Um filme pertubador! Só há cenas de uma suposta família feliz em seu lar maravilhoso, que se degrada pouco a pouco quando percebemos a fumaça de fundo do imenso crematório e o barulho constante dos horrores, que acontecem o tempo todo, no vizinho campo de concentração. Por trás desse cenário de vida perfeita, assim como as flores que estão ali para disfarçar o cheiro de carne humana queimada, todos sofrem silenciosamente a sua maneira. A inquietude das crianças, a empregada que abusa da bebida, o marido que se passa por durão e a esposa que finge normalidade. É como se o campo tivesse ultrapassado o muro e tambem estivesse cozinhando, só que lentamente, essas pessoas, também vítimas da situação e prisioneiras de seus sonhos de felicidade, embora a cena final não nos deixe esquecer as outras vítimas do holocausto. Aterrorizante, sem nenhuma cena de violência! (Sandra Hüller dando show, direção brilhante!)
Fico feliz quando um filme de baixo orçamento me surpreende! Esse foi um deles! Essa questão da sociedade fazer um pré-julgamento da pessoa, ao invés de tentar descobrir a verdade de um fato, na realidade, é corriqueira. Uma protagonista de personalidade forte, sensata e segura de si, foi alvo de paixão e de ódio, sentimentos filhos da admiração, por uma marido viceral e fraco. A personalidade marcante dela (frequentemente equivocada como “fria”) colocou à prova a masculinidade dele. Em busca de uma vingança mesquinha, ele prejudicou o filho, motivando ainda mais sua frustração e auto destruição. Só a explicação racional dela, dos fatos, bastaria! Mas aí vem a cereja do bolo: o menino, que herdou emoção e razão, soube compreender a carga emocional que compunha a situação e analisar de forma imparcial e analítica o que motivou o acontecido, revelando mais destreza e maturidade do que o próprio Tribunal. A cena final me comoveu — A fidelidade do cão ao líder da matilha! Roteiro impecável! Atuações brilhantes! Direção acertiva! Obs: Não é um filme de ação, é reflexivo! Portanto, se não gosta do gênero nem assista. A interpretação do tribunal é clichê, porque o tribunal da vida real, também é!
Um filme que resgata cenas icônicas dos antigos e nos faz amar as diversas facetas do Drácula, brilhantemente interpretado por Gary Oldman. Aliás, Coppola escolheu Oldman, que não era o cara mais robusto ou galã, confiando em seu trabalho! Acertou em cheio! O antagonista Hopkins, outro monstro do cinema, ficou em desvantagem. Poderia ter sido clichê , mas esse filme de terror transformou-se numa das histórias de amor mais lindas do cinema!
Tinha tudo pra ser um filme brilhante! A história me lembrou o filme “A insustentável leveza do ser”, onde o protagonista não consegue se prender em relacionamentos, mas foi mal construída. A ideia de que a solidão nos faz conviver com nosso próprio monstro interior, que nos obriga a refletir sobre o que fazemos da nossa vida, representada metaforicamente pelo astronauta solitário em busca de resolver os mistérios que nos pairam, é pertinente. Assim como a nuvem que representa o eterno medo do desconhecido, que muitas vezes nos afasta de concluir nossos sonhos. No entanto, o roteiro que deveria enriquecer o conteúdo foi fraco. Eu até acho que a comédia não sai do Samdler, mas oferecer Nutella para o ET foi repetitivo e desviou a atenção de cenas importantes. A vida na Nave foi bem realista e, talvez, seja a coisa mais interessante do filme. A atuação do protagonista foi mediana mas não chegou a decepcionar. Acho que vale assistir até pelo potencial de onde o filme nos levaria!
Minha interpretação desse filme é que tudo foi uma “viagem” psicotica e esquizofrenica da menina, após tomar o chá de cogumelos no início. Como gatilhos para a crise, ela já tinha antecedentes de doença psiquiátrica e ainda abusava de medicamentos, passou por um stress traumático com a morte da família e tinha um namorado que, a seu ver, pouco se interessava pela sua vida. Nesse mundo que ela criou a sua moda e linguagem num dia que nunca termina, diferente da realidade, ela era o centro das atenções e todos faziam questão da sua presença e compartilhavam suas dores. A traição, o desprezo e a arrogância dos seus amigos foram punidos com o pior dos castigos — a morte, assim como o casal inglês, do invejável relacionamento amoroso perfeito. Assim como ela, todos ficavam órfaos e, aqui, concluo que foi ela que matou os pais e a irma. O lugar era ela e sua necessidade de vinganca, assim como ela, a crueldade e o sadismo eram travestidos de uma beleza pura e natural, como o mal que não espera a noite (no início há uma dica, quando ela diz que nunca dorme!). Uma metáfora típica do diretor.
