A obra não deixa seu sentido claro ou parece não fazer questão disso, gerando algumas margens de interpretações que possam fugir de sua real intenção. Uma das principais forças que conduz o longa está em seu início incomum e inesquecível, que dita toda a motivação do desfecho, ajudando a concluir uma cadeia de acontecimentos históricos marcados por algumas características, tudo com muita imundície. Mas acreditem, emociona.
Através de um homem com olhar maníaco e penetrante, uma inocente vida muda de um extremo ao outro. Com sua obsessão, ele assiste sua “cria” se transformar gradualmente, a pureza de uma vida se corromper até a última gota, sem o próprio usar táticas ferinas ou gritos, apenas sua “presa” cai em uma armadilha eterna de prisão, uma sádica lavagem cerebral.
Personagem esse que mantém seu mistério, nos deixando perplexos com seu singular comportamento, beirando de uma brutalidade aterradora à um ingênuo carente, suportanto dores do corpo e da alma, uma das personagens que mais vi levar porrada e sem reclamar. Talvez porque o seu estranho amor lhe fazia sentir-se culpado. De fato, um “bad guy”, um “tipo ruim”. Filme para ser revisto.
“Endereço Desconhecido” é um filme triste que mostra severamente a vida de pessoas apáticas que se entregaram ao sofrimento. Mesmo com algumas atitudes que buscam provar o contrário, elas mesmas não são persuasivas. Um clima frio e aspecto quase incolor, junto a acontecimentos trágicos, perversos, de indivíduos desalmados e sem esperanças, cujo valores nesses humanos têm inversões curiosas, com um fundo musical que traduz enfaticamente o ar melancólico dessa violenta história sem rumo, fazendo uma ligação com o título.
A crítica ao comportamento do povo local e dos estrangeiros fica bem clara, desses modernos que realizam uma boa ação em troca do benefício próprio, de bens que não podem ser comprados, como amor e respeito. Critica o frágil com capa de bondade como o pior veneno da vida, como a lei da sobrevivência afirma. Ótimas presenças dos atores Yang Dong-kun (Oyama – O Lutador Lendário) e Young-min Kim (Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera), ambos estão marcantes.
Kim Ki-duk parece conter as assimetrias maravilhosas de seu vanguardismo, não está tão ousado ou estranho como em seus outros trabalhos, aqui ele realiza um bom filme padrão ou normal. Quem conhece “Primavera, Verão...”, “Casa Vazia”, “Time” e principalmente “O Arco”, esperava ver mais uma de suas loucuras, de seus misticismos belos, intrigantes e nada convencionais. Em “Endereço Desconhecido” não existe aquela disformidade, anomalia própria de seu Cinema, gerando um encantamento sem explicações. Aqui ele não tem intenção disso, apenas a realidade nua, crua e visceralmente dolorosa.
Aliás, existem sim algumas cenas com aquela missiva visual, típica de pinturas abstratas, dando para identificar o diretor nelas; porém, não tem aquela magia bizarra de alguns de seus outros trabalhos. Parece que esse filme é baseado em fatos reais, se for isso, então está certo mesmo em não usar muito de seu Universo.
Kim Ki-duk e seus filmes distintos, estranhos e poéticos. “O Arco” é ousado, corajoso, desconcertante, incômodo, bizarro e a pessoa que assiste sente esse peso nas próprias costas, não pelas cenas fortes, porém, pelo tema que é tratado, ainda mais na atualidade que casos do tipo estão ocorrendo com frequência. O grande mérito do longa é a capacidade extrema de provocar essas sensações.
Só não é considerado o teor muito controverso porque o Kim sabe fazer filme com muita beleza e sensibilidade, um exercício musical e de poesia, um “cinema-arte” tocante. A trilha sonora, como já foi destacada pelos críticos, tem uma fusão despadronizada e arripiante com as cenas, elevando ainda mais os sentimentos.
O desenrolar da história é de um total anticlímax, a gente deseja profundamente uma reconciliação heróica por parte do senhor homem, todavia, percebemos a pura realidade de um filme fora dos arquétipos, que possivelmente isso não aconteça, que possivelmente não nos agrade em termos de ideologia, mas nunca em termos cinematográficos, porque tudo é feito com muita dignidade e com massacrante diferencial.
