A única definição que me passa para esse filme é: NECESSÁRIO.
Louvemos também a VazaJato que vem como prova cabal da correta leitura da Petra do golpe atrás de golpe e não é uma simples ''''teoria'''' da esquerda.
Admiremos Lula e Dilma que não sei de onde tiram tanta força, resiliência e resistem a tanta porrada e perseguições covardes.
Uma epopeia catártica para nós que vemos esse país afundar numa realidade distópica bizarra. A obra GRITA e só confirma ainda mais: existir é resistir mais do que nunca.
Sobre as cenas finais do filme e minha reação: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PORRAAAAAAAA TRUMP E BOLSONARO DESGRAÇADOSSSS FASCISTOIDES DE MERDA ALL POWER TO ALL PEOPLE CACETE
Creio que Black Mirror tenha sofrido por culpa da própria série. Quem mandou ser tão fodástica? Nada mais justo do que criarmos altas expectativas. Porém, temos que enxergar que se comparada à outras séries netflixianas supervalorizadas, ela é ainda excelente. Imaginemos a porrada assistindo a "Black Museum" sem a experiência das outras temporadas, como, por exemplo, do episódio "White Christmas" (já que eles se parecem em muitos aspectos de linha narrativa e desfecho). Black Mirror, provavelmente, estaria fazendo um mega estardalhaço e seria a mais nova queridinha da galera. Temos que lembrar também que a partir da terceira temporada, a série foi comprada pela Netflix, conferindo-a, digamos, mais detalhes Hollywoodianos. Percebe-se que essa linha é seguida na quarta temporada quando, em muitos momentos, procura-se criar dicotomias para facilitar a justificativa de ações dos personagens.
Voltemos ao "Black Museum": a personagem que entra no museu, que à primeira parece ser apenas para gastar tempo, tem como objetivo vingar não só seu pai, mas também a sua mãe. Temos uma explicação moral e heroica para a depois ação brutal com o dono do museu (um verdadeiro final à la Justiceiro). Ele, aliás, é daqueles vilões caricatos e psicopatas. Já no episódio "White Christmas", o homem que está tentando tirar a confissão do outro, está lá apenas para se safar. Enquanto aquele que matou seu suposto sogro e deixou sua suposta filha morrer, mesmo que na forma de um "cookie", é preso eternamente naquele cubículo de gelo. Muitos corretamente devem ter achado um absurdo tal atitude da policial mesmo com um criminoso. Contudo, isso acontece pois não há dicotomias criadas, não se tenta criar bonzinhos e malvadões. Aí a verossimilhança nos ataca na forma nua e crua e realmente nos choca. É sutil, mas faz uma baita diferença, mesmo com o melhor episódio da quarta temporada
Até com isso e outras coisas que poderia falar dos outros episódios que decaíram um pouco o nível, mas que demoraria anos, torço fielmente pela já aguardada quinta temporada(?). Olha lá o que tu vai fazer, Netflix.
Quando Chris está em cima da Rose na estrada e na mesma hora aparece o carro da polícia. Ela se faz de vítima e ele, instintivamente, já levanta os braços sabendo que o policial enxerga o homem negro como o potencial suspeito. Daí, para sua salvação, era apenas seu amigo. Me questiono se originalmente Chris não seria morto pela polícia como uma forma fantástica de representar essa dura realidade. Talvez tenham mudado isso para ter um bom happy end à la um original filme americano.
Até aquelas cenas do Doss pulando do morro com o sargento preso em si mesmo, dando uma pirueta super exuberante e se prendendo às redes. Depois foi quando Doss, que com certeza teve umas aulas com Capitão América para combater o Eixo, chutou incrivelmente duas granadas no ar. Porran! Sem falar que tentam botar os japoneses como malvadões da porra toda e o americano como o ser mais superior possível. Novidade nenhuma, infelizmente, vindo de um filme de Hollywood retratando a segunda guerra. Um grande outro exemplo da construção da memória a partir da perspectiva apenas do lado vitorioso.
A história por si só é incrível. Era só contar e caprichar nas cenas das batalhas. Porém, não daquela forma megalomaníaca e exagerada. Torna-se, assim, apenas mais uma obra cinematográfica e que incrivelmente concorre ao Oscar de melhor filme(!!!!!!!). Nem mesmo os efeitos especiais, quando comparados a filmes do mesmo gênero, enchem os olhos. Mas claro que a academia vai adorar essas histórias de vanglória estadunidense, ainda mais com um pitaco de superação a partir da religião cristã.
