FILMAÇO... . Eu vivi para ver Philip Seymour Hoffman, Daniel Brühl (Adeus Lenin) e Nina Hoss (Bárbara) reunidos em um mesmo filme. Difícil destacar o ponto alto de um filme que tem roteiro, atuações e elenco estonteantes. A trama consegue construir em densidade, uma rede de relações, interesses e conflitos que se travam entres grupos muçulmanos e nações hegemônicas. A aposta de abordar esse tema pelo viés da crueza mais próxima da realidade dos fatos, talvez tenha sido o ponto forte do filme. Muito menos plástico que uma produção de "espionagem de ficção" onde os espiões figuram como heróis este filme nos traz uma experiência cinematográfica marcante. Raríssimo ver um elenco tão especial em uma trama tão densa... . RECOMENDADÍSSIMO...
Filmes de ficção cientifica precisam construir uma rede de significação densa capaz de "justificar" e ambientar um futuro catastrófico convincente. No filme tudo me pareceu extremamente instantâneo, os dramas pessoais/existenciais das personagens não se integraram bem aos argumentos da ficção, essa não-conexão tornou o filme confuso. Difícil apreender qual a real pretensão do diretor...
O Filme tem um ótimo roteiro, no entanto o argumento é muito mal desenvolvido. Há uma tentativa de usar a iluminação como parte da agonia e angústia das personagens. No entanto este efeito torna o filme uma experiência difícil... É extremamente incômodo não enxergar bem as personagens em quase todo o filme. Este elemento de "obscuridade" deveria ter sido melhor dosado, Portella perdeu a mão neste aspecto. Fiquei com a sensação de que o roteiro foi muito mal aproveitado, embora o final consiga ser surpreendente...
Grande Cronenberg! Figura entre os melhores filmes de 2014. Me parece que mapas para as estrelas não se resuma ao universo de obscuridades de Hollywood. No filme isto é um plano de fundo para contar a história de Agatha, esta anti-heroína que caminha para realizar seu grande ato. A estética do Nonsense é o ponto forte do filme, as personagens, cenários e diálogos construídos com maestria parecem soar em uníssono.. O texto que marca a presença do irreal na vida das personagens é a sinfonia que levará Agatha ao seu réquiem final. . . "...Em meus cadernos, em minha mesa e nas árvores, na areia e na neve, escrevo o seu nome. Sobre toda a carne que diz sim. Na testa dos meus amigos. Em todas as mãos entrelaçadas escrevo o seu nome..." Liberdade!
Uma Obra de arte. Este filme consegue alçar a apreciação estética uma discussão filosófica extremante pós moderna. Difícil definir o ponto alto do filme, certamente o roteiro por si só já é extraordinário, a atuação de Joaquim Phoenix é definitivamente um acerto. Roteiro e atuações somados a fotografia estonteante fazem do filme uma das melhores experiências cinematográficas de 2014. Saímos do cinema envoltos nas questões a respeito da mediação, como viver em uma sociedade em que as mediações substituem as relações em si. Vivemos os meios e abolimos as relações. É disto que este belíssimo filme trata. RECOMENDADÍSSIMO!!!
Poucos roteiros buscam retratar histórias como esta da maneira como James Gray o fez. O filme tem um tom melancólico e angustiante que é todo construído a partir do ponto de vista de Ewa que é uma anti-heroína, para salvar sua irmã e a si mesma dos terrores da guerra ela se submete a muitas coisas, sempre passando longe do vitimismo e de um ressentimento ético. Ewa é fruto das circunstâncias de sua vida e ponto. O filme me trouxe muitas sensações, todas elas ligadas ao caráter trágico da vida e do destino que se coloca a nossa frente. Hoje vivemos em uma civilização que conseguiu diminuir significativamente as necessidades imediatas de sobrevivência, momentos históricos como o abordado no filme nos servem de referência para pensar a pós-modernidade, esta época onde gozamos de um relativo bem-estar mas com dificuldades de fabricar sentido. No filme o sentido da vida é dado pelas circunstâncias que se sobrepõem a Ewa como um destino terrível, não há relativização há uma crueza natural nos fatos da vida que se descortinaram para ela.