A marca registrada do Kim é a sua fuga do tradicional, seu Cinema de Vanguarda é contraditório, quase nunca chega a um resultado esperado ou típico (desagradando muita gente, mas os que conquista, tornam-se leais seguidores), algumas cenas podem parecer desregradas ou exageradas, mesclando a realidade com o mítico, tornando o resultado inclassificável e surreal. Coisa de gênio! O seu Cinema chega próximo da missiva mágica (ou sobrenatural) da vida, batendo de frente com nossas afirmações céticas, científicas ou limitadas, sobre aquilo existir ou não, gerando um “nonsense” gritante, beirando do simples ao absurdo e resultando num dos trabalhos mais lindos já feitos.
A excelência do filme é justamente pela sua hiper-violência, ótimas atuações e bom enredo, embora simples. A forma como é dirigido prende a atenção do início ao fim, sem contar com uma apresentação metafórica no começo, desenhando uma caricatura digna do título.
A matança sem moralismos, desregrada, é assustadora e mefistofélica. Os últimos suspiros, os detalhes do crime sendo mostrados, a desrespeitosa exploração do corpo humano, o paradoxo entre o externo e interno do físico, do semblante; o que antes era limpo, conservado e belo, agora esquartejado na imundície e jogado no lixo como porcaria. Tudo isso e mais explicam a força marcante e pungente que tem essa película.
Choi Min-sik, o eterno Oh Dae-su do clássico “Oldboy”, só que mais experiente; demonstra talento enorme para papéis do tipo. Olhar concentrado, paranóico, velocidade nos movimentos, expressão “monstra” e pavorosa, gritos estridentes e um realismo no sofrimento, causam sensações chocantes. Já o Byung Hun Lee, que também trabalhou com Park Chan-wook em “Zona de Risco”, não deixa a desejar; sua aparência de galã entra em contraste com a dolorosa vingança da sua personagem, sua cólera reluz nos olhos, tornando impossível não ficar convincente.
O enredo é excelente porque é capaz de ter uma agressão apelativa sem perder rumo e simples por tratar um sentimento comum, a vingança e suas consequências, sem rodeios, indo direto ao ponto, bastando apenas sentar e apreciar o grande espetáculo. Apesar de tudo, “I Saw the Devil” não tem aquele ar “Cult” como a maioria dos filmes sul-coreanos, ele consegue ser acessível ao grande público, agradando a todos. Um ótimo e comercial filme.
“Flandersui gae” é um exemplo digno de filme com a obrigação de mostrar como as cenas foram feitas, exibir de forma nítida os bastidores, dando alívio por revelar os “cuidados” com os animais, pois o humor dessa produção não é para qualquer um, principalmente pela sua ideia repulsiva para nós ocidentais. Mesmo com a frase de início, servindo de efeito para nos preparar ao porvir, não tem força convincente, mas segura um pouco a barra. Singularidade é o que move a arte, mas também tem seu “limite”; caso oposto, os mais doentes obsessivos vão sair por aí fazendo atrocidades em prol do visceral, real ou único.
Fora essas críticas em proteção ao bem-estar animal, cujo filme pode servir e com certeza serve como crítica a essas atitudes, não no Cinema, mas na Vida, conquista o seu espaço. Humor negro, comicidade estranha, mefistofélica, ferino com um felino, que para alguns se compara ao prazer de ver um gato caçando um rato (venceu em Hong Kong, OK?). Uma obra que pode ser vista também como a apatia no cotidiano das pessoas é burlesca, perigosa e triste; sobre como a motivação que é compartilhada pela amada, muda a opinião de outrem, o que foi previamente odiado, hoje tolerado; essa foi uma das mensagens mais marcantes. Mais um bom e diferencial filme sul-coreano, dirigido por Bong Joon-ho, prestigiado por “Mother – A Busca Pela Verdade”, “Memórias de um Assassino” e “O Hospedeiro”; inclusive esse “The Host” venceu bilheterias, mas deixa a desejar em qualidade.