Pérolas do Filmow: um dos melhores filmes de terror de alguns anos pra cá tem essa nota baixíssima para o que ele realmente propõe. Ele é muito bom, cara. Sua construção baseada nas crenças e moral dos puritanos da Nova Inglaterra cria esse terror psicológico fantástico, com todas as suas referências já evidenciadas por uns aqui. A ambientação, o clima de tragédia constante, a religião como salvadora e, ao mesmo tempo por seus dogmas, aquela em que se associa todos os males. Uma parte do filme me chama a atenção por sintetizar o pensamento de muitos daquela época: no início, quando Caleb é elogiado por seu pai por conseguir acordar cedo numa manhã nublada, pois é ação do demônio fechar as pálpebras. Vê-se que tudo e qualquer coisa é relacionado à explicação religiosa e à dicotomia do bem e mal cristã. Acho que por tirar alguns espectadores de sua zona de conforto, em que se acostumaram a tomar sustinho com panela caindo e terem expectativa de algo aparecer no reflexo do espelho, quando se deparam com uma construção lenta, um pouco mais inteligente e que não faz uso daqueles artifícios (como ousam tirar as panelas?!), podem se sentir traídos. Algo justo, creio eu, já que ultimamente o gênero se tornou isso.
Agora uma coisa totalmente pessoal que imaginei foi caso as cenas em que se aparece e confirma o sobrenatural não fossem tão claras. Seria interessante ver o desenrolar da história com a dúvida se tudo aquilo realmente é causado pelo surreal ou que apenas se baseia discursivamente nele, tendo explicações racionais e que a crise toda fosse um caos psicológico (como o "ataque epilético" dos gêmeos, estes piores que o Black Philip, pqp) por causa da radical crença religiosa.
Este, meus amigos e amigas, é um filme que deveria ser visto por todo brasileiro. Um antídoto pra discursos prontos e facistoides. A solução pra violência é muito, mas muito mais embaixo. Pena que enfrentá-la da forma correta desinteressa muita gente. E bem poderosa. "Homens de preto, quase todos pretos, matando homens pretos. Eis a tragédia carioca."
Cara, eu não sei. Não sei o motivo de ter esse filme como um dos meus favoritos. Já tentei até me convencer por um certo ridículo orgulho machista de que ele é bobo e nada demais. Quiçá realmente seja. Mas ele simplesmente me fascina. Talvez seja por sua trilha sonora, que tem músicas sensacionais, fazendo com que nos sintamos na pele de Tom e se encaixam com perfeição em cada momento do filme (sim, tenho o álbum no Spotify). Talvez pela atuação de Zooey s2, Joseph Gordon e já da prodígio Chloë Moretz, que com a personagem já demonstra muito mais maturidade que Tom. Talvez pelo próprio título, que faz um duplo sentido foda com a palavra Summer, algo explorado nas passagens das datas e as mudanças das estações (a versão brasileira pro título simplesmente estraga isso). Talvez por uma passagem que é desoladora e é genial: expectativa vs realidade. A vida como muitas vezes ela é. Talvez pelo fato de até eu idealizar Summer depois da cena no trem, onde os dois estavam a caminho do casamento. Ela fica encantadora iluminada com a luz do entardecer. Mas acho que é por causa ser realmente uma comédia romântica diferente. Que sensacional ter um final ''não feliz''. Que sensacional ser contra esse paradigma de idealização da pessoa amada, em que sempre se espera a felicidade própria personifica em alguém. O começo do filme é muito elucidativo: o narrador diz que Tom nunca foi realmente feliz, até o encontrar a garota de Michigan, Summer. Oi? Que? A garota agora vai trazer o bastão da felicidade pro cara? Dá licença, né. E mesmo sendo bem cru nesse sentido, o filme é belo e passa de forma encantadora. Além do fato de Summer ter ajeitado a vida de Tom, pois depois de ficar devastado, ele se recupera e vai em busca de um sonho real. E para os revoltados online que consideram a Summer uma ''bitch'' ou ficaram magoados de o casal não terminar junto, o filme já vos alerta: ''this is not a love story''. Talvez só tenha faltado a indicação para maior de 18 anos.
A pessoal vê o filme e vem me reclamar de: ."ai o filme é muito óbvio e tem um roteiro muito superficial". Meu irmão, o filme é sobre "superheroi", ou tu queria um embasamento científico das ondas gravitacionais?! ."ai as piadas são sem graça e forçadas" Sim, verdade, muitas vezes as piadas são esdrúxulas, mas isso é Deadpool. Sorry.
Não sou muito fã do gênero de heroi, pq realmente esses filmes vem numa maldita forma. Entretanto, Deadpool conseguiu fugir um pouco disso (sim, só um pouco), pois o filme brinca de si mesmo e seus eternos clichés. Sensacional. Pra quem não aguentava mais Tony Stark Padrão de Qualidade, Ryan Reynolds dá um soco gritando "ISSO AQUI É MARVEL, PORRA" e vem aquela sensação de estar vendo algo um pouco diferente. E se compararmos o orçamento dele com outros filmes, como Vingadores, vemos q o próprio estúdio não tinha certeza que se mudar sua forma daria certo. Com certeza nenhum ser é obrigado a gostar, mas Deadpool é um excelente entretenimento e falar mal dele apenas por falar não fará ninguém mais inteligente. Supere isso.
Óbvio que é uma injustiça comparar livro com filme. Mas nessa adaptação, a repressão gigantesca de um Estado totalitário e sua consequência no psicológico de Winston não foram tão profundas e avassaladoras como o esperado. Toda aquela angústia e dúvidas do personagem não foram tão bem exploradas. Além disso, fica superficial também por ser consideravelmente um filme curto, já que estamos tratando da adaptação de um dos maiores clássicos do século XX, e pra tentar construir toda a tensão e complexidade da história, espera-se mais tempo para fazê-la.
Talvez por eu ser fã e ter George Orwell como um dos meus maiores ídolos da literatura desde minha pré-adolescência, tenha esperado o mesmo impacto de quando se lê a obra. Mesmo assim, é um bom filme e bem mais compreensível tendo lido o livro.
"As massas nunca se revoltarão espontaneamente, e nunca se revoltarão apenas por serem oprimidas. Com efeito, se não se lhes permitir ter padrões de comparação nem ao menos se darão conta de que são oprimidas."
Se o filme servir como uma introdução à leitura de Orwell, assita sim! E por favor, leia o livro, mesmo que seja sua décima leitura ;)
Foi uma experiência bem interessante e sugiro a mesma. Se forem realmente ver este fatídico filme, sugiro assistirem logo depois ''Selma'', pra ficarmos no plano Hollywoodiano. Aí sim se terá alguma noção do que é/foi a democracia americana. O mais sensacional ainda é que eles se passam praticamente no mesmo período, e enquanto Spielberg tenta nos iludir de como maravilhoso são os EUA, Selma nos mostra um pouco da realidade, onde essa ''liberdade'' é consumida apenas por alguns. Se você for pobre e negro na dita ''maior democracia do mundo'', bem... você só irá ver essa democracia nos filmes de Spielberg mesmo.
Galerinha pseudofã de Tarantino acha que filme bom dele é cabeça explodindo do primeiro ao último segundo. Se tem um pouco mais de diálogo, pronto, "É MONÓTONO". Como achar isso se os diálogos são tão fodasticamente bem construídos? Nunca fui fã do diretor, mas depois do filme subiu no meu conceito. Único ponto triste vem de quem assiste. Piadas racistas do século XIX que estão lá como uma crítica daquele pensamento, e muita gente no cinema rindo pra cacete. Chamar um negro de "nigger"(crioulo) é engraçado aonde? Como assim?? Realmente, isso só prova que a mentalidade do brasileiro ainda está naquele século.
a relação deste filme com Cisne Negro. Com certeza seu diretor bebeu um pouco da fonte de Haneke.
Outra foi a relação de Erika e sua aluna que teve a mão cortada. As suas mães têm o comportamento quase idêntico no quesito de cobrança e repressão da filha. Não sei se estou viajando demais, mas no momento em que a mãe da aluna está relatando o sofrimento dela e da filha depois dos cortes, a mãe chega a comentar o por quê de ELAS terem sacrificado tudo. Erika logo a corrige, falando que o sacrifício foi unicamente DELA, a aluna. Depois disso, na noite que Walter lê a carta e Erika vai dormir com sua mãe, assim que se deita, sua mãe (me desculpe pela repetição de ''mãe'') começa a jogar na cara várias coisas, e diz melancolicamente: ''Foi pra isso que me sacrifiquei.'' Exatamente o mesmo discurso da progenitora (não falei mãe) de sua aluna! Escancara-se que as duas mães botaram totalmente suas expectativas em suas filhas.
Brincadeiras à parte com o uso de ''mãe'', mas por que será que a mãe de Erika não tem nome? Procurei em vários lugares sobre a descrição dos personagens e a única informação dela era: ''The Mother''. Será para enaltecer a figura centralizadora e dominadora da mãe? Melhor parar por aqui pra não viajar mais e não causar nenhuma blasfêmia ao genial Haneke.
Rapaz, que agonia com aquele coroa facistoide que era difícil de morrer, hein. Pqp.
