"Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" é clichê do início ao fim. O problema é o roteiro repleto de furos que quase pajeia da ideia do primeiro "Jurassic Park" ao incluir as mesmas situações e reviravoltas. Isso funciona bem como homenagem, mas perde em 'originalidade', se assim podemos dizer de uma sequência.
O que mais incomoda no script, no entanto, é o fato de não explicar como os organizadores do parque conseguiram controlar a baderna jurássica que tomou conta da tal ilha depois dos eventos nos longas anteriores. Isso cria um argumento que compromete ainda mais o roteiro que parece tratar a história mais como um reboot ao invés de uma continuação. Desta forma, as tais homenagens estariam incoerentes em seu contexto.
Analisando pelo lado positivo, "Jurassic World" cumpre o que promete: muita aventura, humor rasteiro, novos dinossauros, boa trilha sonora (incluindo a música original de John Williams) e bons efeitos visuais. Apesar da mão burocrática na maioria das cenas - o que era para ser espetacular não impressiona como deveria, o diretor Colin Trevorrow imprime um ritmo eficiente e acerta na construção dos momentos de tensão (embora nenhum seja memorável). Isso tudo faz do filme uma sessão da tarde de primeira.
O destaque da produção, além do carismático Chris Pratt, é o clímax. Ainda que seja previsível, o gran finale é emblemático,
Dirigido por Julia Rezende, "Ponte Aérea" transpira técnica e sensibilidade e cativa o espectador por sua bela narrativa. As boas trilha sonora e fotografia, além dos criativos enquadramentos de câmera, nos faz ficar ainda mais vidrados com o romance. Apesar da reviravolta clichê em seu terceiro ato, o roteiro parece usar a ideia de "Amor sem escalas" para mostrar, de maneira tupiniquim, como os relacionamentos de hoje podem ser surpreendentes, virtuais e 'fast food'. E isso funciona com muita eficiência ao mostrar que o amor, às vezes, pode ser passageiro mesmo sendo intenso e norteado de emoções. O ponto negativo fica por conta das cenas de nudez e sexo que são completamente descartáveis. Destaque para as ótimas e carismáticas atuações de Letícia Colin e Caio Blat.
Dirigido por Michael Mann, "Hacker" gira em torno da perseguição de autoridades chinesas e norte-americanas para capturar um 'terrorista virtual'. O longa funciona como suspense e prende a atenção nas cenas em que esse gênero é exigido na trama. Entretanto, como policial o longa deixa a desejar ao imprimir um ritmo lento demais e momentos investigativos inconvincentes. Ainda que tenha uma premissa interessante e algumas boas cenas de tensão, o roteiro é frágil ao criar soluções rápidas para as ações dos 'gatos' atrás dos 'ratos' o que pode incomodar os mais exigentes. Tecnicamente, tem bom apuro visual, boa fotografia e movimentos de câmeras eficientes, qualidades peculiares dos trabalhos de Mann que, infelizmente, não salvam a produção da mediocridade.
Com direção e roteiro impecáveis, "Relatos Selvagens" faz um retrato insano da natureza humana sobre provocações, sejam desafetos, brigas bobas, corrupção ou traições, e suas estúpidas (e muitas vezes selvagens) soluções de resolver as coisas, o que culminam em tragédias. Um filme genial que entrelaça histórias fragmentadas lineares que compartilham do mesmo tema, porém mostradas em situações diferentes. Uma pérola do cinema argentino que merecia o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015.
"Trocando os pés" é surpreendente, principalmente por ser estrelada por Adam Sandler, um sapateiro que, ao consertar e calçar os sapatos de seus clientes ele fica com a aparência deles. A fantasiosa premissa parece boba, mas não é. A direção e o roteiro de Thomas McCarthy fazem com que essa ideia seja curiosa, o que dá margem para situações cômicas e dramáticas bem construídas e confusões pra lá de divertidas. O humor é situacional e inteligente, longe das gags convencionais que Sandler está acostumado a trabalhar. Inclusive, o ator está ótimo e seu talento fica mais aparente quando se dedica a personagens mais introspectivos. Infelizmente, o clichê está presente em seu segundo ato, mas nada que atrapalhe o resultado final. Uma boa pedida para um entretenimento sem compromissos.