Excelente e engraçada aquela cena que a Park Hyun-Nam decide salvar o cachorro do mendigo, ficou algo meio Jiraya quando ela amarra o capuz e ainda mais com o povão torcendo, preenchendo a imaginação heróica e sonhadora que tem essa personagem. Só ela gera grandes risos.
“Gwoemul”, filme sul-coreano, de Bong Joon-ho, tem seu início marcante e naqueles padrões das obras-primas asiáticas, dando muitas esperanças de ser mais um diferencial do gênero. Mas não se mantém no ritmo e perde quase tudo aquilo que conquistou, piorando ainda mais por ser do mesmo cineasta do excelente “Madeo”, cujo resultado é meio questionável.
Muitos falaram da crítica aos ianques, a política dominadora sobre a Coreia e a aceitação covarde do povo, porém, dá a entender é que, os críticos que levantam esses argumentos como pontos principais da película, parecem que não estavam vendo o monstro ou invertendo a intenção da obra. A ideia relevante de “O Hospedeiro” é entreter com mais um filme de monstros, que se difere em nada dos padronizados estadunidenses, nada mal, pois ninguém é obrigado a ser genial o tempo todo. Com certeza existe uma pimentada, que foi proposital, assim como existem em vários outros filmes, mas não passa de papel de parede ou plano de fundo.
Difícil entender todo esse alvoroço da crítica acrescentando argumentos de plano de fundo à favor dessa obra, que simplesmente não passa de um bom e clichê filme do gênero, para quem gosta do estilo, cuja fórmula ainda produz efeito, “The Host” é uma excelente referência, um “blockbuster” oriental, de agrado ao povão. Destaque para a cena que surge a criatura, espantosa e inesquecível! Tem seus momentos de êxito, entretanto, deixa a desejar.
Bad Guy
3.3 47 Assista AgoraPoderosíssimo!
A obra não deixa seu sentido claro ou parece não fazer questão disso, gerando algumas margens de interpretações que possam fugir de sua real intenção. Uma das principais forças que conduz o longa está em seu início incomum e inesquecível, que dita toda a motivação do desfecho, ajudando a concluir uma cadeia de acontecimentos históricos marcados por algumas características, tudo com muita imundície. Mas acreditem, emociona.
Através de um homem com olhar maníaco e penetrante, uma inocente vida muda de um extremo ao outro. Com sua obsessão, ele assiste sua “cria” se transformar gradualmente, a pureza de uma vida se corromper até a última gota, sem o próprio usar táticas ferinas ou gritos, apenas sua “presa” cai em uma armadilha eterna de prisão, uma sádica lavagem cerebral.
Personagem esse que mantém seu mistério, nos deixando perplexos com seu singular comportamento, beirando de uma brutalidade aterradora à um ingênuo carente, suportanto dores do corpo e da alma, uma das personagens que mais vi levar porrada e sem reclamar. Talvez porque o seu estranho amor lhe fazia sentir-se culpado. De fato, um “bad guy”, um “tipo ruim”. Filme para ser revisto.
Resultado: Excelente!
Site:
Endereço Desconhecido
3.9 13“Endereço Desconhecido” é um filme triste que mostra severamente a vida de pessoas apáticas que se entregaram ao sofrimento. Mesmo com algumas atitudes que buscam provar o contrário, elas mesmas não são persuasivas. Um clima frio e aspecto quase incolor, junto a acontecimentos trágicos, perversos, de indivíduos desalmados e sem esperanças, cujo valores nesses humanos têm inversões curiosas, com um fundo musical que traduz enfaticamente o ar melancólico dessa violenta história sem rumo, fazendo uma ligação com o título.
A crítica ao comportamento do povo local e dos estrangeiros fica bem clara, desses modernos que realizam uma boa ação em troca do benefício próprio, de bens que não podem ser comprados, como amor e respeito. Critica o frágil com capa de bondade como o pior veneno da vida, como a lei da sobrevivência afirma. Ótimas presenças dos atores Yang Dong-kun (Oyama – O Lutador Lendário) e Young-min Kim (Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera), ambos estão marcantes.