Só acho que pelo fato do filme ser nesse mundo fantástico, cheio de criaturas exóticas e, à primeira vista, com estranhos seres azuis, sem falar do lado místico desses seres com o planeta, a galera pode criar certos preconceitos e considerar o filme ''bobo''. É previsível em certos aspectos, mas a forma como é contada, o embate entre a necessidade do lucro constante e a preservação da vida, associada a incríveis efeitos especias, criam um belíssimo filme. Não é nenhuma obra de Bergman, e talvez por isso alguns fiquem tristes, mas assim como Jake que no início encarou a missão com desdém, eu comecei vendo e pensando que seria uma sessão da tarde com orçamento mais caro. E logo depois, junto com o protagonista, fui me apaixonando pelo universo de Pandora e me rendendo à trama de James Cameron.
Eu tentava de todas as maneiras me convencer de q o Han Solo não ia morrer. Quando teve o sabre de luz cravado no peito pensei: "Hum, não atingiu o coração, então com certeza vai viver. Quando ele caiu daquela parada gigantesca pensei: "Hum, com certeza ele tem uma corda naquela jaqueta e vai se pendurar. Quando finalmente aquele planeta se implodiu todo, eu pensei: "Hum, com certeza ele fodasticamente conseguiu entrar na Millenium Falcon e se safou de novo." Só quando eles chegaram naquele planeta e Han Solo não saiu da nave, foi q percebi a sacanagem q J J Abrams fez com a gente.
E como não lacrimejar com " Chewie, we're home" :')
PS: Rey, sua linda, você despertou algo em mim. Deixa eu te treinar pra mostrar como uso meu sabre com força e, mais tarde, termos uns 8 bb's. Assim, quem sabe, você não recicla minha esperança e me tira do lado sombrio, minha padawonderful S2
Uma coisa que não entendo é o porquê muitos estarem torcendo pela vitória da Heather Dunbar nas eleições. Ela agora é a bonzinha da parada e menos pior que o Frank?
O sonho dela a vida toda era ser membro da Corte, e depois da grande repercussão que teve seu nome no caso do Raymond Tusk, sua ambição cresceu e agora, numa tentativa de conseguir o salão oval da Casa Branca, renuncia o trabalho de uma vida para chegar à presidência. E além disso, pra tentar destruir a imagem dos Underwood, tenta comprar o diário do médico com o Doug pela bagatela de 2 milhões, ação dita por ela antes impensável. Sem falar que por atuar no Legislativo por anos, usa o discurso moralizador da limpeza à corrupção e antiética no governo, discurso superficial tão usado por certos políticos brasileiros atualmente e no passado representado por vassouras. Para chegar onde querem, a pessoa se modifica, escrúpulos desaparecem, o antes abomidável agora é o necessário. Tudo por causa da busca pelo poder.
O FODA da série é mostrar justamente isso, não existe a dicotomia dos personagens, até porque na política não tem o bonzinho e o malvado, os envolvidos lutam apenas pelos seus interesses. E fato de amarmos/odiarmos Francis é porque ele nunca é sempre aquele tirano clássico, alterna com momentos de demonstração de afeto e amizade, confirmando a intenção de não criar dicotomias e deixa as relações na trama bem mais complexas, assim como na vida real. Eu tô torcendo pelo Frank e que ele domine a porra toda, dê uns tapas no Putin, digo, Petrov, porque sou fã daquele fdp do Kevin Spacey.
Daniel Craig se despede do Bond pela porta dos fundos. Talvez o melhor 007 da série, nesse não só ele, mas o filme todo não convence. Cenas de ação previsíveis, uma burocracia gigantesca no desenrolar da história e o pior de tudo: Christoph Waltz extremamente mal aproveitado. Fizeram mó clima com a entrada de seu personagem pra depois...
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KA única definição que me passa para esse filme é: NECESSÁRIO.
Louvemos também a VazaJato que vem como prova cabal da correta leitura da Petra do golpe atrás de golpe e não é uma simples ''''teoria'''' da esquerda.
Admiremos Lula e Dilma que não sei de onde tiram tanta força, resiliência e resistem a tanta porrada e perseguições covardes.