Me interessei pelo filme por ser uma produção com direção de LUC BENSSON. O início da trama é o ponto alto do filme. A abordagem que apresenta a relação entre as Lucy(s), a primeira mulher (primata) e a protagonista dos tempos atuais é muito bem realizada. Nas cenas em questão as imagens que entrecortam o tempo atual funcionam como simbolismo e metáfora para o ocorrido, nestas cenas podemos notar o diretor presente, grande acerto de LUC BENSSON. Estes bons momentos duram bem pouco, o que se segue no filme é uma sucessão de elucubrações que tentam se basear em pressupostos científicos. A ciência passa como pano de fundo longínquo o que pode ser dito também da argumentação filosófica que tenta existir no filme. Este se perde ao tentar ser um thriller de ação/ficção que aposta na infantilização do público ávido por cenas "eletrizantes" o que empobrece significativamente a experiência de retratar de maneira fantástica o uso do cérebro para além do ordinário e comum. Desde então assistimos a cenas vazias, chatas, cansativas e frustrantes (para não dizer bizarras).
Interessante... Fiquei surpreso ao ver que havia um filme para o livro de Dany Lafferriere. Penso que a sinopse descrita para o livro seja melhor do que a descrição que consta aqui no site... Segue abaixo: Ambientado na década de 1970 em Montreal, no Quebec, num pequeno apartamento da rua Saint-Denis e seus arredores, o livro põe em cena dois jovens negros exilados - um aspirante a escritor, que vive várias aventuras amorosas, e seu curioso companheiro de quarto, o 'filósofo' Buba, que passa o tempo a dormir, ouvir jazz e a ler o Corão. No centro da trama estão as diferenças entre cultura de origem - o trópico caribenho e, no fim das contas, a África - e cultura de inserção - a próspera sociedade quebequense da América do Norte. É esta discrepância que vai turbinar as relações entre os sexos numa época em que a maioria das jovens universitárias estava decidida a passar por cima das fronteiras de cor, credo e classe social.
Excelente Filme! Encontro entre NIILISMO e METAFÍSICA, o plano de fundo filosófico do filme simplesmente nos captura. Woody Allen encena a metáfora da questão última da vida. Como uma espécie de crítica ao esvaziamento do sentido da vida que toma parte da consciência crítica contemporânea, o diretor elege Stanley como encarnação do próprio niilismo em si. Na trama ele é confrontado com as tentações da metafisica que assombram toda forma de niilismo. Figurada em Sophie a metafisica é a representação da suficiência, ela reúne um saber sobre o outro que impressiona a todos, tal fato aliado a beleza da personagem a tornam a imagem da sedução ao qual sucumbe o neurastênico e sarcástico Stanley. Woody Allen demonstra assim como o Niilismo posto de frente as produções de sentido da vida (METAFÍSICA) perde substância e tende a render-se ao seu poder. Quando fica claro que Sophie não encerra a verdade e a suficiência sobre a vida Stanley recupera o ceticismo para com a vida, mas dessa vez sobre outra perspectiva. Agora ele percebe que a vida não será uma experiência unicamente de esvaziamento dos sentidos, mas da produção dos mesmos por si mesmo. No filme há diálogos incríveis, cenas de humor com a marca tradicional do diretor... RECOMENDADÍSSIMO!!!
Excelente Filme. No início tive grande resistência ao ator escolhido (Francisco Rabal) pelo diretor como protagonista, mas com o desenrolar da história o diretor me ganhou. Carlos Saura acertou no roteiro, a abordagem do pintor que relembra seu passado em acometimentos foi de fato perturbadora, não tão somente pelos pesadelos que lhe eram frequentes, mas pelo caráter trágico em que a arte é inscrita, a arte figura como uma manifestação do imponderável do imensurável e do intangível. A fantasia unida a razão como mãe das artes e origem das maravilhas é apenas uma pretensão na obra de Goya, que tem na loucura seus melhores momentos. recomendadíssimo
Filmaço!!!... Verdadeira aula de como fazer um filme de ficção cientifica. O Clima de mistério instaurado no filme combina muito bem com o gênero. Poucas vezes um drama psicológico serviu tão bem como argumento para um enredo de ficção. Destaque para as atuações, Sam Rockwell tem excelente performance, a concepção de Gerty também foi definitivamente um acerto. Recomendadíssimo!
"...Quando eu tinha a sua idade me diziam que a gente podia ser policial ou criminoso. Hoje eu diria o seguinte: Quando encaram uma arma carregada, Qual diferença faz..."
O filme tem elenco e atuações incríveis, a direção de Scorsese dá o tom do filme...
Meus cumprimentos ao diretor do filme. Este é um filme levíssimo, extremamente original, com atuações que ficam na memória. Destaque para o roteiro e para as atuações... Muito bacana!
Se o primeiro filme poderia ser dito como um filme de homens e macacos este certamente é o filme dos MACACOS. Há de fato uma preocupação notável com a qualidade e realismo nas cenas que envolvem os primatas. O filme desenvolve muito bem alguns aspectos e chega a impressionar pela qualidade gráfica, no entanto acaba por pecar quando se estende no roteiro além do necessário. O argumento do filme é prejudicado quando insistem nas cenas de confronto.
O filme deveria ser encerrado quando se Descobre que César não foi morto de Fato.
As cenas que seguem adiante são excessivas e cansativas, me chateia perceber que a infantilização do público exige grandes lutas e efeitos especiais entediantes. Estes devem funcionar como elementos secundários em uma narrativa e não como ponto principal. Não há grandes atuações no filme, salvo para os primatas. Muitos aspectos no filme são previsíveis o que não chega a atrapalha-lo.
Que Filmaço! Impressionante como um filme de 1968 consegue fazer todos os filmes posteriores relacionados parecerem brincadeira de criança. O filme é um acerto em vários aspectos, o roteiro me parece o mais forte no filme, a trama se desenvolve de maneira clara e surpreendente. As cenas são memoráveis, a justiça cega, surda e muda simbolizada nos juízes macacos é realmente marcante. As atuações estão perfeitas e desfecho da trama é definitivamente genial Recomendadíssimo
Uma Obra Prima. .. Tom Tykwer nos brinca com um roteiro de suspense transformado em Cinema de Arte. O Filme apresenta Phillipa Paccard (Cate Blanchett) e Fillipo (Giovanni Ribisi) em uma paixão que ocorre em um plano de fundo trágico, em meio a cenários e trilha sonora belíssimos. Uma experiência estética incrível. Seja pelas tomadas longas e panorâmicas, seja pela interpretação intimista o filme consegue ser estonteante. Me pareceu perfeita a ideia de representar o encontro raro de duas pessoas, nesta fusão estética de um no outro, nas analogias entre Phillipa e Fillipo, nas roupas e no aspecto físico dos personagens, definitivamente um acerto. Não poderia ser diferente, o que esperar de um filme com roteiro de Krzysztof Kieślowski e direção de Tom Tykwer... Inesquecível
Ótimo Filme... O ponto alto desta animação é o roteiro que trabalha essa novo hábito da pós-modernidade as questões ao portador... A morte ao portador no filme é uma tentação e tanto
O ponto forte da maioria das narrativas bíblicas é trazer à tona o caráter dramático da existência humana, suas angústias e tentativas de significar a vida e a existência. No mito de Noé para além da construção da Arca o que figura como principal argumento é a condenação da humanidade, um destino extremamente trágico se aproxima, e o que faz o diretor para retratar isso; Aposta todas as suas fichas na infantilização do público, cria seres celestiais "caídos" uma espécie de monstros a serviço de Noé, resolve todas as questões do mito na instantaneidade dos acontecimentos, a estrutura de construção e logística para a reunião dos animais é torpe e pouco criativa. O Mito não é abordado segundo a pretensão que o mesmo possui (de ser um "mini apocalipse" e um recomeço para a humanidade). Esse baixo investimento na grandiosidade do tema torna o mito pouco crível e infantilizado. Além disto o filme é permeado por cenas e personagens desnecessários. Ponto alto para Anthony Hopkins que consegue nos fornecer alguns raros momentos de alento em uma produção tão cansativa e entediante.