"Entre Abelhas" é um drama existencial, longe de ser uma comédia. No entanto, há (poucas) pitadas de humor que vêm de forma rasteira, como as consequências do fator inusitado que aflinge o protagonista. A trama lembra um "Ensaio sobre a cegueira" de maneira, digamos, invertida e menos apocalíptica. O protagonista não fica cego, mas deixa de enxergar as pessoas. A causa? Uma forte depressão após se separar da esposa. E é aí que começam os problemas, alías, as soluções! E isso é trabalhada de forma eficiente até um clímax muito bem escrito e altamente reflexivo. A direção de Ian SBF é sensível. Fábio Porchat está bem e o roteiro tem excelentes diálogos, principalmente em seu terceiro ato quando vemos o porquê do título e sua relação com à ideia central do longa. É bom ver o cinema brasileiro produzindo algo que fuja do convencionalismo ou que não seja 'cosmético'.
Tecnicamente é 'ok', o ritmo (em sua primeira metade) é bom e as cenas de lutas, com câmeras lentas, até que divertem, mas o filme tem um roteiro fraco e uma direção que se perde a cada 'viagem' do protagonista. É um quebra cabeça confuso que carece de várias peças. Uma perda de tempo.
É nítida a melhora técnica, principalmente na utilização dos bons efeitos visuais e nas cenas de ação mais bem coreografadas que o original, entretanto o fraco roteiro dá um ritmo irregular ao longa e isso poderá incomodar aos mais exigentes. Infelizmente, o filme não empolga tanto como foi em seu excelente trailer. O 3D é completamente inútil.
É bom, mas muito melodramático e previsível em seu clímax. Há partes que lembram "As Pontes de Madison" e até "Diário de uma Paixão", também do Nicholas Sparks. Não me conformei com o Dawson jovem e o adulto. Os atores nada se parecem e 20 anos de diferença não muda tanto como, sugestivamente, mudou. Um baita erro na produção. No geral é legal e comovente.
Bom filme, porém, erroneamente vendido como comédia. O longa é um drama com pitadas de humor que surpreende por sua sensibilidade em seu terceiro ato. A trama é clichê, mas bem conduzida, e muito semelhante ao que vimos em outras produções como "Gran Torino" e "Up".
Muito bom filme do Clint Eastwood e com ótima atuação de Bradley Cooper, mas não é nada surpreendente. O longa, baseado em fatos reais, é bem escrito e tem cargas dramáticas pontuais que vai do do relacionamento amoroso do protagonista, da sua presença na guerra no Iraque até as mazelas que a mesma provoca (inclusive, Eastwood sabe conduzir com eficiência esse quesito na narrativa). No entanto, a impressão que dá após ter assistido é que o filme poderia ter sido mais grandioso e emblemático. Já tiveram produções mais interessantes com histórias sobre snipers, como "Círculo de Fogo" (com Jude Law e Ed Harris), "O Franco Atirador (com Robert De Niro) e até mesmo o atirador coadjuvante em "O resgate do soldado Ryan". No geral, tirando a 'melação patriótica' no terceiro ato, é um bom entretenimento. Destaque para o clímax que oferece uma tensão espetacular.
Até onde o ser humano vai para encontrar um 'mito'? Qual é o limite da implacável busca pela perfeição ou por um sonho? O melhor filme do ano até agora! A atuação de J. K. Simmons é monstruosa! O Oscar de Ator Coadjuvante já é dele!
É uma pena que os descarados clichês hollywoodianos diminuem a grandiosidade do conceito deste filme. Uma ideia bruta sobre controle, discussões 'pseudo anárquicas' para resolver problemas e/ou valores sociopolíticos e desequilíbrio ético humano. No geral, é um bom suspense.
Inspirado em fatos reais, o drama de guerra "Invencível", o segundo filme dirigido por Angelina Jolie, conta a história do atleta olímpico Louis Zamperini capturado pelo exército japonês na Segunda Guerra Mundial. A produção conta com inúmeras cenas comuns, mas bem conduzidas, que nos remetem a outros longas, como o tenso naufrágio, a emoção do esporte, a tristeza no campo de concentração e as sequências aéreas. Tecnicamente, é impecável.