Uma epopeia catártica para nós que vemos esse país afundar numa realidade distópica bizarra. A obra GRITA e só confirma ainda mais: existir é resistir mais do que nunca.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraSobre as cenas finais do filme e minha reação:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PORRAAAAAAAA TRUMP E BOLSONARO DESGRAÇADOSSSS FASCISTOIDES DE MERDA
ALL POWER TO ALL PEOPLE CACETE
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraCreio que Black Mirror tenha sofrido por culpa da própria série. Quem mandou ser tão fodástica? Nada mais justo do que criarmos altas expectativas. Porém, temos que enxergar que se comparada à outras séries netflixianas supervalorizadas, ela é ainda excelente. Imaginemos a porrada assistindo a "Black Museum" sem a experiência das outras temporadas, como, por exemplo, do episódio "White Christmas" (já que eles se parecem em muitos aspectos de linha narrativa e desfecho). Black Mirror, provavelmente, estaria fazendo um mega estardalhaço e seria a mais nova queridinha da galera.
Temos que lembrar também que a partir da terceira temporada, a série foi comprada pela Netflix, conferindo-a, digamos, mais detalhes Hollywoodianos. Percebe-se que essa linha é seguida na quarta temporada quando, em muitos momentos, procura-se criar dicotomias para facilitar a justificativa de ações dos personagens.
Voltemos ao "Black Museum": a personagem que entra no museu, que à primeira parece ser apenas para gastar tempo, tem como objetivo vingar não só seu pai, mas também a sua mãe. Temos uma explicação moral e heroica para a depois ação brutal com o dono do museu (um verdadeiro final à la Justiceiro). Ele, aliás, é daqueles vilões caricatos e psicopatas. Já no episódio "White Christmas", o homem que está tentando tirar a confissão do outro, está lá apenas para se safar. Enquanto aquele que matou seu suposto sogro e deixou sua suposta filha morrer, mesmo que na forma de um "cookie", é preso eternamente naquele cubículo de gelo. Muitos corretamente devem ter achado um absurdo tal atitude da policial mesmo com um criminoso. Contudo, isso acontece pois não há dicotomias criadas, não se tenta criar bonzinhos e malvadões. Aí a verossimilhança nos ataca na forma nua e crua e realmente nos choca. É sutil, mas faz uma baita diferença, mesmo com o melhor episódio da quarta temporada
Até com isso e outras coisas que poderia falar dos outros episódios que decaíram um pouco o nível, mas que demoraria anos, torço fielmente pela já aguardada quinta temporada(?). Olha lá o que tu vai fazer, Netflix.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraA parte mais foda se tratando da crítica ao racismo é bem no final do filme.
Quando Chris está em cima da Rose na estrada e na mesma hora aparece o carro da polícia. Ela se faz de vítima e ele, instintivamente, já levanta os braços sabendo que o policial enxerga o homem negro como o potencial suspeito. Daí, para sua salvação, era apenas seu amigo.
Me questiono se originalmente Chris não seria morto pela polícia como uma forma fantástica de representar essa dura realidade. Talvez tenham mudado isso para ter um bom happy end à la um original filme americano.
Happy End
3.5 93 Assista AgoraCARALHO, O BOTÃO QUERO VER NUNCA FEZ TANTO SENTIDO NA MINHA VIDA
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraVAI GANHAR
VAI PERDER
VAI GANHAR...
PERDEU!!!
GANHOOU!
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraAh cara, tava maneiro.
Até aquelas cenas do Doss pulando do morro com o sargento preso em si mesmo, dando uma pirueta super exuberante e se prendendo às redes. Depois foi quando Doss, que com certeza teve umas aulas com Capitão América para combater o Eixo, chutou incrivelmente duas granadas no ar. Porran! Sem falar que tentam botar os japoneses como malvadões da porra toda e o americano como o ser mais superior possível. Novidade nenhuma, infelizmente, vindo de um filme de Hollywood retratando a segunda guerra. Um grande outro exemplo da construção da memória a partir da perspectiva apenas do lado vitorioso.
A história por si só é incrível. Era só contar e caprichar nas cenas das batalhas. Porém, não daquela forma megalomaníaca e exagerada. Torna-se, assim, apenas mais uma obra cinematográfica e que incrivelmente concorre ao Oscar de melhor filme(!!!!!!!). Nem mesmo os efeitos especiais, quando comparados a filmes do mesmo gênero, enchem os olhos. Mas claro que a academia vai adorar essas histórias de vanglória estadunidense, ainda mais com um pitaco de superação a partir da religião cristã.
E caceta, o que houve com o irmão dele?!
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraFoucault curtiu isso.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraQuando estiver na bad, lembre-se de que terá um Star Wars novo por ano até 2020.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraPérolas do Filmow: um dos melhores filmes de terror de alguns anos pra cá tem essa nota baixíssima para o que ele realmente propõe.
Ele é muito bom, cara. Sua construção baseada nas crenças e moral dos puritanos da Nova Inglaterra cria esse terror psicológico fantástico, com todas as suas referências já evidenciadas por uns aqui. A ambientação, o clima de tragédia constante, a religião como salvadora e, ao mesmo tempo por seus dogmas, aquela em que se associa todos os males. Uma parte do filme me chama a atenção por sintetizar o pensamento de muitos daquela época: no início, quando Caleb é elogiado por seu pai por conseguir acordar cedo numa manhã nublada, pois é ação do demônio fechar as pálpebras. Vê-se que tudo e qualquer coisa é relacionado à explicação religiosa e à dicotomia do bem e mal cristã.
Acho que por tirar alguns espectadores de sua zona de conforto, em que se acostumaram a tomar sustinho com panela caindo e terem expectativa de algo aparecer no reflexo do espelho, quando se deparam com uma construção lenta, um pouco mais inteligente e que não faz uso daqueles artifícios (como ousam tirar as panelas?!), podem se sentir traídos. Algo justo, creio eu, já que ultimamente o gênero se tornou isso.
Agora uma coisa totalmente pessoal que imaginei foi caso as cenas em que se aparece e confirma o sobrenatural não fossem tão claras. Seria interessante ver o desenrolar da história com a dúvida se tudo aquilo realmente é causado pelo surreal ou que apenas se baseia discursivamente nele, tendo explicações racionais e que a crise toda fosse um caos psicológico (como o "ataque epilético" dos gêmeos, estes piores que o Black Philip, pqp) por causa da radical crença religiosa.
Notícias de uma Guerra Particular
4.4 118Este, meus amigos e amigas, é um filme que deveria ser visto por todo brasileiro. Um antídoto pra discursos prontos e facistoides. A solução pra violência é muito, mas muito mais embaixo. Pena que enfrentá-la da forma correta desinteressa muita gente. E bem poderosa.
"Homens de preto, quase todos pretos, matando homens pretos. Eis a tragédia carioca."
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraCara, eu não sei. Não sei o motivo de ter esse filme como um dos meus favoritos. Já tentei até me convencer por um certo ridículo orgulho machista de que ele é bobo e nada demais. Quiçá realmente seja. Mas ele simplesmente me fascina.
Talvez seja por sua trilha sonora, que tem músicas sensacionais, fazendo com que nos sintamos na pele de Tom e se encaixam com perfeição em cada momento do filme (sim, tenho o álbum no Spotify).
Talvez pela atuação de Zooey s2, Joseph Gordon e já da prodígio Chloë Moretz, que com a personagem já demonstra muito mais maturidade que Tom.
Talvez pelo próprio título, que faz um duplo sentido foda com a palavra Summer, algo explorado nas passagens das datas e as mudanças das estações (a versão brasileira pro título simplesmente estraga isso).
Talvez por uma passagem que é desoladora e é genial: expectativa vs realidade. A vida como muitas vezes ela é.
Talvez pelo fato de até eu idealizar Summer depois da cena no trem, onde os dois estavam a caminho do casamento. Ela fica encantadora iluminada com a luz do entardecer.
Mas acho que é por causa ser realmente uma comédia romântica diferente. Que sensacional ter um final ''não feliz''. Que sensacional ser contra esse paradigma de idealização da pessoa amada, em que sempre se espera a felicidade própria personifica em alguém. O começo do filme é muito elucidativo: o narrador diz que Tom nunca foi realmente feliz, até o encontrar a garota de Michigan, Summer. Oi? Que? A garota agora vai trazer o bastão da felicidade pro cara? Dá licença, né. E mesmo sendo bem cru nesse sentido, o filme é belo e passa de forma encantadora. Além do fato de Summer ter ajeitado a vida de Tom, pois depois de ficar devastado, ele se recupera e vai em busca de um sonho real.
E para os revoltados online que consideram a Summer uma ''bitch'' ou ficaram magoados de o casal não terminar junto, o filme já vos alerta: ''this is not a love story''. Talvez só tenha faltado a indicação para maior de 18 anos.
[REC]³ Gênesis
2.2 1,5K Assista AgoraDa série "Como arruinar uma franquia".
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraA pessoal vê o filme e vem me reclamar de:
."ai o filme é muito óbvio e tem um roteiro muito superficial". Meu irmão, o filme é sobre "superheroi", ou tu queria um embasamento científico das ondas gravitacionais?!
."ai as piadas são sem graça e forçadas" Sim, verdade, muitas vezes as piadas são esdrúxulas, mas isso é Deadpool. Sorry.