Kim Ki-duk parece conter as assimetrias maravilhosas de seu vanguardismo, não está tão ousado ou estranho como em seus outros trabalhos, aqui ele realiza um bom filme padrão ou normal. Quem conhece “Primavera, Verão...”, “Casa Vazia”, “Time” e principalmente “O Arco”, esperava ver mais uma de suas loucuras, de seus misticismos belos, intrigantes e nada convencionais. Em “Endereço Desconhecido” não existe aquela disformidade, anomalia própria de seu Cinema, gerando um encantamento sem explicações. Aqui ele não tem intenção disso, apenas a realidade nua, crua e visceralmente dolorosa.
Aliás, existem sim algumas cenas com aquela missiva visual, típica de pinturas abstratas, dando para identificar o diretor nelas; porém, não tem aquela magia bizarra de alguns de seus outros trabalhos. Parece que esse filme é baseado em fatos reais, se for isso, então está certo mesmo em não usar muito de seu Universo.
Resultado: De Bom à Excelente!
Site:
O Arco
3.9 78Kim Ki-duk e seus filmes distintos, estranhos e poéticos. “O Arco” é ousado, corajoso, desconcertante, incômodo, bizarro e a pessoa que assiste sente esse peso nas próprias costas, não pelas cenas fortes, porém, pelo tema que é tratado, ainda mais na atualidade que casos do tipo estão ocorrendo com frequência. O grande mérito do longa é a capacidade extrema de provocar essas sensações.
Só não é considerado o teor muito controverso porque o Kim sabe fazer filme com muita beleza e sensibilidade, um exercício musical e de poesia, um “cinema-arte” tocante. A trilha sonora, como já foi destacada pelos críticos, tem uma fusão despadronizada e arripiante com as cenas, elevando ainda mais os sentimentos.
O desenrolar da história é de um total anticlímax, a gente deseja profundamente uma reconciliação heróica por parte do senhor homem, todavia, percebemos a pura realidade de um filme fora dos arquétipos, que possivelmente isso não aconteça, que possivelmente não nos agrade em termos de ideologia, mas nunca em termos cinematográficos, porque tudo é feito com muita dignidade e com massacrante diferencial.
A marca registrada do Kim é a sua fuga do tradicional, seu Cinema de Vanguarda é contraditório, quase nunca chega a um resultado esperado ou típico (desagradando muita gente, mas os que conquista, tornam-se leais seguidores), algumas cenas podem parecer desregradas ou exageradas, mesclando a realidade com o mítico, tornando o resultado inclassificável e surreal. Coisa de gênio! O seu Cinema chega próximo da missiva mágica (ou sobrenatural) da vida, batendo de frente com nossas afirmações céticas, científicas ou limitadas, sobre aquilo existir ou não, gerando um “nonsense” gritante, beirando do simples ao absurdo e resultando num dos trabalhos mais lindos já feitos.
Nota: Maravilhoso!
Sigam:
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KA excelência do filme é justamente pela sua hiper-violência, ótimas atuações e bom enredo, embora simples. A forma como é dirigido prende a atenção do início ao fim, sem contar com uma apresentação metafórica no começo, desenhando uma caricatura digna do título.
A matança sem moralismos, desregrada, é assustadora e mefistofélica. Os últimos suspiros, os detalhes do crime sendo mostrados, a desrespeitosa exploração do corpo humano, o paradoxo entre o externo e interno do físico, do semblante; o que antes era limpo, conservado e belo, agora esquartejado na imundície e jogado no lixo como porcaria. Tudo isso e mais explicam a força marcante e pungente que tem essa película.
Choi Min-sik, o eterno Oh Dae-su do clássico “Oldboy”, só que mais experiente; demonstra talento enorme para papéis do tipo. Olhar concentrado, paranóico, velocidade nos movimentos, expressão “monstra” e pavorosa, gritos estridentes e um realismo no sofrimento, causam sensações chocantes. Já o Byung Hun Lee, que também trabalhou com Park Chan-wook em “Zona de Risco”, não deixa a desejar; sua aparência de galã entra em contraste com a dolorosa vingança da sua personagem, sua cólera reluz nos olhos, tornando impossível não ficar convincente.