Um filme sobre a importância do tempo na vida que, infelizmente, foi fraco demais. A base do filme é genial, recheada de mensagens sobre o papel do tempo na vida — que o tempo passa mais rápido para quem está lutando contra uma doença grave, bem como para quem busca a cura; que o tempo passa num piscar de olhos e, muitas vezes, não valorizamos esse tempo com quem amamos, como o crescimento dos filhos e o envelhecimento dos pais; a importância de viver tudo a seu tempo para o amadurecimento humano. A questão de que o tempo é paradoxal — é impiedoso quando nos encarcera nesse lugar que nunca tem volta, ao mesmo tempo que nunca é tarde para se tentar a redenção. Contudo, não foi bem executado e as atuações foram medíocres. Valeu pelo suspense, esse sim, nos prende do início ao fim, uma especialidade desse Diretor indiano cujos filmes, as vezes, se perdem em casualidades desnecessárias que dificultam o alinhamento da trama.
Amanda (Julia Roberts), uma expertise em satisfazer o desejo fútil e consumista das pessoas, entediada com a superficialidade humana, resolve tentar fugir um pouco da rotina com a família, longe da civilização. Na casa de campo alugada, ela recebe a visita inesperada dos donos da casa e a notícia de um suposto ataque cibernético terrorista. Em meio a um festival de suspense que se intercala em fatos inusitados, alguns diálogos vão dando pistas do ocorrido. O dono da casa, que trabalha na nata do mercado financeiro, confessa desconfiar que os “donos do mundo”, em suas “reuniões do mal”, poderiam estar por trás desse apocalipse. Os donos das grandes fortunas descritos no filme, na vida real, sabemos que odeiam o capitalismo e a supremacia americana. Todavia, o que vai se tornando assustador é a possibilidade crível daquela estrutura de guerra cibernética, ainda mais quando sabemos que o filme é produzido por Michele e Barack Obama. Amanda é uma mulher rígida e mãe superprotetora, que não se relaciona carinhosamente com ninguém, nem mesmo com os filhos, talvez, pelas marteladas da profissão. Contudo, a filha carente, que está sempre procurando por calor humano nas séries de TV, pode ser a dica explicativa para a causa de todo o problema. Como todo filme reflexivo, não entrega um final pronto e confortável. Gostei das atuações e da direção!
Gosto muito de filmes que desmistificam as relações humanas idealizadas e mostram a realidade da vida. Elena é uma mãe castratadora que se transformou num estorvo para a filha, ao adoecer de forma progressivamente limitante e incurável. Sua personalidade arrogante e possessiva, buscando sempre o centro das atenções, praticamente engoliu qq possibilidade da filha de viver sua própria vida. A filha, que achou que a doença da mãe seria o rompimento desse cordão umbilical e a esperança de seguir seu próprio caminho, percebeu que a doença, nem por um segundo, fragilisou a mãe. Condenada a esse martírio e sendo o elo fraco da relação, a filha abriu mão da própria vida, punindo a mãe anti social e egoista com a solidão. O interessante dessa história, é ver que Elena, que se considerava o pilar da vida da filha, obviamente não se conformou com o suicidio dela. Elena sabia a verdade, mas sua jornada em encontrar um culpado para a morte da filha foi a única coisa que sobrou para sustentar sua existência. Eu daria um Oscar para a atriz protagonista!
O filme ilustra o resultado devastador na mente e na vida de um homem criado por uma uma mãe egoista e castradora. A sequência de eventos alucinantes, onde as piores tragédias perseguem o protagonista incessantemente e a brilhante atuação de Joaquim Phenix ( nenhuma surpresa ), despertam em nós a mesma angústia de quem sofreu durante toda a vida toda um encarceramento maternal. Criada sem afeto, a mãe sociopata usou a vingança (disfarçada de carência) pelo abandono do parceiro, demonizando a masculinidade do filho. Castrou seus sentimentos íntimos até condená-lo ao celibato. Toda vez que o filho infantilizado tentava romper essa barreira, em busca de uma vida adulta, a tortura vinha na forma de culpa pelo desamparo da mãe, a qual ele sofria por não entender exatamente o motivo. O resultado disso foi um homem com medo infundado de viver e condenado a uma vida solitária. Ciente dessa mãe controladora, Beau foi obrigado a conviver com sentimentos paradoxais em relacão a ela, dos quais não conseguiu se libertar tão forte é o elo materno. Foi julgado pela sua consciência e condenado a se afogar na própria covardia. O filme, que se desenvolve em formas alternativas na linguagem metafórica, mergulha no lado obscuro da maternidade. Achei brilhante!
Um filme sombrio e, pertinentemente, em preto e branco, conta a história de uma garota de descendência portuguesa com traços de psicopatia. Talvez, por isso, foi levada pelos pais para ser criada longe da sociedade, em outro país e em algum lugar ermo, no campo. A mãe, que por um lado tentou ensinar o amor aos animais; de outro, ensinou tambem as habilidades (frias) de um cirurgião, profissão que abandonou em prol desse contexto. A situação de isolamento fez da mãe uma vítima assassinada por um outro psicopata na presença da filha, ainda menina, alimentando seus traços doentios. O pai, provavelmente já consumido pela situação, condenou o assassino ao pior castigo: os cuidados da filha. O desenrolar da história não seria outro que não os assassinatos em série com indícios de crueldade, após a perda dos pais. A menina orfã que herdou da mãe a obsessão pelos olhos, foi além da anatomia, controlou suas vítimas com a cegueira, e é capaz de despertar sentimentos ambíguos de pena e desprezo. Sua solidão não é falta de amor, que ela provavelmente nunca conheceu, mas a ausência de quem sempre a controlou. Gostei da fotografia, do enredo, da atuação dos atores e da direção.
Amei a analogia, a fotografia e a sarcastica correspondência histórica. Uma narrativa nostálgica da vida de um vilão, suas relações familiares, amorosas, políticas e teológicas, que se resume em desprezo com a humanidade, considerada uma espécie inferior e servil. Uma cria predadora, que faz jus a sua origem. Um filho conveniente da ganância — a sedenta por domínio e poder!
O filme trata-se da eterna fuga do existencialismo, no que pesa principalmente aos sonhadores (personagem de Owen), e de como fazemos isso buscando mundos alternativos, ou melhor dizendo, nos embriagando de ilusões. E seja lá qual for o meio para isso: a droga, o álcool, a tecnologia ou a doença mental, nesse filme, esse instrumento se materializa em forma de uma louca parceria (Salma Hayek), que está sempre arrastando o protagonista para longe da realidade, seduzindo-o com promessas vazias de super poderes e sucesso. Contudo, o sentimento de amor verdadeiro, representado no filme pela paternidade, conseguiu despertar o interesse do protagonista pela desintoxicação. Belas atuações dos protagonistas, mas faltou clarear um pouco mais a intenção do enredo!
Eu acho que a história do John é metafórica, ilustra a fase perturbadora da adolescência onde a maioria coloca a família no “buraco”, uma espécie de isolamento, pra não ter que amadurecer ou lidar com os problemas reais da vida. Não faltou atenção, não faltou carinho e nem compreensão dessa família. Por outro lado, a história da Lilly é o extremo oposto! Com o abandono dos pais, a menina teve que se virar sozinha, criando certa independência. Interessante também foi a história do Charlie e a aranha, pois que todo ser é “bonitinho” de longe, mas de perto fere. Filme interessantíssimo, mas pecou pela dificuldade de digestão.
Um tributo à cultura asiatica, com seus Kabuks e artes marciais, uma fusão de estilos cinematográficos orientais (“kungfusão”, “O tigre e o Dragão”, “Adeus minha concubina”, “Caras Pintadas”, e por aí vai…). Ilustra de maneira divertida, mas não menos emotiva, as relações afetivas de uma família de imigrantes asiáticos que foram em busca do sonho americano e tiveram que lidar com os problemas burocráticos desse país, com o choque cultural principalmente entre as gerações da família e com o peso do ressentimento e da cobrança de uma tradição categórica, que não envolve só costumes, mas também um compromisso de sucesso. Tudo isso fez essa família esquecer o mais importante, muito bem demonstrado nas montagens de multiverso, que trás um sentido lógico de unificação e harmonia para a vida: o amor ao próximo! Belíssimas atuações, muito bem exploradas pelos diretores, uma película que trata de temas delicados sem muito mimimi! (Filmes originais certamente não agradam a todos!) Valeu Oscar sim!
O filme é longo demais, mas encerra brilhantemente com a conclusão de suas mensagens, como o homem que diz que não somos imortais, mas a boa arte sim, ao passo que a boa arte é capaz de retratar a finitude da vida, como quem se vinga do desejo humano que escraviza tudo que é belo e livre (ilustrado pelo pássaro acorrentado). Que a imortalidade das coisas só existe porque se alimenta da finitude do calor humano. Que a verdadeira arte é, de fato, o único amor verdadeiro, o forte elo entre criador e criatura.
Eu acho que era pra ser um filme metafórico sobre o comportamento humano, de como o medo nos faz insanos. Tem até umas cenas interessantes, um foco diferente, mas o roteiro é fraco e não há esforço em fazer sentido, o que desperta um certo desânimo. Para mim, faltou direção (ou edição)!
No estilo de “O Sexto sentido” e “Os outros”, a trama não é fácil de desvendar logo de cara. No início, somos induzidos a considerar a suposta mãe como vilã; depois, o irmão. Somente no final, o pequeno protagonista dá sinais de esquizofrenia, problema mental que o fez dar cabo do irmão e, por consequência, da mãe, após fantasiar o sofrimento dela pela perda de um filho e decepção com o outro, como um monstro que possuiu o seu corpo. A atuação do menino é esplendorosa, demonstra maturidade incomum para a idade. A direção é interessante, um suspense de espionagem que coloca a câmera como álibi dos meninos.
O enredo não tem novidade,mas é o clássico terror de monstrinho, classe B, delicioso para assistir sem compromisso, pp quando se está com sono! (Não tiro o seu valor!)
O filme é metafórico, uma crítica sobre essa construção social que chamamos de família perfeita. O sonho de ter um lar e filhos é questionado. O pai se mata, construindo a própria cova, com a ideia obsessiva de encontrar uma saída daquela situação de cativeiro. A mãe é dominada pelo instinto materno e impede o que poderia ser uma saída. O filho é um parasita de ambos, não os escuta porque quer ter a própria linguagem, e usa a voz como instrumento de tortura e convencimento. O tédio e a monotonia matam os pais escravizados, além da decepção de ter criado um ser que eles mesmos não reconhecem, que vai vender essa tal ilusão para outro casal, perpetuando a tradição. A cena inicial deve ser vista com atenção. Mostra que na natureza, o filhote de passarinho mais forte joga os irmãos do ninho, ou outros pássaros mais fortes se apropriam do ninho e da mãe nutridora. O filme intriga, apesar do tédio também nos envolver.
O que distorce a memória é o ressentimento, um sentimento humano que desfaz a possibilidade de relações prazeirosas duradouras entre entes tão próximos. Não lembramos dos acontecimentos, mas sim dos sentimentos que eles nos despertaram e da cobrança eterna do que o outro poderia ter feito melhor por nós. O luto é só um estímulo para lembrar do passado corroído pelo egoísmo. Falar com a máquina, a projeção daquilo que queríamos que o outro fosse, ou da maneira que nossos sentimentos o enxergavam, não parece amenizar a dor daquilo que poderia ter sido , falado e sentido, sem ressentimento algum! A mensagem do filme é uma reflexão para a vida, a Direção estilo Bergman, com fotografia bonita, não consegue compensar o tédio dos acontecimentos, talvez, ilustrando que tudo se repete por gerações.
Um filho indesejado, um psicopata congênito cujo único prazer é fazer a mãe sofrer como forma de vingança. O filme pesa na felicidade arrancada do casal e na cumplicidade culposa da mãe. Excelentes atuações e direção!
Um cirurgião com um íntimo complexo de inferioridade é obrigado a conviver com o peso da morte de um paciente por negligência e do abuso de sua esposa vulnerável, há 16 anos. O sentimento de culpa, que ele mesmo criou para tortura-lo por sua incompetência, incorporado na forma de um filho bastardo, é constantemente alimentado com atenção e compensações. No entanto, chega o momento em que a culpa cobra o seu preço quando se sente ignorada. Sua vingança é primitiva, exige a balança de Talião, ou algo que cause uma dor maior para encobrir a anterior. Uma alma inocente oferecida pelo cirurgião de mãos limpas, mas com luvas manchadas de sangue. Devoradora e insaciável, a culpa continuará cobrando sua dívida impossível de ser paga (a última cena nos deixa desconfiados que o elo entre a filha e o rapaz ainda continua)! Atuações e direções brilhantes, roteiro denso mostrando o quanto a corrosão pelo sentimento referido é capaz de tirar o brilho da vida!
O filme ilustra uma filha mimada que precisou amadurecer precocemente para lidar com a mãe dominadora, que, repentinamente, adoece e perde o rumo. Ambas sabem que só tem uma a outra e compartilham resiliência e sensatez como base de apoio e união. Tal cumplicidade motivou a filha a lutar bravamente contra a força da natureza e sobreviver para cuidar da mãe! Um filme sensível sobre o impacto da doença mental, muito bem interpretado pelas protagonistas.
Zona de Interesse
3.6 594 Assista AgoraUm filme pertubador! Só há cenas de uma suposta família feliz em seu lar maravilhoso, que se degrada pouco a pouco quando percebemos a fumaça de fundo do imenso crematório e o barulho constante dos horrores, que acontecem o tempo todo, no vizinho campo de concentração. Por trás desse cenário de vida perfeita, assim como as flores que estão ali para disfarçar o cheiro de carne humana queimada, todos sofrem silenciosamente a sua maneira. A inquietude das crianças, a empregada que abusa da bebida, o marido que se passa por durão e a esposa que finge normalidade. É como se o campo tivesse ultrapassado o muro e tambem estivesse cozinhando, só que lentamente, essas pessoas, também vítimas da situação e prisioneiras de seus sonhos de felicidade, embora a cena final não nos deixe esquecer as outras vítimas do holocausto. Aterrorizante, sem nenhuma cena de violência! (Sandra Hüller dando show, direção brilhante!)
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Anatomia de uma Queda
4.0 808 Assista AgoraFico feliz quando um filme de baixo orçamento me surpreende! Esse foi um deles! Essa questão da sociedade fazer um pré-julgamento da pessoa, ao invés de tentar descobrir a verdade de um fato, na realidade, é corriqueira. Uma protagonista de personalidade forte, sensata e segura de si, foi alvo de paixão e de ódio, sentimentos filhos da admiração, por uma marido viceral e fraco. A personalidade marcante dela (frequentemente equivocada como “fria”) colocou à prova a masculinidade dele. Em busca de uma vingança mesquinha, ele prejudicou o filho, motivando ainda mais sua frustração e auto destruição. Só a explicação racional dela, dos fatos, bastaria! Mas aí vem a cereja do bolo: o menino, que herdou emoção e razão, soube compreender a carga emocional que compunha a situação e analisar de forma imparcial e analítica o que motivou o acontecido, revelando mais destreza e maturidade do que o próprio Tribunal. A cena final me comoveu — A fidelidade do cão ao líder da matilha!
Roteiro impecável! Atuações brilhantes! Direção acertiva!
Obs: Não é um filme de ação, é reflexivo! Portanto, se não gosta do gênero nem assista. A interpretação do tribunal é clichê, porque o tribunal da vida real, também é!
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Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraUm filme que resgata cenas icônicas dos antigos e nos faz amar as diversas facetas do Drácula, brilhantemente interpretado por Gary Oldman. Aliás, Coppola escolheu Oldman, que não era o cara mais robusto ou galã, confiando em seu trabalho! Acertou em cheio! O antagonista Hopkins, outro monstro do cinema, ficou em desvantagem. Poderia ter sido clichê , mas esse filme de terror transformou-se numa das histórias de amor mais lindas do cinema!
O Astronauta
2.9 118 Assista AgoraTinha tudo pra ser um filme brilhante! A história me lembrou o filme “A insustentável leveza do ser”, onde o protagonista não consegue se prender em relacionamentos, mas foi mal construída. A ideia de que a solidão nos faz conviver com nosso próprio monstro interior, que nos obriga a refletir sobre o que fazemos da nossa vida, representada metaforicamente pelo astronauta solitário em busca de resolver os mistérios que nos pairam, é pertinente. Assim como a nuvem que representa o eterno medo do desconhecido, que muitas vezes nos afasta de concluir nossos sonhos. No entanto, o roteiro que deveria enriquecer o conteúdo foi fraco. Eu até acho que a comédia não sai do Samdler, mas oferecer Nutella para o ET foi repetitivo e desviou a atenção de cenas importantes. A vida na Nave foi bem realista e, talvez, seja a coisa mais interessante do filme. A atuação do protagonista foi mediana mas não chegou a decepcionar. Acho que vale assistir até pelo potencial de onde o filme nos levaria!
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraMinha interpretação desse filme é que tudo foi uma “viagem” psicotica e esquizofrenica da menina, após tomar o chá de cogumelos no início. Como gatilhos para a crise, ela já tinha antecedentes de doença psiquiátrica e ainda abusava de medicamentos, passou por um stress traumático com a morte da família e tinha um namorado que, a seu ver, pouco se interessava pela sua vida. Nesse mundo que ela criou a sua moda e linguagem num dia que nunca termina, diferente da realidade, ela era o centro das atenções e todos faziam questão da sua presença e compartilhavam suas dores. A traição, o desprezo e a arrogância dos seus amigos foram punidos com o pior dos castigos — a morte, assim como o casal inglês, do invejável relacionamento amoroso perfeito. Assim como ela, todos ficavam órfaos e, aqui, concluo que foi ela que matou os pais e a irma. O lugar era ela e sua necessidade de vinganca, assim como ela, a crueldade e o sadismo eram travestidos de uma beleza pura e natural, como o mal que não espera a noite (no início há uma dica, quando ela diz que nunca dorme!). Uma metáfora típica do diretor.
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Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraUm filme sobre a importância do tempo na vida que, infelizmente, foi fraco demais. A base do filme é genial, recheada de mensagens sobre o papel do tempo na vida — que o tempo passa mais rápido para quem está lutando contra uma doença grave, bem como para quem busca a cura; que o tempo passa num piscar de olhos e, muitas vezes, não valorizamos esse tempo com quem amamos, como o crescimento dos filhos e o envelhecimento dos pais; a importância de viver tudo a seu tempo para o amadurecimento humano. A questão de que o tempo é paradoxal — é impiedoso quando nos encarcera nesse lugar que nunca tem volta, ao mesmo tempo que nunca é tarde para se tentar a redenção. Contudo, não foi bem executado e as atuações foram medíocres. Valeu pelo suspense, esse sim, nos prende do início ao fim, uma especialidade desse Diretor indiano cujos filmes, as vezes, se perdem em casualidades desnecessárias que dificultam o alinhamento da trama.
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O Mundo Depois de Nós
3.2 889 Assista AgoraAmanda (Julia Roberts), uma expertise em satisfazer o desejo fútil e consumista das pessoas, entediada com a superficialidade humana, resolve tentar fugir um pouco da rotina com a família, longe da civilização. Na casa de campo alugada, ela recebe a visita inesperada dos donos da casa e a notícia de um suposto ataque cibernético terrorista. Em meio a um festival de suspense que se intercala em fatos inusitados, alguns diálogos vão dando pistas do ocorrido. O dono da casa, que trabalha na nata do mercado financeiro, confessa desconfiar que os “donos do mundo”, em suas “reuniões do mal”, poderiam estar por trás desse apocalipse. Os donos das grandes fortunas descritos no filme, na vida real, sabemos que odeiam o capitalismo e a supremacia americana. Todavia, o que vai se tornando assustador é a possibilidade crível daquela estrutura de guerra cibernética, ainda mais quando sabemos que o filme é produzido por Michele e Barack Obama. Amanda é uma mulher rígida e mãe superprotetora, que não se relaciona carinhosamente com ninguém, nem mesmo com os filhos, talvez, pelas marteladas da profissão. Contudo, a filha carente, que está sempre procurando por calor humano nas séries de TV, pode ser a dica explicativa para a causa de todo o problema.
Como todo filme reflexivo, não entrega um final pronto e confortável. Gostei das atuações e da direção!
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Elena Sabe
3.0 13Gosto muito de filmes que desmistificam as relações humanas idealizadas e mostram a realidade da vida. Elena é uma mãe castratadora que se transformou num estorvo para a filha, ao adoecer de forma progressivamente limitante e incurável. Sua personalidade arrogante e possessiva, buscando sempre o centro das atenções, praticamente engoliu qq possibilidade da filha de viver sua própria vida. A filha, que achou que a doença da mãe seria o rompimento desse cordão umbilical e a esperança de seguir seu próprio caminho, percebeu que a doença, nem por um segundo, fragilisou a mãe. Condenada a esse martírio e sendo o elo fraco da relação, a filha abriu mão da própria vida, punindo a mãe anti social e egoista com a solidão. O interessante dessa história, é ver que Elena, que se considerava o pilar da vida da filha, obviamente não se conformou com o suicidio dela. Elena sabia a verdade, mas sua jornada em encontrar um culpado para a morte da filha foi a única coisa que sobrou para sustentar sua existência.
Eu daria um Oscar para a atriz protagonista!
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Beau Tem Medo
3.2 411 Assista AgoraO filme ilustra o resultado devastador na mente e na vida de um homem criado por uma uma mãe egoista e castradora. A sequência de eventos alucinantes, onde as piores tragédias perseguem o protagonista incessantemente e a brilhante atuação de Joaquim Phenix ( nenhuma surpresa ), despertam em nós a mesma angústia de quem sofreu durante toda a vida toda um encarceramento maternal. Criada sem afeto, a mãe sociopata usou a vingança (disfarçada de carência) pelo abandono do parceiro, demonizando a masculinidade do filho. Castrou seus sentimentos íntimos até condená-lo ao celibato. Toda vez que o filho infantilizado tentava romper essa barreira, em busca de uma vida adulta, a tortura vinha na forma de culpa pelo desamparo da mãe, a qual ele sofria por não entender exatamente o motivo. O resultado disso foi um homem com medo infundado de viver e condenado a uma vida solitária. Ciente dessa mãe controladora, Beau foi obrigado a conviver com sentimentos paradoxais em relacão a ela, dos quais não conseguiu se libertar tão forte é o elo materno. Foi julgado pela sua consciência e condenado a se afogar na própria covardia. O filme, que se desenvolve em formas alternativas na linguagem metafórica, mergulha no lado obscuro da maternidade. Achei brilhante!
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Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista AgoraUm filme sombrio e, pertinentemente, em preto e branco, conta a história de uma garota de descendência portuguesa com traços de psicopatia. Talvez, por isso, foi levada pelos pais para ser criada longe da sociedade, em outro país e em algum lugar ermo, no campo. A mãe, que por um lado tentou ensinar o amor aos animais; de outro, ensinou tambem as habilidades (frias) de um cirurgião, profissão que abandonou em prol desse contexto. A situação de isolamento fez da mãe uma vítima assassinada por um outro psicopata na presença da filha, ainda menina, alimentando seus traços doentios. O pai, provavelmente já consumido pela situação, condenou o assassino ao pior castigo: os cuidados da filha. O desenrolar da história não seria outro que não os assassinatos em série com indícios de crueldade, após a perda dos pais. A menina orfã que herdou da mãe a obsessão pelos olhos, foi além da anatomia, controlou suas vítimas com a cegueira, e é capaz de despertar sentimentos ambíguos de pena e desprezo. Sua solidão não é falta de amor, que ela provavelmente nunca conheceu, mas a ausência de quem sempre a controlou. Gostei da fotografia, do enredo, da atuação dos atores e da direção.
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O Conde
3.2 95 Assista AgoraAmei a analogia, a fotografia e a sarcastica correspondência histórica. Uma narrativa nostálgica da vida de um vilão, suas relações familiares, amorosas, políticas e teológicas, que se resume em desprezo com a humanidade, considerada uma espécie inferior e servil. Uma cria predadora, que faz jus a sua origem. Um filho conveniente da ganância — a sedenta por domínio e poder!
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Bliss: Em Busca da Felicidade
2.6 86 Assista AgoraO filme trata-se da eterna fuga do existencialismo, no que pesa principalmente aos sonhadores (personagem de Owen), e de como fazemos isso buscando mundos alternativos, ou melhor dizendo, nos embriagando de ilusões. E seja lá qual for o meio para isso: a droga, o álcool, a tecnologia ou a doença mental, nesse filme, esse instrumento se materializa em forma de uma louca parceria (Salma Hayek), que está sempre arrastando o protagonista para longe da realidade, seduzindo-o com promessas vazias de super poderes e sucesso. Contudo, o sentimento de amor verdadeiro, representado no filme pela paternidade, conseguiu despertar o interesse do protagonista pela desintoxicação.
Belas atuações dos protagonistas, mas faltou clarear um pouco mais a intenção do enredo!
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Meteoro: A Fuga
1.0 30 Assista AgoraFilme amador em todos os sentidos imagináveis, não sei como foi comercializado, mas o enredo até que é interessante.
Um Lugar Secreto
2.3 153 Assista AgoraEu acho que a história do John é metafórica, ilustra a fase perturbadora da adolescência onde a maioria coloca a família no “buraco”, uma espécie de isolamento, pra não ter que amadurecer ou lidar com os problemas reais da vida. Não faltou atenção, não faltou carinho e nem compreensão dessa família. Por outro lado, a história da Lilly é o extremo oposto! Com o abandono dos pais, a menina teve que se virar sozinha, criando certa independência. Interessante também foi a história do Charlie e a aranha, pois que todo ser é “bonitinho” de longe, mas de perto fere. Filme interessantíssimo, mas pecou pela dificuldade de digestão.
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Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraUm tributo à cultura asiatica, com seus Kabuks e artes marciais, uma fusão de estilos cinematográficos orientais (“kungfusão”, “O tigre e o Dragão”, “Adeus minha concubina”, “Caras Pintadas”, e por aí vai…). Ilustra de maneira divertida, mas não menos emotiva, as relações afetivas de uma família de imigrantes asiáticos que foram em busca do sonho americano e tiveram que lidar com os problemas burocráticos desse país, com o choque cultural principalmente entre as gerações da família e com o peso do ressentimento e da cobrança de uma tradição categórica, que não envolve só costumes, mas também um compromisso de sucesso. Tudo isso fez essa família esquecer o mais importante, muito bem demonstrado nas montagens de multiverso, que trás um sentido lógico de unificação e harmonia para a vida: o amor ao próximo!
Belíssimas atuações, muito bem exploradas pelos diretores, uma película que trata de temas delicados sem muito mimimi! (Filmes originais certamente não agradam a todos!)
Valeu Oscar sim!
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O Pintassilgo
3.3 111 Assista AgoraO filme é longo demais, mas encerra brilhantemente com a conclusão de suas mensagens, como o homem que diz que não somos imortais, mas a boa arte sim, ao passo que a boa arte é capaz de retratar a finitude da vida, como quem se vinga do desejo humano que escraviza tudo que é belo e livre (ilustrado pelo pássaro acorrentado). Que a imortalidade das coisas só existe porque se alimenta da finitude do calor humano. Que a verdadeira arte é, de fato, o único amor verdadeiro, o forte elo entre criador e criatura.
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Ruído Branco
2.7 204Eu acho que era pra ser um filme metafórico sobre o comportamento humano, de como o medo nos faz insanos. Tem até umas cenas interessantes, um foco diferente, mas o roteiro é fraco e não há esforço em fazer sentido, o que desperta um certo desânimo. Para mim, faltou direção (ou edição)!
Boa Noite, Mamãe!
3.1 236 Assista AgoraNo estilo de “O Sexto sentido” e “Os outros”, a trama não é fácil de desvendar logo de cara. No início, somos induzidos a considerar a suposta mãe como vilã; depois, o irmão. Somente no final, o pequeno protagonista dá sinais de esquizofrenia, problema mental que o fez dar cabo do irmão e, por consequência, da mãe, após fantasiar o sofrimento dela pela perda de um filho e decepção com o outro, como um monstro que possuiu o seu corpo. A atuação do menino é esplendorosa, demonstra maturidade incomum para a idade. A direção é interessante, um suspense de espionagem que coloca a câmera como álibi dos meninos.
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Apartamento 212: A Infestação
2.1 57O enredo não tem novidade,mas é o clássico terror de monstrinho, classe B, delicioso para assistir sem compromisso, pp quando se está com sono! (Não tiro o seu valor!)
Viveiro
3.2 763 Assista AgoraO filme é metafórico, uma crítica sobre essa construção social que chamamos de família perfeita. O sonho de ter um lar e filhos é questionado. O pai se mata, construindo a própria cova, com a ideia obsessiva de encontrar uma saída daquela situação de cativeiro. A mãe é dominada pelo instinto materno e impede o que poderia ser uma saída. O filho é um parasita de ambos, não os escuta porque quer ter a própria linguagem, e usa a voz como instrumento de tortura e convencimento. O tédio e a monotonia matam os pais escravizados, além da decepção de ter criado um ser que eles mesmos não reconhecem, que vai vender essa tal ilusão para outro casal, perpetuando a tradição. A cena inicial deve ser vista com atenção. Mostra que na natureza, o filhote de passarinho mais forte joga os irmãos do ninho, ou outros pássaros mais fortes se apropriam do ninho e da mãe nutridora.
O filme intriga, apesar do tédio também nos envolver.
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Marjorie Prime
3.4 43 Assista AgoraO que distorce a memória é o ressentimento, um sentimento humano que desfaz a possibilidade de relações prazeirosas duradouras entre entes tão próximos. Não lembramos dos acontecimentos, mas sim dos sentimentos que eles nos despertaram e da cobrança eterna do que o outro poderia ter feito melhor por nós. O luto é só um estímulo para lembrar do passado corroído pelo egoísmo. Falar com a máquina, a projeção daquilo que queríamos que o outro fosse, ou da maneira que nossos sentimentos o enxergavam, não parece amenizar a dor daquilo que poderia ter sido , falado e sentido, sem ressentimento algum!
A mensagem do filme é uma reflexão para a vida, a Direção estilo Bergman, com fotografia bonita, não consegue compensar o tédio dos acontecimentos, talvez, ilustrando que tudo se repete por gerações.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraUm filho indesejado, um psicopata congênito cujo único prazer é fazer a mãe sofrer como forma de vingança. O filme pesa na felicidade arrancada do casal e na cumplicidade culposa da mãe. Excelentes atuações e direção!
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O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraUm cirurgião com um íntimo complexo de inferioridade é obrigado a conviver com o peso da morte de um paciente por negligência e do abuso de sua esposa vulnerável, há 16 anos. O sentimento de culpa, que ele mesmo criou para tortura-lo por sua incompetência, incorporado na forma de um filho bastardo, é constantemente alimentado com atenção e compensações. No entanto, chega o momento em que a culpa cobra o seu preço quando se sente ignorada. Sua vingança é primitiva, exige a balança de Talião, ou algo que cause uma dor maior para encobrir a anterior. Uma alma inocente oferecida pelo cirurgião de mãos limpas, mas com luvas manchadas de sangue. Devoradora e insaciável, a culpa continuará cobrando sua dívida impossível de ser paga (a última cena nos deixa desconfiados que o elo entre a filha e o rapaz ainda continua)! Atuações e direções brilhantes, roteiro denso mostrando o quanto a corrosão pelo sentimento referido é capaz de tirar o brilho da vida!
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The Falls
3.6 7O filme ilustra uma filha mimada que precisou amadurecer precocemente para lidar com a mãe dominadora, que, repentinamente, adoece e perde o rumo. Ambas sabem que só tem uma a outra e compartilham resiliência e sensatez como base de apoio e união. Tal cumplicidade motivou a filha a lutar bravamente contra a força da natureza e sobreviver para cuidar da mãe!
Um filme sensível sobre o impacto da doença mental, muito bem interpretado pelas protagonistas.
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