Não sou muito fã do gênero de heroi, pq realmente esses filmes vem numa maldita forma. Entretanto, Deadpool conseguiu fugir um pouco disso (sim, só um pouco), pois o filme brinca de si mesmo e seus eternos clichés. Sensacional. Pra quem não aguentava mais Tony Stark Padrão de Qualidade, Ryan Reynolds dá um soco gritando "ISSO AQUI É MARVEL, PORRA" e vem aquela sensação de estar vendo algo um pouco diferente. E se compararmos o orçamento dele com outros filmes, como Vingadores, vemos q o próprio estúdio não tinha certeza que se mudar sua forma daria certo.
Com certeza nenhum ser é obrigado a gostar, mas Deadpool é um excelente entretenimento e falar mal dele apenas por falar não fará ninguém mais inteligente. Supere isso.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista Agora"Como dizer não a Deus?"
Hércules
3.8 586 Assista Agora''QUER PARAR DE CORTAR ESSAS CABEÇAS?!?!?!?!?!''
1984
3.7 544 Assista AgoraÓbvio que é uma injustiça comparar livro com filme. Mas nessa adaptação, a repressão gigantesca de um Estado totalitário e sua consequência no psicológico de Winston não foram tão profundas e avassaladoras como o esperado. Toda aquela angústia e dúvidas do personagem não foram tão bem exploradas. Além disso, fica superficial também por ser consideravelmente um filme curto, já que estamos tratando da adaptação de um dos maiores clássicos do século XX, e pra tentar construir toda a tensão e complexidade da história, espera-se mais tempo para fazê-la.
Talvez por eu ser fã e ter George Orwell como um dos meus maiores ídolos da literatura desde minha pré-adolescência, tenha esperado o mesmo impacto de quando se lê a obra. Mesmo assim, é um bom filme e bem mais compreensível tendo lido o livro.
"As massas nunca se revoltarão espontaneamente, e nunca se revoltarão apenas por serem oprimidas. Com efeito, se não se lhes permitir ter padrões de comparação nem ao menos se darão conta de que são oprimidas."
Se o filme servir como uma introdução à leitura de Orwell, assita sim! E por favor, leia o livro, mesmo que seja sua décima leitura ;)
Ponte dos Espiões
3.7 694Foi uma experiência bem interessante e sugiro a mesma. Se forem realmente ver este fatídico filme, sugiro assistirem logo depois ''Selma'', pra ficarmos no plano Hollywoodiano. Aí sim se terá alguma noção do que é/foi a democracia americana. O mais sensacional ainda é que eles se passam praticamente no mesmo período, e enquanto Spielberg tenta nos iludir de como maravilhoso são os EUA, Selma nos mostra um pouco da realidade, onde essa ''liberdade'' é consumida apenas por alguns. Se você for pobre e negro na dita ''maior democracia do mundo'', bem... você só irá ver essa democracia nos filmes de Spielberg mesmo.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraGalerinha pseudofã de Tarantino acha que filme bom dele é cabeça explodindo do primeiro ao último segundo. Se tem um pouco mais de diálogo, pronto, "É MONÓTONO". Como achar isso se os diálogos são tão fodasticamente bem construídos? Nunca fui fã do diretor, mas depois do filme subiu no meu conceito.
Único ponto triste vem de quem assiste. Piadas racistas do século XIX que estão lá como uma crítica daquele pensamento, e muita gente no cinema rindo pra cacete. Chamar um negro de "nigger"(crioulo) é engraçado aonde? Como assim?? Realmente, isso só prova que a mentalidade do brasileiro ainda está naquele século.
PS: PQP, SAMUEL L. JACKSON DESTRÓI
A Professora de Piano
4.0 685 Assista AgoraFilme visceral. Uma verdadeira obra ''Hanekiniana''.
Três coisas me chamaram a atenção:
a relação deste filme com Cisne Negro. Com certeza seu diretor bebeu um pouco da fonte de Haneke.
Outra foi a relação de Erika e sua aluna que teve a mão cortada. As suas mães têm o comportamento quase idêntico no quesito de cobrança e repressão da filha. Não sei se estou viajando demais, mas no momento em que a mãe da aluna está relatando o sofrimento dela e da filha depois dos cortes, a mãe chega a comentar o por quê de ELAS terem sacrificado tudo. Erika logo a corrige, falando que o sacrifício foi unicamente DELA, a aluna. Depois disso, na noite que Walter lê a carta e Erika vai dormir com sua mãe, assim que se deita, sua mãe (me desculpe pela repetição de ''mãe'') começa a jogar na cara várias coisas, e diz melancolicamente: ''Foi pra isso que me sacrifiquei.''
Exatamente o mesmo discurso da progenitora (não falei mãe) de sua aluna! Escancara-se que as duas mães botaram totalmente suas expectativas em suas filhas.
Brincadeiras à parte com o uso de ''mãe'', mas por que será que a mãe de Erika não tem nome? Procurei em vários lugares sobre a descrição dos personagens e a única informação dela era: ''The Mother''. Será para enaltecer a figura centralizadora e dominadora da mãe?
Melhor parar por aqui pra não viajar mais e não causar nenhuma blasfêmia ao genial Haneke.
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraRapaz, que agonia com aquele coroa facistoide que era difícil de morrer, hein. Pqp.
Só acho que pelo fato do filme ser nesse mundo fantástico, cheio de criaturas exóticas e, à primeira vista, com estranhos seres azuis, sem falar do lado místico desses seres com o planeta, a galera pode criar certos preconceitos e considerar o filme ''bobo''. É previsível em certos aspectos, mas a forma como é contada, o embate entre a necessidade do lucro constante e a preservação da vida, associada a incríveis efeitos especias, criam um belíssimo filme.
Não é nenhuma obra de Bergman, e talvez por isso alguns fiquem tristes, mas assim como Jake que no início encarou a missão com desdém, eu comecei vendo e pensando que seria uma sessão da tarde com orçamento mais caro. E logo depois, junto com o protagonista, fui me apaixonando pelo universo de Pandora e me rendendo à trama de James Cameron.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraEu tentava de todas as maneiras me convencer de q o Han Solo não ia morrer. Quando teve o sabre de luz cravado no peito pensei: "Hum, não atingiu o coração, então com certeza vai viver. Quando ele caiu daquela parada gigantesca pensei: "Hum, com certeza ele tem uma corda naquela jaqueta e vai se pendurar. Quando finalmente aquele planeta se implodiu todo, eu pensei: "Hum, com certeza ele fodasticamente conseguiu entrar na Millenium Falcon e se safou de novo." Só quando eles chegaram naquele planeta e Han Solo não saiu da nave, foi q percebi a sacanagem q J J Abrams fez com a gente.
E como não lacrimejar com " Chewie, we're home" :')
PS: Rey, sua linda, você despertou algo em mim. Deixa eu te treinar pra mostrar como uso meu sabre com força e, mais tarde, termos uns 8 bb's. Assim, quem sabe, você não recicla minha esperança e me tira do lado sombrio, minha padawonderful S2
House of Cards (3ª Temporada)
4.4 413Uma coisa que não entendo é o porquê muitos estarem torcendo pela vitória da Heather Dunbar nas eleições. Ela agora é a bonzinha da parada e menos pior que o Frank?
O sonho dela a vida toda era ser membro da Corte, e depois da grande repercussão que teve seu nome no caso do Raymond Tusk, sua ambição cresceu e agora, numa tentativa de conseguir o salão oval da Casa Branca, renuncia o trabalho de uma vida para chegar à presidência. E além disso, pra tentar destruir a imagem dos Underwood, tenta comprar o diário do médico com o Doug pela bagatela de 2 milhões, ação dita por ela antes impensável. Sem falar que por atuar no Legislativo por anos, usa o discurso moralizador da limpeza à corrupção e antiética no governo, discurso superficial tão usado por certos políticos brasileiros atualmente e no passado representado por vassouras. Para chegar onde querem, a pessoa se modifica, escrúpulos desaparecem, o antes abomidável agora é o necessário. Tudo por causa da busca pelo poder.
O FODA da série é mostrar justamente isso, não existe a dicotomia dos personagens, até porque na política não tem o bonzinho e o malvado, os envolvidos lutam apenas pelos seus interesses. E fato de amarmos/odiarmos Francis é porque ele nunca é sempre aquele tirano clássico, alterna com momentos de demonstração de afeto e amizade, confirmando a intenção de não criar dicotomias e deixa as relações na trama bem mais complexas, assim como na vida real.
Eu tô torcendo pelo Frank e que ele domine a porra toda, dê uns tapas no Putin, digo, Petrov, porque sou fã daquele fdp do Kevin Spacey.
VEM LOGO QUARTA TEMPORADA
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraDaniel Craig se despede do Bond pela porta dos fundos. Talvez o melhor 007 da série, nesse não só ele, mas o filme todo não convence. Cenas de ação previsíveis, uma burocracia gigantesca no desenrolar da história e o pior de tudo: Christoph Waltz extremamente mal aproveitado. Fizeram mó clima com a entrada de seu personagem pra depois...
nada demais.
Saí decepcionado do cinema e, infelizmente, com a melhor definição do filme feita pelo armário Mr. Hinx
antes de ser puxado pra fora do trem: shit. :(
Comecemos, agora, a especular o próximo James Bond.