O enredo é excelente porque é capaz de ter uma agressão apelativa sem perder rumo e simples por tratar um sentimento comum, a vingança e suas consequências, sem rodeios, indo direto ao ponto, bastando apenas sentar e apreciar o grande espetáculo. Apesar de tudo, “I Saw the Devil” não tem aquele ar “Cult” como a maioria dos filmes sul-coreanos, ele consegue ser acessível ao grande público, agradando a todos. Um ótimo e comercial filme.
Resultado: Excelente!
Site:
Cão que Ladra não Morde
3.6 31“Flandersui gae” é um exemplo digno de filme com a obrigação de mostrar como as cenas foram feitas, exibir de forma nítida os bastidores, dando alívio por revelar os “cuidados” com os animais, pois o humor dessa produção não é para qualquer um, principalmente pela sua ideia repulsiva para nós ocidentais. Mesmo com a frase de início, servindo de efeito para nos preparar ao porvir, não tem força convincente, mas segura um pouco a barra. Singularidade é o que move a arte, mas também tem seu “limite”; caso oposto, os mais doentes obsessivos vão sair por aí fazendo atrocidades em prol do visceral, real ou único.
Fora essas críticas em proteção ao bem-estar animal, cujo filme pode servir e com certeza serve como crítica a essas atitudes, não no Cinema, mas na Vida, conquista o seu espaço. Humor negro, comicidade estranha, mefistofélica, ferino com um felino, que para alguns se compara ao prazer de ver um gato caçando um rato (venceu em Hong Kong, OK?). Uma obra que pode ser vista também como a apatia no cotidiano das pessoas é burlesca, perigosa e triste; sobre como a motivação que é compartilhada pela amada, muda a opinião de outrem, o que foi previamente odiado, hoje tolerado; essa foi uma das mensagens mais marcantes.
Mais um bom e diferencial filme sul-coreano, dirigido por Bong Joon-ho, prestigiado por “Mother – A Busca Pela Verdade”, “Memórias de um Assassino” e “O Hospedeiro”; inclusive esse “The Host” venceu bilheterias, mas deixa a desejar em qualidade.
Excelente e engraçada aquela cena que a Park Hyun-Nam decide salvar o cachorro do mendigo, ficou algo meio Jiraya quando ela amarra o capuz e ainda mais com o povão torcendo, preenchendo a imaginação heróica e sonhadora que tem essa personagem. Só ela gera grandes risos.
Resultado: Bom à Excelente!
Site:
O Hospedeiro
3.6 549 Assista Agora“Gwoemul”, filme sul-coreano, de Bong Joon-ho, tem seu início marcante e naqueles padrões das obras-primas asiáticas, dando muitas esperanças de ser mais um diferencial do gênero. Mas não se mantém no ritmo e perde quase tudo aquilo que conquistou, piorando ainda mais por ser do mesmo cineasta do excelente “Madeo”, cujo resultado é meio questionável.
Muitos falaram da crítica aos ianques, a política dominadora sobre a Coreia e a aceitação covarde do povo, porém, dá a entender é que, os críticos que levantam esses argumentos como pontos principais da película, parecem que não estavam vendo o monstro ou invertendo a intenção da obra. A ideia relevante de “O Hospedeiro” é entreter com mais um filme de monstros, que se difere em nada dos padronizados estadunidenses, nada mal, pois ninguém é obrigado a ser genial o tempo todo. Com certeza existe uma pimentada, que foi proposital, assim como existem em vários outros filmes, mas não passa de papel de parede ou plano de fundo.
Difícil entender todo esse alvoroço da crítica acrescentando argumentos de plano de fundo à favor dessa obra, que simplesmente não passa de um bom e clichê filme do gênero, para quem gosta do estilo, cuja fórmula ainda produz efeito, “The Host” é uma excelente referência, um “blockbuster” oriental, de agrado ao povão. Destaque para a cena que surge a criatura, espantosa e inesquecível! Tem seus momentos de êxito, entretanto, deixa a desejar.
Site: