O filme traduz de maneira metafórica o que algumas tradições chamam de "reencarnação". O roteiro teria ganhado muito se as gravações tivessem sido melhores exploradas. Elas poderiam ser base para o mistério do filme.No entanto, assistimos a uma "resolução" na qual as mortes seriam sucessivas e "atenderiam" a determinados objetivos, como que em um ciclos, no quais se busca cumprir uma missão. Tal sentido me pareceu essencialmente metafísico, para não dizer religioso. Essa linha de interpretação que vê a vida como um destino ético-metafísico é extremamente cansativa e óbvia. A vida como uma busca constante e ininterrupta por acertos e aprendizado, não seria um caminho em direção a evolução do espírito ou alma. Em uma existência concebida desta maneira estaríamos condenados a um pesadelo de repetições que pressuporiam a vida como essencialmente e suficientemente ético-metafísica. Não há um sentido prévio na vida. O Único sentido possível é aquele que encontramos na experiência real de estar vivo
Uau! Extremamente bem filmado, este longa consegue desenvolver muito bem o argumento. Nas primeiras cenas somos capturados pelo que se passa com Sybil, todas as cenas são construídas de maneira tão consistente que a trama flui de maneira a manter o expectador preso e atento ao que se passa. Extremamente bem filmado e concebido, este filme é um daqueles raros acertos do cinema baseado em histórias de vida. RECOMENDADÍSSIMO
A tentativa da Marvel em fazer um filme mais denso e menos espetacularizado é de fato louvável, mas não atingiu o objetivo. Há um problema grave de roteiro. O argumento tenta conciliar a "renovação" mutante, com interesses governamentais (humanos), unidos a um vinculo familiar entre Logan e Laura. O desenvolvimento é arrastado e prevalece apenas o plano de fundo catastrófico em que se encontram os mutantes remanescentes. As cenas de perseguição, hotel e encontro com uma família na estrada não se conectam. Falta integração entre Logan e Laura, isto faz o longa soar confuso, permanecendo a sensação de que o filme foi uma tentativa
Que experiência Marcante!!! Nenhum moralismo resiste a experiência do real na vida. Isabelle Huppert descontrói todo o IDEAL vinculado a sexo, amor e família. Os afetos são mais ambivalentes do que se imagina e vistos bem de perto não são necessariamente éticos. Talvez isso seja o mais próximo que se possa chegar dos contornos de uma vida REAL A verdadeira fidelidade é aquela que se tem a si mesmo. Uma pessoa é tanto mais autêntica quanto mais se parece com seu desejo.
Que experiência Marcante!!! Nenhum moralismo resiste a experiência do real na vida. Isabelle Huppert descontrói todo o IDEAL vinculado a sexo, amor e família. Os afetos são mais ambivalentes do que se imagina e vistos bem de perto não são necessariamente éticos. Talvez isso seja o mais próximo que se possa chegar dos contornos de uma vida REAL A verdadeira fidelidade é aquela que se tem a si mesmo. Uma pessoa é tanto mais autêntica quanto mais se parece com seu desejo.
Neste filme o protagonista me soou como uma releitura do Pai da Horda Primitiva Freudiano. . .A mãe me pareceu afastada ou interditada pelo Pai que funciona como símbolo de uma lei. A lei que organiza um cotidiano duro e regrado. A lei que impede que os filhos possam acessar o afeto na sua forma mais clássica e original: a relação com a mãe. Nas cenas em que os filhos culpam o pai isso fica evidente. . .Vemos o tempo todo que Ben procura educar seus filhos em uma formação didata que conforme algumas cenas se comprova como eficiente a medida que permite seu filho mais velho ser aceito em excelentes cursos de graduação. No entanto, diante disso, resta uma questão. O que pode um conhecimento que está separado da cultura? Todo saber exige alguma medida de ressonância no social. De outra forma, separado, este saber funcionará como afastamento e provocará os repetidos rompimentos que seus filhos passam. Quando convivem com outros nas cidades todo conhecimento ministrado por Ben não serve de nada. Eles estão descompassados com as sensibilidades do tecido social. Não se trata aqui de fazer um elogio do estilo de vida norte-americano, mas de pensar como funcionaria um tipo e vida pensado como rompimento para com a forma de vida "civilizada".
Todo rompimento com leis fundamentais da cultura funcionará como transgressão. Dessa maneira o desejo de habitar outro mundo, será sempre acompanhado por aquele que foi negado e qualquer medida desta nova vida só poderá ser balizada em relação aquela que foi negada.
Nos filmes de Farhadi, como em Le Passé, somos apresentados as personagens de maneira lenta e densa, uma espécie de convite a observação do que pensam como agem e o que sentem. Isto figura no cinema do diretor como um prólogo. Ambientados e conhecedores de quem eles são e de suas "sensibilidades" testemunharemos um grande fato (o argumento do filme) que em: o apartamento traz muitas nuances. O mistério que vai se construindo e crescendo a cada cena, envolve primeiro, o lugar do corpo da mulher árabe. Adiante assistimos a um clima de hesitação e reivindicação que instaura um certa tensão sobre o ocorrido. Quando então, ocorre a revelação Farhadi parece "discutir" a banalidade do mal, pra usar um termo de Hannah arendt, quando escolhe um personagem tão comum, tão pouco marcado ou característico para carregar o peso de tal ação...
Esta bela homenagem a Freud busca percorrer alguns caminhos que a psicanálise traçou no Brasil. A idéia de unir História + Estórias na resultante Hestórias foi um grande acerto da concepção do filme já que afasta o mesmo do sentido encerrado da História com H. O percurso da psicanálise é o trajeto percorrido pelos leitores de Freud, em trechos entrecortados assistimos a relatos leves e reveladores, este documentário é uma forma da psicanálise olhar para si mesma e pensar sua transmissão e desdobramentos O que há de mais essencial e contemporâneo em psicanálise hoje é Freud
. .A Bruxaria pode ser vista como um ponto de vista da moralidade provinciana das sociedades medievais. Este é o ponto de partida deste longa. A vida de uma família longe da civilização lança a todos num universo de incertezas. Como retirar da natureza a sobrevivência para si e seus familiares. A floresta densa parece guardar mistérios que os rondam. O mal que se abate sobre esta família precisa ser nomeado, o que há na natureza que parece conter esse mal que os assola. Esta presença que habita o cotidiano mais imediato figura como uma onisciência. O saber de que as tragédias familiares provém de um mal externo que é então nomeado. Quando a bruxaria assume tal posição toda a moral cristã está então justificada. A existência não contém o mal como natureza, este se traveste de Bruxa. Profanado, o feminino traz à tona todo o terror que existe na relação com o desejo. Aquelas que se rendem ao saber do corpo, separadas dos ambientes de vida e moral religiosa irão sobreviver a natureza e partilhar com ela no sabá. . RECOMENDADÍSSIMO !!!
Você Não Estará Só
3.6 123 Assista AgoraBrilhante!!!
Um Contratempo
4.2 2,0KIsso é que é Mistério...
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraMal posso esperar !!!
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraUau! Lanthimos se renovando em grande estilo !!!
Canastra Suja
3.8 117Uau!!! Que filme!
Minha Prima Raquel
3.0 103Esse é um remake de: "Eu te matarei, querida" de 1952 ??????
Roda Gigante
3.3 309Eis que Woody Allen nos surpreende ao lançar mão, de um recurso de luz e cores que ambienta a atmosfera psicológica das personagens.
A película alterna tons solares alaranjados e luminosos para os momentos de encantamento e paixão na costa de Coney Island, assim como, tons azuis e esmaecidos para as cenas de descontentamento e frustração.
Assistimos no desenrolar da trama a essa constante alternância dos momentos de felicidade e decadência em cenas brilhantemente escritas. O texto, os enquandramentos a luz e as cores... compõem um verdadeiro deslumbre.
De fato, um belíssimo filme, um tanto triste...
Que na história de Ginny, nos mostra que o oscilar da vida como oscilar de uma roda gigante, pode ser um tanto lento e que estar por cima, pode ser um forte e idealizado desejo, que ocorre poucas vezes, de maneira fugaz...
Terrível não? mas um tanto cru e real...
RECOMENDADÍSSIMO...
Laerte-se
4.0 184Brilhante!
Refúgio do Medo
3.6 373 Assista AgoraTalvez esse seja o roteiro que aborda a Loucura de maneira mais relativista dentre os longas do gênero.
A ideia de entregar uma reviravolta pouco depois do começo do filme me pareceu um acerto. Isso instaura uma certa tensão na atmosfera da trama.
O texto me pareceu o ponto alto do filme, muito bem escrito especialmente para um tema tão estigmatizado.
O fim do filme me pareceu em alguma medida previsível, ainda que não por completo de certa forma muito foi mostrado indiretamente, o que me apresentou ao mistério final. Imagino que elementos mais ambíguos e portanto menos propositivos, elevariam a experiência com o longa.
Notas Sobre um Escândalo
4.0 539 Assista AgoraEste belíssimo filme é um tratado sobre a solidão.
Na economia do filme assistimos a duas formas de solidão.
Em uma forma clássica Judi Dench encarna a faceta densa e caraterística. Vive sozinha entregue a si-mesma como uma professora distante, severa e pouco acessível.
A forma moderna é encarnada por Cate Blanchet uma mulher que tenta encontrar prazer e significado em uma vida na qual marido, família e filhos não são suficientes.
É do encontro entre a solidão como constituinte (Dench) e a solidão como potência (Blanchet) que se desenrolam os memoráveis acontecimentos desta trama.
As atuações de Cate e Judi são metáforas da trajetória trágica que pode ocorrer na busca em banir a sensação de sentir-se só.
Recomendadíssimo!!!
A Descoberta
3.3 385 Assista AgoraO filme traduz de maneira metafórica o que algumas tradições chamam de "reencarnação". O roteiro teria ganhado muito se as gravações tivessem sido melhores exploradas. Elas poderiam ser base para o mistério do filme.No entanto, assistimos a uma "resolução" na qual as mortes seriam sucessivas e "atenderiam" a determinados objetivos, como que em um ciclos, no quais se busca cumprir uma missão.
Tal sentido me pareceu essencialmente metafísico, para não dizer religioso.
Essa linha de interpretação que vê a vida como um destino ético-metafísico é extremamente cansativa e óbvia. A vida como uma busca constante e ininterrupta por acertos e aprendizado, não seria um caminho em direção a evolução do espírito ou alma. Em uma existência concebida desta maneira estaríamos condenados a um pesadelo de repetições que pressuporiam a vida como essencialmente e suficientemente ético-metafísica.
Não há um sentido prévio na vida. O Único sentido possível é aquele que encontramos na experiência real de estar vivo
Sybil
4.3 115Uau!
Extremamente bem filmado, este longa consegue desenvolver muito bem o argumento.
Nas primeiras cenas somos capturados pelo que se passa com Sybil, todas as cenas são construídas de maneira tão consistente que a trama flui de maneira a manter o expectador preso e atento ao que se passa. Extremamente bem filmado e concebido, este filme é um daqueles raros acertos do cinema baseado em histórias de vida.
RECOMENDADÍSSIMO
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KPERTURBADOR!!!
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraUau!! é Pop mas vale muito
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraA tentativa da Marvel em fazer um filme mais denso e menos espetacularizado é de fato louvável, mas não atingiu o objetivo.
Há um problema grave de roteiro. O argumento tenta conciliar a "renovação" mutante, com interesses governamentais (humanos), unidos a um vinculo familiar entre Logan e Laura. O desenvolvimento é arrastado e prevalece apenas o plano de fundo catastrófico em que se encontram os mutantes remanescentes. As cenas de perseguição, hotel e encontro com uma família na estrada não se conectam. Falta integração entre Logan e Laura, isto faz o longa soar confuso, permanecendo a sensação de que o filme foi uma tentativa
Elle
3.8 885Que experiência Marcante!!!
Nenhum moralismo resiste a experiência do real na vida.
Isabelle Huppert descontrói todo o IDEAL vinculado a sexo, amor e família.
Os afetos são mais ambivalentes do que se imagina e vistos bem de perto não são necessariamente éticos.
Talvez isso seja o mais próximo que se possa chegar dos contornos de uma vida REAL
A verdadeira fidelidade é aquela que se tem a si mesmo.
Uma pessoa é tanto mais autêntica quanto mais se parece com seu desejo.
Elle
3.8 885Que experiência Marcante!!!
Nenhum moralismo resiste a experiência do real na vida.
Isabelle Huppert descontrói todo o IDEAL vinculado a sexo, amor e família.
Os afetos são mais ambivalentes do que se imagina e vistos bem de perto não são necessariamente éticos.
Talvez isso seja o mais próximo que se possa chegar dos contornos de uma vida REAL
A verdadeira fidelidade é aquela que se tem a si mesmo.
Uma pessoa é tanto mais autêntica quanto mais se parece com seu desejo.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraNeste filme o protagonista me soou como uma releitura do Pai da Horda Primitiva Freudiano.
. .A mãe me pareceu afastada ou interditada pelo Pai que funciona como símbolo de uma lei. A lei que organiza um cotidiano duro e regrado. A lei que impede que os filhos possam acessar o afeto na sua forma mais clássica e original: a relação com a mãe. Nas cenas em que os filhos culpam o pai isso fica evidente.
. .Vemos o tempo todo que Ben procura educar seus filhos em uma formação didata que conforme algumas cenas se comprova como eficiente a medida que permite seu filho mais velho ser aceito em excelentes cursos de graduação. No entanto, diante disso, resta uma questão. O que pode um conhecimento que está separado da cultura? Todo saber exige alguma medida de ressonância no social. De outra forma, separado, este saber funcionará como afastamento e provocará os repetidos rompimentos que seus filhos passam. Quando convivem com outros nas cidades todo conhecimento ministrado por Ben não serve de nada. Eles estão descompassados com as sensibilidades do tecido social. Não se trata aqui de fazer um elogio do estilo de vida norte-americano, mas de pensar como funcionaria um tipo e vida pensado como rompimento para com a forma de vida "civilizada".
Todo rompimento com leis fundamentais da cultura funcionará como transgressão. Dessa maneira o desejo de habitar outro mundo, será sempre acompanhado por aquele que foi negado e qualquer medida desta nova vida só poderá ser balizada em relação aquela que foi negada.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraUau!!! Que roteiro... FILMAÇO!!!
O Apartamento
3.9 257 Assista AgoraNos filmes de Farhadi, como em Le Passé, somos apresentados as personagens de maneira lenta e densa, uma espécie de convite a observação do que pensam como agem e o que sentem. Isto figura no cinema do diretor como um prólogo. Ambientados e conhecedores de quem eles são e de suas "sensibilidades" testemunharemos um grande fato (o argumento do filme) que em: o apartamento traz muitas nuances. O mistério que vai se construindo e crescendo a cada cena, envolve primeiro, o lugar do corpo da mulher árabe. Adiante assistimos a um clima de hesitação e reivindicação que instaura um certa tensão sobre o ocorrido. Quando então, ocorre a revelação Farhadi parece "discutir" a banalidade do mal, pra usar um termo de Hannah arendt, quando escolhe um personagem tão comum, tão pouco marcado ou característico para carregar o peso de tal ação...
RECOMENDADÍSSIMO!!!
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraUau!!!
Hestórias da Psicanálise - Leitores de Freud
3.0 5Esta bela homenagem a Freud busca percorrer alguns caminhos que a psicanálise traçou no Brasil. A idéia de unir História + Estórias na resultante Hestórias foi um grande acerto da concepção do filme já que afasta o mesmo do sentido encerrado da História com H. O percurso da psicanálise é o trajeto percorrido pelos leitores de Freud, em trechos entrecortados assistimos a relatos leves e reveladores, este documentário é uma forma da psicanálise olhar para si mesma e pensar sua transmissão e desdobramentos
O que há de mais essencial e contemporâneo em psicanálise hoje é Freud
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraO que esperar de um filme onde os "vilões" são os protagonistas da trama?
Que eles salvem o mundo de uma bruxa?
A Bruxa
3.6 3,4K Assista Agora. .A Bruxaria pode ser vista como um ponto de vista da moralidade provinciana das sociedades medievais. Este é o ponto de partida deste longa. A vida de uma família longe da civilização lança a todos num universo de incertezas. Como retirar da natureza a sobrevivência para si e seus familiares. A floresta densa parece guardar mistérios que os rondam. O mal que se abate sobre esta família precisa ser nomeado, o que há na natureza que parece conter esse mal que os assola. Esta presença que habita o cotidiano mais imediato figura como uma onisciência. O saber de que as tragédias familiares provém de um mal externo que é então nomeado. Quando a bruxaria assume tal posição toda a moral cristã está então justificada. A existência não contém o mal como natureza, este se traveste de Bruxa. Profanado, o feminino traz à tona todo o terror que existe na relação com o desejo. Aquelas que se rendem ao saber do corpo, separadas dos ambientes de vida e moral religiosa irão sobreviver a natureza e partilhar com ela no sabá. .
RECOMENDADÍSSIMO !!!