Que Filmaço! Sou fã de Wes Anderson desde os Excêntricos Tenenbauns e Grande Hotel Budapeste me surpreendeu bastante. A construção de um anteparo lúdico-histórico como elemento estético central do filme foi realmente um achado. Esta talvez seja a principal característica de Wes Anderson, um preciosismo estético que pode ser notado claramente na direção de arte e na fotografia. Se há na narrativa cômica uma leveza inerente as comédias, isto não se nota na concepção artística do filme, a estética surge como fruição histórica, como desdobramento desta em diversas cenas memoráveis. Este filme me fez contradizer a frase dita por Audrey Tautou no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Não são tempos difíceis para os sonhadores. Recomendadíssimo
Um típico filme alternativo, que chama bastante atenção pelo roteiro, o “movimento concepcionista” tem uma atração conceitual, que embora não se sustente para além do conceito traz experiências estéticas interessantes e divagações memoráveis. É notável a semelhança com a primeira fase de Lars Von Trier em The Idiots. Da produtora olhos de cão que acertou em Amarelo Manga e Cama de gato este filme é recomendadíssimo para quem curte cinema alternativo de fato.
O Filme é realmente fraco. O enredo tem o argumento mal desenvolvido, algumas cenas não são críveis mesmo imaginando um roteiro de ficção. As excelentes atuações de Caio Blat, Milhem Cortaz, Gabriel Braga Nunes e Marcelo Melo não conseguem salvar o filme. A atuação de Cauã Reymond como traficante deixa muito a desejar. O enfoque sobre a polícia e o papel do estado tenta ser ambivalente e mostrar ambos os lados da ação policial. Cada policial tem um perfil social, há o policial assumidamente corrupto, desonesto e anti-ético, há o policial com perfil de membro da comunidade, há aquele que se comporta como policial aposentado mesmo em exercício da função e até o policial ideológico, visionário e burguês. No entanto me parece que prevalece um tom ufanista insistente que não convence, a respeito da validade da ocupação do complexo do Alemão. A extrema violência policial ocorrida na ocupação não é abordada, tampouco a violência policial diária e cotidiana pós ocupação. O filme não convence como Ficção muito menos como Retrato da situação política do fato.
Este é um belíssimo filme. A maneira como as personagens ganham densidade e o enredo toma forma e complexidade impressiona. No primeiro momento somos apresentados a família em cenas cotidianas marcantes, conhecemos as pessoas e suas questões. Há fortes desdobramentos nos papéis das personagens.
Marie é Mãe, ex-esposa e noiva, Ahmad é ex-marido e também padrasto, Samir é noivo, pai e Comerciante.
Estes papéis comuns em qualquer enredo, nesta trama tem grande densidade, as questões que surgem reconfiguram os valores associados a estes papéis a medida que novos pontos de vista são colocados. O clima de suspense que surge em relação a esposa de Samir é o ponto alto do filme que torna-se irresistível desde então. Assistam!
O Homem Mais Procurado
3.5 200 Assista AgoraFILMAÇO... .
Eu vivi para ver Philip Seymour Hoffman, Daniel Brühl (Adeus Lenin) e Nina Hoss (Bárbara) reunidos em um mesmo filme. Difícil destacar o ponto alto de um filme que tem roteiro, atuações e elenco estonteantes. A trama consegue construir em densidade, uma rede de relações, interesses e conflitos que se travam entres grupos muçulmanos e nações hegemônicas. A aposta de abordar esse tema pelo viés da crueza mais próxima da realidade dos fatos, talvez tenha sido o ponto forte do filme. Muito menos plástico que uma produção de "espionagem de ficção" onde os espiões figuram como heróis este filme nos traz uma experiência cinematográfica marcante. Raríssimo ver um elenco tão especial em uma trama tão densa... .
RECOMENDADÍSSIMO...
Agente do Futuro
2.8 272 Assista AgoraFilmes de ficção cientifica precisam construir uma rede de significação densa capaz de "justificar" e ambientar um futuro catastrófico convincente. No filme tudo me pareceu extremamente instantâneo, os dramas pessoais/existenciais das personagens não se integraram bem aos argumentos da ficção, essa não-conexão tornou o filme confuso. Difícil apreender qual a real pretensão do diretor...
Isolados
2.5 328 Assista AgoraO Filme tem um ótimo roteiro, no entanto o argumento é muito mal desenvolvido. Há uma tentativa de usar a iluminação como parte da agonia e angústia das personagens. No entanto este efeito torna o filme uma experiência difícil... É extremamente incômodo não enxergar bem as personagens em quase todo o filme. Este elemento de "obscuridade" deveria ter sido melhor dosado, Portella perdeu a mão neste aspecto. Fiquei com a sensação de que o roteiro foi muito mal aproveitado, embora o final consiga ser surpreendente...
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraFilme de beleza estonteante...
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Há males para os quais não há reparação...
Vale a pena assistir a este belo e triste filme
Mapas para as Estrelas
3.3 478 Assista AgoraGrande Cronenberg! Figura entre os melhores filmes de 2014. Me parece que mapas para as estrelas não se resuma ao universo de obscuridades de Hollywood. No filme isto é um plano de fundo para contar a história de Agatha, esta anti-heroína que caminha para realizar seu grande ato. A estética do Nonsense é o ponto forte do filme, as personagens, cenários e diálogos construídos com maestria parecem soar em uníssono.. O texto que marca a presença do irreal na vida das personagens é a sinfonia que levará Agatha ao seu réquiem final.
. .
"...Em meus cadernos, em minha mesa e nas árvores, na areia e na neve, escrevo o seu nome. Sobre toda a carne que diz sim. Na testa dos meus amigos. Em todas as mãos entrelaçadas escrevo o seu nome..."
Liberdade!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraUma Obra de arte.
Este filme consegue alçar a apreciação estética uma discussão filosófica extremante pós moderna. Difícil definir o ponto alto do filme, certamente o roteiro por si só já é extraordinário, a atuação de Joaquim Phoenix é definitivamente um acerto. Roteiro e atuações somados a fotografia estonteante fazem do filme uma das melhores experiências cinematográficas de 2014. Saímos do cinema envoltos nas questões a respeito da mediação, como viver em uma sociedade em que as mediações substituem as relações em si. Vivemos os meios e abolimos as relações. É disto que este belíssimo filme trata.
RECOMENDADÍSSIMO!!!
Era Uma Vez em Nova York
3.5 296 Assista AgoraPoucos roteiros buscam retratar histórias como esta da maneira como James Gray o fez. O filme tem um tom melancólico e angustiante que é todo construído a partir do ponto de vista de Ewa que é uma anti-heroína, para salvar sua irmã e a si mesma dos terrores da guerra ela se submete a muitas coisas, sempre passando longe do vitimismo e de um ressentimento ético. Ewa é fruto das circunstâncias de sua vida e ponto. O filme me trouxe muitas sensações, todas elas ligadas ao caráter trágico da vida e do destino que se coloca a nossa frente. Hoje vivemos em uma civilização que conseguiu diminuir significativamente as necessidades imediatas de sobrevivência, momentos históricos como o abordado no filme nos servem de referência para pensar a pós-modernidade, esta época onde gozamos de um relativo bem-estar mas com dificuldades de fabricar sentido. No filme o sentido da vida é dado pelas circunstâncias que se sobrepõem a Ewa como um destino terrível, não há relativização há uma crueza natural nos fatos da vida que se descortinaram para ela.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraMe interessei pelo filme por ser uma produção com direção de LUC BENSSON. O início da trama é o ponto alto do filme. A abordagem que apresenta a relação entre as Lucy(s), a primeira mulher (primata) e a protagonista dos tempos atuais é muito bem realizada. Nas cenas em questão as imagens que entrecortam o tempo atual funcionam como simbolismo e metáfora para o ocorrido, nestas cenas podemos notar o diretor presente, grande acerto de LUC BENSSON. Estes bons momentos duram bem pouco, o que se segue no filme é uma sucessão de elucubrações que tentam se basear em pressupostos científicos. A ciência passa como pano de fundo longínquo o que pode ser dito também da argumentação filosófica que tenta existir no filme. Este se perde ao tentar ser um thriller de ação/ficção que aposta na infantilização do público ávido por cenas "eletrizantes" o que empobrece significativamente a experiência de retratar de maneira fantástica o uso do cérebro para além do ordinário e comum. Desde então assistimos a cenas vazias, chatas, cansativas e frustrantes (para não dizer bizarras).
Como Fazer Amor Com Um Negro Sem Se Cansar
3.5 4Interessante...
Fiquei surpreso ao ver que havia um filme para o livro de Dany Lafferriere.
Penso que a sinopse descrita para o livro seja melhor do que a descrição que consta aqui no site...
Segue abaixo:
Ambientado na década de 1970 em Montreal, no Quebec, num pequeno apartamento da rua Saint-Denis e seus arredores, o livro põe em cena dois jovens negros exilados - um aspirante a escritor, que vive várias aventuras amorosas, e seu curioso companheiro de quarto, o 'filósofo' Buba, que passa o tempo a dormir, ouvir jazz e a ler o Corão. No centro da trama estão as diferenças entre cultura de origem - o trópico caribenho e, no fim das contas, a África - e cultura de inserção - a próspera sociedade quebequense da América do Norte. É esta discrepância que vai turbinar as relações entre os sexos numa época em que a maioria das jovens universitárias estava decidida a passar por cima das fronteiras de cor, credo e classe social.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraExcelente Filme! Encontro entre NIILISMO e METAFÍSICA, o plano de fundo filosófico do filme simplesmente nos captura. Woody Allen encena a metáfora da questão última da vida. Como uma espécie de crítica ao esvaziamento do sentido da vida que toma parte da consciência crítica contemporânea, o diretor elege Stanley como encarnação do próprio niilismo em si. Na trama ele é confrontado com as tentações da metafisica que assombram toda forma de niilismo. Figurada em Sophie a metafisica é a representação da suficiência, ela reúne um saber sobre o outro que impressiona a todos, tal fato aliado a beleza da personagem a tornam a imagem da sedução ao qual sucumbe o neurastênico e sarcástico Stanley. Woody Allen demonstra assim como o Niilismo posto de frente as produções de sentido da vida (METAFÍSICA) perde substância e tende a render-se ao seu poder. Quando fica claro que Sophie não encerra a verdade e a suficiência sobre a vida Stanley recupera o ceticismo para com a vida, mas dessa vez sobre outra perspectiva. Agora ele percebe que a vida não será uma experiência unicamente de esvaziamento dos sentidos, mas da produção dos mesmos por si mesmo.
No filme há diálogos incríveis, cenas de humor com a marca tradicional do diretor...
RECOMENDADÍSSIMO!!!
Goya
3.6 14Excelente Filme. No início tive grande resistência ao ator escolhido (Francisco Rabal) pelo diretor como protagonista, mas com o desenrolar da história o diretor me ganhou. Carlos Saura acertou no roteiro, a abordagem do pintor que relembra seu passado em acometimentos foi de fato perturbadora, não tão somente pelos pesadelos que lhe eram frequentes, mas pelo caráter trágico em que a arte é inscrita, a arte figura como uma manifestação do imponderável do imensurável e do intangível. A fantasia unida a razão como mãe das artes e origem das maravilhas é apenas uma pretensão na obra de Goya, que tem na loucura seus melhores momentos.
recomendadíssimo
Lunar
3.8 686 Assista AgoraFilmaço!!!...
Verdadeira aula de como fazer um filme de ficção cientifica. O Clima de mistério instaurado no filme combina muito bem com o gênero. Poucas vezes um drama psicológico serviu tão bem como argumento para um enredo de ficção. Destaque para as atuações, Sam Rockwell tem excelente performance, a concepção de Gerty também foi definitivamente um acerto.
Recomendadíssimo!
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista Agora"...Quando eu tinha a sua idade me diziam que a gente podia ser policial ou criminoso. Hoje eu diria o seguinte: Quando encaram uma arma carregada,
Qual diferença faz..."
O filme tem elenco e atuações incríveis, a direção de Scorsese dá o tom do filme...
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraMeus cumprimentos ao diretor do filme. Este é um filme levíssimo, extremamente original, com atuações que ficam na memória. Destaque para o roteiro e para as atuações...
Muito bacana!
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraSe o primeiro filme poderia ser dito como um filme de homens e macacos este certamente é o filme dos MACACOS. Há de fato uma preocupação notável com a qualidade e realismo nas cenas que envolvem os primatas. O filme desenvolve muito bem alguns aspectos e chega a impressionar pela qualidade gráfica, no entanto acaba por pecar quando se estende no roteiro além do necessário. O argumento do filme é prejudicado quando insistem nas cenas de confronto.
O filme deveria ser encerrado quando se Descobre que César não foi morto de Fato.
O Planeta dos Macacos
4.0 681 Assista AgoraQue Filmaço! Impressionante como um filme de 1968 consegue fazer todos os filmes posteriores relacionados parecerem brincadeira de criança. O filme é um acerto em vários aspectos, o roteiro me parece o mais forte no filme, a trama se desenvolve de maneira clara e surpreendente. As cenas são memoráveis, a justiça cega, surda e muda simbolizada nos juízes macacos é realmente marcante. As atuações estão perfeitas e desfecho da trama é definitivamente genial
Recomendadíssimo
Eu e Você
3.5 190Bertolucci flerta despretensiosamente com a ideia dos opostos o filme é belo e tocante.
Paraíso
3.5 50Uma Obra Prima. ..
Tom Tykwer nos brinca com um roteiro de suspense transformado em Cinema de Arte.
O Filme apresenta Phillipa Paccard (Cate Blanchett) e Fillipo (Giovanni Ribisi) em uma paixão que ocorre em um plano de fundo trágico, em meio a cenários e trilha sonora belíssimos. Uma experiência estética incrível. Seja pelas tomadas longas e panorâmicas, seja pela interpretação intimista o filme consegue ser estonteante. Me pareceu perfeita a ideia de representar o encontro raro de duas pessoas, nesta fusão estética de um no outro, nas analogias entre Phillipa e Fillipo, nas roupas e no aspecto físico dos personagens, definitivamente um acerto.
Não poderia ser diferente, o que esperar de um filme com roteiro de Krzysztof Kieślowski e direção de Tom Tykwer...
Inesquecível
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774Ótimo Filme...
O ponto alto desta animação é o roteiro que trabalha essa novo hábito da pós-modernidade as questões ao portador...