'Conteudamente', faltou um pouco de apuro no roteiro, pois, a moral da história, que relaciona a garra olímpica com o drama e a força do protagonista para sobreviver, soa deslocada em flashbacks.
Apesar da duração excessiva, "Invencível" é bem feito, com elenco 'ok' e com Jolie demonstrando fôlego e segurança em sua crescente carreira atrás das câmeras. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
"Os Pinguins de Madagascar" é o filme solo sobre os adoráveis coadjuvantes, e que roubaram a cena por diversas de vezes, do universo de "Madagascar". Neste longa, os tais pinguins seguem impagáveis e o comportamento do quarteto, juntamente com as boas piadas situacionais, é o que dão o tom desta animação. O ritmo é frenético e se assemelha com a correria de "Madagascar 3", assim como as cenas de ação exorbitantes e os exageros narrativos que divertem bastante. A história 'como tudo começou' é corriqueira, mas com clichês bem trabalhos. O ponto negativo fica por conta do roteiro, que não consegue finalizar a fábula com a mesma qualidade do início. Entretanto, isso não interfere no resultado final e cumpre o que promete: entretêm adultos e crianças de maneira eficiente! http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
- É muito bom? Não. - É ruim? Não. - E o 3D? Só profundidade. - E o drama? Falta emoção. - E a aventura? Nada espetacular. - E o visual? É bonito. - Tecnicamente? Excelente. - E o ritmo? Ora bom ora cansativo. - E a história? Tenta fugir da fantasia bíblica com uma pegada mais política, mas não consegue. - Isso atrapalha? Sim. - Por quê? O roteiro recria situações com saltos temporais que deixam a trama menos explicativa. - O que falta no filme? Inspiração na direção e 'emblematismo'. - E o elenco? Bom (Sigourney Weaver está no filme?). - Merece Oscar? Não. - Conclusão: 'Não dirás falso testemunho contra o teu próximo'. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
"Annabelle" é um prelúdio de "Invocação do Mal", de James Wan, que, aqui assina o cargo de produtor. A história fala da estranha boneca, que dá nome ao filme, que aparece no museu dos demonólogos Ed e Lorraine Warren nos anos 70 e fazia parte da narrativa de "Invocação do Mal".
Dirigido por John R. Leonetti, seu trabalho incorpora, assim como seu antecessor, a pegada clássica das fitas de terror e funciona de forma bastante satisfatória. Como o assunto é a presença de espíritos demoníacos que rondam os protagonistas, não há como fugir de clichês temáticos.
Isso não atrapalha em nada, pelo contrário, eles ajudam a criar a ótima atmosfera aterrorizante e fazem o espectador se contagiar com a narrativa. Claro, não podemos nos esquecer da direção firme de Leonetti que dosa bem a inserção do sobrenatural na trama, faz boas referências a outros exemplares do gênero e arquiteta bem os inúmeros momentos de tensão e sustos imprevisíveis quem dão calafrios na espinha.
Outro ponto favorável é a boa fotografia que compõe o tratamento visual dado à boneca. Quando é focalizado pela câmera, seu olhar e semblante feiamente misterioso ajudam a proporcionar cenas com auras ainda mais assustadoras.
A conexão com "Invocação do Mal" em seu terceiro ato é sutil, o que deixa a sensação de que haverá uma sequência para explicar como Ed e Lorraine Warren adquiriram a tal boneca. Por enquanto, "Annabelle" é o melhor exemplar de terror de 2014.
Dirigido, roteirizado, produzido e protagonizado por Jon Favreau, que foi o responsável pelos dois primeiros "Homem de Ferro", "Chef" é um filme que apresenta uma essência e conflitos clichês, mas que se desenvolve de forma leve, contagiante e saborosamente divertido. O longa fala da vida conturbada de um dedicado chef de cozinha que precisa reconquistar sua família. Claro, para isso, ele tentará dar a 'volta por cima' por meio daquilo que mais gosta de fazer: cozinhar. Favreau está bem no papel principal, assim como todo elenco (incluindo as pequenas participações de famosos), e ele não decepciona no roteiro que, apesar de trivial, é encaixadinho. As abordagens das peculiaridades da alta gastronomia e de alguns pratos deixam com água na boca! Um ótimo pedido de entretenimento familiar. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br
A ideia de "Os Mercenários" (2010), de recuperar a pegada oitentista dos filmes de ação e reunir astros do gênero, conquistou fãs. "Os Mercenáros 2" (2012) turbinou a pegada 'brucutu' e foi ainda melhor que o original, com boas doses de ação e cómédia. "Os Mercenários 3" inchou o elenco de estrelas (entraram Harrison Ford, Antonio Bandeiras, Wesley Snipes, Mel Gibson entre outros), mas cometeu o pecado que os outros não 'cometeram tanto': mal desenvolvimento dos personagens sobretudo do frágil enredo. O longa começa bem, mas depois dos empolgantes 15 minutos iniciais o ritmo cai e a narrativa se mostra pouco inspirada e apoiada em reviravoltas clichês. É uma pena que o alívio cômico seja um forçado Banderas e que o clímax freneticamente confuso seja inconvincente. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
Esta sequência de "Planeta dos Macacos: a origem", de Rupert Wyatt, é superior e com trama fidedigna ao antecessor. Assim como o longa de Wyatt, "Planeta dos Macacos: o confronto", dirigido por Matt Reeves, não surpreende, mas mantém os pés no chão, não 'inventa moda', e se mostra coerente e pragmático no que diz respeito ao processo evolutivo da narrativa 'Macaco x Humano'. O longa é mais intenso, tem efeitos visuais de qualidade, as ações são bem desenvolvidas e há bons diálogos, principalmente no que se refere à interessante crítica social. O destaque é o macaco Cesar (interpretado com maestria por Andy Serkis, que deu movimentos e feições realistas ao protagnista), que se mostra um líder nato e com diplomacia de dar inveja.
Baseado em fatos reais, “O Céu é de Verdade” fala de um garotinho que relata ao pai que esteve no 'paraíso' durante uma complicada cirurgia. O filme, dirigido por Randall Wallace, é vistoso e tem bom elenco, mas carece de profundidade temática. O fraco roteiro não deixa a trama engrenar. Há momentos em que se esboça bons diálogos, como aquele entre religião e ciência, mas acabam sendo pouco desenvolvidos. Além disso, a narrativa expõe a religiosidade dos personagens de forma inverossímil o que gera furos e contradições no que diz respeito ao conceito de 'fé' entre os religiosos da estória. O assunto é curioso, pena que o mesmo é tratado de forma rasa e pouco surpreendente. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
Dos filmes que dão nova roupagem aos fantásticos clássicos infantis, "Malévola" é um dos melhores. Aqui, o conto de "A bela adormecida" ganha uma revigorante adaptação que esbanja capricho técnico e, sobretudo, de conteúdo. Apesar da direção burocrática de Robert Stromberg, o longa é contornado de momentos dramáticos e aventurescos pontuais, acerta na humanização da protagonista e o ritmo lento dita a coerência no desenvolvimento da trama, fato que deixa a narrativa mais encaixada, convincente e melhor que a do original. Efeitos visuais de qualidade, boa fotografia, humor rasteiro, belíssima reconstrução da lição de moral (afinal de contas, as pessoas nunca se tornam más sem ter uma razão para isso) e uma brilhante Angelina Jolie garantem a diversão. http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista Agora"Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" é clichê do início ao fim. O problema é o roteiro repleto de furos que quase pajeia da ideia do primeiro "Jurassic Park" ao incluir as mesmas situações e reviravoltas. Isso funciona bem como homenagem, mas perde em 'originalidade', se assim podemos dizer de uma sequência.
O que mais incomoda no script, no entanto, é o fato de não explicar como os organizadores do parque conseguiram controlar a baderna jurássica que tomou conta da tal ilha depois dos eventos nos longas anteriores. Isso cria um argumento que compromete ainda mais o roteiro que parece tratar a história mais como um reboot ao invés de uma continuação. Desta forma, as tais homenagens estariam incoerentes em seu contexto.
Analisando pelo lado positivo, "Jurassic World" cumpre o que promete: muita aventura, humor rasteiro, novos dinossauros, boa trilha sonora (incluindo a música original de John Williams) e bons efeitos visuais. Apesar da mão burocrática na maioria das cenas - o que era para ser espetacular não impressiona como deveria, o diretor Colin Trevorrow imprime um ritmo eficiente e acerta na construção dos momentos de tensão (embora nenhum seja memorável). Isso tudo faz do filme uma sessão da tarde de primeira.
O destaque da produção, além do carismático Chris Pratt, é o clímax. Ainda que seja previsível, o gran finale é emblemático,
pelo menos para um personagem que só aparece para dizer ao público quem é o verdadeiro dono do parque
http://cinetrixfilmes.blogspot.com.br/2015/06/jurassic-world-o-mundo-dos-dinossauros.html
Ponte Aérea
3.5 401 Assista AgoraDirigido por Julia Rezende, "Ponte Aérea" transpira técnica e sensibilidade e cativa o espectador por sua bela narrativa. As boas trilha sonora e fotografia, além dos criativos enquadramentos de câmera, nos faz ficar ainda mais vidrados com o romance. Apesar da reviravolta clichê em seu terceiro ato, o roteiro parece usar a ideia de "Amor sem escalas" para mostrar, de maneira tupiniquim, como os relacionamentos de hoje podem ser surpreendentes, virtuais e 'fast food'. E isso funciona com muita eficiência ao mostrar que o amor, às vezes, pode ser passageiro mesmo sendo intenso e norteado de emoções. O ponto negativo fica por conta das cenas de nudez e sexo que são completamente descartáveis. Destaque para as ótimas e carismáticas atuações de Letícia Colin e Caio Blat.
Hacker
2.5 283 Assista AgoraDirigido por Michael Mann, "Hacker" gira em torno da perseguição de autoridades chinesas e norte-americanas para capturar um 'terrorista virtual'. O longa funciona como suspense e prende a atenção nas cenas em que esse gênero é exigido na trama. Entretanto, como policial o longa deixa a desejar ao imprimir um ritmo lento demais e momentos investigativos inconvincentes. Ainda que tenha uma premissa interessante e algumas boas cenas de tensão, o roteiro é frágil ao criar soluções rápidas para as ações dos 'gatos' atrás dos 'ratos' o que pode incomodar os mais exigentes. Tecnicamente, tem bom apuro visual, boa fotografia e movimentos de câmeras eficientes, qualidades peculiares dos trabalhos de Mann que, infelizmente, não salvam a produção da mediocridade.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraCom direção e roteiro impecáveis, "Relatos Selvagens" faz um retrato insano da natureza humana sobre provocações, sejam desafetos, brigas bobas, corrupção ou traições, e suas estúpidas (e muitas vezes selvagens) soluções de resolver as coisas, o que culminam em tragédias. Um filme genial que entrelaça histórias fragmentadas lineares que compartilham do mesmo tema, porém mostradas em situações diferentes. Uma pérola do cinema argentino que merecia o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015.
Destaque para sua conclusão 'hipocritamente apoteótica' que norteia toda a aura do longa.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista Agora"Nada é tão ruim que não possa piorar".
Trocando os Pés
2.8 441 Assista Agora"Trocando os pés" é surpreendente, principalmente por ser estrelada por Adam Sandler, um sapateiro que, ao consertar e calçar os sapatos de seus clientes ele fica com a aparência deles. A fantasiosa premissa parece boba, mas não é. A direção e o roteiro de Thomas McCarthy fazem com que essa ideia seja curiosa, o que dá margem para situações cômicas e dramáticas bem construídas e confusões pra lá de divertidas. O humor é situacional e inteligente, longe das gags convencionais que Sandler está acostumado a trabalhar. Inclusive, o ator está ótimo e seu talento fica mais aparente quando se dedica a personagens mais introspectivos. Infelizmente, o clichê está presente em seu segundo ato, mas nada que atrapalhe o resultado final. Uma boa pedida para um entretenimento sem compromissos.