A morte ao portador no filme é uma tentação e tanto
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraO ponto forte da maioria das narrativas bíblicas é trazer à tona o caráter dramático da existência humana, suas angústias e tentativas de significar a vida e a existência. No mito de Noé para além da construção da Arca o que figura como principal argumento é a condenação da humanidade, um destino extremamente trágico se aproxima, e o que faz o diretor para retratar isso; Aposta todas as suas fichas na infantilização do público, cria seres celestiais "caídos" uma espécie de monstros a serviço de Noé, resolve todas as questões do mito na instantaneidade dos acontecimentos, a estrutura de construção e logística para a reunião dos animais é torpe e pouco criativa. O Mito não é abordado segundo a pretensão que o mesmo possui (de ser um "mini apocalipse" e um recomeço para a humanidade). Esse baixo investimento na grandiosidade do tema torna o mito pouco crível e infantilizado. Além disto o filme é permeado por cenas e personagens desnecessários. Ponto alto para Anthony Hopkins que consegue nos fornecer alguns raros momentos de alento em uma produção tão cansativa e entediante.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KQue Filmaço!
Sou fã de Wes Anderson desde os Excêntricos Tenenbauns e Grande Hotel Budapeste me surpreendeu bastante. A construção de um anteparo lúdico-histórico como elemento estético central do filme foi realmente um achado. Esta talvez seja a principal característica de Wes Anderson, um preciosismo estético que pode ser notado claramente na direção de arte e na fotografia. Se há na narrativa cômica uma leveza inerente as comédias, isto não se nota na concepção artística do filme, a estética surge como fruição histórica, como desdobramento desta em diversas cenas memoráveis.
Este filme me fez contradizer a frase dita por Audrey Tautou no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.
Não são tempos difíceis para os sonhadores.
Recomendadíssimo
A Concepção
3.3 123Um típico filme alternativo, que chama bastante atenção pelo roteiro, o “movimento concepcionista” tem uma atração conceitual, que embora não se sustente para além do conceito traz experiências estéticas interessantes e divagações memoráveis. É notável a semelhança com a primeira fase de Lars Von Trier em The Idiots. Da produtora olhos de cão que acertou em Amarelo Manga e Cama de gato este filme é recomendadíssimo para quem curte cinema alternativo de fato.
Alemão
2.8 380O Filme é realmente fraco. O enredo tem o argumento mal desenvolvido, algumas cenas não são críveis mesmo imaginando um roteiro de ficção. As excelentes atuações de Caio Blat, Milhem Cortaz, Gabriel Braga Nunes e Marcelo Melo não conseguem salvar o filme. A atuação de Cauã Reymond como traficante deixa muito a desejar.
O enfoque sobre a polícia e o papel do estado tenta ser ambivalente e mostrar ambos os lados da ação policial. Cada policial tem um perfil social, há o policial assumidamente corrupto, desonesto e anti-ético, há o policial com perfil de membro da comunidade, há aquele que se comporta como policial aposentado mesmo em exercício da função e até o policial ideológico, visionário e burguês. No entanto me parece que prevalece um tom ufanista insistente que não convence, a respeito da validade da ocupação do complexo do Alemão. A extrema violência policial ocorrida na ocupação não é abordada, tampouco a violência policial diária e cotidiana pós ocupação. O filme não convence como Ficção muito menos como Retrato da situação política do fato.
O Passado
4.0 292 Assista AgoraEste é um belíssimo filme. A maneira como as personagens ganham densidade e o enredo toma forma e complexidade impressiona. No primeiro momento somos apresentados a família em cenas cotidianas marcantes, conhecemos as pessoas e suas questões. Há fortes desdobramentos nos papéis das personagens.
Marie é Mãe, ex-esposa e noiva, Ahmad é ex-marido e também padrasto, Samir é noivo, pai e Comerciante.