Entre Abelhas
3.4 830"Entre Abelhas" é um drama existencial, longe de ser uma comédia. No entanto, há (poucas) pitadas de humor que vêm de forma rasteira, como as consequências do fator inusitado que aflinge o protagonista. A trama lembra um "Ensaio sobre a cegueira" de maneira, digamos, invertida e menos apocalíptica. O protagonista não fica cego, mas deixa de enxergar as pessoas. A causa? Uma forte depressão após se separar da esposa. E é aí que começam os problemas, alías, as soluções! E isso é trabalhada de forma eficiente até um clímax muito bem escrito e altamente reflexivo. A direção de Ian SBF é sensível. Fábio Porchat está bem e o roteiro tem excelentes diálogos, principalmente em seu terceiro ato quando vemos o porquê do título e sua relação com à ideia central do longa. É bom ver o cinema brasileiro produzindo algo que fuja do convencionalismo ou que não seja 'cosmético'.
Anomalia: Corrida Contra a Vida
1.9 74 Assista AgoraTecnicamente é 'ok', o ritmo (em sua primeira metade) é bom e as cenas de lutas, com câmeras lentas, até que divertem, mas o filme tem um roteiro fraco e uma direção que se perde a cada 'viagem' do protagonista. É um quebra cabeça confuso que carece de várias peças. Uma perda de tempo.
A Série Divergente: Insurgente
3.3 1,1K Assista AgoraÉ nítida a melhora técnica, principalmente na utilização dos bons efeitos visuais e nas cenas de ação mais bem coreografadas que o original, entretanto o fraco roteiro dá um ritmo irregular ao longa e isso poderá incomodar aos mais exigentes. Infelizmente, o filme não empolga tanto como foi em seu excelente trailer. O 3D é completamente inútil.
Festa no Céu
4.0 689 Assista AgoraUma injustiça não ter sido indicado ao Oscar.
O Melhor de Mim
3.5 769 Assista AgoraÉ bom, mas muito melodramático e previsível em seu clímax. Há partes que lembram "As Pontes de Madison" e até "Diário de uma Paixão", também do Nicholas Sparks. Não me conformei com o Dawson jovem e o adulto. Os atores nada se parecem e 20 anos de diferença não muda tanto como, sugestivamente, mudou. Um baita erro na produção. No geral é legal e comovente.
Um Santo Vizinho
3.7 422 Assista AgoraBom filme, porém, erroneamente vendido como comédia. O longa é um drama com pitadas de humor que surpreende por sua sensibilidade em seu terceiro ato. A trama é clichê, mas bem conduzida, e muito semelhante ao que vimos em outras produções como "Gran Torino" e "Up".
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraMuito bom filme do Clint Eastwood e com ótima atuação de Bradley Cooper, mas não é nada surpreendente. O longa, baseado em fatos reais, é bem escrito e tem cargas dramáticas pontuais que vai do do relacionamento amoroso do protagonista, da sua presença na guerra no Iraque até as mazelas que a mesma provoca (inclusive, Eastwood sabe conduzir com eficiência esse quesito na narrativa). No entanto, a impressão que dá após ter assistido é que o filme poderia ter sido mais grandioso e emblemático. Já tiveram produções mais interessantes com histórias sobre snipers, como "Círculo de Fogo" (com Jude Law e Ed Harris), "O Franco Atirador (com Robert De Niro) e até mesmo o atirador coadjuvante em "O resgate do soldado Ryan". No geral, tirando a 'melação patriótica' no terceiro ato, é um bom entretenimento. Destaque para o clímax que oferece uma tensão espetacular.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraAté onde o ser humano vai para encontrar um 'mito'? Qual é o limite da implacável busca pela perfeição ou por um sonho? O melhor filme do ano até agora! A atuação de J. K. Simmons é monstruosa! O Oscar de Ator Coadjuvante já é dele!
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraÉ uma pena que os descarados clichês hollywoodianos diminuem a grandiosidade do conceito deste filme. Uma ideia bruta sobre controle, discussões 'pseudo anárquicas' para resolver problemas e/ou valores sociopolíticos e desequilíbrio ético humano. No geral, é um bom suspense.
Invencível
3.9 923 Assista AgoraInspirado em fatos reais, o drama de guerra "Invencível", o segundo filme dirigido por Angelina Jolie, conta a história do atleta olímpico Louis Zamperini capturado pelo exército japonês na Segunda Guerra Mundial. A produção conta com inúmeras cenas comuns, mas bem conduzidas, que nos remetem a outros longas, como o tenso naufrágio, a emoção do esporte, a tristeza no campo de concentração e as sequências aéreas. Tecnicamente, é impecável.
'Conteudamente', faltou um pouco de apuro no roteiro, pois, a moral da história, que relaciona a garra olímpica com o drama e a força do protagonista para sobreviver, soa deslocada em flashbacks.
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Os Pinguins de Madagascar
3.3 369 Assista Agora"Os Pinguins de Madagascar" é o filme solo sobre os adoráveis coadjuvantes, e que roubaram a cena por diversas de vezes, do universo de "Madagascar". Neste longa, os tais pinguins seguem impagáveis e o comportamento do quarteto, juntamente com as boas piadas situacionais, é o que dão o tom desta animação. O ritmo é frenético e se assemelha com a correria de "Madagascar 3", assim como as cenas de ação exorbitantes e os exageros narrativos que divertem bastante. A história 'como tudo começou' é corriqueira, mas com clichês bem trabalhos. O ponto negativo fica por conta do roteiro, que não consegue finalizar a fábula com a mesma qualidade do início. Entretanto, isso não interfere no resultado final e cumpre o que promete: entretêm adultos e crianças de maneira eficiente!
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Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista Agora- É muito bom? Não.
- É ruim? Não.
- E o 3D? Só profundidade.
- E o drama? Falta emoção.
- E a aventura? Nada espetacular.
- E o visual? É bonito.
- Tecnicamente? Excelente.
- E o ritmo? Ora bom ora cansativo.
- E a história? Tenta fugir da fantasia bíblica com uma pegada mais política, mas não consegue.
- Isso atrapalha? Sim.
- Por quê? O roteiro recria situações com saltos temporais que deixam a trama menos explicativa.
- O que falta no filme? Inspiração na direção e 'emblematismo'.
- E o elenco? Bom (Sigourney Weaver está no filme?).
- Merece Oscar? Não.
- Conclusão: 'Não dirás falso testemunho contra o teu próximo'.
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Annabelle
2.7 2,7K Assista Agora"Annabelle" é um prelúdio de "Invocação do Mal", de James Wan, que, aqui assina o cargo de produtor. A história fala da estranha boneca, que dá nome ao filme, que aparece no museu dos demonólogos Ed e Lorraine Warren nos anos 70 e fazia parte da narrativa de "Invocação do Mal".
Dirigido por John R. Leonetti, seu trabalho incorpora, assim como seu antecessor, a pegada clássica das fitas de terror e funciona de forma bastante satisfatória. Como o assunto é a presença de espíritos demoníacos que rondam os protagonistas, não há como fugir de clichês temáticos.
Isso não atrapalha em nada, pelo contrário, eles ajudam a criar a ótima atmosfera aterrorizante e fazem o espectador se contagiar com a narrativa. Claro, não podemos nos esquecer da direção firme de Leonetti que dosa bem a inserção do sobrenatural na trama, faz boas referências a outros exemplares do gênero e arquiteta bem os inúmeros momentos de tensão e sustos imprevisíveis quem dão calafrios na espinha.
Outro ponto favorável é a boa fotografia que compõe o tratamento visual dado à boneca. Quando é focalizado pela câmera, seu olhar e semblante feiamente misterioso ajudam a proporcionar cenas com auras ainda mais assustadoras.
A conexão com "Invocação do Mal" em seu terceiro ato é sutil, o que deixa a sensação de que haverá uma sequência para explicar como Ed e Lorraine Warren adquiriram a tal boneca. Por enquanto, "Annabelle" é o melhor exemplar de terror de 2014.
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Chef
3.7 784 Assista AgoraDirigido, roteirizado, produzido e protagonizado por Jon Favreau, que foi o responsável pelos dois primeiros "Homem de Ferro", "Chef" é um filme que apresenta uma essência e conflitos clichês, mas que se desenvolve de forma leve, contagiante e saborosamente divertido. O longa fala da vida conturbada de um dedicado chef de cozinha que precisa reconquistar sua família. Claro, para isso, ele tentará dar a 'volta por cima' por meio daquilo que mais gosta de fazer: cozinhar. Favreau está bem no papel principal, assim como todo elenco (incluindo as pequenas participações de famosos), e ele não decepciona no roteiro que, apesar de trivial, é encaixadinho. As abordagens das peculiaridades da alta gastronomia e de alguns pratos deixam com água na boca! Um ótimo pedido de entretenimento familiar.
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Os Mercenários 3
3.2 916 Assista AgoraA ideia de "Os Mercenários" (2010), de recuperar a pegada oitentista dos filmes de ação e reunir astros do gênero, conquistou fãs. "Os Mercenáros 2" (2012) turbinou a pegada 'brucutu' e foi ainda melhor que o original, com boas doses de ação e cómédia. "Os Mercenários 3" inchou o elenco de estrelas (entraram Harrison Ford, Antonio Bandeiras, Wesley Snipes, Mel Gibson entre outros), mas cometeu o pecado que os outros não 'cometeram tanto': mal desenvolvimento dos personagens sobretudo do frágil enredo. O longa começa bem, mas depois dos empolgantes 15 minutos iniciais o ritmo cai e a narrativa se mostra pouco inspirada e apoiada em reviravoltas clichês. É uma pena que o alívio cômico seja um forçado Banderas e que o clímax freneticamente confuso seja inconvincente.
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Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraEsta sequência de "Planeta dos Macacos: a origem", de Rupert Wyatt, é superior e com trama fidedigna ao antecessor. Assim como o longa de Wyatt, "Planeta dos Macacos: o confronto", dirigido por Matt Reeves, não surpreende, mas mantém os pés no chão, não 'inventa moda', e se mostra coerente e pragmático no que diz respeito ao processo evolutivo da narrativa 'Macaco x Humano'. O longa é mais intenso, tem efeitos visuais de qualidade, as ações são bem desenvolvidas e há bons diálogos, principalmente no que se refere à interessante crítica social. O destaque é o macaco Cesar (interpretado com maestria por Andy Serkis, que deu movimentos e feições realistas ao protagnista), que se mostra um líder nato e com diplomacia de dar inveja.
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O Céu é de Verdade
3.3 189 Assista AgoraBaseado em fatos reais, “O Céu é de Verdade” fala de um garotinho que relata ao pai que esteve no 'paraíso' durante uma complicada cirurgia. O filme, dirigido por Randall Wallace, é vistoso e tem bom elenco, mas carece de profundidade temática. O fraco roteiro não deixa a trama engrenar. Há momentos em que se esboça bons diálogos, como aquele entre religião e ciência, mas acabam sendo pouco desenvolvidos. Além disso, a narrativa expõe a religiosidade dos personagens de forma inverossímil o que gera furos e contradições no que diz respeito ao conceito de 'fé' entre os religiosos da estória. O assunto é curioso, pena que o mesmo é tratado de forma rasa e pouco surpreendente.
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Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraDos filmes que dão nova roupagem aos fantásticos clássicos infantis, "Malévola" é um dos melhores. Aqui, o conto de "A bela adormecida" ganha uma revigorante adaptação que esbanja capricho técnico e, sobretudo, de conteúdo. Apesar da direção burocrática de Robert Stromberg, o longa é contornado de momentos dramáticos e aventurescos pontuais, acerta na humanização da protagonista e o ritmo lento dita a coerência no desenvolvimento da trama, fato que deixa a narrativa mais encaixada, convincente e melhor que a do original. Efeitos visuais de qualidade, boa fotografia, humor rasteiro, belíssima reconstrução da lição de moral (afinal de contas, as pessoas nunca se tornam más sem ter uma razão para isso) e uma brilhante Angelina Jolie garantem a diversão.
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